sexta-feira, 28 de maio de 2010

Eu me lembro exatamente de quando meu coração se partiu pela primeira vez. E de como ele se partiu tantas outras vezes depois disso, em pedaços tão pequenos e irregulares que eu achei que nunca conseguiria colar.

Desde aquele dia eu venho andando por aí carregando meu coração partido. Eu aprendi a conviver com ele. Aprendi que mesmo se eu quisesse passar o dia na cama sentindo pena de mim mesma, eu não podia. Então, eu levantava, escolhia minha roupa, tomava banho, ia trabalhar enquanto dizia pro meu coração partido "espera aí. daqui a pouco a gente volta pra casa e pode sofrer mais um pouquinho." E aprendi a esconder meu coração partido, a guardar os pedacinhos juntos, só pra mim.

Eu me acostumei ao meu coração partido. Por onde eu passava, eu pensava "será que as pessoas sabem que estão falando com alguém de coração partido?" ou "quantas dessas pessoas aqui nesta pista de dança também estão com o coração partido?" Eu me acostumei a pensar que ele ainda estava cicatrizando e precisava de tempo. Achei que não podia dar meu coração partido para ninguém, porque é feio dar uma coisa que não está perfeita, esperando que alguém conserte pra mim.

Mas aí eu comecei a desconfiar que ele não está mais partido. Que ele já cicatrizou e cicatrizou desse jeito aí, desconfiado, fechado, estranho.

Mas cicatrizou. Acho.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Eu tava correndinho na esteira, o flerte da esteira entrou, foi pra uma esteira da fileira da frente e levou o maior tombo do mundo inteiro. Levou um super tombo e nem tinha subido na esteira ainda! Tropeçou nos próprios pés, sei lá.

Olha, cheguei a ficar emocionada.

Acho que foi a prova final de que nós somos almas gêmeas.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Ah, lembrei de contar do SdS.

Bom, ele é mega carioca. (Peraí, deixa eu explicar que eu não sou carioca, eu sou iguaçuana. Pra pessoas de outras partes do Brasil, deve parecer que eu tenho sotaque de carioca, mas não tenho, é só parecido)

Eu amo muito ouvir homens mega cariocas falando. Os meninos sempre acham que eu tô debochando quando eu digo "uau, que sotaque lindo você tem. fala 'mermão' aí pra eu ouvir", mas é sério, eu curto mesmo.

Daí minhas ligações pro SdS são sempre assim:
-E aí, beleza?
-Beleza.
-E aíííí?
-E aíííí?
-Beleeeeeza, gatinha?
-Beleza.

E ao mesmo tempo em que eu fico pensando "vamos logo ao que interessa", também penso "ahhh, corre lá, pega sua prancha, deixa eu ver você surfar, vai ser maneiro, vai ser bonzão."