sexta-feira, 30 de março de 2007

Uma coisa que eu adoro falar:

"Isso é caloria vazia. Não tem nutrientes. É caloria vazia."

E faço aquela cara de sabe tudo de nutrição.

Eu tava preocupadíssima com a paçoca este ano. Eu não quis falar nada, pra não preocupar vocês, nem nada. Preferi sofrer sozinha com a possibilidade de não comer paçoca. Não disse, mas eu tava bem ansiosa. Falta uma semana pra semana santa e nada de paçoca. Minha tia vai passar uns dias na Bahia. Isso quer dizer que nós perdemos a peça fundamental, que fica sentada na mesa pra ela não virar.

Daí que eu chamei meus pais pra conversar. Que a paçoca não seja mais feita pela minha avó, ok, porque a paçoca tem que passar pelo moedor manual e ela não tem mais forcinha mesmo, mas não ter paçoca, seria o fim.

Então eu disse que a gente precisava conversar. Preparei cuidadosamente um discurso, anotei numa fichinha os pontos que a gente deveria discutir e coloquei uma observação lembrando de comover os dois dizendo que a gente deve se unir como família nesse momento tão incerto. Afinal, muitas decisões precisavam ser tomadas. Exemplo: se não tem paçoca, compraremos bananas na semana santa? Porque, qual seria a utilidade das bananas na semana santa sem paçoca? Comer banana pura só traria lembranças da paçoca.

-E aí? Não tô vendo ninguém se movimentar pra fazer paçoca. Como é que vai ser?
-Como assim? Você tá por fora. Nós compramos o amendoim hoje, não se preocupe.

Mas a melhor notícia vem agora: eu fui promovida a pessoa que senta na mesa pra ela não virar!

É muita emoção! Estou muito honrada e agradeço por esta oportunidade. Eu prometo não decepcionar quem confiou em mim!

quarta-feira, 28 de março de 2007

Aqui tem notícias da Tininha, a gatinha de uns posts atrás, uma nova ninhada de filhotes precisando de uma família, notícias sobre a adoção de uma gatinha linda, e um cãozinho idoso que precisa de um lar.

Também tem informações de como você pode ajudar.

Às vezes a gente não pode ajudar com dinheiro. Às vezes a gente pode ajudar doando medicamentos dentro da validade que seu bichinho não usa mais, ração, potinhos de ração e água, sabonetes, produtos de limpeza e até jornais velhos.

Aqui tem uma lista de coisas que a SOS Vida Animal precisa.

Às vezes a gente não pode ajudar com nada disso, mas pode ajudar passando o pedido pra frente. Certamente ele vai encontrar alguém que possa ajudar com alguma coisa.

Obrigada! :)

Vocês já viram a quantidade de produtos pra cabelo feitos de chocolate? Pois é, tem muitos. Eu nunca usei, porque sempre tive medo que acontecesse o que aconteceu ontem.

Eu abri um pote de uma máscara de hidratação de chocolate e era IGUAL a mingau de chocolate. Olha, igual! A consistência, o cheiro, a cor, tudo.

Aí eu fiquei lá com o pote aberto, era um pote enorme, de 1kg, e eu fiquei segurando ele. Pensei "acabou, a minha vida acabou. eu nunca mais vou conseguir tirar meu nariz deste pote. nunca mais, minha vida acabou."

Felizmente, um poder superior me deu a força necessária pra me afastar do pote. Mas eu tive que comprar um chocolatinho, pra me acalmar.

Na minha casa, produto com chocolate não tem chance. Certeza que eu vou querer comer, vou dar entrada no hospital com uma intoxicação, sei lá, e os médicos vão querer me transformar em objeto de estudo, porque ninguém de 24 anos é tão idiota a ponto de comer creme de cabelo.

hehe. Quase ninguém.

Minha mãe ligou e eu atendi.

-Alô?
-Alô, Rafa?
-Não!
-Hannah...?
-Nãããão!
-Raf... Han... Renata!
-É, mãe, Renata.

Mas como poderia ser a Hannah? Como?

Eu ando pela rua piscando. Um olho, depois o outro. O povo deve achar que minha vida é puro flerte.
Na verdade, quando eu ando piscando, sempre tô naquela dúvida "tô de lente ou tô sem lente? tô de lente ou tô sem lente?"

Eu sempre acho que a lente vai cair do olho a qualquer momento. Quase nunca acontece, é mais quando eu bebo mesmo.
...
Cheguei em casa e meu irmão e minha mãe tavam armando uma barraca de camping na sala.
Espero que ninguém esteja planejando me expulsar de casa, nem nada.

terça-feira, 27 de março de 2007

Depois do episódio de Grey's Anatomy de ontem (Staring at the Sun), Renata ficou uns bons 20 minutos chorando.
...
Segunda-feira é o melhor dia. Porque quando alguém entra no quarto e eu tô soluçando e pergunta "mas por que você tá chorando agora? de novo?", eu posso dizer "hum, é grey's anatomy"
...
Vou passar umas cenas pro mp3 player. Assim, quando eu estiver chorando na rua e as pessoas me olharem estranho, vou mostrar a telinha e dizer "foi mal aí, transeuntes. tô vendo grey's anatomy, só isso"


adorei falar na 3ª pessoa, frank. vou adotar.
renata quer que alguém cozinhe pra ela
renata quer que alguém lave os all stars dela
renata não tá gostando da brincadeira
renata não quer comer pizza, não
renata tá arrependida de ter tomado coca-cola

No domingo eu tava saindo de um prédio, andando super numa boa pela calçada. Daí ouvi PLOFT. Assim mesmo, ploft. PLOFT.

Parei, olhei pra trás e vi que uma jaca tinha caído no chão. A três passos de onde eu estava. Uma jaca enorme, madura. Podia ter caído na minha cabeça. Se eu andasse mais devagar, teria caído na minha cabeça. Todos esses anos ouvindo minha mãe reclamar que eu ando rápido demais. Imagina se eu tivesse levado a sério. Imagina se eu tivesse decidido andar mais devagar. Imagina.

Imagina que eu nunca ia me recuperar disso. Como eu ia voltar pra casa com restos de jaca em mim? Como eu ia seguir com a minha vida sabendo que uma jaca tinha caído na minha cabeça?

E justo num dia em que meu cabelo tava bom!

Eu não costumo assistir a MTV, mas agora em março o Vh1 tá com o sinal aberto (não faz parte do meu pacote) e eu estou aproveitando pra assistir. O Vh1 é no canal 23 e a MTV no 22, então sempre que eu ponho no guia de programação pra ver o que tá passando no Vh1 acabo vendo o que tá passando na MTV.

Nisso, eu resolvi assistir ao novo programa do Marcos Mion, Mucho Macho. Eu achei que seria só uma coisa boba pra adolescente, mas que horror. QUE HORROR! É uma das piores coisas a que eu já assisti na vida! Num nível assim de programa do Ratinho.

No programa a que assisti, o apresentador mostrava fotos de homens beijando mulheres obesas e também uma anã e se referia a elas como "barangas". Ele tropeçava de tanto rir, dizendo que os homens da foto estavam fazendo caridade.

No mesmo programa, ele levou mulheres quase nuas para a porta do show dos Pet Shop Boys pedir que as pessoas não entrassem para assistir ao show de homossexuais, mas ficassem ali, na porta, vendo mulheres nuas sem pagar nada. Tem noção que o cara é um gênio da falta de respeito, né? Ele ofende todos os segmentos da sociedade que não sejam compostos por homens heterossexuais.

Eu não espero ver programação educativa na MTV, sei que não é a proposta da emissora, mas eu espero, pelo menos, ligar a tv e não ser ofendida desta forma. Não acredito que alguém tenha autorizado esse programa a ir ao ar. Ele só pode estar sendo exibido sem que o diretor de programação esteja sabendo. Um adulto responsável por uma emissora não pode ter autorizado isso.

Não é questão de ser politicamente correto ou não, é questão de respeito. Deboche também tem limite. Rir de alguém que está usando polainas, tudo bem. Mas rir de alguém porque ela não tem o tipo que você deseja não, né? Né?

Sou chiliquenta mesmo, mandei e-mail reclamando. E se eu pudesse retirar a MTV do meu pacote, já teria ligado pra retirar. É claro que eu estaria esperando na linha até agora pra ser atendida pela SKY, mas isso é outra história...

segunda-feira, 26 de março de 2007

Meu pai veio aqui, apontou pro relógio do celular e ficou parado. Aí eu me toquei. 26 de março, aniversário do papai.

Tenho que botar a foto clássica dos aniversários do papai.
A Hannah fica maluca quando alguém faz aniversário. Ela morre de ciúme. No aniversário do meu pai então, ela quer matar um. Daí toda hora a gente fala "parabéééns!" e abraça meu pai. Ela late e se joga em cima da gente.

domingo, 25 de março de 2007

Pra coroar meu domingo infernal:

-Pai, você aprendeu a dirigir assim que fez 18 anos?
-Não.
-Ah, bom. Porque eu fico achando que já devia ter aprendido e...
-Aprendi quando tinha 15.

Então, tá.

Quando eu tiver dinheiro, vou dar um iPod de presente pra minha mãe.

Hoje já ouvi:
Djavan
Cidade Negra
Ana Carolina
Legião Urbana
Renato Russo (em três línguas)
Capital Inicial
Raul Seixas
Alguém cantando "Porteeeela, ahhh, Porteeela"
...
Outro dia no carro, eu perguntei meio espantada se o que meu pai tava ouvindo era Nelson Gonçalves. Ele tentou disfarçar, eu perguntava e ele disfarçava, várias vezes. Mas eu sou praticamente o Jack Bauer. São muitas as formas que eu conheço e domino de arrancar uma confissão. Ele sucumbiu e admitiu que era mesmo Nelson Gonçalves.

sábado, 24 de março de 2007

Outro dia fui comprar um demaquilante, e eu costumo comprar numa loja beeem popular, onde as coisas são mais baratas. Os produtos mais carinhos ficam dentro de um armário que fica sempre fechado, você tem que chamar uma vendedora pra poder ver os produtos.

Tô eu lá mostrando o demaquilante que eu queria, e ela "é este aqui?" e pega o Revitalift Double Lifting.

Cara, um pouco de respeito. É tudo que eu peço.

No último aniversário do meu pai, minha mãe jogou um bebê no meu colo. E eu fiquei desesperada, sem saber o que fazer com ele. A criança era tão novinha, que não ficava nem com a cabeça parada. E minha mãe ficava me dando umas instruções de como segurar o bebê e eu só falava "por favorrr, tira ele do meu colo, tira ele do meu colo."

Quando finalmente alguém me salvou e salvou o bebê, notaram que o bebê tava cheio de caspa e a mãe disse:
-É, eu ainda não lavei a cabeça dele.

Quer dizer, me jogam uma criança e ainda por cima sujinha...

-Tata, a fulana vem no aniversário do seu pai e você vai poder ver o barrigão dela.
-hahahahahahahaha. Barrigãooo?
-É, ela tá grávida.
-Ah.
-Aí você vai poder ver.

Gente, alguém avisa pra minha mãe que eu não sinto nenhuma atração por barriga de grávida. Por que eu teria vontade de ver a barriga de alguém? Não quero nem ver a minha, quanto mais a barriga alheia.


a minha mãe, eu tenho que esclarecer, sai de si quando vê uma grávida ou um bebê. ela não é mais ela, ela é a pessoa louca por grávidas e bebês. ela muda, gente, ela muda. por isso eu não posso ter filhos. não vai ter psiquiatra que cure a minha mãe depois.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Já faz um tempo que eu não tenho uma história de bicho medonho pra contar. Tô achando tudo muito estranho. Onde estão todos os bichos medonhos, que há semanas não entram no meu quarto?

Pro blog não perder o sentido, já que eu fiz até uma descrição pra ele citando os bichos medonhos, um bicho medonho, o limpa-vidro:

Smack!

Aí eu lembrei que numa das minhas peregrinações pelo dermatologista ideal, uma vez fui a um com a minha avó e ele ficou perguntando sobre nossa rotina e tal.
Na época, eu não trabalhava, só fazia faculdade.

E ele:
-Ahhh, então é uma... vagabunda!

A falta de noção foi tanta que a gente caiu na gargalhada na mesma hora. Até hoje quando eu digo que tô com preguiça, ou ela vem aqui e eu tô dormindo, minha avó fala "mas, minha neta, você é uma... vagabunda!"

Mãe: -Eu quero um mecânico de confiança. Com mecânico tem que ser igual a cabeleireiro, tem que ter fidelidade. A gente tem que achar um que seja bom e ficar com ele.
Pai: -Bom, tem o fulano. Ele é bom, só que ele não trabalha antes das 11. Ele não acorda antes disso.
Mãe: -Mas que vagabundo! Eu que não quero um mecânico vagabundo. Onde já se viu um trabalhador que não acorda antes das 11?

[silêncio]

Eu: -Mas, mãe, hoje eu acordei a essa hora.

[silêncio]

Mãe: -Pois é.

-Eu fui lá na auto-escola do meu amigo. À vista é xxx. Se você pagar até amanhã tem um desconto de 90 reais.
-Tá bom, pai. É a mais cara.
-Bom, então amanhã eu volto lá e falo com ele pra ver se ele dá outro desconto.
-Ah, não. Prefiro pagar mais e ter o direito de dar um chilique se quiser.

Eu fui criada no catolicismo, né? Então tem esse valor chamado gratidão que as freiras do colégio enfiaram aqui dentro e ele nunca mais saiu. Quer dizer, como eu poderia dar chilique com alguém que me deu desconto? Nunca. E se me jogarem pra um instrutor mal educado? E se o carro pra treino for horrível? Não poder dar um chiliquinho não serve pra mim.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Voltando pra casa e o motorista pára o ônibus pra comprar um hambúrguer.

No Gigabyte.

Eu não me conformo.

Meu sonho:

Eu tava na fila pra comprar um donut e meu telefone tocou.
-Renata, você não vem trabalhar?
-Oi, chefe.
-Você não vem trabalhar? Onde você tá?
-Eu tô na Bahia.

E desliguei o telefone, muito zangada por pagar roaming. Até em sonho.

quarta-feira, 21 de março de 2007

segunda-feira, 19 de março de 2007

Eu lido com adolescentes quase todo dia. O que eu mais sinto é compaixão, porque eu já fui daquele jeito e agora sou este poço de equilíbrio emocional. ¬¬

Outro dia eu tava sentada na secretaria do curso e tinha uma garota na calçada do outro lado da rua. Eu perguntei à secretária se ela conhecia e se a garota tava esperando alguém do curso. Ela me respondeu que ela ficava ali, às vezes, esperando um garoto que estuda no curso, só pra olhar pra ele. Quando o garoto sai do curso, ela vai embora. Que dó. Por muito pouco eu não atravessei a rua pra dar uns conselhos pra ela. E dizer que ela ainda vai se humilhar tanto e de maneiras tão diferentes, que não precisa começar tão cedo.

Mas o que eu mais sinto quando vejo uma adolescente é vontade de pegar um lencinho de papel e passar nos olhos dela.

Pra que tanto lápis de olho, gente, pra quê?

Eu adoro maquiagem e adoro quem divide conhecimento. Adoro blogs de culinária, de dieta, de moda. Odeio pedir uma dica, perguntar qual é a cor da sombra e a pessoa disfarçar e enrolar pra não me dizer. Eu implico tanto com gente bizarra, mas recebo de braços abertos qualquer maluca que me pára na rua pra perguntar o nome do meu esmalte.
Este blog tem tudo o que você quer saber sobre maquiagem. Dicas ótimas, explicações detalhadas e fáceis, com fotos.

Pra quem não quer ser a Sandy e dispensa as maçãs do rosto vermelho-bombeiro, dicas são sempre bem-vindas.

Quase uma pintura de guerra

Marido de Cláudia Leitte diz que a cantora arrasou na noite de núpcias.

Nossa, era tudo que eu precisava saber. Tava super curiosa. Ainda bem que ele nos deu essa informação tão necessária.

Acho lindo quando as pessoas compartilham informações íntimas com quem nem conhecem.

domingo, 18 de março de 2007

O creme baratinho tá super dando resultado. Não tem nem duas semanas que eu tô usando e a melhora é evidente.

Mas é aquela coisa, estou passando com fé. Porque, se a fé move montanhas e produz estigmas, eu imagino que ela também reduza a celulite.

A Jussara me mandou por e-mail a história da gata Tininha, uma gatinha que foi atropelada e arrastada por um carro e recebeu a ajuda da SOS Vida Animal.

Ela está internada no INPA (21 2547-4405), mas eles precisam de ajuda financeira para continuar ajudando a Tininha, que ainda tem que fazer uma cirurgia, está tomando antibiótico e medicamento para a dor e deve ficar no soro.

Quem puder contribuir com qualquer quantia:

Banco Itau-341
Agência 6023
Conta Poupança 05142-5/500
Gloria Regina Salles de Oliveira
CPF: 534903207-00


Banco do Brasil
Agência 0080-9
Conta Poupança: 36345-6 variação 01
Heloísa Borges Cantarino
CPF: 485.339.987-91

Obrigada! :)

sexta-feira, 16 de março de 2007

Não contente em receber essa missão de fazer sentido, eu resolvi fazer disso uma profissão. E fico aqui, tentando dar sentido a artigos médicos.

Você sabe por que médicos têm aquelas letras incompreensíveis, né? É porque eles escrevem coisas tão malucas, não têm noção nenhuma de pontuação, escrevem um parágrafo inteiro que, depois de lido, só deixa aquela sensação de "mas, heiiin?", que têm que disfarçar isso com garranchos.

-Sua tia mandou uma tulipa pra você.
-Tá.
-Tem que ficar na geladeira.
-???
-Pra não ficar feia.
-Mas se vai ficar na geladeira, qual é a graça? Só vou ver a flor quando abrir a geladeira? O que adianta ela durar 15 dias se vai ficar fechada na geladeira?
...
É muito cansativa essa minha missão de vida. Porque eu sinto que vim ao mundo pra fazer sentido. E isso é muito difícil. Eu podia estar vagando por aí, tentando descobrir o sentido da vida e por que eu vim ao mundo. Mas, não. Eu já descobri o que eu vim fazer aqui. Tão mais fácil se a minha missão fosse ser presidente, astronauta, acrobata do Cirque du Soleil. Mas, não. Eu vim ao mundo com a missão de fazer sentido.

Por que um fardo tão pesado, por quê?

Eu não sou dessas pessoas que acham que House é a melhor coisa do mundo.
Há várias coisas melhores do que House.

House correndo.
House suado.
House andando de skate.
House no chafariz.
House salvando o cara em estado vegetativo com apenas uma - uma! - injeção.

Weee, House voltouuu!

quinta-feira, 15 de março de 2007

Eu vou ter que trocar a armação dos meus óculos. Não é bem uma necessidade, mas vai fazer 3 anos que eu uso a mesma armação, então, hum, é uma necessidade.

Fui com a minha mãe à minha ótica preferida, pra dar uma olhada nas coisas e já ir me preparando pra ver em quantos reais eu vou morrer. E foi nesse dia que eu vi. Aqueles óculos escuros e-nor-mes, de armação e lentes marrons. "Mãe, eu não te falei que queria muito óculos escuros marrons?" Minha mãe odiou, falou tão mal, disse que eram enormes, que eu ia parecer aquelas velhinhas que querem esconder as rugas, que eu acabei deixando pra lá.

Eu tenho este problema com óculos escuros. Eu não preciso de mais um par. Já tenho mais do que um pra cada dia da semana, mas não resisto. E quanto maiores, mais eu quero ter. Acho que é meu acessório preferido. Mas minha mãe odeia óculos gigantes, ela tá sempre me comparando a alguma perua amiga da minha avó. Vim embora deixando um pedaço do meu coraçãozinho lá, porque a dona da ótica me disse que só tinha dois.

Hoje eu acordei muito abalada, porque me toquei que tinha saído ontem com brincos prateados e sandálias douradas. Eu tinha que fazer alguma coisa pra reestabelecer minha autoconfiança. Na hora de me arrumar pra ir trabalhar, eu já não sabia o que podia combinar, só pensava em mim mesma como a pessoa que saiu de casa com brincos de prata e sandálias douradas.

Precisei ir à ótica comprar os óculos gigantes. Foi pela minha saúde mental.

hahahaha. Vejam esta notícia e me digam se homens não são mesmo criaturas bizarras.

"Fazem isso também quando a foto não é de um ser humano, mas de um animal."

A Dercy Gonçalves nasceu em junho de 1907. Eu não deveria saber disso, é mais uma informação inútil ocupando espaço na minha cabeça, mas eu sei. Procurei no Google só pra confirmar, mas eu sabia o mês e o ano de nascimento dela.

Não sei se vocês repararam, talvez vocês não vejam tantos programas de televisão ruins quanto eu, mas desde o ano passado as pessoas resolveram dizer que ela tem 100 anos.

Que sensação deve ser essa de conviver com gente que não garante que você vá durar mais uns meses, e quer garantir seu centenário assim mesmo?

Gaaah, que saudade deles!

terça-feira, 13 de março de 2007

Isso de debochar é uma herança da minha mãe. Minha mãe debocha de todo mundo, gente. Minha mãe debocha de mim e do meu irmão desde que nós nascemos. É uma das coisas que eu mais gosto nela.

Quando eu era bebê, ela resolveu cortar a minha franja. Cortou demais. Ela passou meses me chamando de cacique Juruna, até a franja crescer. Até hoje, quando vê uma foto daquela época ela diz "olha a minha juruninha"

Um dia, ela resolveu ensinar o meu irmão a sambar. Era tão engraçado meu irmão sambando, porque ele não sambava, só balançava as pernas e batia os pés no chão. Não dá pra explicar, só vendo. E minha mãe sempre pedia pra ele sambar, dizendo "rafa, samba pra mamãe, pra eu ver como você samba bem", e meu irmão sambava e minha mãe quase morria de rir.

A gente costumava ter secretária eletrônica aqui em casa. O recado era sempre gravado por mim e pelo meu irmão. Uma vez, minha mãe decidiu que a gente ia cantar um rap. Pois é, o recado da secretária eletrônica aqui de casa, gente, era em forma de rap. Não tinha quem não achasse bizarro. Isso deve fazer uns 15 anos, e tem gente que lembra até hoje. E pede pra gente cantar. Eu não lembro a letra inteira, mas lembro que o rap tinha até um "ê-ê" no final de um verso.

Eu sei que tem gente que super se ofende com deboche, mas pra mim é só mais uma forma de amor.

Eu não me esforço pra debochar dos outros. Eu não acordo pensando "hum, hoje vou encontrar uma pessoa bizarra e vou morrer de rir com ela." Juro que não é assim. É um fardo este que eu carrego. Isso de achar tudo ridículo. E com tudo, eu quero dizer tudo, inclusive eu. Ninguém debocha mais de mim do que eu mesma.

Mas, enfim, o que eu quero dizer é que eu não procuro por gente bizarra pra debochar. Elas vêm até mim.

E aí eu tava vendo televisão, aparece uma menina cheia de discursinho, tipo "muitas meninas da minha idade não se cuidaram e engravidaram. eu não condeno, mas se tivesse acontecido comigo, eu não estaria onde estou hoje."

E aí mostra a menina entrando num palco e cantando funk.
...
Lembrei total de um amigo da minha mãe que diz "ah, a minha filha mais velha tá ótima, muito bem, lá lá. a mais nova não deu pra boa coisa, não. é cantora de funk."


minha mãe repete isso todo dia. todo dia ela ri. "hahahaha, não deu pra boa coisa, não, renata. ela virou cantora de funk. hahahaha."

Sabe o que é esperança, né?
Esperança é aquilo que você sente quando entra na academia nova que abriu perto da sua casa, e entra pensando "hum, se eu pagar 3 meses tenho desconto e vou me obrigar a ir". Isso é esperança.

Como esperança é a última que morre, quando o cara menciona lambaeróbica e fica repetindo a palavra, você mantém a esperança que ele olhe pra sua cara e veja o horror estampado nela. E se toque.

O que não acontece, porque a esperança, na verdade, é aquele bicho verde que apareceu morto na sala dos professores. E no qual eu pisei, sem querer.

Não tem como não me irritar quando eu chego em casa, tenho trabalho pra fazer e ainda tenho que entrar no msn só pra falar com meu irmão:

"Rafael, limita os downloads, porque aqui o Google tá demorando dois minutos pra abrir."

Eu tenho que ensinar a pessoa até a dividir a conexão, cara.


quer dizer, eu sei que eu mal consigo dividir a pia do banheiro com ele, e só deixo espaço pra escova de dentes e pro estojo das lentes de contato, mas isso não deve ser descontado na internet. a internet é sagrada.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Dar aula pra crianças cansa. Cansa demais. Eu evito pegar turma de criança, não porque eu não goste. Acabo gostando, eles falam coisas muito engraçadas, são empolgados e ainda não descobriram o deboche.

Mas o mais legal, olha, o mais legal é quando você entra na sala e as meninas correm pra falar:
-O cabelo da teacher fica muuuito mais bonito assim, solto!
-Mil vezes mais bonito!
-Um milhão de vezes mais bonito!

Gaahh, quem quer dar aula depois disso? Quero fazer brincadeira até a hora de ir embora, só.

15 horas sem internet.

Quer dizer, certeza que eu vou desenvolver um transtorno pós-traumático.

sábado, 10 de março de 2007

Me irrita demais ver gente falando que foi à "cachoeira véu-de-noiva".
Cara, TODA cachoeira se chama véu-de-noiva. TODA. Me irrita ver alguém falando que foi a alguma cachoeira com esse nome, como se fosse alguma coisa muito exclusiva. Dizer "ah, foi super legal. a gente foi pra cachoeira véu-de-noiva" não me diz nada, não tá dando nenhuma informação especial. Pode ter sido qualquer uma. Não é preciso viajar pra ir a uma cachoeira com esse nome. Basta ir a QUALQUER cachoeira.

Até no meu bairro tem uma cachoeira chamada véu-de-noiva. Quer dizer, você foi à cachoeira véu-de-noiva? Grande coisa, eu posso ir lá todo dia. ¬¬

sexta-feira, 9 de março de 2007

Quando eu começo a correr, tenho uma sensação tão estranha, tipo "vou morrer, vou morrer agora, que vexame." Eu sinto que vou cair de cara no chão a qualquer momento. Depois passa, me sinto mais normal.

Mas meu preparo físico é péssimo, meu irmão corre muito, eu corro numa velocidade muito inferior e muito menos do que ele. Quando canso, sento pra tomar uma água de coco e esperar ele terminar.

Fora que hoje não consegui correr direito, porque meu short tava caindo e eu só conseguia pensar "ai, que vai aparecer meu cofrinho!"

quinta-feira, 8 de março de 2007

Sempre que alguém abre a porta aqui de casa a Hannah late. E sempresempresempre meu pai grita lá do quarto "Pega, pega, pega!"

Não importa a hora. Pode ser eu chegando do trabalho. Pode ser meu irmão chegando de madrugada.

Ele sempre grita "Pega, pega, pega!"


é quase tão irritante quanto meu irmão gritando "queeeebra!" quando alguém deixa alguma coisa cair.

-A minha avó quando vê alguém bonita diz "que morra! que morra de bonita!"
-Ai, desculpa, nunca quero conhecer a sua avó.
-Por quê? Tem medo que ela deseje que você morra?
-Não, pior. Tenho medo que ela olhe pra mim e diga "vida longa pra você, Renatinha!"

Droga, gente, a Megasena saiu?
Esqueci de jogar de novo.
Isso sempre acontece. É por isso que eu ainda não sou milionária.
Vocês vão ver no dia em que eu me lembrar de passar na lotérica...

quarta-feira, 7 de março de 2007

O melhor de você confessar pra uma amiga que tirou uma foto da própria bunda pra comparar semana a semana se o creme baratiiinho funciona mesmo, é ouvir de volta:

-Eu também!!!

-Ai, mãe. Esse sapato tá me machucando tanto. Meu pé já tá esfolado...
-Bom, então pisa nele, pra não encostar mais no seu tornozelo.
-Cruzes, mãe. E estragar meu sapato? Você sabe quanto custou?
-Bom, então aproveita, compra uma sandália e deixa o sapato na bolsa.
-Não, nem pensar. Eu tava cheia de trabalho essa semana, desmarquei a pedicure. Sandália nem pensar.

E o povo escrevendo mensagens contra o Bush em muros? Em Português?

Ai, gente. Ai, gente.

O Babel Fish do Altavista tá aí pra isso. Não faz vergonha.

Eu desconfio que a Credicard.Citi ache minha voz super sexy de manhã. Só isso explica o fato de eles só ligarem pra me acordar e nunca na hora do almoço ou do lanche.

E aí me ligam, é de manhã, tô sonada, e eles ainda falam com a voz mais animada que conseguem:
-Parabéns, senhora Renata! A senhora ganhou...

Nessa hora o meu coração vai a mil, eu logo penso "meudeus, ganhei um milhão! ganhei um milhão!"

-...a oportunidade de adquirir um título de capitalização!

Não sei como eu contenho a ira nessas horas, juro que não sei...

terça-feira, 6 de março de 2007

Olha, não sabia. Eu adoro o UrbanDictionary, consulto sempre.

Não sabia que tinha um site desses em Português: Dicionário inFormal.
...

Palavra do dia: nabo
fumo, coisa ruim, tomar um nabo, levar fumo, não passar

Levei um nabo na prova.
...
Hohoho, palavra do ano, Dicionário inFormal. palavra do ano.

Várias pessoas me disseram que aquele creme anticelulite da Nivea era bom. Eu sou meio desconfiada com coisas baratas demais, tô acostumada a ver creme anticelulite custando bem mais. Mas como disseram que era bom, e já que é barato mesmo, resolvi testar. Eu achei que custasse 40 reais, vi na Internet por 30, a Marcela me disse que tinha visto nas Lojas Americanas por 27.
Hoje eu achei por 18* e nem pensei duas vezes, porque 18 reais é brincadeira. Se não ajudar com o problema, pelo menos tem um cheirinho bom. E cheirinho bom é sempre bem-vindo. Sempre tem espaço pra mais uma crise alérgica na minha vida.


*em Nova Iguaçu: comprei na Drogaria Galanti, na filial da rua dos cartórios, perto da igreja de são jorge.

Eu moro num prédio de esquina, o que faz com que os palhacinhos voltando da escola apertem a campainha aqui de casa e virem a rua andando tranqüilamente, achando que a pessoa vai olhar pela janela e não ver ninguém.

Por isso é uma diversão sair correndo pro outro lado do apartamento só pra falar:
-Ó, se fizer de novo eu vou até a sua casa falar com a sua mãe, hein?

São esses pequenos momentos do meu dia... que me fazem ser uma pessoa cada vez mais rabugenta.

domingo, 4 de março de 2007

Eu tava pensando em vir comunicar que daqui a umas semanas vai começar a preparação de paçoca pra semana santa lá na minha avó. A preparação ainda é na casa dela, mas agora minha avó não agüenta mais moer o amendoim, então ela só prepara a paçoca depois que nós fazemos a parte da moedura.
Dessa parte da moedura participamos meu pai (moendo o amendoim), minha tia (sentando na mesa pra fazer peso e a mesa não virar com a força que meu pai faz) e eu (falando coisas como "ih, pai, tá ficando fraco" e "mas, tia, se a gente trocar você por um monte de pedra dá no mesmo") e às vezes meu irmão (resmungando e falando mal do trabalho alheio).

Bom, eu vim pra contar isso, aí lembrei que uma vez contei pra Vanessa na faculdade que aqui em casa tinha paçoca caseira e era muito mais gostosa do que a industrializada. Daí eu levei um potinho de paçoca pra ela. Ela não agüentou esperar pra comer em casa e resolveu comer a paçoca ali mesmo, na sala.

A professora entrou e a Vanessa ofereceu. A resposta:
-Ah, não, obrigada. Sabe que eu li uma pesquisa que mostrava que o amendoim causa câncer no intestino.

Tem gente que nasceu pra ser fofa.

sábado, 3 de março de 2007

Vivendo sem noção do que é socialmente aceitável

Lição I

Quando você estiver lá, dando aula, no meio da maior explicação do verb to be* e aparecer uma barata, corra, saia da sala e feche a porta, deixando a turma lá dentro. Só perceba o que fez quando olhar pela janelinha da porta e vir os alunos se olhando com aquela cara de "galera, ela trancou a gente com uma barata."


*só pra exemplificar, gente. eu juro que ensino outros verbos também.

Que finalzinho mixuruca de novela.
Fora que a última cena era igual à última cena de Por Amor. Lembram em Por Amor, quando a Helena trocou o próprio filho pelo filho morto da filha e depois teve que pegar a criança de volta porque o maior sonho do Antônio Fagundes era ser pai? Na cena final, a Gabriela Duarte e o Fábio Assunção tão levando o Marcelinho pela mão e deixam o menino ir com os verdadeiros pais, a Regina Duarte e o Antônio Fagundes, que tão andando mais à frente. Tudo isso naquele caminho das palmeiras imperiais. Ontem a cena foi no mesmo final, acho que até o chapéu da Helena era o mesmo.
Olha que tristeza, eu guardo esse tipo de informação na cabeça, mas não sei nada de útil, nada que me ajude a dar um jeito na vida, nada.
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Que lindo a mãe dizendo pra Thelminha que se ela fizesse sexo ia ganhar um amante e perder um marido. Lição de vida pra juventude, é isso aí. Podiam até lançar uma promoção: troque seu hímen por um marido. E Thelminha levando lençóis porque queria um salário enquanto não casava? Quanta humildade, achei lindo. Mas empregada doméstica assim até eu queria ser. Ela só levava lençóis pro quarto do Jorge, era a única função. De vez em quando também servia um suquinho com bolo, mas era mais raro. Você viu Thelminha limpando um banheiro? Eu não vi. Assim é mole, né?
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Coisa antiga aquele espírito perturbado ter cheiro de rosas, hein? Isso é uma coisa que sempre me incomodou, desde as primeiras aparições. O espírito de uma pessoa de 21 anos não pode cheirar a rosas, gente. Cheiro de rosas tem o espírito de alguém de 89 anos. Se eu morrer e vocês sentirem cheiro de rosas, podem saber que não sou eu. Meu espírito vai exalar um perfume cítrico e leve.
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O que me agradou mesmo foi a sapatilha da Marta. Coisinha linda...
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Eu vi Heroes, mas não pesquei algumas coisas. Tipo qual é o poder da Nikki? Se olhar no espelho? Assumir uma outra personalidade? Gente, isso não é poder, alguém avisa. E dá um remedinho.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Faltam 10 minutos...


a Patricia me lembrou que hoje estréia Heroes às 21h no Universal. agora já preparei a sangria. vou ter que me dividir, que dor.

Ainda bem que hoje é o último capítulo. A novela exige doses de álcool cada vez mais altas.

Ontem o cabelo do Thiago Lacerda tava tão descontrolado que não cabia na minha tela. Cara, como assim? Vai passar um pente e se olhar no espelho antes de pedir alguém em casamento.
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Se a novela fosse minha, não existiria isso de ser civilizado. Esse tempo já passou. Meus personagens não teriam paciência pra conversar. Olívia entra na sua casa gritando porque você adotou a filha abandonada do ator que arregala os olhos pra ganhar um prêmio Contigo? Muitos tabefes nela.

Eu gostava daquele tempo em que calmante era um tapão. Se alguém ficava descontrolado, um tabefe em cada bochecha resolvia a questão. Não tinha nada de "veja bem, eu sou mãe dela." Dá uns sopapos, manda ir cuidar do filho que fica abandonado pelos jardins daquela mansão e expulsa da sua casa arrastando pelos cachinhos.

Civilidade, não sei de onde tiraram essa história... ¬¬

quinta-feira, 1 de março de 2007

Eu quero tanto tanto tanto um assistente. Vou pedir um de natal pra minha mãe. Que pena que meu aniversário passou e eu não pensei nisso.

Quero tanto tanto tanto alguém que lide com os clientes por mim, porque eu não posso com isso. Informar preço, cobrar taxa de urgência, explicar que eu não preciso de dicionário emprestado e que mesmo se ele quiser enviar o dicionário junto, isso não vai fazer a menor diferença no preço.

Eu sei que no mundo deve haver alguém com vocação pra fazer isso por mim, eu sei...


eu só queria que essa pessoa aceitasse trabalhar em troca de algo que eu possa pagar. tipo pães de queijo.

Eu tô aqui trabalhando, mas só consigo pensar na sandália que eu vou comprar com o fruto desse trabalho. Que veio pra mim do nada. Eu ia comprar só no mês que vem, mas agora vou comprar na semana que vem, sem rombo no meu pequeno orçamento nem nada.

Dinheiro aqui é assim. Chegou, saiu. Sem nem dar tchau, sem me despedir, que é pra eu não ficar com saudade.