quinta-feira, 31 de maio de 2007

Minha mãe conta que quando começou a trabalhar onde ela trabalha hoje, tinha uma funcionária do Piauí. A minha mãe chamava ela de "sirigaita". Acho que ela chamava todo mundo assim, sei lá. Era uma brincadeira dela. Tipo como hoje ela me chama de "cabeção". Bom, a minha mãe tava nessa rotina de chamar a moça de "sirigaita", até o dia em que ela começou a chorar e foi falar pro chefe que "sirigaita", lá de onde ela vinha, era um xingamento muito grave. E foi aquela história toda de "sou mãe de família, não admito esse tratamento e tal."

No dia seguinte, antes de ir pra mesa dela, minha mãe chegou perto da tal funcionária e falou:
-Não importa de onde você veio, agora você está no Rio-de-Ja-nei-ro. Eu vou te chamar de "sirigaita" até você parar de frescura.
...
Lembrei que uma vez eu tava conversando com a Luciana, e falei que tinha encontrado uma menina que estudou com a gente.
-Ah, é? Na 4ª série eu batia nela todo dia.

E eu fiquei "mas, hein?", e a Luciana me contou a história. Na 4ª série, a gente sentava em dupla, e a Luciana sentava com essa menina, que eu vou chamar de Bruna, mas só porque o nome dela é exatamente o contrário de Bruna. E um dia a Bruna falou pra professora que a Luciana tinha batido nela. Luciana jura que não tinha batido em ninguém. Sei que pais foram chamados e foi aquela coisa toda, até a menina admitir que a Luciana nunca tinha batido nela. É claro que se fosse comigo a história teria acabado aí, mas não com Luciana.

No dia seguinte, ela sentou e falou pra Bruna:
-Olha só, eu não te bati aquele dia, mas a partir de hoje todo dia você vai levar um soco, pra aprender. E não adianta reclamar com ninguém, porque agora vão achar que você é uma mentirosa.

*POF*

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Neste momento assim de indecisão na minha vida, eu vislumbro uma nova possibilidade. Uma nova carreira, talvez: consultora de golpe do baú.

Sério, com tantas pessoas que estudaram comigo e tal dando golpe do baú, eu quase me sinto na obrigação de ensinar a fazer direito. Porque são uns casamentos que só podem ter sido golpe.

Primeira lição: eu sei que você tá super feliz porque vai poder comprar as roupas mais lindas. Mas vamos ser sensatas, ninguém sabe quanto tempo um casamento desse tipo vai durar. Nada de gastar milhões com roupas. Compre jóias. Jóias duram pra sempre. Jóias vão garantir o seu futuro. Ir até a padaria vestindo Maria Bonita Extra faz qualquer uma feliz, mas na hora de vender o vestido pra pagar contas ele não vai valer nem 100 reais num brechó em Copacabana.

Jóias, gente, jóias. Depois que você já estiver cercada de ouro e diamantes, aí sim pode começar a gastar com roupas.


Eu tenho que explicar tudo, tudo!

Ontem quando minha mãe chegou em casa, olhou pra mim, olhou de novo, quase um comercial de Seda, né?, e falou:
-Renata, acho que você está com rubéola.

O que é o terrorismo psicológico, não é?
E aí chamou meu pai e os dois ficaram olhando pra mim, muito desconfiados das manchas no meu rosto. É rubéola, deixa eu ver o braço, é catapora, ela já teve catapora, é sarampo, ela foi vacinada, é alergia.

Até que eu levantei e fui até o espelho.
-Mãeee, tá louca? Não são manchas de rubéola, são sardas!

-Nossa, então você bem que podia marcar dermatologista, hein?
Super dá pra confundir com rubéola, né?

terça-feira, 29 de maio de 2007

-Renata, quando você vai tomar a vacina contra rubéola?
-Nunca, mãe.
-Quando? Marca um dia que eu vou com você.
-Nunca, mãe.
-Tem que tomar.
-Não tenho, mãe.
-Tem sim. E se você engravidar?
-HAHAHAHAHAHAHAHAHA. Tá bem, mãe.
-Tô falando sério. Tem que tomar, Renata.
-Mãe, eu NÃO vou engravidar. Eu tomaria pra não contaminar as outras grávidas, mas eu não vou entrar em contato com nenhuma grávida e, se alguma aparecer na minha frente, eu prendo a respiração até sair de perto dela.
-Renata, tem que tomar a vacina. Depois você engravida...
-Mãaaaaeeee, vou engravidar de queeeeemmmm? Eu não vou engravidar!
-A gente nunca sabe...
-Nunca sabe, mãe? Nunca sabe? Eu sei! Eu te garanto que não vou engravidar. Eu PROMETO. A única chance que eu tenho de engravidar agora é com o espírito santo.
-Pois é, então existe uma chance.
-Mãe, olha só, se o espírito santo quiser ter um filho comigo, acho que o mínimo que ele tem que fazer por mim é me proteger contra a rubéola, você não acha? É uma questão de educação.
...
Então devo ir na quinta ou na sexta.
E vou chorar mesmo, porque eu sou fresca mesmo e odeio injeção mesmo e choro mesmo, não tenho vergonha.
Vergonha é roubar e não poder carregar, ok?

Selton Mello: beijos com morena em festa no Rio

Olha só, não era eu, tá? Não era eu.
O que eu quero reclamar agora é que vocês não estão fazendo nada pra me unir ao Selton, nada!
Eu não estou vendo nenhuma movimentação nessa direção.

Assim eu vou perder a paciência!

Eu já faltei ao trabalho pra ir à praia.
Eu já faltei ao trabalho pra ir a uma formatura.
Eu já faltei ao trabalho pra ir a uma entrevista de emprego.

Mas eu nunca tinha faltado por estar doente.

Atchim, coff-coff. Tem mesmo uma primeira vez pra tudo.
...
Meu irmão, o sensível:
-Já que você tá em casa hoje, bem podia fazer um bolo pra mim!
...
Esta é a primeira vez que eu acho que estou doente o suficiente pra não fazer alguma coisa. Ficar gripada, ter uma crise de alergia, nada era o suficiente pra eu não ir trabalhar, não ir à escola ou à faculdade.
Eu não estou mais doente do que já estive na vida. Só achei que não valia o sacrifício.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Da série eu já vi esse filme:

Anna Kournikova e Enrique Iglesias anunciam fim do namoro

Como muito bem diz Miranda Hobbes: Wow! A guy who doesn't want to get married! Film at eleven!

O que me surpreende é a falta de originalidade, né?
A Anne Heche quando terminou com a Ellen DeGeneres não veio com esse papinho de medo de compromisso, não, gente. Não! A pessoa foi fundo! Se perdeu no deserto, foi achada falando uma língua estranha e ainda disse que tinha sido abduzida por extraterrestres.

Isso sim é desculpa. Aprendam, meninos.

Eu trabalho num curso de Inglês aonde muitas pessoas vão procurando por alguém que faça traduções. As secretárias são umas fofas, sempre me indicam, mas agora acho que elas querem exercer outra função mais querida ainda na minha vida.

Hoje eu cheguei e elas me falaram que um cara pra quem eu já fiz tradução precisava de uma versão pro Inglês. Não satisfeitas em arrumar trabalho, elas querem me arrumar algo mais.
-Olha, a gente vai falar pra ele que agora você tá solteira, tá?

Ok, desde que ele não pense com isso que não precisa mais pagar pelas traduções. ;)

Mas só pra não deixar de lado o mau humor pra sempre. Olha só, eu nem curto cerimônia de casamento. Não faz a minha cabeça, apesar de o boato por aí ser outro, né? Mas eu não ligo, não tenho a menor vontade de casar assim. Hahaha, nem se eu quisesse agora, né?
Mas você não odeia quando alguém vai a um casamento querendo brilhar mais do que a noiva? Gente, a noiva tá ali, gastando um caminhão de dinheiro pra ser a mais linda do mundo. Odeio gente que aparece querendo ser o centro das atenções. Compram o vestido mais decotado, o que tem paetês até no forro e vão. E as fofas que vão de branco?

Cara, junta aí um dinheirinho, arruma um noivo e espera a sua vez.

Sinto que esta semana vai ser muito boa. De cara me lembrei que hoje tem reprise de The Closer e Veronica Mars no TNT. E fui esperta o bastante pra deixar programado na tevê.

E acordei num bom humor, mas num bom humorrr, que estou feliz porque a Wanessa Camargo casou.

domingo, 27 de maio de 2007

As coisas mais simples

Dia de festa aqui em casa. Minha tia foi ao Rio esta semana e achou havaianas 45/46 pro meu pai e pro meu irmão.

Você sabe o que é viver durante muito tempo sem ter opções de havaianas? É triste, gente, é muito triste. Eu sinto por eles, porque eu combino minha camisa de praia com as minhas havaianas.

Embora eu nunca vá à praia...

Eu falei do filme neste post e a Suzana me falou pra comprar o livro. Eu comprei correndo. E a Livraria Cultura entregou correndo, essa parte foi bem legal.

Eu fui lendo e lendo e depois fui vasculhar a casa toda, porque eu fiquei meio desconfiada que o Steve Martin tivesse instalado câmeras escondidas aqui. Bem parecido, hein? Eu pensei em reproduzir alguns trechos aqui, mas seria quase o livro todo. E o processo, né?

(adorei o livro, Suzana. obrigada pela indicação)

-Filha, o fulano falou comigo que viu na tevê que você não deve comprar água ou qualquer bebida parada no sinal, porque eles injetam uma substância que...
-Tudo mentira, pai.
-E aí quem vendeu passa um rádio pra alguém lá na frente com a placa do carro e...
-Tudo mentira.
-Ele viu na tevê.
-Onde? Em que canal?
-Na tevê.
-Mentira. Algum jornalista preguiçoso recebeu por e-mail e achou que merecia virar notícia. Lembra da história dos adesivos, né? Saiu no jornal.
-Bom, só tô falando pra você não comprar nada enquanto estiver parada no sinal.
-Vou comprar sim. Aliás, a partir de agora eu só vou tomar líquidos que tenham sido adquiridos num sinal de trânsito.
-Mas...
-Só pra provar que vocês todos estão errados.

sábado, 26 de maio de 2007

Eu fico tão feliz que essas pessoas aqui saiam de suas casas num fim de semana ou num feriado e venham até a minha casa e aceitem comer o que eu cozinho e ainda façam caipirinha pra mim.

:*
...
E no menu da 3ª temporada de Sex and the City, a Carrie fica repetindo:
-We're so over we need a new word for over.
...
Sabe que agora 75% das minhas amigas têm blogs. E você não tem noção do quanto eu AMO falar usando porcentagens.
...
Há exatamente um ano eu estava comemorando como nossa uma vitória que era dele. E uma vitória em uma coisa que também não existe mais. É... estranho.
...
Na 3ª temporada de SATC, quando a Charlotte conhece o Trey e eles ficam naquele guti-guti de começo de namoro. Ai, não tenho paciência, acho um porre. Parece que eu sou a opinião contrária, porque me informaram que o melhor do namoro é o começo. Eu não tenho muita paciência pra ficar descobrindo ninguém. Quero acordar um dia e já conhecer tudo e já iniciar qualquer coisa com piadas internas. É pedir muito, né? Ok, troco isso por aquela camisa listradinha de azul que eu vi na semana passada. Ou por um vênus em algum signo mais racional. Porque esse aqui que eu recebi em peixes foi sacanagem.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Eu não sei se algum gerente de supermercado lê o blog. Mas, se lê, podia me fazer um favor. Primeiro eu queria dizer que eu mereço um favor. Eu tava morrendo de frio e tomei banho mesmo assim. Olha como eu sou limpinha. Ainda hidratei meu cabelo. Olha como tá macio. E fiz massa para o jantar. Olha como eu tô gordinha. Pois é, eu mereço o favor. É um favor bem pequenininho.

O que eu peço a você, meu amigo gerente de supermercado, é que você avalie bem um funcionário antes de dar um microfone na mão dele pra anunciar promoções. E avise ao seu funcionário que ele deve apenas anunciar as promoções. Deixe bem claro, amigo gerente de supermercado, que a função dele não é agir como se estivesse apresentando um programa de tevê. E muito menos entrevistar pessoas. A função é apenas me avisar que o quilo do kiwi está custando 3,84, para que eu possa me dirigir feliz à seção de frutas e comprar kiwis.

Nada de "quantas vezes por mês a senhora vai ao supermercado?", "daqui a cinco minutos vou fazer uma promoção relâmpago", "isso, senhora, esse pão é muito bom mesmo" Nada disso, basta anunciar as promoções sem gritar e ficar calado durante o resto do tempo.

Isso tudo, amigo gerente de supermercado, se o senhor quiser evitar que eu rode o supermercado todo atrás do funcionário com o microfone só pra pedir a ele que porfavorrrrrr pare de falar um minuuuuto.

Por isso, amigo gerente de supermercado, se a sua intenção não é ter uma pessoa com atitude de gente louca no seu estabelecimento, sugiro que avalie melhor a quem você dá um microfone.

Que tipo de pessoa faz isso?
Só uma pessoa muito tonta, né?
Eu quero tomar banho, mas acabei de tomar um suco de abacaxi com hortelã batido com gelo e não tenho idéia de quando o frio interno vai passar.

brrrr.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

boa noite, aumiguinhos!

Hannah de pijama do papai, com seu travesseiro calmante de ervas. Você não está imaginando coisas, o travesseiro tem, sim, uma cara de cachorro pintada.

Quadrilha no Arraiá da Hannah

Prestenção: minha mãe já mandou todo mundo ir pensando na melhor data pra festa junina deste ano.

Pra lembrar a vocês do que é a festa junina (basicamente comer e tomar quentão), um vídeo da quadrilha da festa do ano passado.

A pessoa de vestido caipira é, sim, da minha família. É minha tia. Não vamos julgar, ok? Ela é sempre a única pessoa fantasiada, o que não quer dizer que você não pode vir com roupa caipira. Venha, minha tia vai adorar não ser a única.

A pessoa brigando com os outros, porque eles não sabiam dançar quadrilha sou eu mesma, a_chata.

Vamos ver se este ano a gente faz uma quadrilha decente, hein? Vou falar pro meu pai fazer o dobro de quentão.

Meu pai cismou que a Hannah tá com frio. Vestiu uma blusa de pijama dele nela, cobriu com edredom, e ela tá lá, com a cabeça no travesseiro calmante de ervas dela.

A gente pensa que não, mas cachorro sofre.

Imagina lidar com gente maluca assim sem poder falar nada.

Olhaaa, eu não quero que as pessoas fiquem com pena de mim nem nada. Minha família toda tomando conta de mim e fazendo coisas pra agradar me sufoca um pouco.

Mas minha mãe ligou e falou:
-Vamos lá comprar aquela bolsa que você queria?

Então, assim, vou fazer uma cara muito de quem tá sofrendo, pra merecer bastante a bolsa, tá?

Porque tudo bem sofrer, né? Mas que pelo menos eu sofra tendo uma bolsa nova.

-Muito prazer, meu nome é Renata.

O tempo passa, o tempo voa, mas as pessoas continuam não acreditando que não há NADA que possa ser escondido na Internet. Eu falo, mas ninguém acredita.

Esconde embaixo do colchão, esconde num cofre, esconde atrás da cortina. Mas não esconde na Internet.

Já achei.

;)

A foto é clássica, hein?

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Outro dia eu saí e só no meio do caminho me toquei que a chapinha tinha ficado ligada no meu quarto. Liguei e pedi pra minha mãe desligar.

Hoje a minha mãe falou:
-Ainda bem que aquele dia você ligou. A gente nunca teria visto a chapinha ligada.
-É, a casa ia pegar fogo e no dia seguinte eu ia chegar em casa e encontrar só as cinzas de vocês.

Minha mãe completa:
-E a chapinha estragada.

É, porque perder uma chapinha seria muito pior do que perder a minha família queimada por minha culpa, né?

E também eu queria que as pessoas parassem de ficar pedindo pra gente votar no Cristo Redentor como uma das maravilhas do mundo moderno.

Gente carioca, vamos cair na real. O Cristo não é uma maravilha. É só uma estátua gigante na forma que a igreja católica deu a Jesus.

É muita cara-de-pau fingir que o Cristo, a estátua da liberdade e a torre eiffel são mais legais do que o Taj Mahal, por exemplo.

Fora que o Cristo perdeu todo o respeito quando deixaram o Renato Aragão ir se empoleirar lá na mão dele. Imagina se alguém ia deixar o Didi escalar a Acrópole de Atenas.

Então vamos liberar a rotação do mundo, para que ele gire ao redor de si mesmo e não em volta do nosso umbigo, e votar no que for mais legal, e não no que está mais perto de nós.

Lembrando que o próximo que me pedir pra votar no Cristo vai levar uma banda*.


*banda, rasteira, não sei como você chama. estou falando do ato de usar uma das minhas pernas pra tirar as duas pernas de alguém do chão, com a intenção que esse alguém caia e me faça rir.

Esse post é mesmo só pra informar que por mim tá tudo bem o John Mayer ter medo de compromisso, como informa a fofoca do IMDb.

Porque, assim, eu já amei pra sempre. Agora eu quero amar só até amanhã.

Meu único problema seria ele demorar demais pra me avisar do medo de compromisso. Mas, John, se você me der um toque antes de fazer um ano e tal, tá tudo cool entre nós.

Um beijo, John. E não esquece de avisar à A.A. que minhas refeições devem ser vegetarianas.

Eu tava aqui, fazendo nada. Mentira. Eu tava aqui, sentindo pena de mim mesma. Mas não tava fazendo só isso, claro. Eu domino essa coisa de multitarefas, gente, então tava aqui:
1. sentindo pena de mim mesma
2. tentando entender por que o John Mayer insiste nessa história de Jessica Simpson, quando eu estou aqui, fluente em Inglês, solteira e sem nunca ter sido cachorra com o ex.

Foi entre sentir pena de mim mesma e tentar entender por que o John Mayer não liga pra American Airlines tipo a-go-ra e reserva uma passagem pra vir me buscar, que eu vi que no Telecine Pipoca tava passando Hooligans. É um filme com o Elijah Wood e eu tive que parar pra ver, porque eu paro pra ver tudo que tenha o Elijah Wood no meio. Só porque ele é a pessoa mais bizarra que eu já vi na vida. Não vi pessoalmente, mas você entendeu. O Elijah Wood é aquela autópsia de ET. Bizarro, mas você não consegue desviar os olhos.

Daí tava vendo o final. Assim, vou contar um pouco do final, afinal, eu não desejo que ninguém perca tempo vendo um filme chamado Holligans com o Elijah Wood e aqueles olhos que não são humanos e aquele pescoço que tem a mesma largura da cabeça.

Bom, no final, os caras tavam lá se socando. Devia ser porque um era Flamengo, outro era Vasco e outro era sei lá o que. Não tinha ninguém do Floominense, eu garanto, porque torcedores do Floo têm classe. Bom, tavam lá se socando. E foi meio o que salvou a minha manhã, porque eu tive que rir das pessoas se socando sem motivo.

Bom, no final do filme o Frodo vai lá tirar satisfações com um cara e depois ameaça dar um soco nele e o cara morre de medo. Gente, como assim? Nem eu tenho medo do Elijah Wood. Nem a Hannah tem! E olha que a Hannah tem medo até de lagartixa.

O motivo pro filme meio que ter salvado a minha manhã é que eu percebi que tem sempre alguém com o emocional mais desregulado do que o meu:
1. há pessoas se socando sem motivo.
2. há pessoas com medo de levar um soco do Elijah Wood. Elijah Wood, o ator que nem precisou de computação gráfica pra parecer um hobbit.
3. há pessoas escrevendo livros sobre pessoas que se socam sem motivo.
4. há pessoas transformando esses livros em filmes.
5. há pessoas aprovando esses filmes.

Mas aí eu lembrei de uma coisa e meu dia foi arruinado de novo:
1. há pessoas tendo que trabalhar hoje... eu, né?

Quer dizer, me dei mal. Vi um filme sem sentido nenhum com Elijah Wood e ainda tenho que encontrar forças pra me arrumar e ir trabalhar.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Ai, gente, peloamordedeus, qualquer coisa, sei lá.

A moça liga no Happy Hour pra perguntar:

-Tristeza mata?

Ai, gente, vamos mudar de assuuuunto. Chega disso.


matar eu acho que não mata não. só deixa com o rosto inchado. he.

Tava indo pro trabalho, e o carteiro:
-Que deprê, dona Renata!

hahahaha, imagina o carão que eu devia estar fazendo.

Depois dessa, eu tô pensando mesmo em começar a usar cinto.

Porque eu tenho roupas que saem do corpo sem precisar desabotoar nem nada.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Aiii, caí da cadeira!

Fui fazer uma manobra pra mudar de posição e ploft! no chão.

Vou ligar pro trabalho e falar "ó, não posso trabalhar não, que tô com medo de cair, tá?"

E vou passar o dia na cama, com uma barreira de travesseiros, pra não rolar pro chão.

domingo, 20 de maio de 2007

Olha, caí.

Voltando pra casa, ninguém desceu pra me recepcionar, tive que subir com mala pesada + travesseiro + bolsa. Caí, tá? Não rolei a escada ¬¬, só caí de uns três degraus. Talvez quatro.

Por um momento fiquei na dúvida se ainda tinha alguma gota de álcool no meu sangue. Mas não tinha não, era só falta de equilíbrio mesmo.

Quer dizer, antes o desequilíbrio era apenas emocional. Agora é físico também.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Ela acorda de madrugada, pára na porta do meu quarto, olha pra mim no computador, com aquela cara de sono dela. Ela vai pra cozinha, bebe água e fica me esperando, pra eu completar o potinho com água gelada.

Ela volta pro quarto dos meus pais e chora até minha mãe acordar e fazer carinho nela.

Ela tá balofinha. Não obesa, mas tá gorda, hein, Hannah? E às vezes não consegue subir na cama. Ela fica muito sem graça quando isso acontece, tenta disfarçar, finge que não queria subir. A minha cama é a mais alta da casa e agora ela começou a pegar distância pra subir nela.

Ela parece de pelúcia, mas se você apertar demais ela reclama.

Ela é o amor mais amor-amor.

Se você também quer um amor-amor, vai encontrar aqui: Quero um Bicho

Garota da Vitrine (Shopgirl)
What Mirabelle needs is an omniscient voice to illuminate and spotlight her and to inform everyone that this one has value, this one standing behind the counter in the glove department and to find her counterpart and bring him to her.
Ray, why don't you love me?
...
sorry that
i could never love you back
i could never care enough
in these last days
Carry me Ohio, Sun Kil Moon.

O que me mata é ele ter demorado tanto tempo pra pedir desculpas por ter tratado ela tão mal.
Mas eu adoro como ela consegue andar sem ele.

eu já tinha visto esse filme umas duas vezes, mas nunca com o coração partido em 982 pedaços. parece um outro filme.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Outra coisa que me irrita: gente abrindo e fechando porta pra mim. Não tá vendo que eu tenho as duas mãos? E mesmo se tivesse uma, ainda assim eu seria capaz de abrir e fechar uma porta. A menos que a casa seja sua, claro. Eu não saio pegando na porta dos outros.

Eu sei que a intenção é a melhor possível, mas eu aviso logo pra não fazer. Não gosto, acho que alguma coisa sempre vai dar errado. Tipo no carro, a pessoa fecha a porta e eu acho muito que não vai ver que meu pé ainda tá fora do carro, vai bater a porta com força e quebrar meu tornozelo. Eu já até me imagino me jogando no chão de tanta dor, chorando e até penso qual é o melhor ortopedista pra cuidar da fratura, pra dizer, entre soluços e lágrimas "por favorrr, me leva pra clínica tal."

Odeio também que puxem a cadeira pra mim. Eu tenho força pra puxar uma cadeira. Esses bracinhos finos passam outra impressão, mas eu tenho força pra isso. Carregar um saco de 50 kg de cimento, ok, admito que eu não consigo. Mas pra puxar uma cadeira, pode contar comigo. Também acho que alguma coisa vai dar errado e eu vou cair no chão no meio do restaurante, tipo num programa dos Trapalhões.

Mas, tirando isso, eu sou mulherzinha.

Me irrita demais. Eu passo e o bobão fala "além de tudo, ela é cheirosa." Quero matar. Viro pra trás e reclamo mesmo, ainda chamo de palhaço.

Não quero ninguém cheirando o ar por onde eu passo. Nin-guém.

Não comprei perfume pra te agradar, pessoa que está no botequim às 3 da tarde.

Ai, que abuso.

Que dia grrr.

Fui comprar a bolsa. Tava ficando doente pensando na bolsa. Na hora de pagar, vi que tinha esquecido a carteira. Não tinha um real, não tinha cartão, nada. Minha mãe se ofereceu pra pagar e foi logo perguntando que tipo de pessoa sai de casa sem dinheiro e sem documentos. Eu, né, mãe? Eu! Não aceitei a oferta, me botei de castigo. Bolsa agora, só semana que vem.
Grrr.

Minha pasta no trabalho sumiu. Com trabalhos e provas de alunos, controle de freqüência e essas coisas. Sumiu, ninguém sabe, ninguém viu.
Grrr.

Meu irmão me contou que meu pai tinha ocupado a garagem que vai ser mi-nha com tralhas que ele trouxe da casa da minha avó. Suspeitamos que sejam coisas destinadas ao lixo, que ele recolheu, como um catador.
Grrr.

Minha mãe comprou minibolos de brigadeiro, chocolate com coco, maracujá e limão.
Grrr.

Ouvi "então agora você tá solteirona?" Solteirona não, né? Tô solteira. Não esculhamba.
Grrr.

Tem esse blog coletivo no LiveJournal: Once a Month Music.
A proposta é super legal: a cada mês você posta uma música que tenha a ver com aquele momento da sua vida. Ou simplesmente uma música que você ouviu sem parar. A música não precisa ter sido lançada naquele mês, só precisa ter a ver com a sua vida naquela época.

No final do ano, você tem a trilha sonora do seu ano.

Tô aqui pensando nas minhas até agora.



It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me

And I'm feeling good
...
And this old world is a new world
And a bold world
For me

Já liguei o telefone e o celular.
Já liguei a televisão.
Já li meus e-mails.
Já li todos os posts que o Google Reader me mostrou.
Já li jornal.
Já cocei a barriga da Hannuca.
Já preparei e tomei meu café da manhã.
Já lembrei que hoje é aniversário da .
Já fiquei com preguiça de terminar de corrigir provas.
Já pensei no que eu vou vestir hoje.
Já pensei em comprar a bolsa que eu vi esta semana.
Já pensei que eu devia comprar um batom vermelho.

Acho que já acordei.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Uma das coisas que eu mais gosto nisso de andar de ônibus é falar mal de quem anda de carro. Porque o ônibus pára no ponto, 563 pessoas entram. Todas lerdas, todas sem dinheiro trocado na mão, todas incapazes de fazer qualquer coisa a uma velocidade de pessoa normal.

Então o ônibus fica parado, porque as 563 pessoas têm que entrar, pagar, passar a roleta e sentar. E isso leva tempo. Ainda mais pra 563 pessoas lerdas.

Enquanto isso, os motoristas dos carros atrás dos ônibus buziiiiiiiiinam e buziiiiiiinam. Eu acho mesmo fantástica essa idéia que motorista tem, de que tudo se resolve com uma buzina. Já falei disso. O ônibus tá parado na sua frente, buzinar vai ajudar em quê? Acho incrível que alguém pense que o motorista parou o ônibus sem motivo e quando ouvir a buzina vai pensar "ahhh, era isso que faltava! ouvi a buzina, agora posso seguir viagem."

Aí entra a minha parte preferida de andar de ônibus: a solidariedade entre os passageiros. Adoro. Tanto pra brigar com o motorista que arrancou antes de uma velhinha sentar, quanto pra falar mal dos motoristas que buzinam.

Por isso pensei: depois que eu tirar a carteira, só dirijo com alguém do meu lado. Não é por medo, nem nada. É só pra ter com quem falar mal dos outros.

Até agora não aconteceu nada de extraordinário, mesmo usando as sapatilhas pretas.

Mas passei na confeitaria e comprei bolinhas de queijo e carolinas. Porque a vida é doce. Se não é, devia ser.
E quando tava vindo pra casa, vi um cara igual ao Freddy Rodríguez.

De qualquer forma, ainda não tirei as sapatilhas do pé, que é pra dar mais uma chance, sei lá.

Odeio repetir o sapato de segunda na quarta e o de terça na quinta. Porque são as mesmas turmas, e eles reparam.

Mas hoje não tem jeito. Porque eu tive um sonho que dizia "use a sapatilha preta", a que eu usei na segunda. Então, não tenho saída, vou ter que usar e ver o que acontece.

Pelo menos hoje eu vou de saia, e não calça, e a turma vai ver o sapato repetido, mas vai poder ver todo o esplendor da fitinha amarrada no meu tornozelo de elefante.

Eu não tinha falado ainda, mas o dr. Luiz Alberto Py viu o post falando sobre os conselhos pra quem tá passando por uma separação, que ele deu no Happy Hour de 7 de maio. Eu só tinha conseguido pegar quatro dos conselhos.

Ele me enviou os nove conselhos, a lista toda.

E como é que ainda tem gente que não entende que Internet é o máximo?

Enfim, só queria agradecer mais uma vez pela lista. ;)

terça-feira, 15 de maio de 2007

Eu seria mais feliz se o mundo reconhecesse que isso não é roupa.Não é roupa, gente, é só um lençol onde alguém fez um buraco e falou "toma, enfia a cabeça aí." Alguém muito esperto resolveu não ter trabalho com modelagem, corte, nada disso. Fez o buraco no lençol e resolveu chamar de roupa. Mas não adianta. Isso não é uma peça de roupa.
Por favor, não insistam.

Gente, não tem shampoo na Globo?
Por que o Thiago Lacerda não lava o cabelo?

domingo, 13 de maio de 2007

Adoro ser de uma família feminina. Na verdade, há mais homens na minha família do que mulheres, mas eu sempre vi minha família como feminina. As mulheres sempre chamaram mais a minha atenção.

Acho demais passar o dia com a minha mãe, minha avó, minha tia e minha prima. Uma em cima da outra, falando de tudo e de nada, morrendo de rir.
...
Mas ter primos também é legal. Porque com eles não tem isso de conversar sentimentos. Eles perguntam "e aí, a gente tem que dar um pega nele ou não precisa?" e eu acabo achando o máximo ter meninos na família também.

she is

She is the air I breathe, entranced
awake or asleep, in storm or cold

She is the smile that keeps me warm
with matchless laughter, eyes ablaze

-Tá bom, Renata. Muito bonitinho. Mas agora pára de expor minha figura na Internet. Por falar nisso, você já organizou seus sapatos hoje?

She is the smile of love
She is the air of love
She is the day of love

A minha é a melhor do mundo. ;)

sábado, 12 de maio de 2007

Tive uma noite péssima, acordando toda hora, acabei não conseguindo dormir direito. Sonhei várias vezes a mesma coisa, que uma pessoa que eu conheço tava muito angustiada. Acordei nervosa e morrendo de sono, no total devo ter dormido só umas três horas. Fui trabalhar. Voltei, só tirei a roupa e me joguei na cama. Dormi mais quatro horas.

E acordei com o cheiro do pudim de leite que minha mãe tá fazendo.

Pra compensar.


nessas horas é muito bom ter o quarto perto da cozinha.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Sobre ter irmãos:

A bateria do meu celular tá fraca. Toda hora ele apita pra me avisar. Eu já sei. Está ligado só pra irritar meu irmão, que dorme e deixa o celular apitando a tarde toda.

Ele tá ficando maluco.

A Carrie disse: "The fact is sometimes it's really hard to walk in a single woman's shoes. That's why we need really special ones now and then to make the walk a little more fun."

Mas, fora a Carrie, ninguém avisa. Ninguém avisa que ser solteira é difícil. Eu não fui treinada pra interpretar sinais, todo mundo tem que ser muito claro comigo.

Mas aí eu saio de casa. E nunca sei o que é que tá acontecendo. Tá pedindo meu cartão porque quer mesmo uma tradução pro seus artigos da pós ou vai me ligar pra gente tomar um chopp? Prefiro saber logo, porque se for pra tomar um chopp e nunca ligar, ok, mas se for pra uma tradução mesmo e não me ligar, vou ficar muito zangada por não ganhar dinheiro.

Na loja de sapatos. Tá pedindo opinião porque não tem bom gosto e eu estou usando sapatos fofos ou porque é uma cantada e eu não percebi? A minha opinião vai ajudar a escolher sapatos pra sua mãe mesmo ou é pra sua mulher? Tem uma aliança escondida no bolso? Porque, vamos ver. Se for pra sua mãe mesmo, eu vou escolher os de 370 reais, porque aí quando a gente casar, ela sempre vai me amar por ter feito você gastar dinheiro com ela. Bom, se bem que se for pra sua mulher, eu escolho os de 370 também, pra aprender a não ser babaca. E também porque uma mulher que tá com um pamonha desses merece sapatos de 370 reais.

Chamei de pamonha. Não tem chance de dar certo.

Recebo um manual pra tradução. Numa língua daquelas com acentos em consoantes. Na verdade, acho que todas as letras de todas as palavras são acentuadas. Parece linguagem de miguxos.

Enfim, não é Inglês.

Cara, eu faço tradução. Tra-du-ção. Não é milagre, não.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Então, assim. Fui comprar o sapatinho de mamãe.

E aconteceu o inevitável. É claro, se era inevitável tinha mesmo que acontecer. ¬¬

Pois é, quando sua mãe aposta com uma amiga que você não vai conseguir sair da loja de sapatos sem comprar um sapato pra você, você TEM que comprar um sapato, porque, afinal, quem é que tem um coração de pedra e deixaria a mãe perder uma aposta?

Vou ser sincera. De cetim. De bailarina. Eu teria comprado mesmo se fosse pra minha mãe perder a aposta. hahaha.

E hoje é dia de comprar presente pra mamãe.
Mamãe pediu um sapatinho "assim baixinho, não muito fechado, assim, meio retrô"

Antes disso, ela tinha pedido uma Melissa. Mas eu deixei claro que a adolescente aqui sou eu.

Tá bom pra você?

O que acontece: é todo o universo conspirando contra mim. Eu pedi, por favor, que o YouTube publicasse o vídeo aqui, ele não quis. Pessoa paciente que eu sou, pedi de novo. Ele se recusou, mais uma vez. YouTube não tem educação.

Fui dormir e o que ele fez? Colocou o vídeo aqui. Duas vezes. Como eu tinha pedido, ok, mas se o YouTube fosse esperto, teria percebido que eu não queria mais.

Então, deletei os posts que tavam sobrando. E também porque a imagem congelada do YouTube é sempre a pior ¬¬.

Os comentários que estavam nos posts com vídeo, eu passei pra este post aqui.

:)

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Era pro YouTube ter colocado um vídeo aqui, mas ele não quis ser amigo.
É um vídeo-desabafo. Me senti enganada indo trabalhar num dia que era pra ser feriado. Era pra ser!

Tem algumas coisas:
1. Eu TENTO, mas não consigo não mexer as mãos tanto assim. É uma doença, ok?
2. Eu sou pateta. Eu nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo sim. Vou ser sempre assim pateta, sempre pateta.
3. Isso é pra convencer o mundo de que eu não tenho mesmo nada pra fazer. Porque as pessoas me ligam e perguntam "tá ocupada?" e, não importa quantas vezes eu responda "nunca estou", elas não acreditam, continuam me ligando e perguntando "tá ocupada?". Então, se convençam, por favor. Mesmo porque até quando eu tô ocupada eu digo que não estou. Então, parem de me perguntar "tá ocupada?", porque me irrita.

Eu sempre fiquei na dúvida se existia, mas sempre achei que parecia lógico existir.

Cinto de segurança pra cachorro.
Pros minúsculos, cadeirinha de segurança.

A Hannah sempre andou de carro com alguém ao lado dela, eu nunca tinha visto o cinto, mas fiquei pensando nele, porque às vezes eu levo ela ao veterinário sozinha, mas vou de táxi, no banco de trás com ela. E isso não é o ideal, eu sei, porque numa batida eu não vou conseguir segurar e ela vai voar. Quando eu dirigir, ela vai ter que ficar presa ao cinto.

hahahaha, olha a cara do rott no primeiro link, olha como ele não tá gostando do cinto!
Nas fotos, os cães estão sentados, mas o texto diz que o cão pode ficar deitado ou sentado, só não fica livre demais pra circular pelo carro e pular pro banco da frente. Só achei chato só ter na cor preta, porque tudo da Hannuca é colorido...

Atualizando: Achei mais barato aqui, mas não conheço a loja.

Eu penso assim: o papa sai lááá de outro continente pra vir aqui nos abençoar, ou, sei lá. Mas ele vem. E a gente não é capaz de decretar nem um feriado? Acho uma desfeita. Minha mãe não me criou assim. Quando o papa decide sair da casinha dele pra vir aqui me abençoar, minha mãe me ensinou que é motivo pra feriado, claro.

Se eu fosse o papa, ia condenar todo mundo ao inferno. Eu já faço isso agora, mas acho que não tem muito efeito, porque eu não tenho nenhuma autoridade nem nada.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Gente, um favorzinho, tá?
Tudo bem usar saia longa, mas vamos curtir um visual cigana moderado. Porque, assim, no centro da cidade tem ciganas. E elas pegam a gente pelo braço pra ler a sorte. E tinha aquela época em que eu, educadinha, puxava o braço e falava "SOLTA MEU BRAÇO!" ou "NÃO ENCOSTA EM MIM!", mas é aquela coisa, né? Praga cigana, favor evitar. Então estou evitando, e desvio das ciganas. Vejo uma e mudo meu caminho.

Só que com pessoas que não são ciganas mas andam vestidas de ciganas, não porque querem enganar os crédulos, mas porque acham legal andar vestidas de ciganas, eu fico confusa. Eu não sei quem é cigana, quem é gente vestida de cigana com a intenção de enganar os crédulos ou quem é a pessoa que exagerou nos babados + saia longa.

Vamos evitar, tá?

Ontem o tema do programa Happy Hour, no GNT, foi separações. Então eu tive que ficar acordada até as 2 pra ver, né? Porque perdi o programa ao vivo e ia perder a reprise de hoje.
Eu tive uma sensação de conforto quando vi tanta gente passando por isso. Porque eu fico na auto-escola e penso "quantas pessoas aqui estão com o coração partido como eu?", e eu nunca sei responder quem tá sofrendo e quem não tá. Mas eu sei que um monte de gente tá. Sofrendo.

O caso é que ontem o Luiz Alberto Py tava no programa e ele disse que tinha preparado, depois de passar por separações, uma listinha com algumas instruções. E nunca na minha vida eu corri tanto pra pegar papel e caneta, porque se me disserem que dormir de cabeça pra baixo pendurada no ventilador de teto vai ajudar, eu acredito. E durmo. De cabeça pra baixo.

Ele acabou não dando uma lisssta, foram só quatro itens. Quatro é um número que não funciona muito pra mim. Cinco, ok, dez, perfeito, mas quatro não acho legal. Mesmo assim, olha a lista:

1. Isso passa. Esse item eu achei bem legal, e achei bem legal ser o primeiro, porque é a maior verdade. Eu fico muito contente de não ter me concentrado tanto na dor a ponto de não acreditar quando alguém me disse "isso passa", porque é verdade. Quase todas as pessoas me disseram que passa e eu sei que todas estão certas. Teve uma amiga minha que falou isso de cara. Antes de "sinto muito", "que pena" ou "não acredito", ela disse logo "vou falar uma coisa que você pode odiar, mas é verdade: isso passa. ninguém morre de amor." E eu nem odiei, pelo contrário, eu precisava muito ouvir.

2. Você não merece. Ninguém merece, mas acontece. Achei legal também, principalmente pra quem tem essa tendência a se culpar. Eu tenho. Eu acho que a culpa é sempre minha, poucas vezes culpo o outro, então é claro que a primeira reação é tentar achar o que eu fiz de errado pra merecer. Mas não fiz nada, aconteceu. É mais fácil procurar uma culpa do que acreditar que coisas ruins acontecem pra pessoas legais, mas acontecem. Eu sou legal e uma coisa ruim aconteceu comigo. Ele explicou esse item da lista de uma maneira bem legal, eu achei. Foi uma escolha do outro, e todo mundo tem direito a fazer escolhas. Eu não gostei da escolha porque me machucou, mas foi só uma escolha, não foi uma resposta a alguma coisa errada que eu fiz. E eu não mereço, ninguém merece, mas acontece.

3. Agüente firme e não procure remédio. Aí ele explicou que isso tinha a ver com a dor do luto, que todo mundo deve sentir, e não sair e tentar arrumar logo outra pessoa. Pelo menos no meu caso, isso vem de outras pessoas. É incrível como todo mundo me diz que tem uma pessoa incrível que precisa me apresentar. Eu tô tão longe de querer conhecer alguém. Sinto até pena de alguém que me conheça agora.

4. Faça a eutanásia da paixão. Esse ele falou, e nem precisava dizer, que era pra quem tinha sido abandonado. Porque você tá numa relação, de repente não tá mais, a pessoa foi embora, mas ao mesmo tempo os sentimentos ficaram. Ele disse que a gente tem que matar os sentimentos. E aí ele disse uma coisa que eu ouvi de algumas pessoas, mas não tinha levado muito a sério, tinha achado um conselho meio amador, que é o de se concentrar nos defeitos de quem foi embora. Ao mesmo tempo, foi só quando eu pensei em algumas coisas pelas quais eu passei na relação que eu entendi que não era a relação que eu precisava na minha vida.

No fim, ele deu um conselho que eu achei demais, ele disse que a gente tem que investir na separação como quem investe no começo de uma relação. Achei genial.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Pode me chamar de fútil, eu nem ligo, porque eu sei que poucas coisas são mais satisfatórias do que olhar pras minhas mãos e ver que minhas unhas estão lin-das.

Do bom humor:

-Renata, eu vou te apresentar um amigo lindo que eu tenho e...
-Ah, peloamordedeus, não me apresenta, não. Você só conhece gente idiota...

Nada como ser simpática, né?

domingo, 6 de maio de 2007

Alguém chegou aqui por uma pesquisa no Google com o meu nome, então eu cliquei pra ver que outros resultados apareciam e fui parar no meu antigo blog, aí achei um post que dizia que a Erica tinha me dito que tinha a impressão de que se apertasse a minha barriga eu ia fazer um barulho tipo "ihh! ihh! ihh!", tipo um bonequinho de apito.

hahahaha, melhor do que isso só quando ela disse que eu tinha voz de ursinho carinhoso...

sábado, 5 de maio de 2007

A coisa que eu mais queria agora é terminar a reforma do meu quarto. As paredes, coitadas, eu sinto mesmo pena de parede, tão cheias de buracos. Quero mudar a cor, mudar os móveis de lugar, arrumar espaço pros sapatos, talvez comprar uma cômoda nova, essas coisas.

Mas a reforma que vem primeiro é a da garagem. Tem que arrumar o chão, as paredes, botar uma iluminação melhor, abrir uma passagem entre as duas garagens, iluminar o corredor da garagem pra escada do prédio e instalar o portão automático. Enfim, fazer praticamente uma garagem nova.

Tá chegando o dia em que quando me perguntarem "Mas o que aconteceeeeu?", eu vou poder responder:
-Troquei por um modelo Flex. ;)

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Minha auto-escola fica numa galeria e lá tem uns bares. Toda sexta-feira tem um encontro de surdos-mudos num bar.

Meu pai vai me buscar todo dia, porque a aula acaba já à noite. Ele é tão fofoqueiro que hoje eu saí da auto-escola e ele veio me contar o que um dos caras do grupo disse pra outro.

Tipo, sério que ele aprendeu LIBRAS só pra entender a fofoca?

Agora eu estou tendo aulas de legislação na auto-escola, e sabe o que eu ouço?

-Então, se vocês atropelarem alguém, vocês vão para a cadeia? É claro que não! Não tem espaço na cadeia nem pra bandido, imagina pra vocês, donas-de-casa e estudantes... O juiz vai dar uma pena alternativa pra vocês.

Bom, se além de não ter lugar para donas-de-casa e estudantes também não tiver lugar na cadeia na cadeia pra tradutoras de Inglês, pedestres, tenham.medo.de.mim.

No dia em que eu comprei o blush da Barbie, apareceram dois caras lá procurando maquiagem. Vou revelar aqui uma coisa sobre mim: eu adoro falar sobre maquiagem. Pior: eu me meto na conversa dos outros quando estão falando sobre pós e bases e blushes. Não resiiisto, e eu tava bem ali, no balcão de maquiagens, quando alguém falou "é que às vezes nós vamos fazer umas gravações e a pele fica muito brilhosa", e eu tive que parar minha procura pelo blush perfeito e fazer um pequeno discurso sobre as propriedades maravilhosas do efeito mate na maquiagem.

Depois que eles foram pagar, as vendedoras se reuniram num cantinho pra falar deles. E eu achei muito estranho. Tô solteira há pouco tempo, não sabia que uma rodinha se formava tão rápido pra falar de homens que acabaram de sair.

Quando eu olhei pro caixa, vi umas pessoas tirando fotos com eles. Aí as vendedoras que tinham formado a rodinha contaram que eles eram de algum grupo de pagode.

Foi o mais próximo que eu cheguei de uma celebridade. Ah, não, teve aquela vez em que eu peguei ônibus com uma ex-BBB e, mesmo depois de o namorado dela ter ganhado 500 mil, ela não viajou nem de ônibus leito, foi executivo mesmo, e eu passei a viagem pensando nisso. E em como ela e o namorado pareciam pai e filha, he.

Mas o caso é que eu fiquei dando dicas pros caras achando que eles eram pessoas que filmavam, sei lá, casamentos.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Gilmore Girls foi cancelada.

Todo mundo junto:
:´(

Os bobocas da semana

O primeiro é o Simon Cowell, jurado do American Idol. Há semanas ele não comenta a atuação de uma das participantes, Hailey Scarnato. Semana passada, quando perguntaram o que ele achou da apresentação dela, ele disse "você tem pernas lindas". Esta semana, a mesma coisa, ele disse "use o mínimo de roupa possível, é a única forma que você tem de permanecer na competição."

A menina, coitada, fica lá, disfarçando o desconforto que um comentário desse tipo provoca. Tinha que mandar tomarnocu ao vivo, aproveitando uma das maiores audiências dos EUA. Se eu fosse ela, perdia a linha total.

O outro é o Latino. Gente, vê essa notícia aqui. Eu já comecei a ler espantada pela manchete. Como assim, 5 mil mulheres quiseram fazer sexo com o Latino? A situação tá tão difícil assim? Perdi a fé num mundo melhor. Eu imagino que pra alguém aceitar manter uma relação sexual com o Latino é porque não há mais esperança. É desistir de viver.

Mas fica pior, olha o que ele tem coragem de dizer:
“Mas isso foram mulheres para dormir. Para namorar é outra coisa”

Espero que as tais 5 mil mulheres vão atrás dele agora com um porrete.

Ontem fui comprar blush, mas acabei me distraindo dando dicas a uns integrantes de um grupo de pagode, e quando finalmente escolhi um tom pra mim, não tinha. Nessas horas eu fico meio nervosa, não quero sair sem comprar nada porque:
1) a vendedora teve a maior paciência e me mostrou tudo que eu pedi, super fofa.
2) eu já tinha blush até na testa, não podia fazer isso e sair de mãos vazias.
3) bom, eu não queria sair sem comprar nada.

Aí acabei comprando um outro tom, já tinha feito uma confusão na pele e eu não sabia mais qual ia me ajudar a fazer um visual sensual e qual seria pra um visual romântico. Bom, pelo que parece, o que eu comprei vai me ajudar a montar um visual princesa Disney, porque é só brilho. Eu desconfio até que não tem pigmento nele, é só glitter!

Só sei que fiquei muito ansiosa, pensando que só ia usar quando fosse a uma super festa e, bom, é só ler dois posts do blog pra notar que eu nunca vou a super festas. Mas, gente, que inconsciente amigo que eu tenho. Sonhei que tinha uma super festa pra ir e me olhava no espelho pra passar o blush de princesa.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Nesta fase, eu estou procurando coisas que me deixem feliz.
Num dia, margaritas.
No outro, sapatinhos vermelhos.

Hoje, meu cabelo resolveu colaborar com essa minha estratégia e amanheceu bom. Assim, sozinho. Não foi preciso escova, não foi preciso chapinha, nem precisei usar bobes. Ele acordou bom. Assim, num ato de boa vontade. Ou caridade, né? Mas eu prefiro pensar em boa vontade mesmo.

Então meu cabelo tava bom hoje. Meu humor acompanhou, tava bom também, até que perguntaram:
-Renata, você tá usando peruca?

Não fiz o dever de casa da auto-escola.
Será que hoje eu vou pra cadeirinha do pensamento?

Eu podia estar trabalhando, eu podia estar fazendo meu almoço, eu podia estar no banco pegando dinheiro pra pagar a terapia, eu podia estar arrumando meu cabelo, eu podia estar dando um banho na Hannuca.

Mas eu tô aqui, jogando tarô online.

Fiquem atentos, em breve vou abrir inscrições para um curso via webcam: Como ser inútil em 10 lições.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Minha avó e minha mãe estavam andando na rua. Um senhor passou e cumprimentou as duas. Minha avó falou "oi", mas ficou com aquela cara de quem não sabia direito quem era.

-Eu conheço?
-Conhece, mãe. É aquele amigo do papai.
-Ah, é! Aquele que morreu...

A história da dona Herta

Já que a minha mãe virou a estrela do blog, um vídeo com ela contando a triste história da dona Herta, que não tinha um nome, mas um destino na certidão de nascimento.

Aí eu entro naquela de pensar "tem gente pior do que eu" e vou procurar, né? E eu achei!

"Gente eu chorei quando ouvi essa música...affffff...to uma manteiga!!!!!!!!?

O amor em seu carvão
Foi me queimando em brasa no colchão
E me partiu em tantas pelo chão
Me colocou diante de um leão
(...)
No espelho da ilusão
Se retocou pra outra traição
Tentou abrir as flores do perdão
Mas bati minha raiva no portão
E não mais me procure sem razão
Me deixe aqui e solta a minha mão"

Gente, vamos tentar sofrer com estilo. Nada de rimar carvão com colchão com chão com leão, por favor. Nem ilusão com traição com perdão com portão com razão com mão.

Eu choro parecendo um buldogue francês, mas pelo menos sei pontuar, hahahaha.

Os genes tão aqui em algum lugar. Os genes do "foda-se, se não quer, tem quem queira". Eu sei que eles estão aqui em algum lugar. Mas ainda não foram ativados. Não é possível que minha mãe não tenha passado pra mim. Será que é recessivo? Porque meu pai não tem não, hein? Como eu faço? Será que tem um cursinho? Ganho um certificado? Posso botar no currículo?

Essa fase tem que passar, porque, gente, eu tava chorando, né?, aí fui pegar um pente, porque eu tenho que chorar e fazer alguma outra coisa enquanto isso, tem que rolar um aproveitamento do tempo. Então fui pegar um pente, e passei pelo meu espelho. Aí olhei pra mim, olhei, olhei. Pensei "eu tô tão parecida com alguém..." E foi aí que eu me toquei, cara, que eu choro e fico IGUAL a um buldogue francês. Mas IGUAL!


se eu tivesse um pouco menos de vergonha na cara até tirava uma foto, porque eu tô falando muito sério e é muito engraçado. eu até paro de chorar. olho no espelho e tenho que rir, porque vejo um buldogue francês de cabelo comprido.

É pessoal. Eu entro no Gmail e olha os anúncios que o Google seleciona pra mim:

Faça-se ouvir
Horóscopo do Amor
Procurando alguém?
Namore no ParCerto
Namoro - Conheça milhões de pessoas. Uma delas é perfeita para você.
Quer um hotel romântico?