segunda-feira, 30 de abril de 2007

Weee!! O curso cancelou a aula de hojeee!

Cara, que sorte, porque eu acordeimeioderessaca.
Já tava pensando aqui no que eu podia fazer pra ter uma desculpa pra dar aula sentadinha e meio dormindo.

Eu juuuro, juro que quero trabalhar!
Mas quando eu encontro a expressão "dança do acasalamento" no arquivo, é difícil não pensar que eu ainda estou alcoolizada...
...
Depois de tantos anos eu senti um gostinho de liberdade. And it tastes like margaritasssss!

domingo, 29 de abril de 2007

Das coisas sem explicação:

O carro que vende pamonha nunca passa pela minha rua.

Ouvi um chorinho, fui procurar a Hannah e ela tava chorando enquanto dormia.

Tô achando que isso pega, hein?

sábado, 28 de abril de 2007

Poxa, por alguns minutos eu achei que tivesse aprendido a sambar.
Mas foi só alarme falso mesmo...

Tava vindo pra casa e senti umas gotas no meu pé esquerdo. Olhei pra trás e vi um senhor meio que limpando o nariz.

Pânico. Será que espirrou no meu pé? Olhei pra baixo, minha sapatilha tava molhada com umas gotas grandes. Me segura, porque eu vou cair morta de nojo. Olhei de novo, procurando uma outra origem pras gotas. Não achei. Que nojo, que nojo, que nojo.

Vim pra casa sem conseguir pensar em outra coisa. Olha que eu tinha feito compras e tudo. Não conseguia pensar no meu relógio novo, só no líquido no meu pé. Nojo, nojo, nojo. E a minha sapatilha? Jogo fora? Como eu vou criar o desapego a um sapato tão fofo?

Cheguei em casa e passei todos os produtos de limpeza que eu achei. De Veja Multi-Uso a álcool em gel. E Omo.

Quer dizer, se eu morrer com alguma intoxicação, tudo bem. Mas morrer de nojo, não.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Na auto-escola hoje um amiguinho tava com uma camisa onde tava escrito: Turma da Manguaça.

Achei adequado.

E aí me lembrei da delicadeza da minha mãe.
Eu, com a cabeça afundada no travesseiro, contando em quantos pedacinhos o meu coração tinha sido partido e ela apresentou a solução para todos os meus problemas sentimentais:

-Você precisa se distrair.
-Não queeeeeero. Aaaaahhhaaahhh, como eu sooofro!

Bem estendendo as vogais mesmo, porque é assim que eu sofro.

-Vai se distrair, fazer um passeio. É a melhor coisa a fazer, você vai parar de pensar nisso um pouco.
-Eu não consiiiiiiigoooo!

E foi neste ponto que ela revelou as verdadeiras intenções:
-Vai dar um passeio, vai ser melhor pra você. Hummm... Por que você não vai com seu pai ao aeroporto buscar sua tia pra mimmm?

Só se ela me desse junto uma passagem pra Paris. Né?

Me lembrei disso porque eu cheguei em casa com aquele carão e minha mãe perguntou o que tinha acontecido, então eu dei uma de emo e disse:
-Estou sofrendo, mãe.

E ela, naquela delicadeza que só a minha mãe é capaz de ter:
-Porra, ainda?

Aí eu lembrei por que minha mãe é o meu ideal de vida. É porque ela tem aquela capacidade que eu mais invejo numa pessoa: o poder de mandar tomarnocu. O poder que salva vidas.

Vou contar a história pela 87ª vez:
Meus pais namoravam há 8 anos. Minha mãe, que já tinha um emprego bom há quatro anos (ela tinha 22. vocês cada vez entendem mais por que eu sou assim, né? minha mãe tem um emprego bom desde os 18 anos de idade, tá?), bom, ela queria casar. Mas o meu pai achava um absurdo, né? Como assim, casar com a namorada de oito anos? Ele, apenas um jovem de 26 anos, ainda tinha muito pra curtir. Foi então que minha mãe exercitou aquela capacidade que eu admiro tanto. Mandou tomarnocu e decretou que ia casar em um ano. Com ele ou sem ele. Terminaram, ela ficou noiva de outro, mandou convite pra festinha de noivado pro meu pai e tudo. Se duvidar, mandou fazer um bolo com aquelas fontes de guaraná. Um dia, meu pai ligou pra ela, marcaram um almoço pra se ver. Quando ela voltou pra casa, já tinha comprado geladeira e fogão com meu pai. Voltou e foi terminar com o noivo. Não com o noivo que era meu pai, com o outro noivo, o legítimo. Eles se casaram em seis meses. Minha mãe e meu pai, claro, né?

Minha mãe merecia casar com um vestido de ferro, hein?

Outro dia eu tava vendo um programa feminino, porque, gente, eu não tenho mesmo mais nada pra fazer. Se tivesse, faria. Ou não, porque perder tempo é o que eu faço melhor na minha vida. Pensando bem, eu nem considero passar a manhã me perguntando por que a Olga Bon.giovani não penteia o cabelo uma perda de tempo.

Mas o caso é que tinha uma moça entrevistando, e ela tinha uma dicção muito ruim mesmo, mas a gente entende, afinal, ela é casada com o dono da emissora. Isso foi veneno puro da minha parte, porque o casamento dela não tem nada a ver com a história.

A moça tava entrevistando um homem que fazia vestidos de noiva. O grande feito dele era fazer vestidos de noiva de ferro. Porque tudo que uma noiva quer é casar de armadura. O sonho de infância completo: um noivo de fraque alugado meio surradinho, aquele buquê de rosas com as bordinhas queimadas, porque alguém esqueceu de manter na geladeira, e um vestido feito de ferro. Enfim, ele fazia vestidos de ferro, ia trançando uns fiozinhos de ferro até fazer um corpete de malha de ferro. Um bom gosto assim... inexistente.

A melhor parte foi quando ele explicou por que resolveu fazer vestidos de noiva feitos de malha de ferro. Gente, ele disse assim:
-A malha de ferro representa as artimanhas que as mulheres fazem para casar. Elas vão armando a teia, até que conseguem prender um homem.

hahahaha, que sorte a sua ser gay, hein, amigo? Senão nunca mais via mulher na vida.
Ou via, né? Do jeito que a gente é burra...

Cara, chove, venta a 398 km/h, mas não faz frio o bastante pra eu estrear meu blazer de veludo.

É castigo por eu não ter terminado de pagar ainda?

Bullshit Button.

É TUDO que eu quero na minha vida!

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Hoje eu fiz uma amiguinha na auto-escola! Minha mãe está explodindo de orgulho.
A gente ficou lá falando sobre como é impossível colocar um carro na vaga em 4 minutos ou 3 tentativas.

Adoro gente que se autodeprecia.
...
A professora disse que nossa prova prática não é em Nova Iguaçu, é em Queimados. Eu não tenho nem noção se Queimados é longe ou não, mas acho que é meio longe.

O amiguinho pergunta:
-A gente vai levar o carro?

Oh, mas é claro! E depois de pegar a Dutra pra chegar até Queimados, não precisa nem fazer a prova, já ganha a permissão direto.

Gente, pensa, pensa antes de falar!

Falando em sonhos com piscina, lembrei que outro dia eu sonhei que tava num lago artificial com o meu ex-marido, que era o Christian Troy. Eu já tinha uns 40 e poucos anos e uma filha adolescente, de cabelo de chapinha, que não aparecia no sonho. Mas eu sabia que ela tinha uns 16 anos e cabelo comprido castanho claro.

Eu tava no lago e tinha que mergulhar pra me salvar, porque meu ex-marido queria passar com o jet ski em cima de mim, pra me matar.

Mas quem se importa com essa parte do sonho ou com aquela em que eu tive que dar vários chutes em mulheres vestidas de preto que faziam parte da máfia russa? Quem se importa, né? Eu sonhei que já tinha ficado com o Christian Troy! Tô dormindo, mas não sou burra, não!

Não existe inconsciente mais amigo do que o meu, hein?



I have dreams of orca whales and owls
but I wake up in fear
you will never be my, you will never be my dear
will never be my dear, dear friend

Sonhei que eu nadava com uma baleia orca numa piscina. Depois ela morreu e eu descobri que era uma daquelas bóias. Alguém tinha aberto a bóia e deixado todo o ar sair.

Aí eu ficava pensando. Quem abriu a minha bóia? Quem deixou o ar sair? Por que eu não percebi a tempo? Por que eu não consegui encher a minha bóia de novo?

E fiquei com saudade da minha bóia de baleia... E triste por ela ter perdido o que tinha dentro.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Hoje eu achei o hambúrguer de soja da Sadia, e comprei duas caixas só pra garantir.
Tive a última aula de primeiros socorros e faltam só sete dias pra terminar a parte teórica.
Comi batata frita e tomei coca-cola. Porque com dois quilos a menos, eu acho que posso.
Meu cabelo tá liiindo (Cíntia, eu não penteio desde ontem).
Meu suéter listrado apareceu no horário nobre da tv só pra vocês verem e concordarem comigo que uma pessoa que usa um suéter listrado não merece ter uma oferta de amizade rejeitada por alguém que não sabe escolher sapatos.
Tomei uma decisão difííícil, que eu acho que vai me fazer muito bem.
Hannah ainda está cheirosa do banho que tomou na segunda-feira.

Acho que o dia foi bom, hein?

Tô aqui, me preparando pra ir trabalhar e escuto TCHIBUM!

Sério que meus vizinhos têm que se jogar na piscina bem na hora em que eu tô calçando meus sapatos?

Eu não sei se acertei na onomatopéia pra mergulho na piscina. Mas me lembrei na hora da minha mãe, porque ela fala com onomatopéias.

Tipo assim:
-Aí eu fui lá e ZAP!, liguei a televisão.
-Eu virei meu pé e caí POFT! no chão!
-Ela pegou o carro VRUUUM pra me dar carona.
-Eu abri a porta NHEC e entrei.
-Morreu com um tiro. PÁ!
-No último dia tem a procissão com cavalos, POCOTÓ, POCOTÓ.

"A banda Los Hermanos comunica a decisão de entrar em recesso por tempo indeterminado."

*chora*

"Por conta dessa decisão, mesmo após o término da turnê do "4", resolvemos fazer duas únicas apresentações no Rio de Janeiro, na Fundição Progresso nos dias 8 e 9 de junho. Até lá."


Até lá!


vai estar cheio. vai ter aqueles fãs sujos. a fundição é fundo do poço. mas, né?

terça-feira, 24 de abril de 2007

Hoje eu não vou falar mal da auto-escola. A aula de primeiros-socorros finalmente chegou e foi a primeira vez em semanas que eu dei risadas com desconhecidos. Sem estar rindo, necessariamente, deles.

Amiguinha faz um comentário:
-Eram sete pessoas da minha família se afogando, eles ficavam com as mãos pra cima. Eu batia palmas, achei que estavam comemorando.

Da série "aprendi com a vida":

Coisas que eu já fiz e nunca mais vou fazer:

Eu prometo que nuncanuncanunca mais, enquanto estiver dentro de um visual super pensado do tipo "um dia no clube", com direito a suéter listrado, tentarei fazer amizade com alguém usando uma blusa de lycra mais justa do que o necessário azul piscina com bolinhas brancas, de um ombro só com lacinho no ombro em questão.

Nada vale o sacrifício.

You're the reason why I still believe in soulmates.
And why I believe there's no such thing as enough shoes.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

-Mãe, cheira aqui o meu cabelo.
-Por quê?
-Cheira aqui, mãe! Usei uma máscara de hidratação e agora meu cabelo tá com cheiro de macumba.
-Não, tá com cheirinho de chiclete.
-Só se você mascar defumador, mãe!
-Não, tá maluca. O cheiro tá bom, é de chiclete.
...
-Pai, cheira aqui o meu cabelo e me diz que cheiro é esse.
-Cheiro de creme de cabelo.
-Não, pai! É cheiro de defumador.
-Não, é cheiro de... como é o nome daquele creme? Aquele amarelo... Seu cabelo tá com cheiro de... Neutrox, é isso! Neutrox.
...
E o que é pior?

-RENATA, IDENTIDADE!

Eu achei que era a polícia. Mas era só meu pai me acordando e pedindo a minha identidade, pra preencher algum formulário do plano de saúde.

Da forma mais fofa que ele encontrou.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Cheguei ao trabalho hoje e tinha um bebê. A moça da faxina tava segurando um bebê. Aí fiquei em pânico. Eu pensei "aimeudeus, agora vão querer que eu ensine Inglês pra bebês e eu só vou poder usar cor pastel de hoje em diante!", mas logo me disseram que o bebê era do garoto que trabalha lá.

E ficaram esperando que eu fizesse alguma coisa do tipo interagir com o bebê, ou pedir pra pegar no colo, morder as pernas gorduchas até arrancar um pedacinho, não sei. Eu fiquei na minha, um pouco encarando o chão, um pouco encarando o teto. Mas isso não adiantou muito. Eles continuavam esperando alguma coisa de mim.

Eu disse "Bebê!"

E continuaram me olhando.

Eu repeti "Bebêêê!"

E continuaram me olhando.

Eu repeti "Bebê!"

Eles falaram quase juntos "Bebê!"

Quer dizer, não é preciso ter um comportamento socialmente aceitável. Você pode se sentir deslocado e não saber o que fazer ou onde pôr as mãos. É só dizer três vezes qualquer coisa e esperar que as pessoas adotem o mesmo comportamento.

Não é preciso ser normal, gente! O segredo é fazer o resto do mundo ser anormal também!

Na auto-escola:

-Mas, professor, se eu atropelar uma criança e as pessoas quiserem me linchar, eu tenho que socorrer a vítima?

O amiguinho quer estar preparado pra tudo mesmo...

Ontem a aula da auto-escola foi mais legal. Eu tive o prazer de ter meus olhos atraídos para o cabelo mais sujo que eu já vi na vida.

Gente, só um toque, é melhor ter cabelo limpo do que cabelo liso. A chapinha não dura uma semana, que coisa imunda.

Eu fiquei lá, não conseguia olhar pra nenhum outro lugar. Embora a moça do meu lado direito estivesse usando sandálias lindas. Dei umas olhadas. Acho que ela tem potencial pra ser minha amiga, a bolsa era bem bonita também.

Mas era do meu lado esquerdo que estava a grande atração. O cabelo não via água há umas duas semanas. Assim que eu vi, pensei "nossa, quanto gel, que horror", mas era sujeira mesmo, olha que sorte a minha de olhar pra uma coisa dessas.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Hoje eu caí. Tombão na rua. Não vou dizer o que aconteceu com meu dedão do pé esquerdo, porque eu sou essa pessoa fofa, não quero arruinar a vida de ninguém com uma imagem mental horrorosa e desnecessária.

Caí. E só queria dizer: que morram vocês, pessoas que fazem calçadas inclinadas. Ai, que morram não, porque eu sou essa pessoa fofa e não quero desejar o mal. Ontem mesmo a minha mãe me disse num minuto de sabedoria que "o que é do mal não permanece", ou prevalece, já não me lembro. Mas, assim, guardei pra vida. Então nada do mal. Desejo apenas que vocês levem tombões em suas calçadas irregulares e inclinadas.

Porque eu já faço muito andando ereta, já faço muito em andar quase em linha reta. Querer que eu me equilibre com um pé numa altura e o outro pé em outra altura é demais. Não dá. Caio mesmo e a culpa é sua.

Nessas horas eu queria ser uma jaca, só pra me espatifar e sujar a calçada.

O professor disse assim na sala "Gente, então a lei proíbe que vocês dirijam sob influência de substâncias ilícitas."

E eu tenho que morder a minha língua três vezes pra não perguntar "mas, professorrr, não posso fumar nem unzinho?". Algo deve ser feito pra animar a aula. As pessoas estão mortas e ainda não caíram.

Ninguém fala, mas de repente todo mundo é muito carente e quer conversar. Gente, eu tive terapia hoje mesmo, tô de boa de abrir meu coração. Mas nem todo mundo pensa assim, né? E quando você se dá conta tá ouvindo uma história sobre um marido que bateu no carro de um bombeiro. E nessa hora eu quero até levantar e falar "gente, aí a minha amiga tava dirigindo e o cara fez um sinal de que ia atirar nela por alguma coisa lá, que eu não lembro o que era, porque eu não dirijo e ela me explicou, mas eu não me lembro, porque além de tudo eu tô com uma memória de borboleta. aí ela parou o carro e falou 'vem, atira, atira se for homem', e ele foi embora e essa é a minha história, quero dizer, a da minha amiga. mas em breve, se são cristóvão me permitir, eu vou ter uma dessas pra contar. fim."

Amiguinhos da auto-escola, vamos fazer assim: vamos entrar num estado meditativo durante a aula, não vamos falar nada, vamos deixar que o professor leia a apostilinha e enquanto isso vamos fantasiar com uma praia linda ou com o Matt Damon, o que vocês preferirem, podem escolher. Vamos fazer isso, amiguinhos, porque é isso que gente normal faz. E se a gente não é normal, tudo bem, acontece, mas a obrigação é sempre fingir que é.

Eu tava contando pra minha mãe do inferno na Terra que é a aula teórica da auto-escola.

-Ah, mas você não fez amigos?
-Não, mãe. Não sou amiga de gente feia e eu sou a pessoa mais bonita de lá.
-Ah, mas por que você não ficou zoando então?
-...
-Se fosse eu ia zoar.
-Mãe, o que é isso? Que conversa é essa? Que vocabulário é esse?
-Acho que vou fazer aula com você só pra gente zoar.
-Por favorrrrr.................

Isso num dia em que meu pai foi me buscar com uma blusa onde estava escrito "Minha mãe diz pra eu parar de beber cerveja, mas eu não paro." ou alguma coisa do tipo. Sei que a primeira parte da frase era essa, o resto eu inventei.

Quer dizer, querem que eu acredite em genética, mas não dá, não.

Então, todos ficaram me animando pra fazer auto-escola e tirar a carteira. Mas ninguém me avisou que as aulas teóricas eram a coisa MAIS CHATA DO MUNDO! Né?

Eu fui lá, de caderno rosinha, cabelo arrumado e mascando chiclete, pronta pra fazer amigos e aprender tudo sobre trânsito. Eu, a tábula rasa. Pronta pra absorver o conhecimento como uma esponja.

Mas eu cheguei lá e era tudo muito chato, o professor ficou lendo e fazendo umas piadas sem graça. E eu só consegui rir internamente do que não devia rir.

E ainda sentei perto de um garoto com DDA, que não parava quieto!

Hoje eu vou, mas vou sentar lá no fundão e jogar bolinhas de papel no professor...

segunda-feira, 16 de abril de 2007

E chegando em casa meu pai pára pra falar com o vizinho e eu tenho que delicadamente me livrar de um contato físico indesejado com um idoso sem camisa, que insiste em me puxar pra um abraço.

E ouço, como sempre:
-Você tem falado com o meu filho?
-Não.
-Mas você tá tão bonita. O fulano tá muito bonito também. Você tem que falar mais com ele.
-Ah.
-Vou falar pra ele te ligar.

Claro, porque eu super quero entrar pra essa família.

Eu sinto que nunca na minha vida vou ter problema com família de namorado. Porque todo mundo me quer como nora. É sério. Isso é uma coisa que eu ouço sempre. De várias pessoas diferentes. Ninguém nota, só de olhar pra mim, que eu sou uma pessoa desequilibrada, então todo mundo acha que eu sou super mansa.

É super a minha cara isso. Agradar às famílias e não agradar a quem importa. hehe.

Meu pai vai me buscar na auto-escola, porque a aula termina à noite e tal. E aí eu fico sabendo de todas as fofocas. Mas todas. De lá pra cá (uns 15 minutos), eu fiquei sabendo que alguém morreu, alguém infartou e outro alguém saiu de um coma de três meses.

-Mataram o fulano.
-Meudeus! Como? Foi tiro?
-Foi.
-Aimeudeus, que horror!
-Deve ter sido tiro.
-¬¬

Pode ter sido tiro, facada, paulada, estrangulamento, envenenamento, tanta coisa. Por que confirmar quando não tem certeza? É só pra me irritarrr!

hahahaha. Lembrei agora que quando eu e meu irmão éramos crianças, a gente brincava de luta de espadas com os espetos de churrasco do meu pai.

Como nós ainda temos os dois olhos é mesmo um mistério.


tô meio de mau humor, porque lembrei que se for de lentes à aula da auto-escola não enxergo nada da apostila, porque com as lentes eu não enxergo de perto. tenho que ir de óculos. ah, droga. meus novos amiguinhos vão me odiar e me chamar de quatro-olhos. :/

Já tava quase pronta pra sair. Tenho que trocar de roupa.

Da série "Não basta se alimentar mal, é preciso sujar o vestido com mostarda escura".

Eu devo ter atingido o fundo do poço. Sem nem notar. Eu tô aqui, com meus planinhos, aprendendo a dirigir, pensando em voltar a estudar, cuidando do meu cabelo (porque não é porque o coração tá partido que meus fios também têm que estar), querendo ser loira. Quer dizer, eu tô aqui achando que tô reagindo. Tô aqui me dando parabéns todo dia por levantar da cama e ainda ter paciência de me maquiar e escolher sapato.

E aí o que acontece? Alguém me avisa que eu tô no fundo do poço. E eu ganho um livro. De auto-ajuda. Chamado "Enquanto o amor não vem".

Como bem disse a Marcela: por que não um vale-cabeleireiro?

E não é? Por que não uma roupa nova? Por que não um vale-massagem? Por que não aquele blush Mac que eu queria tanto? Por que não uma bigorna na minha cabeça de uma vez? Hein?

quinta-feira, 12 de abril de 2007

it's time to let go of everything we used to know

Mais um dia! Mais um dia da minha vida que eu vou passar chorando e dizendo "acaboooou". Eu não merecia isso. É tão difícil dizer adeus. Como seguir com a vida sem um drama adolescente?

Tantos anos juntos, e ele nunca disse o que eu queria ouvir.

-Você, Renata. Eu quero você.

A última música do espisódio, pra acompanhar o post: Life is a Song, Patrick Park.
Pra quem sentir saudade: Music from the OC.

É difícil ser eu. Quer dizer, por um lado é fácil, porque você pode acordar praticamente a qualquer hora e comprar sapatos sem se preocupar em pagar o cartão, porque essa é uma questão que você já abstraiu da sua vida. Quer dizer, da minha. Mas no caso de você ser eu, seria a sua.

Então você vai lá e compra mais 3 temporadas de Sex and the City, porque não era justo ter apenas as duas primeiras. Você aproveita uma promoção, usa um cupom de desconto e compra. E quando elas chegam, você se dá conta de que as capas são de uma coleção diferente das temporadas que você tinha.

Essas três combinam direitinho. As outras duas, não. Como você faz? Como você vai colocar na estante, lado a lado uma da outra? Você pensa até em substituir as temporadas que você já tinha por temporadas dessa coleção nova. Mas você pára e pensa que é meio maluquice.

Mas como viver? Como viver tendo duas temporadas de uma coleção, três temporadas de outra e ainda não ter a última?

Só é possível viver atormentada.

Assim que eu chego em casa, a primeira coisa que eu faço é deixar a minha bolsa na cama e ir pro banheiro, no fim do corredor, pra tirar as lentes e a maquiagem.

Quando meu irmão tá no quarto dele, que fica antes do banheiro, eu falo com ele. Todo dia é a mesma coisa.

Ontem eu cheguei, deixei a bolsa na minha cama, fui em direção ao banheiro, passei pelo quarto do meu irmão e falei com ele.
-Oi, animal.

Aí ouvi de volta:
-Quem? O Rafael ou eu?

E só aí me toquei que ele tava com amigos no quarto, jogando video-game.

Hehe. Foi mal.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

-Mãe, você também devia fazer terapia. Todo mundo devia, né?
-Ah, não. Eu vou chegar lá e ela vai me mandar direto pro psiquiatra. "Minha senhora, seu problema está fora do meu alcance. Vou te indicar este psiquiatra aqui..."
-hahahahaha. E quando você chegar no psiquiatra, ele vai logo dizer "Rutinha, veste essa blusinha aqui, ó. Isso, cruza os braços assim. Agora eu vou te encaminhar para um lugar muito bonito, uma clínica onde você vai poder tomar solzinho todos os dias..."
-hahahahaha.
-hahahahaha.
-Não fala assim com a sua mãe.

CoisagostosadeTata!

Entre os meus planos eu incluí aprender a jogar pôquer.

Porque tanto azar no amor só pode significar muita sorte no jogo.

Preparem-se para perder tudo pra mim. haha.

Olha isso! Olha isso! Eu tava assistindo a um episódio de Sex and the City que eu nunca tinha visto inteiro, Boy, Girl, Boy, Girl, e olha o que a Miranda diz, respondendo a uma pergunta da Carrie:

Carrie: When did this happen? When did the sexes get all confused?
Miranda: Somewhere between Gen X and Y. They blended and made XY.

Tá vendo? Não é a minha opinião, é Miranda Hobbes falando! Ninguém pode negar. O problema começa mesmo quando X se junta a Y. O X sozinho tá muito bem, não tem grandes problemas na vida. O X sabe reconhecer o que sente e sabe ter cuidado com o sentimento alheio, o X é honesto. Então, chega o Y. E o que ele faz? Bagunça tudo. Fica confuso, é irresponsável, magoa pro resto da vida.

Y, vai procurar uma terapia, cara! Sério, pelo bem da humanidade...

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Eu começo na segunda!

O melhor foi quando eu dei minha carteira de identidade pra moça preencher o contrato.
-Renata, eu tô vendo a sua identidade... você tem 24 anos?
-Tenho.

Aí eu já pensei que ela ia dizer que aquele preço era apenas para adolescentes, que adultos pagavam mais, porque tinham que pagar uma multa por ter esperado tanto tempo pra aprender a dirigir, ou alguma coisa assim. Sei lá, né? O mundo todo é maluco, eu vivo preparada pra maluquice. Mas ela disse:
-Nossa. Eu nunca ia imaginar. Achei que você tivesse no máximo 20.

Ahhh, amei! Vou levar um bombom pra ela todo dia!

Meu irmão voltou de um encontro de estudantes ontem. Reclamando da comida.

-Tata, eu tive que ir a um restaurante procurar feijão. O feijão do encontro era horrível, eu não consegui comer. Aí parecia que eu ia cair morto por falta de ferro.

hahaha.

Tristeza cansa. Eu, pelo menos, fico exausta de chorar e sofrer.

Eu vou fazer um desvio do que eu ia falar e explicar: eu já disse que fui criada com novela. Isso torna sofrer uma tarefa muito difícil. Porque eu me lembro de quando era criança e via novela com a minha mãe, e as atrizes lá, se desmanchando em lágrimas e minha mãe "nossa, mas olha como ela chora feio. cruz-credo. ah, aquela ali chora bonitinho, olha como ela fica bonita chorando." Desde essa época, há dois tipos de mulher pra mim: as que choram bonito e as que choram feio. Minha mãe chora lindo, a pontinha do nariz fica vermelha, ela chora de boca fechada, uma fofa. Eu choro feio. São litros e litros de lágrimas, o rosto todo fica vermelho e inchado e eu choro de boca aberta, fazendo "ahahhhhhhhhhh". E aí, eu, que estou no time das que choram feio, além de chorar, me esforço pra chorar bonito, e isso é uma coisa que me consome muita energia.

Por isso, chorar me deixa exausta. Que trabalho que dá, você tem que andar com o pó compacto, pra correr no banheiro e retocar a maquiagem. E aquele rosto todo inchado não tem como desinchar. Vou falar o quê? Me dá uma bolsa de gelo, porque meu rosto inchou? Não dá.

Então, eu tenho que tirar uma folga da tristeza. Já levei a Hannah pra passear, já tomei um suco de abacaxi, que é uma bebida super feliz, e comecei a pensar em tudo que eu quero fazer da minha vida.

Balé, por exemplo. Eu já falei algumas vezes, não me lembro se neste blog, que meu sonho de infância é fazer balé. Todas as minhas amigas faziam, e minha mãe não tinha tempo pra me levar, as escolas de dança não eram perto aqui de casa e era longe pra minha avó me levar a pé, ela não dirige. Então eu nunca fiz balé, mas sempre quis fazer. Porque eu sou este estabano em pessoa, e meu sonho é ser delicada e andar nas pontas dos pés. Hoje eu já liguei pra algumas academias de dança, procurando por turmas iniciantes de adultos. E elas existem! Eu não vou ter que fazer como aquela menina que a minha tia conhece, que resolveu fazer balé depois de adulta e acabou entrando numa turma de meninas de 10 anos. E se apresentou no fim do ano com as crianças e tudo. Não, eu posso aprender balé com outras estabanadas da minha idade!

Liguei, pedi informação, mas também não quero fazer mil coisas ao mesmo tempo. Então vou adiar por uns meses.

Agora-agora o que eu vou fazer é mesmo a auto-escola. Já tô saindo pra fazer a matrícula.
Estou 2 kg mais magra, o céu está azul, com muitas nuvens no céu, e eu estou de saia. :)


eu acho até meio desnecessário explicar, mas eu adoro coisas desnecessárias: eu sei a diferença entre depressão e tristeza. e sei que depressão é uma doença e que é impossível você tirar folga dela. não quero parecer uma idiota-feliz que acha que alguém vive triste porque quer. porque me irrita muito quando alguém trata a depressão como uma tristeza que a pessoa não se esforça pra parar de sentir. eu não tenho depressão, mas eu conheço pessoas que tiveram ou têm e eu sei que é real.

sábado, 7 de abril de 2007

A família inteira sofre, pelo visto.

Meu pai está ouvindo fado.

Minha vizinha tem um galo. Eu não sei explicar por que, mas ela tem um galo. Eu não sei, de verdade, por que alguém teria um galo numa área urbana, mas a minha vizinha tem um.

O que eu sei é que o galo canta às 2 horas.
Depois às 3.
Depois às 4.
Depois às 4:30.
Depois às 5.
Depois às 5:30.
Depois às 6.

E depois eu começo a cochilar e acho que o galo também, porque eu não ouço mais.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

O Superbonita desta semana é sobre chocolate. O programa abriu com aquela cena inicial de Forrest Gump, quando ele tá sentado numa parada de ônibus, uma moça chega e ele oferece bombons, dizendo "minha mãe dizia que a vida é como uma caixa de bombons. você nunca sabe o que vai morder."

Mamãe Gump super sabe das coisas, né?

Eu tô aqui, na fase "droooga, mordi um de banana!"

The cute Knut

Pra esquecer a amargura, um pouco de fofice. Knut, o ursinho polar.

ahá, achou que eu ia rimar amargura com fofura, né?

Eu tava falando com a Cíntia que o problema deve estar no cromossomo Y. Cara, se eu fosse presidente do mundo: parem todas as pesquisas agooora! todo mundo agora vai pesquisar qual é a anomalia que faz o portador do cromossomo Y ser tão incapaz emocionalmente! E, mais importante: tratem de descobrir um tratamento!

E aí finalmente a gente ia conseguir viver em paz. Mas, enfim, tava falando isso com a Cíntia, e falei que todos eram portadores dessa anomalia, menos meu irmão, que meu irmão era legal. Ela bem que disse "sei não, hein?"

E, gente, meu irmão foi viajar, né? Assim que chegou no destino dele, ligou dizendo que tinha esquecido de levar calça e casaco. A pessoa fez uma mala e não colocou nem calça nem casaco! Nem unzinho de cada!

Tipo, alguém conhece uma mulher (cromossomos XX, sem Y, prestem atenção) que tenha esquecido coisas essenciais como calça e casaco ao fazer uma mala?

Cientistas do mundo todo, ouçam o que eu digo. Consertem o cromossomo Y e recebam toda a gratidão das XX.

Sonhei que tava querendo atravessar a rua e o Marcelo Serrado passava e piscava pra mim. ;)
Marcelô, vai ter que esperar, cara.

Meu plano B sempre foi o Selton Mello.
Selton, eu preciso de um tempinho pra ficar em pé de novo, mas me esperaaa!

quarta-feira, 4 de abril de 2007

A gente sempre sabe que tem amigos. Mas é só quando tudo dá errado pra você que você tem certeza disso.

Eu não sei se choro porque deu tudo errado, ou se choro comovida com as amigas que eu tenho. Te juro que eu tô na dúvida.

:*

Pra completar, tava saindo da casa da minha avó e a gente parou na casa da vizinha dela, onde a mãe biológica da Hannah mora. Digo mãe biológica porque a mãe adotiva é a minha mãe, que acolheu a Hannah com todo o amor de uma mãe.

Enfim, a gente foi lá, não pra Hannah falar com a mãe biológica, porque a mãe da Hannah odeia ela, porque ela tem muito ciúme da Hannah com as donas dela. Então a Hannah tava lá, brincando com as meninas da casa e de repente as três cachorras se soltaram e vieram pra cima da Hannuca.

Quer dizer, meu dia terminou comigo salvando a Hannah de uma poodle, uma cocker e uma labrador. Eu, eu, eu. Eu tentei segurar uma labrador que deve pesar quase a mesma coisa que eu e com certeza tem mais força do que eu. Porque a Hannuca é uma medrosa, ela não sabe brigar e morre de medo de cachorro. Então eu, eu, eu. Eu tive que me jogar na frente da labrador.

Um ataque de cachorros, era só disso que eu precisava na minha vida.

Chegando no trabalho.

-Mas, Renaaaaaaaata, que olhos vermelhos! Alguém morreu?
-Não, eu fumei um antes de vir pra cá.

Mas só pensei. De verdade mesmo eu disse:

-Ah, hum... tô com uma crise de alergia.

Hoje eu acordei e fui desenformar os bolos. São pro aniversário da minha avó paterna.
O de chocolate se despedaçou e eu fiquei ali catando os farelinhos no balcão.
Tive que fazer outro.

Mais tarde, foi meu coração (olha o nome do blog, eu aviso de cara que minha vida é cheia de clichês).
Eu comecei a catar os pedacinhos, mas tô tão cansada, que vou deixar pra outra hora.

Eu sinto tanta falta da minha Miranda...

Acordei cedo só pra fazer paçoca.
Essa pastinha de amendoim que fica na máquina é ainda mais gostosa do que a paçoca. Aproveitei e comi uma colherada toda vez que meu pai parava pra limpar a máquina.

Ela foi junto pra fazer companhia e aproveitar o solzinho. E comer erva cidreira no quintal da vovó, claro.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Mas vou dizer que não sei, não seeei como fui capaz de me concentrar e fazer risoto* + bolo branco + bolo de chocolate.

Tinha acabado de sair do trabalho, olhei pra cima. Por quê? Por quê? Como apagar da minha memória a visão daquele senhor de cueca vermelha? Como?

Eu não digo que gente de apartamento tem complexo de gente de casa? Eles acham que varanda é quintal.

Senhorrr, eu vejo tudo daqui da rua. Não queria, mas vejo. Vista uma roupa, por favorrr!

Só não arranquei meus olhos ali mesmo, na calçada, porque lembrei que estava de lente e as lentes são caras. Iam se soltar dos globos oculares, parar numa poça d'água e, pronto, menos algumas centenas de reais na minha conta.


*Este risoto, gente, da Patricia. Gaaah, fiz ontem, hoje repeti a receita dobrada, porque o risco de comerem tudo e eu ficar sem risoto era grande!

Eu sou bem metida. Convencida mesmo com algumas coisas que eu acho que faço bem. É um defeito que eu reconheço.

E eu acho que faço bem bolos. Eu pelo menos sempre gosto dos bolos que eu faço. O que me fez anunciar que ninguém mais faz bolo na família a não ser eu. Porque, gente, já tive que comer cada gororoba em forma de bolo, que prefiro virar a noite entre batedeira e forno.

-Não vai dar trabalho?
-Não! Muito mais trabalho eu tenho pra digerir o seu bolo!

Mas só penso, né?

Alanis Morissette canta My Humps

hahahahaha.
Acabei de ver no blog Poltrona.tv

Fergie tem que ver e queimar aquela saia de cetim me-do-nha.

Tudo acontece de errado, mas eu tenho sempre uma coisa, uma coisa só, que me mantém a esperança de que alguma coisa ainda vai dar certo. Meu teclado.

Meu teclado, meu amigo mais fiel, meu companheiro há 9 anos. As letras A e N já estão sem perninhas, mas ele resiste nessa missão de manter a minha fé na humanidade, no mundo em geral e nas sandálias que arrancam meus dedos.

Mas hoje, meu teclado querido, sobre quem eu já derramei tantas lágrimas e coca-cola, falhou. E eu levei alguns minutos até perceber que o teclado não tava funcionando. Vê que eu fiquei digitando pro nada, enquanto via televisão. Quando olhei pra tela, tava em branco. Saí e fui até o quarto do meu irmão dar a notícia.

Olhei pro teclado, tão apagadinho, e reiniciei o computador. Ele renasceu. Meu irmão disse pra eu comprar logo outro teclado e deixar como reserva, pro caso desse aqui partir para o seu descanso merecido. Mas eu não seria capaz. Imagina que terrível pra ele, ser a fênix dos teclados, renascer das cinzas por mim, enquanto no armário tem um teclado novinho esperando ele morrer.

Eu sou fiel.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Eu só quero relaxar depois de um dia* de trabalho. Então recebo uma foto da minha tia que tá lá na Bahia. Direto pro meu celular: minha tia de trancinhas.

Alguém toma conta da minha tia, gente!
Cadê meu primo que permite isso?
Tia, eu tava brincando quando pedi um berimbau, hein!
Não se envolva tanto!


*hehehe. um dia de trabalho é um exagero falando da minha rotina, claro.

Que dorrr!

No caminho pra casa eu tinha que fazer pequenas paradas pra me certificar que meus dedos ainda estavam presos aos pés.

Sandália ingrata. Eu tiro da caixa, num gesto de bondade, pensando "coitadinha de você. há meses não sai de casa, vamos dar uma voltinha." E é assim que ela me paga, causando dor. E só sentindo dor é que eu lembro por que ela tem que ficar abandonada numa caixa.

Sandália do mal.

Este bolo tá no meu top 3, que é bem simples: bolo de cenoura, bolo de chocolate e bolo de limão.
3 ovos
3/4 de xícara de leite
1/4 de xícara de suco de limão
1 xícara de óleo
2 xícaras de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
raspas da casca de 1 limão
1 pitada de sal
1 colher de sopa de fermento em pó

Coloque na batedeira o açúcar com os ovos. Bata bem e acrescente o óleo. Junte o suco do limão, a farinha intercalada com o leite, a raspa do limão, o sal e por último o fermento.
Asse em tabuleiro untado e enfarinhado

Cobertura:
1/2 lata de leite condensado
1/2 vidro de leite de coco
raspas e suco de 1/2 limão

Misture aos poucos o leite condensado com o limão e depois junte o leite de coco e as raspas de limão e espalhe sobre o bolo.

Eu só levo na cabeça.

domingo, 1 de abril de 2007

Minha mãe vem falando bem baixinho:

-Tata, guardei um pedaço de pudim pra você e pro seu irmão. Tá num pote de tampa azul, na segunda gaveta da geladeira, bem no fundo. Come e só depois avisa ao seu irmão, se não, já viu, ele come tudo e você fica sem...

Durante o mês de março inteiro eu fiz muitas traduções e passei o mês achando que estava ficando cega. Eu acordava de manhã, vinha pro computador e não enxergava direito. Eu não enxergo muito bem de manhã mesmo, mas quando eu resolvia trabalhar à noite era a mesma coisa.

Entreguei os últimos trabalhos na semana passada e de lá pra cá minha visão está perfeita.

Quer dizer, meus olhos, como o resto do corpo, não são lá muito chegados a trabalho...