quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

Vocês paulistas, vou te contar. Podem ser a locomotiva do país, mas nós temos bate-bolas.

"Bate-bola ou clóvis é uma figura comum no carnaval carioca. Trata-se de uma fantasia usada para assustar crianças, com uma roupa de palhaço, máscara e uma bola de plástico leve, mas muito barulhenta."


Na definição de Rosa Magalhães:
Supõe-se que a palavra Clóvis seja uma corruptela de “clown” ou palhaço. Os clóvis têm, realmente, uma semelhança com os palhaços: as bochechas vermelhas, as sobrancelhas arqueadas, os cabelos de lã arrepiados e as cores berrantes de seus trajes. A roupa é uma espécie de macacão bem fofo, com bordados em paeté, uma capa e uma bexiga de boi atada a um cordão, que é atirada contra o chão fazendo urn barulho muito grande. Andam geralmente em grupos, batendo as bolas com força no chão Por essa característica, essa fantasia também é conhecida como bate-bola.

Aqui uma foto do JB Online.

É basicamente isso mesmo. Um macacão bem largo, alguns até rodados, tipo uma calça-saia, bem coloridos. Usam uma máscara horrorosa que tem um buraquinho no lugar da boca para um apito. E carregam uma bola (acho que essa história da bexiga de boi é bem antiga) de plástico presa por uma corda. Eles rodam a corda e batem a bola no chão.

Normalmente saem em bando e podem ou não usar fantasias iguais. Quando você vê um, canta assim:

"bate bola, bate pé
tira a roupa da mulher
se for homem vem aqui,
se for bicha fica aí"

E sai correndo porque o bate-bola vai correr atrás de você.
Eu só cantava a música de dentro de casa. Tinha pavor, pavor de bate-bola.
Uma vez minha mãe comprou uma fantasia de bate-bola pra mim, pra ver se eu perdia o medo*. Eu vesti e quando olhei no espelho queria morrer, não parava de chorar.

Só falta também não darem doce no dia de São Cosme e São Damião aí em SP.

*sabe como é a minha mãe. ela mordeu meu irmão pra ele parar de morder as pessoas. ela cuspiu numa criança pra ela parar de cuspir nas pessoas. e ela me vestiu de bate-bola pra acabar com o meu medo.

Eu fico chocada quando vejo pessoas que nunca viram um bate-bola na vida. Tem gente que nem sabe o que é.

Em que mundo vocês vivem, pessoas?

Bom, aqui no meu bairro a tradição continua (quase) intacta e os bate-bolas saem (quase) todas as noites.
Eu tentei, da janela, tirar fotos deles, mas foi complicado. As fotos ficaram horríveis, porque eu tentei disfarçar, fiquei sem graça de parecer uma maluca. Aqui é tão comum que ninguém pensa em tirar foto deles.

Esta ficou péssima, mas acho que dá pra ver que é uma roupa super colorida e cheia de babados


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

No começo da semana, uma coordenadora de projetos me mandou um e-mail perguntando se eu estaria disponível pra fazer um episódio de uma série de 1 hora e entregar no sábado de manhã. Como eu vou viajar na sexta de manhã, disse que sim, pensando em entregar na quinta à noite.

Estranhei ela ter me dado um prazo tão grande. Normalmente, pra fazer a revisão, me mandam os arquivos de manhã pra eu entregar à noite. Eu faço em umas 2 horas, no máximo. Só essa semana eu já revisei três episódios dessa mesma série. Todos de manhã pra tarde. Deixei quieto, nem mexi nos arquivos, pensando que faria tudo rápido.

Só hoje me toquei que não era uma revisão, era uma tradução.
Então tô aqui há umas 3 horas. E só traduzi 15 minutos do episódio (que tem 48).

/o...

Não tem mais nada, acho, que eu me imagine fazendo além de tradução. Assim, pensando em termos de "pro resto da minha vida".
Posso ficar o dia inteiro na frente do computador com dicionários. Pensando, traduzindo, pedindo opinião, lendo em voz alta pra ver se fica estranho, parando a tradução pra pesquisar as posições do beisebol ou a hierarquia dos cargos nos Correios.

É como ter permissão pra me distrair.

\o/

domingo, 19 de fevereiro de 2006

sábado, 18 de fevereiro de 2006

bom dia, flor do dia


Hoje, 6:31.

Quando minha vó Elza liga pra cá de manhã e eu atendo com voz de sono, ela sempre diz "bom dia, flor do dia".

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

Me irritam profundamente aqueles óculos coloridos do Bono.
Pombas, chega com aquilo. É muito 1998, datou, joga fora!

Não importa quantas vezes você acabe com a fome do planeta, só tenho uma palavra para você, Bono: ca-fo-na.

Envelheça com dignidade, por favor.

Estou tão atacada que agora mesmo eu ia passar tinta de carimbo em tudo o que está no meu porta-lápis pra ver se param de pegar minhas coisas sem pedir e sem devolver.

Não foi o bom senso que me impediu de fazer isso, foi só a lembrança de que tinta de carimbo também seca e quando alguém fosse pegar não ficaria com as mãos sujas.

...

Tenho muita pena de quem tem que lidar comigo nessa época. Minha fatura do cartão não chegou, então mandei um e-mail xingando todo mundo. Mais tarde devo mandar um e-mail pedindo desculpa, como normalmente eu faço. E mais tarde eles vão achar que, além de mal educada e histérica, eu sou maluca.

Depois resolvi ligar e despejar minha raiva num pobre operador de telemarketing. Tadinha, era uma menina. Só briguei um pouco e imediatamente me arrependi. Pedi desculpas e desliguei porque já tava pronta pra começar a chorar.

...

A única coisa que salva é que meu esmalte esta semana é lin-do.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

So return to where you've come from,
Return to where you dwell,
Because harassment's not my forte,
But you do it very well.

A pessoa tem que entender que, mesmo se eu fosse louca por ele (e já faz 9 anos que eu não tenho 13 anos), uma pessoa normal (e é o que eu procuro ser most of the time) nunca ficaria com quem acha que "o que eu mais gosto nela são os óculos" é um elogio.

Ontem finalmente assisti ao A Carne é Fraca.

A primeira parte fala do mal que a criação intensiva de animais faz ao planeta.
Depois passa uma boa parte falando dos maus tratos aos animais. Muitas cenas fortes nesta parte, eu preferi não ver a maior parte delas.

Milhares de pintinhos sendo descartados e mortos por esmagamento.
Galinhas tendo seus bicos cortados a sangue frio para evitar o canibalismo (que não acontece normalmente, apenas em situações de estresse e superpopulação como numa granja industrial).
Bois tentando fugir do abate. E uma funcionária do matadouro dizendo que não consegue olhar para os rostos deles nessa hora.
Bezerrinhos acorrentados e sendo alimentados só com leite pra ficarem anêmicos e não desenvolverem músculos pra um dia virar vitela.

Depois da parte da crueldade tem a parte da saúde e aí, quando você pensa que todos os médicos ortomoleculares são loucos com aquela dieta do tipo sangüíneo, aparece o doutor Mário Bontempo, vegetariano há muitos anos, defendendo uma dieta sem carne.
A última parte do vídeo é sobre a alimentação vegetariana. Frutas e legumes e verduras super coloridos. É a parte mais bonita.

É interessante porque, além da compaixão, o filme apresenta muitos outros motivos pra adotar uma dieta vegetariana.

Aqui uma lista de locadoras que já tem A Carne é Fraca.

Kelly Key faz uma festa com poodles fantasiados.
Luize Altenhofen tatua um dos seus pitbulls.

E não tem ninguém que diga a elas que são duas idiotas?

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

Tudo o que eu quero agora é me livrar da Uerj e mandar aquela licenciatura estúpida pro espaço. Mas eu não consigo que, pelo telefone, me informem como fazer isso. Ninguém atende o telefone pra me explicar como eu faço pra trancar a matrícula. E quando atendem é só pra dizer que eu liguei pro setor errado e me dar o telefone de um setor onde não tem ninguém pra atender o telefone.

Vai ser preciso que eu vá até lá e sejam grossos comigo e eu chore?

Eu nunca fiz um pedido com tanta vontade.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

Eu não sabia, mas todos os irmãos Phoenix, River, Rain, Joaquin, Liberty e Summer* foram criados como vegans. E são até hoje. Com exceção do River, por razões óbvias.

*cronologicamente falando.

Quando eu vou trabalhar de cabelo solto uma secretária sempre diz que eu tô com cara de aluna.

...

Minha coordenadora disse que este ano eu estou diferente. Disse que eu devo estar apaixonada.

...

O ciúme é um problema só meu, estou aprendendo. E aceitando.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

bom sinal

Acordar com Melissas chegando só pode ser um sinal de que o dia vai ser bom.
Presente de aniversário. De mim para mim.

Vamos ver se algum presente supera esse. ;)

domingo, 5 de fevereiro de 2006

sábado, 4 de fevereiro de 2006

Vou revisar meu 1º filme.
Com a Charlize Theron e tudo.

Ainda não estreou aqui no Brasil, só no final do mês.

:D

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

Meu aniversário é depois de amanhã.
Mal vejo a hora de fazer 18 aninhos.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

Foi assim: quando eu tinha uns 11 anos eu gostava de Rolling Stones. Acho que meu pai ouvia e eu comecei a gostar, não lembro. Ou eu vi na TV e comecei a gostar, sou muito influenciável.

Quando eu tinha 12 anos, eles vieram ao Brasil com o Voodoo Lounge. Eu queria ir, queria queria queria. Ninguém queria me levar e, é claro, eu não fui.
Eu me lembro que no dia do show minha tia me ligou:
-Tata, o show dos Rolling Stones é hoje?
-Ééééé. - e nessa hora meu coraçãozinho pré-adolescente se encheu de esperança. Era tudo uma grande surpresa! Eles iam me levar ao show!
-Ah, tá. Só pra eu saber, não quero passar lá por perto quando sair do trabalho, deve estar super engarrafado. - e essa frase estraçalhou os sonhos contidos no meu coraçãozinho pré-adolescente.

Depois eles vieram em 1998, com o Bridges to Babylon e, mais uma vez, ninguém quis ir comigo. Meu coraçãozinho já era adolescente e não ligou tanto.

Durante todo esse tempo, eu agora tenho um coraçãozinho semi-adulto, eu esperei um novo show deles aqui. Um show a que eu pudesse ir. Não um show na praia, com literalmente milhões de pessoas pra me assaltar, cutucar, incomodar pelo simples fato de existir.

Resumindo: não vou, não quero ir, tenho raiva de quem vai e espero que o mundo deixe de ser palhaço.

Minha carteira de identidade vence dia 22. Tenho que renovar, mas, por causa da alergia, minhas mãos não param de descascar.

Só este ano já aconteceu duas vezes.

Atualmente eu estou sem digital em alguns dedos.
Nem vou me preocupar em tentar renovar a carteira dentro do prazo.
Ficar vendo o funcionário tentar tirar a digital. Com aquela cara de surpresa que eles fazem, "como você não tem digitais? como é possível?", depois com aquela cara emburrada, depois de várias tentativas. Não quero mais.

Não dá certo com tinta, não dá certo com scanner. Não tem digital por enquanto, não tem identidade então.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

É muito difícil, eu me sinto um cavalo dando coices, mas me forço a dizer para a minha família que meus problemas resolvo eu e eles não tem nada com isso.

...

Três coisas que eu pre-ci-so fazer este ano:

*trocar meus óculos
*voltar a usar aparelho
* fazer um tratamento pra TPM. não dá, fico insuportável, quero sumir de mim, nem eu me agüento e toda essa história.