quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Antes de lidar com as mangas maduras, temos que lidar com a palhaçada que a família inteira faz com as mangas verdes.

É só ir ao quintal da minha avó pra ver mangas com plaquinhas:
"Propriedade da Luciana"
"É da Regina"
"Essa é da Renata!"

O negócio é tão profissional que rola até colocar capinha plástica nos pedaços de papel colados com durex às mangas. Você sabe, pro caso de chover e tal.

Um bando de palhaços.

Preciso me sentir culpada se fui convidada para um casamento e o único motivo que eu tenho pra comparecer é a grande oportunidade que surgiu de finalmente usar meu peep-toe nude?
...
Depois dessa minha mãe nunca mais vai dizer, em tom reprovador: "olha quantos sapatos você tem e nunca usou!"

Porque, como eu sempre disse, a oportunidade chega. Alguém resolve casar pra que você use aquele salto altíssimo...

i don't want no scrub

Sempre quis saber o que um bobão que pára na sua frente e fala "o que é isso, hein?" espera que você faça.

Será que eles esperam ouvir: meudeusss, como vivi até hoje sem esse seu charme irresistível? vamos resolver essa situação a-go-ra!

Eles deviam perceber que isso não é apenas inconveniente e desagradável, mas é ineficiente também. Quando foi que funcionou?

do-do-do-da-do-do

Though you try and tell me that you never loved me,
I know that you did

'Cause you said it and you wrote it down


Assim que acabou, eu não conseguia imaginar que ele não seria mais parte da minha vida. Tinha todos aqueles sentimentos misturados, a raiva, a mágoa, a tristeza, tudo junto, eu nem sabia direito o que era o quê. Olha, tinha até um pouco de pena, porque eu pensava que a pessoa não podia estar certa da idéia. Afinal, quem é que não me quer, não é? Ficava pensando, coitado, tá maluco.
Mas mesmo assim eu não conseguia imaginar minha vida sem aquele pedaço. Eu podia jurar que dali sairia alguma coisa. Que restaria carinho, que a gente construiria uma amizade. Eu acreditava mesmo.

E agora, parece incrível, mas eu mesma não consigo acreditar que nós tivemos qualquer coisa. É como se fosse uma pessoa que eu sei que existe, mas não conheço. É um lugar que eu nem posso visitar, porque eu não sei mais como chegar lá. Eu penso "estive lá? mesmo? impossível."

Tem todas as fotos pra me mostrar "sim, esteve lá e sorriu, olha aqui." Mas não sou eu naquelas fotos. Eu não reconheço ninguém lá. Às vezes eu me pergunto se não deveria ligar, saber como está, essas coisas. Mas aí percebo que depois do "tudo bem com você?" eu não teria mais nada pra dizer. Nada mesmo. E você vai pensar que eu devo ter muitas coisas pra jogar na cara. Tanta coisa que eu engoli a seco, tanta coisa que eu preciso botar pra fora. Mas, não. Não tenho mais.

Sitting in restaurants
Thought we were so grown up

But I know now that we were not the people

That we turned out to be

Chatting on the phone, can't take back those hours

But I won't regret 'cause you can grow flowers

From where that used to be

...
Tenho deixado o meu cabelo crescer e nunca mais tive vontade de cortar.
...
I can be alone
yeah

I can watch a sunset on my own
...
Cara, acabou. De verdade.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

been there, done that

Vendo o perfil do novo namorado da minha prima-bebê-pra-sempre, tá lá: a foto dele numa torcida organizada. Num ônibus de torcida organizada. Com regata de torcida organizada.

Minha vontade é encarnar o didi mocó e avisar: corre que é fria!

Naquela fase boba, de gravar a voz e mandar. Dizendo um poema.

Como as pessoas ficam ridículas.

E como ficar ridícula deixa o coração morninho...

Eu não sei explicar o que é. Mas fico sempre muito feliz quando compro alguma coisa. Preenche o meu vazio interior, né? Dá algum significado para a minha existência insignificante. Vai saber. Só sei que a sensação após uma compra é sempre boa.

Mesmo quando compro só talco e uma escova de dentes nova.

Começo a preparar meu espírito para o verão. Não por causa do calor. Cara, o calor é o de menos. Preciso me preparar por causa das mangas. Se vocês não tem mangueira em casa, não sabem o horror que é ter toneladas e toneladas de mangas e não saber o que fazer com elas.

Minha vó tem mangueiras em casa, tá? Então, primeiro todo mundo come as mangas. Eu, não. Porque as mangas da minha avó têm fiapos. E eu só como manga com garfo e faca, o que é impossível de fazer com aqueles fiapos todos. Eu só tomo o suco. Enfim, quase todo mundo come as mangas. Eles vão comendo, vão comendo, vão comendo. Se liga que minha avó tira mais ou menos umas 30 mangas por dia.

Aí chega a hora em que ninguém agüenta mais comer manga, né? Mas alguma coisa tem que se fazer. Os vizinhos ganham bolsas de mangas, mas elas continuam aparecendo e cada vez mais. Tô falando que dá um desespero. Então se começa a fazer sorvete de manga. Mousse de manga. Doce de manga.

Quando chega no pudim de manga, eu bato o meu pé e digo que não.

Tava entrando no prédio quando fui informada pelo radinho dos pedreiros que satanás está realizando uma grande ação para tirar as pessoas do caminho. Eu não sei direito que caminho, mas acho que deve ser o caminho da luz.

Isso é que é rádio útil. Quem precisa saber as condições do trânsito quando tem todo esse movimento acontecendo underground?

Aliás, rolou uma conversão ali, hein? Porque antes eu chegava e ouvia pagode. Ou sertanejo. Agora ouço informações from hell. Ok, então.

sábado, 27 de outubro de 2007

-Mãe, você era tão-tão-tão nova quando eu nasci. Mãe, você tinha só 24 anos. Como é que você fazia, mãe?
-Ah, eu chorava muito. Por tudo e pra todo mundo. Eu chorava quase tanto quanto você.
...
Enquanto isso minha decisão mais importante da semana foi usar pó com efeito bronzeado no lugar do blush. Ficou lindo, super natural.

Cara, meus alunos tão crescendo e já tem vários com cara de adulto.

Preciso mudar de profissão, não vou suportar um bando de adultos dizendo por aí que tiveram aula comigo. Ainda tô muito nova pra isso, me recuso a aceitar.

Pra que essa pressa em sair da adolescência, gente? Continuem aí com suas espinhas, seus cabelos desgrenhados, seu gosto duvidoso por aqueles tênis de astronauta em camurça. Que pressa é essa?

Eu até aceitaria usar uma bermuda de tactel como se surfista fosse, só pra não ter que pagar a conta do meu cartão este mês...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Ah, é. Continuando o assunto: a dona do albergue onde ele ficou na primeira vez que esteve no Rio disse que recebeu um francês que tinha um livrinho de frases com a seguinte frase-para-seduzir: "sou francês, mas sou limpinho."

Diz que a pessoa repetia a frase pra toda mulher que via. E elas adoravam. Chamavam as amigas e tudo, pediam pra ele repetir.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Meu plano era muito diferente disso. Meu plano até abril era bem simples. E bem chato. Eu tava morrendo de tédio naquele plano, mas resolvi continuar com ele. Ah, já que estamos aqui mesmo, já que esse plano tem tanto tempo, o que é que custa continuar com o plano? Até que o plano não quis mais. Tava chato pro plano também. O plano foi meio grosso e cruel, poderia ter lidado melhor com a situação, mas, ok. Eu não servia mais pro plano e o plano não servia mais pra mim.

Então eu arrumei outro plano. E desse plano eu tava gostando bastante. O plano envolvia caipirinhas todo fim-de-semana. Quem é que não gostaria desse plano? O plano tava divertido, o plano tava legal, mas o plano tropeçou pelo caminho.

E eu achei que, olha, talvez eu não precise de plano nenhum. Talvez seja melhor me jogar sem plano mesmo. Quem é que precisa de plano? Vamos embora enquanto tá legal. Vamos pra praia aproveitar o sol. Vamos pro parque procurar flores coloridas. Vamos pra churrascaria comer apenas sushis vegetarianos.

Mas, né? Planos existem por um motivo (você também não adora traduções de frases feitas? eu amo).

E talvez eu precise, sim, de um plano. Porque eu tenho essa mania de fazer sentido. E planos.

Ele não sabia que dizem que franceses não gostam de tomar banho. Eu não tinha falado nada, porque percebi que ele toma banho, usa desodorante e eu vi que na mala tinha até hidratante. Mas no almoço aqui em casa alguém falou alguma coisa e ele ficou chocado.

Passou a perguntar pra todo mundo se a pessoa sabia dessa história. Todo mundo ria e dizia que sim. O professor de cavaquinho, que não fala Inglês nem Francês, respondeu por gestos que, sim, ele também achava que franceses eram fedidos.

Ele não se conforma até hoje. "E nós adoramos brasileiros! Por que vocês falam isso da gente?"

Foi mal aí. Acho que o clima resolveu imitar meu humor esta semana.
...
Aliás, meu humor melhorou só em pensar que se continuar chovendo assim e a rua continuar parecendo um rio, vou ter que ligar pro trabalho e dizer que não tenho como sair de casa.

Né? Porque nem só de telefonemas e e-mails fofos a pessoa vive. Tem que ter uma folga de vez em quando também...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Como eu só trabalhei à tarde até hoje na minha vida, sempre me perguntei o que aconteceria se eu tomasse uma cerveja no almoço e fosse trabalhar.

Eu acho que as aulas seriam muito mais interessantes. Mas essa não parece ser a opinião das pessoas com quem eu já discuti essa possibilidade.

Com o cheiro de verniz que tá tomando conta da casa, acho que eu não vou precisar de álcool pra tornar as minhas aulas mais interessantes hoje.

Eu posso ouvir minha mãe repetindo aqui dentro da minha cabeça "é castigo. é castigo. é castigo."

No começo do ano, eu reclamei da cor que meu vizinho tinha escolhido pra pintar a casa dele. Era de uma delicadeza sem tamanho:
Passei alguns meses sem abrir a cortina, com medo de ficar cega. Te juro, quando eu abria a cortina de manhã e o sol tava batendo na casa, eu não enxergava nada. Felizmente, a tinta desbotou e hoje eu posso abrir a cortina com segurança, sabendo que vou continuar enxergando. Com astigmatismo, ok, mas ainda assim enxergando.

Então eu tinha que escolher a cor do meu quarto. Eu não sei se foi porque eu tava de muito mau humor naquele dia, ou se porque tava atrasada pra fazer alguma coisa. O fato é que eu resolvi não mandar fazer a cor e só escolher uma cor qualquer no catálogo mesmo.

É possível que o laranja tenha entrado na minha mente pra nunca mais sair, porque foi a cor que eu escolhi. "Mas um laranja claro", eu repeti milhões de vezes. Escolhi um laranja bem clarinho. A cor era ainda mais clara do que parece no computador. Eu escolhi o laranja mais claro do catálogo, porque sei que na lata a tinta é sempre mais escura. Mas, assim, um ou dois tons, né?
Por algum motivo desconhecido, ninguém quis conferir a tinta nem nada. Eu saí no sábado e quando cheguei em casa ontem só se falava na cor da tinta. Que é, veja bem, esta aqui:
Felizmente, na minha família as pessoas são um pouco mais equilibradas do que parecem ser, então todos concordaram que com aquela cor não ia rolar. Eu não conseguiria fechar os olhos. E resolveram corrigir misturando tintas.

Muito difícil pra você, Suvinil?

Quer dizer, melhor eu parar de falar mal agora da vizinha que tem uma tv de plasma tão grande que precisa ser içada por um guindaste pra entrar em casa, mas veste as filhas com trapinhos sujos. Porque se um dia eu resolver ter filhos...

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Não é um privilégio canino. Outro dia eu ouvi "dá pra ver que você tá feliz, porque seus olhos sorriem."

E eu achando que só dava pra perceber quando eu perdia o fôlego de tanto rir depois de quatro chopps...

Vi o site no Favoritos:

Antes e depois de cãezinhos adotados

Além da diferença física, também dá pra ver uma diferença nos olhos deles. Vê como os olhos deles sorriem nas fotos tiradas depois da adoção.

-Você demorou!
-Eu sei, mãe, desculpa.
-Mas você demorou!
-Eu sei. Vim direto da terapia.
-Ah, tá. E tava mais maluca hoje, precisou ficar mais tempo?
...
-Ontem eu mal conseguia levantar meu braço doente.
-Ah, você tem um braço doente, mãe?
-Tenho. Tão doente que eu não posso nem ir ao médico, senão ele vai querer operar.
...
-Não te vi chegar. Que cara é essa? Bebeu muito?
-Mãããe, eu não bebi. Essa é a minha cara quando eu não bebo.
-Nossa. Tá mal.
...
O que eu posso falar? Demorei mais de 20 horas pra nascer.

Eu acho difícil que exista no mundo uma mãe capaz de criar filhos mais fresquinhos e chatinhos do que meu irmão e eu.

Quando eu me pego dando chiliquinho tipo "eu já falei que o meu toddy fica à direita do nescau do rafael! é assim que eu gosto!", olha, quero dar na minha cara.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Meu quarto novo:Gostou? Curtiu? Acha legal dormir na sala com todas as suas coisas fora do lugar enquanto seu quarto é pintado? Eu tô achando o máximo. Tô feliz. Tô numa nice, como diz a minha mãe, que parou nos anos 80 e de lá se recusa a sair, pretendendo ser uma versão feminina do Evandro Mesquita.

Gosto especialmente quando as pessoas passam pelo meu quarto novo e fazem comentários sobre a música que eu tô ouvindo.

É sempre: "Mas essa pessoa tá cantando ou pedindo socorro?"

Acho que esses dias aqui serão muito relaxantes e muito bons para a minha saúde mental.

Quem mexeu no meu queijo?

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A receita do bolo é uma coisa tão simples que eu nem chamo de receita:
O bolo eu faço assim. Dessa vez, como ia fazer a cobertura, fiz o bolo sem açúcar. Às vezes troco o leite por 1 copinho de iogurte natural (sem amornar).

Pra cobertura você mistura 1 lata de leite condensado, 1 lata de creme de leite e umas 4 colheres de chocolate em pó.

Bate o bolo normalmente, unta e enfarinha a forma, despeja a massa. Aí você começa a colocar a cobertura às colheradas. Você vai ver que a cobertura vai toda pro fundo, é assim mesmo.

Leva pra assar por uns 40 minutos (depende do seu forno, né?). Quando retirar, o fundo do bolo vai ser de brigadeiro.

Você pode esperar esfriar e desenformar (pro brigadeiro ficar por cima), ou fazer como eu e comer quente mesmo, com o bolo todo desmontando.

Eu sei que não é meu sol em aquário, sei que não é minha lua em escorpião. Será que essa coisa de me preocupar com antecedência, de morrer de medo, de pensar em todas as maneiras como alguma coisa pode dar errado vem do meu ascendente em câncer?

Ou será que vem de ser filha da minha mãe?

Minha mãe sempre teve essa coisa com ano novo. "O que você faz na noite de ano novo vai se repetir no próximo ano."

Uma vez, era ano novo e eu não queria pentear o cabelo. Minha mãe ficou repetindo essa história. "Olha, você vai ficar descabelada o ano todo. Você vai passar o ano sem conseguir desembaraçar esse cabelo!"

Eu resisti, passei o ano novo toda despenteada. Mas morrendo de medo do que ia acontecer com meu cabelo em 1994.

Minha mãe, como sempre, me apavorando.

O mais engraçado é que eu não tive medo que a calça jeans color LARANJA que eu tava usando se repetisse na minha vida durante um ano. Hoje, se me mandassem escolher entre passar um ano despenteada e um ano de calça laranja, eu escolho viver sem um pente numa boa.

Acho que já ficou provado que eu consigo manter uma relação afetiva com qualquer tipo de pessoa. Qualquer tipo. Gente, me dá qualquer pessoa que I make it work por anos! Eu sacrifico a minha sanidade mental, mas todo mundo vai achar muito lindo o relacionamento e todo mundo vai ficar chocado quando acabar e vão me dizer coisas como "não vejo você sem ele." Porque, né? Além do dom de manter uma relação afetiva com qualquer tipo de pessoa, também possuo o dom de encontrar as pessoas mais fofas, as que fazem os comentários mais gentis.

Mas, voltando ao tema: assim, começo a duvidar de minha capacidade de manter uma relação afetiva com qualquer pessoa quando a pessoa em questão duvida do poder de um Master Sucos.

-Não existe isso de colocar abacaxi com casca.
-Claro que existe! Você pode colocar qualquer fruta com casca!
-Não pode.
-Pode!
-Eu tenho um. Eu descasco o abacaxi.

Meudeus, todo o potencial de mais uma relação a distância indo por água abaixo. Não há espaço na minha vida pra quem duvida do que um Master Sucos é capaz de fazer.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

E quando a receita diz que serve duas pessoas e você come tudo sozinha?
...
E quando você numa segunda à tarde qualquer resolve fazer um bolo de chocolate que já sai do forno com uma camada de brigadeiro?
...
Vergonha na cara eu compro onde?

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Mas também, né? e tudo e tal, sempre é bom ter alguém que te ajude a manter os pés no chão. Porque senão eu saio voando, parecendo um balão cheio de hélio.

É preciso ter alguém com os pés na terra me segurando por uma cordinha.

Eu não sei se você tem uma igual, mas se não tiver, dê um jeito de arrumar uma. Porque eu acho que todo mundo precisa de uma tia como a minha.

Pra quem você pode ligar quando tá pensando em fazer alguma coisa que parece maluquice. Só pra ouvir "se você quiser ir, vai. porque a vida é uma só e você é muito nova e ainda pode quebrar a cara muitas vezes."

Não foi à toa que a primeira palavra que eu falei foi titia. Aliás, ela jura que a primeira coisa que eu falei foi "titia elaine, eu te amo", mas nem minha mãe acredita que eu sou tão esperta assim...

Gente, o desespero, o desespero! Usei tanto minha sandália gladiador prateada que parece que ela já tem meses. Vou colocar na caixa e dar pra minha mãe esconder num lugar onde eu não consiga achar. Fiquei viciada na sandália! Rehab já pra mim!

Me bateu aquele medo. E se ela acabar logo? Devo comprar outra e guardar? Devo fazer uma pequena coleção de sandálias gladiador prata? E se eu comprar uma de cada cor? My precious, será que você vai resistir a um verão inteiro? Não consigo mais imaginar minha vida sem ela. Nós pertencemos uma a outra!

Usada com jeans.
Mas com meu vestido balão ficou linda também.

Só trabalho na quarta. À tarde.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

E o melhor foi me perguntarem:
-Mas você não viu a baliza?

Poxa, claro que vi, né? Não tá na cara que o meu objetivo era entrar no carro e bater numa baliza? Não é assim que se estaciona, gente? Sério? Porque foi assim que eu aprendi, hein? Eu jurava que o objetivo era bater no maior número de balizas possível. Não é, não? Ninguém me avisou que eu tinha que desviar da baliza.
...
Agora tenho que ficar uns dias ouvindo os fofos falando:
-Mas é tão fácil!
-Não acredito que você não passou!
-Como você conseguiu ficar reprovada?
-Não pode bater na baliza!
-Tem que contar as voltas do volante.

Porque sempre tem um fofo.
...
Quando eu fui assaltada, uma amiga da minha mãe disse:
-Ah, mas você sentou no banco da janela? Não pode, senão eles te assaltam mesmo!

E, puxa, só então eu percebi que a culpa do assalto era minha! Porque, né? Que audácia sentar na janela! O ladrão tá no direito dele, tá cumprindo seu papel. A culpa é minha, claro!

Dessa vez, não. No melhor estilo Homer Simpson: a culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser.

E eu coloco na baliza, que deu uma corridinha e se jogou em cima do carro. Eu juro que vi. Toda malandra, a baliza.

Então, né? Não passei.

E eu culpo vocês, que não fizeram uma novena pra São Cristóvão. A culpa é toda de vocês, não minha, que bati onde não podia bater. Porque só isso explica eu ter cometido um erro que eu nunca tinha feito antes nos treinos. A incompetência não foi minha, o problema foi a falta de fé de vocês!

Pelo menos as examinadoras foram super fofas. Todo mundo me disse que são grossas, mas comigo elas foram bem fofinhas.

Bom, eu acho que o que pode ter acontecido é que vocês estavam rezando pro santo errado. Pra não ficar nenhuma dúvida, São Cristóvão é este aqui, ó: E é pra ele que vocês tem que fazer promessas!


eu tô sem meu celular aqui, mas F. me disse que eu recebi várias mensagens desejando boa sorte pra prova de hoje. respondo quando pegar o celular. obrigaaada. mas, ó, acho que pra são cristóvão não adianta mandar sms. tem que acender uma velinha mesmo, tá?
...
nem consegui chorar, porque tô com trabalho atrasadíssimo. só vou ter tempo pra chorar daqui a umas 3 horas.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007






Eu tenho 24 anos. E esse tempo todo eu sempre fiz o que tinha que fazer. Muitas vezes eu fiquei parada porque tinha muito medo de me mexer e fazer alguma coisa diferente. Até que alguém me deu um empurrão e eu andei, mesmo sem querer andar. Tive que andar. Andei uma distância tão longa, que quando eu olho pra trás nem me reconheço lá, parada e sem respirar. E me pergunto por que eu esperei um empurrão.

Então agora eu ando. E sem esperar que alguém me empurre. E é muito mais legal, mesmo que eu não saiba aonde vai dar. Mesmo que eu ache que não vai dar em nada. É muito mais legal andar porque eu quero e não porque levei um empurrão.

Ainda tem o medo de sempre. Ainda tem a vontade de não fazer nada sem garantias. Mas, felizmente, também tem a pergunta "por que não?" Não tenho resposta.

Por que não?



Há tanto oxigênio que chego a me esquecer
De todo esse tempo que estou sem respirar

Pode acreditar
Eu agora sei voar

segunda-feira, 8 de outubro de 2007


A gente tava saindo pra ir dançar e ele encontrou um conhecido. Ah, he works as a lawyer in London too, but for a different firm. He's the enemy, blá-blá-blá. Quando o tal se afastou, ele disse "você viu? ele geralmente é muito seguro de si, mas quando me viu com você ficou todo sem jeito. porque você é linda."

entãotábomentão, babe.

Cara, e eu nem vou mais reclamar de passar meu sábado num pub vendo rugby e tal.
...
A verdade é que é tudo muito fácil, né? É muito fácil me derreter. Faço awwnn pra tudo.
...
Eu finalmente contei que a gente não chama o Floominense de Floomi. É pra chamar de Floo ou de Nense.
-Okay, mas você pode chamar de Floomi. Só que no estádio tem que cantar "Neeeenseee!"
-Não foi isso que eu ouvi no jogo.
-Ah, não? O que você ouviu?
-Ao-ao-ao, segunda divisao!
...
Eu vou é ficar muito mal acostumada quando essa coisinha fofa for embora. E vou virar uma daquelas pessoas malucas em mesa de bar falando:
-Como não ligam no dia seguinte? Eles ligam no dia seguinte simmm, genteee!

E nessa hora eu vou perceber os copos voando na minha direção.

sábado, 6 de outubro de 2007

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Passando super rápido só pra dizer que a pessoa tá virando praticamente um carioca. Comprou um cavaquinho. Tá? E foi ao jogo no maracanã - torcer pro Floo, claro! hahaha, único gringo que não vem pra cá e torce pro Flaaamengo - e comprou uma blusa do Floo pra puxar o saco do meu pai no almoço de domingo.

A operação meeting the best friends foi muito bem sucedida. O namorado de Tíntia é um fofo e F. saiu encantado com ela. E com o namorado dela também. Todos se amando. E F. amando a carne seca com aipim que comeu.

Pelo meu e-mail, eu recebo o aviso: Entre os dias 05/10 (hoje) às 23h42 e 23/12 às 23h18, o planeta Marte estará formando um ângulo harmonioso em relação ao planeta Vênus do seu mapa astral, Renata. Este tende a ser um período particularmente positivo para o sexo, o prazer, uma fase em que você provavelmente sentirá que está irradiando um magnetismo pessoal maior, e de fato estará... Convém aproveitar o momento, circular mais, fazer-se ver, exibir-se um pouquinho não faz mal ninguém, afinal de contas.

E minha mãe fazendo cara feia porque eu não tenho dormido em casa. Não dá, mãe, olha o que os astros querem que eu faça, olha só! São os astros, mãe, são os astros!

Aliás, mães são um mistério do universo, né? A gente nunca consegue entender o que elas querem. Se você fica em casa de pijama, elas reclamam que você parece uma velha, está desperdiçando sua vida. Se não pára em casa é aquela coisa de "perdeu o caminho de volta?" Mães, sejam coerentes, por favor!


assim que der eu respondo todos os comentários. beijosss!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Estamos chegando lá: saindo da academia, o professor tudo nessa vida e mais um pouco diz mais do que bom dia:
-Mas já vão?

Como assim? Eu fiquei lá durante 2:30 da minha segunda-feira. Como assim, já vou?
...
Hum, pensei agora que ele pode ter dito pensando assim "gente, onde essa garota vai? ela ainda precisa malhar muito! volta pro transport, volta, volta!"
...
E na aula de G.A.P.? Do nada a sala ficou lotada com uns homens enormes. Pânico! Eu fiz toda a série de abdominais pensando em como faria os exercícios de glúteos. Porque ficar naquela posição constrangedora com uma fileira de homens atrás, olha, não ia dar, não.

Só voltei a respirar novamente quando todos eles saíram da sala depois da série de abdominais.
Há, parece que não sou só eu quem tem medo de ouvir "quatro apoios!"

E eu chamo o advogado de tio. E ele me fala do filho. "A namorada dele é boazinha. Mas imagina você na família, Renatinha. Imagina se eu fosse seu sogro!" E conta que o filho dele não anda bem com a namorada. Comprou terreno pra construir, mas está adiando a construção. Hum, meu tipo, hein? Meu tipo certinho, tio.
...
Ou talvez tenha sido só uma alucinação. Por eu ter batido a cabeça na porta de vidro na hora de entrar na sala de spinning. Entrei com tudo e bati com a cabeça. Oi, essa porta já tava aqui? Quem mandou limpar tão bem?

E isso me lembra que no meu novo trabalho os quadros são de vidro. Toda vez que eu piso na sala, só consigo me perguntar quanto tempo aquele quadro fica inteiro, antes de eu quebrar com uma cabeçada.
...
A sandália gladiador tem cara de que vai virar a minha preferida. Mas uma dúvida: é só sair de casa que minhas patas de elefante incham a ponto de eu ficar preocupada e achar que as tiras vão separar meus pés das minhas pernas?

Então, várias coisas acontecendo e tal. Aí eu tenho que ficar dando uma de adulta e resolvendo tudo e acho muito chato. Fico "como assim, falar com um advogado?" O que eu tenho pra falar com advogado, cara? Quer dizer, sexta eu encontrei a Luciana e ela é advogada e nós falamos sobre muitas coisas. Mas nenhuma delas tinha a ver com direito.
E sempre é estranho ver Luciana vestida de adulta e falando "aí, meu estagiário..." Várias vezes tenho que parar a conversa e dizer "mas, como assim, estagiário? você tem 23 anos, você não tem que ter um estagiário!" Mas ela tem. E eu acho uma afronta, porque, se Luciana cresceu, eu também cresci. E sem querer.

Enfim, entre as várias coisas acontecendo tem uma bem legal. Que eu vou buscar no aeroporto amanhã e que vai ficar aqui por mais duas semanas. Pois é, eu também tô me perguntando "mas o que foi que ele viu de tão interessante?" E nunca encontro uma resposta. Mas, enquanto isso, tô me jogando.

Eu não devo atualizar todos os dias nas próximas duas semanas, porque só venho em casa nos dias em que eu trabalho.



Birds singing a song,
old paint is peeling,
this is that fresh
that fresh feeling
...
Try, try to forget,
what's in the past,
tomorrow is here

E hoje finalmente o sol saiu, só pra me deixar usar minha sandália gladiador. Prata.