quinta-feira, 14 de junho de 2007

Quando minha tia foi morar com meus avós, minha mãe e meus outros tios, minha tia já tinha uns 5 ou 6 anos. Minha mãe é 8 anos mais velha do que ela, e como minha avó trabalhava, minha mãe cuidava muito da minha tia.

Minha tia sempre apanhava dos vizinhos, até que um dia a minha mãe disse:
-Olha, da próxima vez que você chegar em casa dizendo que apanhou, eu vou te dar uma surra. Se alguém te bater e você não bater de volta, vai apanhar duas vezes, porque eu vou te bater.

Só história, né? Minha mãe não bate em ninguém. Eu não me lembro de ter apanhado da minha mãe. Mas minha tia ficou apavorada. O medo da surra foi tanto que aquele dia, depois que o filho do vizinho quis bater nela, várias pessoas tiveram que apartar a briga, porque minha tia tava quase matando o garoto.
...
Minha mãe conta que minha tia era uma olho-de-mola. A expressão olho-de-mola já foi explicada aqui, com vídeo incluído: é a pessoa que tem os olhos maiores do que o estômago, que quer comer mais do que precisa ou agüenta comer.

Um dia, minha mãe preparou o lanche da minha tia e ela reclamou que era pouco, ela queria mais. Ela reclamou antes de começar a comer. Minha mãe disse que se ela comesse tudo, podia comer mais. Mas ela chorou, chorou, chorou, pedindo mais pão e café com leite.

Minha mãe pegou uma bisnaga de pão, cortou, recheou. Encheu uma leiteira com leite e toddy e deu pra minha tia. E disse "só levanta da mesa, quando acabar de comer tudo."

Lição pra vida, né? Minha tia fica enjoada só de lembrar disso.
...
E também teve aquela época, né?, em que meu irmão mordia todo mundo. Até que o dia em que minha mãe mordeu o dedo dele. E ele nunca mais mordeu outro ser vivo que ainda respirasse.

4 comentários:

  1. E o meu irmão já bebeu uma lata inteira de leite condensado de uma vez , só por ter furado algumas latinhas e bebido doses homeopáticas das mesmas durante 30 dias...

    educar é realmente um desafio, não é mesmo???

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  2. Não conhecia essa expressão, mas meu tio era isso aí: minha avó obrigou ele a comer um quilo de pé de galinha, de tanto que ele brigava pra comer esse trem nojento... rs...

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  3. hahuahauhauha, tua mãe é muito parecida com a minha. lá em casa quem apanhasse na rua, ainda levava umas em casa. e levava mesmo, eu cansei de levar chinelada dela. teve uma vez que meu irmão caçula fez escândalo na saída do colégio [ele devia ter uns seis anos] porque queria que ela comprasse doce na barraquinha. minha mãe falou que naquele dia não tinha dinheiro [as coisas tavam brabas naquela época]. ele não se conformou e foi fazendo escândalo até chegar em casa. ela aguentou tudo quietinha. quando chegou em casa, tirou a sandália e deu tanto na bunda dele que o moleque num piou mais. no dia seguinte, na saída da escola ela perguntou: "e aí, vai querer doce hoje?" e ele "não, mãe. claro que não, imagina!" ahuahauhaua. aprendeu direitinho. nossa, você me fez lembrar de umas coisas bizarras agora. de repente eu até escrevo. bjins

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  4. Kattie, e que desafio, né? Ainda mais usando essas técnicas alternativas, hahahaha

    Dona Encrenca, se você procurar no google, só vai achar essa expressão aqui no blog. Minha mãe disse que nunca ouviu essa expressão fora da família, não sei dizer... Pé de galinha nãoooo, ewww! ele não deve nem agüentar ver mais!

    Cris, hahahahhaa, são as melhores mães, essas dos métodos alternativos. Minha mãe já bateu até na empregada, pra educar. Uma flor, a minha mãe...

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