terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Estou atrasada com os comentários.
O post novo é velho.
O blog não vai acabar, eu gosto dele, gosto de ter um blog.
Mas eu não tenho como manter a frequência de postagens de 2007.
Eu já pensei que o natural é migrar para o Facebook, escrever lá coisas pequenas, como eu fazia antes aqui, mas nem todo mundo está lá, não funciona direito como arquivo, não é igual.

Então o blog fica aqui, meio abandonado, sem entender o que aconteceu com ele. Acontece. Muitas vezes eu também demoro a entender o que aconteceu e a decidir pra onde eu vou. E enquanto isso a gente vai indo, eu, o blog, todo mundo.

Eu tenho um ex por quem eu me apaixonei assim que vi, ele tava com uma camiseta de banda. Eu não sei se está certo chamar esse cara de ex, mas eu não tenho um outro nome. Ex significa pessoa que deixou de ser alguma coisa. Alguma coisa era bem o que ele era. Ele nunca teve nome e quando acabou virou ex, só, ex sozinho, sem explicação do que ele deixou de ser.

Ele estava com uma camiseta da minha banda preferida, se eu tivesse que escolher um disco só pra ouvir pro resto da vida seria deles, uma música só também. Muito tempo depois eu contei pra ele que me apaixonei por ele assim que vi a camiseta. Eu não sei se disse "me apaixonei", é bem provável que não, porque com ele eu só usava amor por escrito. 

Mais tempo ainda depois, ele me deu uma camiseta igual a dele. Eu poderia ter dado muitos significados à camiseta, mas não encontrei nenhum naquele momento e nem muitos momentos depois daquele e agora isso não importa mais.

Agora eu acho, isso já faz bastante tempo, agora eu acho que ele me deu a camiseta porque me entendia melhor do que eu entendia a ele.

A gente era igual, um monte de distorção. Agora eu acho, já faz bastante tempo, que aquela camiseta era para me explicar por que não, por que nunca, mesmo que ele não soubesse.