sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Antes de contar a história eu quero falar de um aniversário meu há alguns anos. Uns dias antes do aniversário, minha mãe falou que quando ela era mais nova em toda festa tinha um petisco chamado "sacanagem", que é queijo, azeitona e salsicha no palito. Alguma coisa assim. Eu falei "nossa, que cafona" e ela inventou que na minha festa de aniversário tinha que ter o tal petisco e que todo mundo ia amar.

Ela fez e passou a festa inteira oferecendo para os convidados e morrendo de rir:
-Quer sacanagem? HAHAHAHA Sacanagem! Quer sacanagem?

A minha mãe é assim.

(vou lembrar que a Hannah faz aniversário junto comigo, nasceu no mesmo dia. quando ela fez 1 aninho, o tema da minha festa foi: cachorros. e meu bolo tinha vários cachorrinhos)

Agora vou contar a maluquice deste ano. Eu finalmente resolvi pensar no cardápio da minha festa de aniversário. E pedi sugestões aos amigos. As sugestões foram:

-feijão amigo
-quibe
-bolinho de aipim

Fiquei passada. Ninguém quer me ajudar a fazer uma festa fina, com tomatinhos cereja recheados. Com queijo brie. As pessoas querem que eu transforme a minha casa num boteco.

Marcela começou uma campanha forte pelo feijão amigo. Começou a pressionar todos os meus amigos e conquistou defensores do feijão amigo dentro do meu próprio lar. Meu irmão contou pra minha mãe as sugestões dos meus amigos.

Daí eu tava lá, falando sobre as minhas sugestões pro cardápio da festa:

-...e batatinhas recheadas com creme de...
-Batatinha calabresa?
-Não, mãe. Batatinhas recheadas com creme de queijo.
-Ahhhhh, faz batatinha calabresa!
-Não, mãe. Nada a ver.
-Faaaaaz!
-Não, mãe.
-Eu vou fazer.
-Mas eu não quero!
-Mas a Hannah quer. E o aniversário é dela também! Pra festa da Hannah vou fazer quibe, batadinha calabresa e feijão amigo.
-Mãe, mas eu não quero um botequim na minha festa!
-Mas a Hannah quer. Ela vai fazer seis anos, já é uma adulta, pode ir a botequim.
-Mas você vai destruir a minha festa!
-É a festa da Hannah, Renata. A gente vai dividir o terraço. Uma mesa pra você e uma mesa pra Hannah. E na festa da Hannah vai ter várias comidas gostosas.
-Mãe, mas a festa da Hannah nem tem convidados!
-Tem sim. Eu, seu pai, sua tia, sua avó, seu irmão. Todos nós vamos pra festa da Hannah!

Então, pelo que parece é isso. Um lado da minha festa vai ter comida de boteco. Só queria avisar. Porque acho que não há nada que eu possa fazer.

Minha mãe me deixa sem palavras.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Sempre que eu uso Daisy, do Marc Jacobs, eu passo o tempo inteiro apaixonada por mim. Sinto um amor sem fim. Uma vontade de só fazer movimentos lentos. Ficar balançando meus braços bem lentamente. Correr numa pradaria. Eu quero me abraçar, me beijar e me pedir em casamento. Eu quero prometer a mim mesma que vou me fazer muito feliz e vou me amar para sempre. Porque uma pessoa com um cheiro tão bom só merece coisas boas.

E eu não consigo entender como o resto do mundo não cai aos meus pés quando eu saio de casa usando Daisy.


eu passo daisy na minha roupa de cama. eu não me importo quando acordo no meio da noite por causa da alergia. nada no mundo me faz tão feliz.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Janeiro, que mês terrível.

Saí pra terapia, voltei com dois vestidos, uma t-shirt e uma sandália.

Em minha defesa, tenho que dizer que paguei 190 reais a menos do que se não tivesse comprado na liqüidação. E eu queria o vestidinho de vó e a sandália dourada há meses, ia comprar de qualquer jeito.

Então, na verdade, eu economizei 190 reais.

Ponto pra mim!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Eu queria muito poder bater meu pezinho e fazer pirraça contra a reforma ortográfica. Mas queria muito mesmo. Porque bater meu pezinho e fazer pirraça é o que melhor eu faço na vida. É o meu talento. Tem gente que sabe cantar, costurar, dançar. Eu sei fazer pirraça.

Mas não posso porque:
1) Não quero ser como aquelas pessoas que até hoje escrevem dôce e flôr.
2) Não posso dizer pros clientes que "olha, eu só traduzo pra Português de antes da reforma, tá?"

Então, é isso. Tenho que aprender. Eu quero? Não. Tô a fim? Não. Tô com raiva porque vou ter que comprar novas gramáticas e dicionários? Sim. Mereço, depois de tudo que eu passei nesta vida, ter que aprender novas regras? Não.

Posso fazer alguma coisa pra mudar? Não.

Então é isso, não adianta chorar. Aprendi em 2008, hein? Se não tem jeito, não adianta chorar.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Daí você (no caso, eu) tá lá, muito adulta, levando a família pra jantar. Ok, não tão adulta, porque de saia curta, tênis e batom rosa chiclete não dá pra ser super adulta. Mas um pouco adulta, né?

No meio do jantar, sua mãe (no caso, a minha) engasga.
-Que foi, mãe? Engasgou?
-Acho que engoli... uma pena.
-Uma pena?
-É. Uma pena de... PATA que vai pagar a contaaa!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Vou viver uma vida inteira e não vou conseguir entender por que as pessoas insistem em fazer encontros entre pessoas que estudaram juntas na escola.

Por que alguém quer se encontrar com alguém quando a única coisa que eles têm em comum é ter estudado na mesma escola?