sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Aconteceu uma coisa hoje.

Eu vi um bebê e fiquei um pouco descontrolada.

"awwwnnn, que fofo! que perninhas gordas! olha as dobrinhas! ele riu pra mim! ele riu! você viu? ele riu pra mim! ahhh, tá mordendo a mãozinha. ahhh, a mãozinha tá toda babada. ahhh, o sapatinho caiu. ahhh, olha a boquinha! olha esse nariz! ai, que fooofo! tá apertando o próprio pé!"

Não conseguia parar de olhar pro bebê. Queria pegar o bebê. Queria apertar o bebê. Queria jogar o bebê pra cima. Morder o bebê.

Depois comprei base e rímel e experimentei outra vez a sensação de euforia. Mas, assim, a ficar eufórica com maquiagem eu já estou acostumada. Já com bebês...

Não tenho um bebê gorducho, mas tenho um rímel que me faz feliz...

E quando a pessoa pergunta quanto custou alguma coisa que eu tô usando? Eu fico sem graça de dizer. Sorrio.

Mas a pessoa insiste. Chuta um preço. Eu sorrio. A pessoa pergunta se custou mais. Eu balanço a cabeça pra dizer que sim, e viro pro lado pra puxar outro assunto. A pessoa pergunta quanto mais. Eu fico sem graça. A pessoa chuta outro valor. Mais? Mais? Mais do que isso?

E se faz de chocada. Termina me informando que não nunca pagaria isso tudo, não vale.

Faço o quê? Agradeço pela avaliação grátis?
...
Quando eu mudei de emprego, uma pessoa me perguntou quanto eu ganhava no meu emprego anterior. Pra saber se eu ganhava mais ou menos do que ela.

Por onde a explicação deve começar?

Será mesmo que num ônibus cheio, eu sou a única pessoa se controlando pra não dizer "senhor, por favor, não cuspa no chão, sim?" As outras pessoas não pareciam se importar. Liam, dormiam, comiam biscoito de polvilho. Só eu me incomodo?

Olha, pra isso eu não acho desculpa. Por mais que ninguém tenha te ensinado a usar todos os talheres existentes, por mais que nunca na sua vida você tenha tido a oportunidade de pousar um guardanapo de linho no colo, por mais que você não saiba em que posição deixar os talheres ao final da refeição. Entendeu? Porque não é etiqueta, não tem a ver com boas maneiras. É só bom senso.

Você cospe na sua casa? Tá lá, deitada na cama, vira pro lado e cospe no chão? Não. Eu duvido, ninguém faz isso. Porque ninguém quer dividir espaço com saliva. Guess what, eu também não quero! Então não cuspa no meu chão, senão a cara feia aparece mesmo e se disser que é de fome vai ouvir que não é, não, é nojo puro.


a minha mãe, coitada, quando tava grávida de 6 meses de mim, escorregou na saliva que alguém tinha deixado no chão. caiu e quebrou a perna. meus problemas vêm daí...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Você sabe que assiste a America's Next Top Model demais quando recebe uma foto sua saindo do mar num e-mail que tem como título "my favourite bond girl" e, apesar da vibe 60's do biquíni preto, você não pensa Ursula Andress.

Na hora, você pensa "cara, olha as minhas mãos! por que eu não coordeno o movimento das mãos com o movimento do corpo?"

Por que pessoas participando de um processo seletivo de emprego vão vestidas com trapos? Será que é pra provocar pena? Elas acham que alguém vai pensar "ahhh, tadinha! veio de sandália Ipanema, toma aqui um emprego pra comprar um sapato de verdade"? Será que é isso?

Se for, olha, acho que não funciona.
...
Aí a pessoa revela que fez uma pós em Berkeley. E eu fico morrendo de vontade de perguntar "ahh, e você gastou todo o seu dinheiro com a pós e não sobrou nem um centavinho pra comprar uma roupa legal?"

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

-O tio Fulano tá morando por aqui?
-Não, tá ficando na minha avó.
-Hoje ele tava caminhando com a minha tia.
-Então, ele tá ficando lá na minha avó.
-Por quê?
-Ah, porque ele arrumou uma amante, saiu de casa e tava num hotel. Deve estar sem dinheiro pro hotel, né?
-Mas por que ele não vai morar com a amante?
-Hahahaha, certeza que ela não quer, né?
-Que velho idiota.
-É homem. A grande maioria consegue atingir esse grau de idiotice mesmo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Minha vizinha vai casar. Aquela que construiu um puxadinho. Essa é a parte em que a Cela ri e diz "puxadinho, sei." Mas não importa o que ela diga, se alguém constrói uma casa na propriedade dos pais, eu acho que isso caracteriza um puxadinho. O que define é isso, construiu no quintal, puxadinho é. Mesmo que o quintal seja um campinho de futebol e o puxadinho em questão seja uma casa bem bonita, com uma das portas de entrada mais lindas que eu já vi na vida. Vamos ser honestos, isso é baixada fluminense, o nome que você procura é pu-xa-di-nho.

Mas o que eu ia falar é que ela vai casar e os pais compraram um papagaio. Que grita o tempo todo, por falar nisso. Que imita cachorro e gente chorando. Um papagaio.

E eu mal posso esperar pra ver que bicho a minha mãe vai arrumar no dia em que eu sair de casa.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Depois de falar "bom, então agora você só fala com o meu advogado, tá?" rola falar "e vá pra putaquetepariu, seu trambiqueiro do inferno?"

Acho que não, né? Bom, pelo menos eu não falei. Mas devia ter falado.

Cansei de ser boazinha.
...
Quando o motorista do ônibus freou muito forte, eu quase caí e a minha sandália ARREBENTOU, por um minuto eu pensei em não falar nada. Coitado, trabalhando nesse calor, sem ar condicionado, que emprego ruim. Mas depois logo pensei, tomarnocu, eu também tenho que trabalhar no calor, ok, com ar condicionado, mas com ADOLESCENTES, acho que eu também sofro e não faço meu trabalho errado só porque não tô a fim de trabalhar ou porque eu ganho pouco. Então reclamei mesmo, pela primeira vez. Porque, olha, minha sandália arrebentou. Se eu tivesse me machucado, eu ia direto na empresa e não se freia assim e discursinho.

E quando eu tava saindo, ele falou pra uma passageira "patricinha..." Cara, patricinha, não. Nem se usa mais essa palavra, se toca.

Foi aí que o gene que eu herdei da minha mãe (eu sabia que tinha herdado, eu sabia!) se manifestou e eu falei "patricinha nada. quem tá errado é você, vai tomar no cu."

Valeu mais do que três chicabons.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

agora é bombom!

Vamos celebrar a estupidez humana* o Chicabon.Mais um dia comemorando os 65 anos. Ou um pedido de desculpas de alguém que pegou meus DVDs sem pedir. Tem um monte no freezer. Será que se amanhã pegarem os meus livros, ganho um Tablito? O que eu preciso perder pra ganhar Häagen-Dazs Pralinés & Cream?


*você também não pensa "a estupidez humana" sempre que ouve alguém dizer "vamos celebrar"? comigo acontece sempre. e é uma das músicas de que eu menos gosto no mundo. inteiro. acho tão pretensiosa... mas isso não me impede de pensar na continuação do verso em toda e qualquer situação eu quero tudo pra cima. pra cima. droga, aconteceu de novo!

Porque você sabe que um dos objetivos de vida da minha mãe é fazer com que todas as pessoas do mundo prestem alguma prova de concurso público e vivam de regalias. Desde semana passada ela não conseguiu passar mais do que duas horas sem me dizer que ficaria 6 dias direto em casa, por causa dos dois feriados, o de quinta e o de hoje. Enquanto eu tive que trabalhar no sábado e ontem.

Hoje eu acordei e ela não tava em casa. Pensei que tivesse ido ao supermercado, porque o outro objetivo de vida da minha mãe é passar todo o tempo livre dela empurrando um carrinho e ligando para os outros membros da família pra perguntar "quer alguma coisa do mercado?"

Mas meu pai me contou que no Fantástico, sei lá, passou uma matéria falando que os servidores públicos trabalham muito pouco, sei lá, e aí ontem ligaram aqui pra casa e disseram que era pra trabalhar hoje.

Agora mesmo é que não tem o que me convença a prestar um concurso. Imagina trabalhar num lugar onde o seu superior é influenciado pelo Fantástico. Cruzes.

E, hahahahahahahahahahahaha, mãe. Vou rir durante 6 dias.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Sonhei que ia ao açougue comprar carne moída pra minha mãe. Mas minha mãe não compra a carne já moída, então eu tinha que pedir a carne, pedir pro açougueiro moer e pedir pra ele moer mais uma vez.

Quando eu chegava lá, tinha um boi preto amarrado do outro lado do balcão. Um menininho tava com um martelo na mão e ia matar o boi ali. Ele começou, mas batia muito fraco. O boi abaixava a cabeça, ele não olhou pra mim. Eu pensei "meudeus, esse menino vai demorar horas pra matar o boi. eu vou ficar aqui e ver esse horror. não posso ficar aqui." E saía chorando do açougue. Depois eu voltava, "já matou?", "não, ainda não." E eu ficava na porta, sem saber se esperava lá dentro, lá fora ou se ia pra casa sem a carne.

Depois eu sonhei que tinha mais duas cachorras aqui em casa. Uma menor e uma maior do que a Hannah. Só me vi brincando com a menor. Hannah morrendo de ciúme.

domingo, 18 de novembro de 2007

Se alguém me contasse, alguns meses atrás que um dos meus programas preferidos seria sair pra sambar. Hahaha, eu ia morrer de rir. Mas agora eu vou, mesmo tendo trabalhado em pé e falando durante seis horas. Só professor entende como professor se desgasta. Ninguém me leva a sério. "mas foram só seis horas. tem quem trabalhe 12 por dia." Ok, mas sentadinhos, de boca fechada, sem interrupções de pensamento, sem interação social. Mas não vou ficar explicando. Só dizer que no final do dia eu tô esgotada num nível que não consigo descrever. Chego e fico sentada olhando pra tevê durante uma hora, sem conseguir me mover, nem falar, nem pensar.

E se alguém me contasse que algum dia eu sentiria vontade de pular no pescoço daquela gente que fica parada conversando no meio da pista, nunca que eu acreditava. Essa semana na análise a pergunta era o que me irritava. Eu fiquei meio sem saber o que me irrita. Porque é basicamente ter a obrigação de trabalhar e gente sem assunto que acha que tem assunto. Porque não ter assunto, ok, fica na sua. Mas, não. O povo não tem assunto, mas acha que tem. E toma você ficar 53 minutos ouvindo aquela história de quando o carro da frente não deu seta, mas acabou virando a esquina. É duro. Enfim, me irritam as pessoas que param pra conversar no meio da pista. Infelizes, vão pra porta do banheiro, vão pro bar, vão sentar no banquinho. Qualquer coisa, mas fiquem longe da pista!

Não dá pra dizer também o quando eu odeio gente que dança com o cigarro aceso e pra baixo. É um ódio sem limites. E quando o cigarro encosta na minha mão, as formas de matar uma pessoa que estão armazenadas aqui em algum lugar obscuro, todas elas aparecem. E todas são tão cruéis. Eu gasto dinheiro com essa pele, por favor, não estraguem o investimento!
...
Meu esmalte tá lindo essa semana. Malícia, da Risqué + Atração Fatal, da linha Verniz & Cor da Colorama. Vemeeelho. Toda semana eu acho que descobri o tom de vermelho ideal.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

O tema do Happy Hour de hoje é Ex é pra sempre? Uma vez me disseram que sim, não tem nada que apague aquela manchinha no seu passado. Ou manchona, ha.

Enfim, vou contar uma história de ex. Não vou dizer de quem é o ex, porque eu sou essa pessoa elegante e tal. Então, oficialmente, é só uma história de ex.

O ex terminou. Mas a ex era tão ingênua e quis tentar uma amizade. Eu não quero defender a ex nem nada, mas vou ter que dizer que é uma pessoa de coração muito puro, que acreditou que dali restaria pelo menos carinho ou o retorno pacífico de um DVD que estava com ele.

Aí, um dia a ex contou que estava planejando uma viagem com as amigas. O ex, não se sabe até hoje por que, comprou passagens para o mesmo lugar, pra uma semana antes de quando a ex disse que iria. A ex não foi, né?

Mas o ex foi, ele foi de verdade e ainda pagando mais barato do que a ex pagaria.

E o ex voltou. E nunca mais falou com a ex. Nunca mais mesmo. Porque, nossa, quantos motivos ele tinha pra cortar os laços, né? Deve ter ficado ofendido por... não sei, mas talvez a vida seguindo em diante seja mesmo ofensiva pra algumas pessoas.

Mas ele não voltou só! Não! O ex voltou com os chocolates preferidos da ex. Aquela marca que ela apresentou a ele. E se não fosse por isso, vamos ser sinceros aqui, ele estaria até hoje comendo Charge. Bom, aí ele trouxe os chocolates preferidos da ex. E deu pras amiguinhas de quem a ex tinha ciúme. Porque a ex era meio maluca, né? Não tinha por que ter ciúme de alguém. E o ex fazer uma viagem internacional e voltar com chocolates pra pessoa que deixava a ex com ciúme só prova que ela não tinha motivos pra ter ciúme. Né?

Então, é uma história de ex. Uma de muitas.

Quando eu vejo alguém com uma roupa desse tipo, minha pergunta sempre é: tá com frio ou tá com calor?
Porque eu não consigo entender!
Roupa de um ombro só, ok, não vejo problema. Mas uma manga inteira e o outro braço pelado? Como é possível? Tá com frio em um braço e no outro tá com calor?
Vestido curto de veludo com mangas compridas. Mas tá com frio ou tá com calor?

Acaba com o meu dia, porque eu fico o tempo todo tentando entender o que a pessoa está sentindo e qual era o objetivo quando escolheu aquela roupa.

Porque não adianta usar uma roupa que você ache bonita (o que não é o caso da foto), tem que fazer sentido também. Por favorrr.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Assistindo à novela com a minha mãe. Naquela cena em que os policiais estão se preparando para avançar sobre os estudantes revoltados, a minha mãe diz:

-Olha que trabalho legal!
-O quê? Ser ator?
-Não, ser policial de tropa de choque.
-Quê, mãe?
-Olha lá, ficam batendo no escudo. Tum-tum. Tum-tum. Todo mundo fica com medo!
-Mas, mãe...
-Ah, eu queria ser policial. Mas só desse tipo aí. Pra ficar batendo no escudo, de capacete. Tum-tum. Tum-tum.
-Mãe...
-Todo mundo ia morrer de medo e fugir de mim!
-...
-E eu ia sair batendo em todo mundo com o meu cacetete! Vem aqui, vou te pegar!
...
Você pode não acreditar, mas eu e meu irmão nunca apanhamos de verdade na vida. Nunca, nunca uma surra de cacetete.
...
Mas, e eu acho que já contei aqui, que minha mãe tinha uma estratégia sensacional na hora de brigar com o meu irmão. Se ele fazia alguma coisa errada e saía correndo, ela falava:
-Vem aqui! Vem aqui pra eu te bater! Eu não vou correr atrás de você. Vem aqui pra apanhar.

E ele ia.
Tá?

Vocação pra policial de choque é pouco.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

-Eu acho que vou marcar com o acupunturista mesmo, porque minha coluna tá me incomodando.
-Isso, Renata. Acupuntura é ótimo. Você pode fazer pra estresse também... é capaz de você até deixar de ser tão mal humorada.
...
E aí foi que eu não entendi, que tipo de pessoa escolhe deixar de ser mal humorada? Por que eu faria isso? Por que alguém abriria mão do mau humor?

Está na lista das coisas que eu não consigo entender...

Se tem uma coisa que eu não entendo, bem, tem várias coisas que eu não entendo, muitas mesmo. E uma delas é por que algumas pessoas gostem que o resto do mundo imagine como elas fazem sexo.

A imagem mental logo se forma, é inevitável. Tudo porque cliquei no link com alguém passando informação demais. Dispenso.

Sonhei que era a Katie Holmes e o Tom Cruise e eu estávamos presos num navio com uma outra família. A Suri não estava lá.

Ficamos dias no barco, dias, até que eu falei "Tom, não agüento mais. Preciso ir lá na Louis Vuitton comprar alguma coisa." e nós resolvemos fugir do barco. Eu não sei direito porque nós estávamos presos lá nem nada.

Na hora de sair, o Tom Cruise resolveu que queria fazer o papel do Super-Homem num novo filme. E um outro cara disse que era impossível, que pra ser o Super-Homem tinha que ser alto, ter pelo menos 1,80 m. E disse "tem que ter passado por alguma experiência envolvendo kryptonita.", ao que o Tom Cruise respondeu "e quem disse que eu não passei?"

domingo, 11 de novembro de 2007

Eu já acho casamento um evento bem dispensável pra sociedade e tal. É sempre o mesmo vestido, a mesma decoração, os mesmos docinhos. Não tenho muita paciência. Mas como era a oportunidade ideal pra usar pela primeira vez o sapato que eu comprei há 1 ano e meio, pensei em ir.

Só que não dá, fico irritada só de pensar na caretice. Eu já consigo visualizar as toalhas de mesa e tudo. E toalha de mesa de casamento me irrita.

-Tata, já tá pronta? Quer que seu pai vá te buscar?
-Quem comeu minhas panquecas de palmito???
-Seu pai. Quer que ele vá aí te buscar?
-Ainda não.
...
-Mãe, como é que tá aí? Já casaram?
-Tão casando.
-Tá.
...
-Mãe, já casaram?
-Já, a cerimônia acabou agora.
-Ah, agora fica muito feio eu chegar, né? Parece que eu cheguei só pra comer e não pra celebrar o amor do casal.
-Não, vem pra cá.
...
-Mãe?
-Oi.
-Só tem gente feia aí, né?
-Ai, Renata, se arruma e vem logo.
-Só tem gente feia aí que eu sei.
...
-Mãe?
-Renata, já tá pronta? Seu pai vai te buscar.
-Ah, não vou mais não.
-Por quê?
-Porque tá tarde e porque só tem gente chata aí.
-Ah, Renata... aqui tá... bom...
-Não quero ir.
-Ah, Renaaata...
...
-Renata?
-Oi, mãe.
-Vem pra cá, por favor! Só tem gente chata aqui, não agüento! Vem pra cá!
...
Mas nem posso ir. Porque não achei minhas presilhas douradas.

sábado, 10 de novembro de 2007

Ela voltou!!!

Como diria a Angélica: me sinto plena.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Quando você é filho da minha mãe, aprende a estar preparado pra tudo. Meu irmão avisou que ia consertar uma tomada:

-Fica de olho e com um cabo de vassoura por perto. Se você perceber que eu tô tomando choque, me empurra com a vassoura!

Eu conheço a pessoa há pouco tempo. Tem um cabelo lindo. Lindo de verdade. Tem brilho, tem balanço, tem volume na medida certa. Aí a pessoa resolveu confessar que aquele cabelo não era naturalmente liso.

-Meu cabelo é muito cacheado. Isso aqui é formol, muito formol.
-É mesmo?
-E deus. Deus que ajuda pra ele ficar assim.
-Mas, fulana, se deus quisesse que você tivesse cabelo liso, acho que você teria nascido assim, né? Pra que ele faria você ter que passar formol na cabeça?
-É deus.

E formol.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

A aula de localizada tinha acabado e as pessoas estavam combinando estratégias pra resistir às rabanadas. Eu disse:
-Ah, nem me fala. Ontem eu comi meio chocottone.

Olharam pra mim e fizeram "Ohhh!!"
...
Mas era um pequeno, daquele de 400 g!
...
Aliás, as aulas têm ficado super vazias. Eu tava sem ir há muito tempo, mas depois que a academia me ligou pra perguntar por que eu não estava indo, tomei vergonha. Mas poucas pessoas têm ido pra aula de localizada. Não merecem usar shortinho pra pular ondas no reveillon!

Meu dia já estava sendo bom com a compra de mais dois pincéis para sombra e panquequinhas de palmito no almoço. Com panquequinhas de chocolate planejadas para o lanche da tarde.

Aí a campainha tocou, a Hannah latiu e era o carteiro. Que me trouxe presentinhos e cartinhas que eu não sabia que vinham.

E o melhor: um dos presentes é tamanho pequeno. Dei um pulinho de felicidade. Tem coisa pior do que ganhar alguma coisa de um tamanho que sobra em você e ficar pensando que a pessoa te acha gorda?

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Acho legal ligar pra cobrar o que me devem, hein? Acho gostoso, é o que eu mais gosto de fazer. Já acordo pensando "uhh, delícia. hoje tenho que cobrar dívida!" Então eu ligo, penso num parcelamento, facilito a vida de quem não facilita a minha.

-Renata, você está sendo tão boazinha comigo.
-E você está sendo um belo de um filhodaputa comigo.

Ah, mas só pensei. De verdade mesmo eu falei "pois é."
...
Cara, eu tenho um cartão de crédito pra sustentar, entenda.

Eu sei que os fios brancos estão chegando e se instalando na minha cabeça. Mas dispenso o aviso.

Vou quebrar o dedo do próximo que me apontar um.

Que abuso.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

without a trace

Então eu comprei essa bolsa preta. Que pode ser usada com basicamente tudo que eu tenho. Quase todas as roupas e sapatos. E no sábado eu queria a minha bolsa. Porque mesmo depois de ter trabalhado durante 7 horas e passado a maior parte desse tempo em pé, eu achei que tinha que sair e beber a ponto de todos no bar ficarem sabendo das minhas intimidades e tal.

Mas e a bolsa? Onde estava a bolsa preta que pode ser usada com basicamente tudo que eu tenho? A bolsa tinha desaparecido. Não estava onde deveria estar: no cabide de bolsas que quebrou por excesso de peso. Não estava na mala azul, que eu tinha usado pra ir pra casa da Cintia. Onde estava a minha bolsa?

A bolsa, acredita-se, está perdida em algum lugar da sala, que está sendo ocupada pelos meus pais, enquanto o quarto deles é pintado. Em algum canto, atrás de 76 gavetas e 324 sacos de roupas e sapatos.

Depois de concluírem que era impossível remover as toneladas de roupas e móveis desmontados e procurar a bolsa, deram as buscas por encerradas. A bolsa não foi encontrada e tive que trocar meus sapatos antes de sair.

E eu fico aqui, sofrendo, sem saber o que está acontecendo com a bolsa que pode ser usada com basicamente tudo que eu tenho. Pode estar esmagada embaixo de oito gavetas. Pode estar cheia de poeira. Pode estar em contato com algum bicho medonho escondido num canto.

Eu tenho fé. Só que não adianta, porque ela remove montanhas, mas não gavetas. Mesmo assim, tenho fé que até o fim desta semana nós nos vemos de novo. Espero que ela saiba que aqui, no quarto laranja, tem um vestidinho preto esperando ansioso pra dar umas voltas por aí.

Chegando em casa com mais três vestidos, eu fico feliz por me aproximar de um dos meus objetivos de vida: ser uma menina que usa vestidos.

Mas a cada vestido que eu compro, fico cada vez mais longe de outro objetivo de vida: ser rrrica.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Das coisas que eu tenho que ouvir minha mãe dizer:
-Eu tenho que parar de fazer as vontades do Rafael.

Puxa, na hora certa, já que ele tem apenas 21 anos...

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Eu tomei essas fotos da Luiza Brunet como uma ofensa pessoal. Ela saiu com essa barriguinha reta só pra me afrontar.

Eu vi isso no site da TPM e, cara, quero mais do que tudo um chá de vidente!

Por e-mail eu fico sabendo da dúvida entre ir à ópera ou ao show do The Police. E me pergunta o que eu vou fazer no fim-de-semana.

Estrago a festa e lembro que a vida de quem não está dando uma volta ao mundo envolve trabalhar num sábado? E que a coisa mais interessante que eu tenho feito é competir comigo mesma pra ver quantos Chicabons por dia eu sou capaz de consumir?


afinal, alguém tem que comemorar os 65 anos do chicabon, né? além disso, podia ser pior. eu podia estar fazendo a mesma coisa com cornettos...

Quando a Hannah vai pra praia com meus pais, ela vai pegar siri com meu pai. Toda vez que um siri escapa, ela corre atrás latindo.

Ela odeia a dama de companhia da minha avó. Mas odeia-odeia. É só falar "Hannah, a C. vem aí!" pra ela começar a latir. Não tem motivo, a C. nunca ficou sozinha com ela, não pode ter feito nada. Mas Hannah odeia.

A gente fala "corre aqui!" e faz alguém vir lá do outro lado da casa só pra ver a Hannah dormindo de um jeito bonitinho. Ela deita de um jeito tão fofinho, que vale mesmo a pena levantar da cama pra ver.

Outro dia teve uma criança aqui, passou o dia brincando com a Hannah lá no terraço. Minha mãe desceu com ele pra pegar alguma coisa aqui no apartamento e passou pelo meu quarto:
-Essa que é a irmã da Hannah.
-Ah.
-Ela parece com a Hannah?
-Paece.

Toda hora tem alguém perguntando pra ela "Hannah, você tá rindo de quê? Qual é a graça da sua vida?"

A graça somos nós, eu desconfio.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Minha tia fez uma besteira no cabelo dela. Olha, tragédia anunciada. Sem querer bancar a chata, mas desde que ela inventou essa história de fazer um curso de alisamento que durou 1 dia e começou a alisar o cabelo dela e o da minha prima, eu sabia que não ia dar certo. Eu não disse que não ia dar certo, mas eu recusei todas as ofertas pra alisar meu cabelo, não recusei?. O que foi mais do que uma pista, né? Se eu não deixei tocar no meu cabelo, eu não podia estar achando que o resultado seria bom. Eu não estava apenas protegendo o meu cabelo. Eu estava enviando uma mensagem!

Enfim, o cabelo ficou destruído. E ela foi a uma cabeleireira de verdade cortar. O corte, repicado, evidenciou ainda mais o estado (de destruição total) do cabelo.

Pra sair do salão, ela prendeu o cabelo:
-Se eu sair com o cabelo solto, imagina o que vão dizer do seu salão. Vão achar que a culpa é sua!

Porque já basta destruir o próprio cabelo, não é preciso também destruir a carreira de alguém.

Eu já disse aqui que não sei mentir.

Não sabia.

Ontem tinha um compromisso. Eu precisava desmarcar pra ir a outro compromisso, que foi marcado depois, mas que no final podia ser mais importante do que o primeiro. Depois de conversar com minha conselheira, resolvi ir ao segundo compromisso.

Mas o primeiro compromisso não podia ser desmarcado assim, tipo deixa pra amanhã. Eu precisava de um bom motivo. Então contei uma história. Uma história bem triste. Não matei ninguém da minha família nem nada.

Quando, mais tarde, eu apareci no lugar do primeiro compromisso, contei a história de novo. Quase chorando. Uma emoção sem fim. Cheguei a ficar com a voz embargada.

Felizmente uma parte dentro de mim acordou e falou pras outras partes dentro de mim:
-Olha a palhaçada! Tá de palhaçada! Pára com a palhaçada!

E voltei ao normal.
...
Hoje meu olho esquerdo dói. Ai, castigo.