domingo, 30 de novembro de 2008

Duas coisas que a minha mãe fez que ajudaram no processo de me tornar esta pessoa descompensada que eu sou hoje.

1. Nunca me colocou na escolinha de balé. Todas as minhas amigas faziam balé, usavam coque, faziam apresentação de fim de ano. Minha mãe não tinha tempo pra me levar e me buscar no balé. Daí cresci e virei essa pessoa desengonçada, sem a menor delicadeza e elegância. Derrubo tudo em que ponho a mão. Tenho certeza que se eu tivesse feito balé hoje eu seria uma dama. Pelo contrário, sou a pessoa que vai comprar picolé e consegue derrubar o picolé bem atrás do freezer da padaria. E pra quem todo mundo da padaria olha feio, porque agora alguém vai ter que arrastar o freezer pra pegar o picolé e olha só que trabalho.

2. Me deixou ver novela. Cara, é por isso que eu sou esta pessoa tão dada a fantasias românticas. Tenho certeza. Crescer vendo Gilberto Braga não pode dar em boa coisa. Tô (quase) sempre numa vibe vambora. É um custo tomar uma atitude equilibrada. A maior parte da minha vida eu passo querendo bater portas e chorar escorregando encostada à porta que eu acabei de bater. E querendo entornar taças de vinho na cara das pessoas. E jogar um copo de uísque na parede, num acesso de fúria. E quando desço uma escada, sempre penso que vou rolar escada abaixo e perder meu bebê. Apesar de nunca ter estado grávida.

22 comentários:

  1. Amei o post!

    Me identifiquei um tanto com o item 2. E eu sempre atribui esses pensamentos dramáticos ao transtorno bipolar. Mas pensando melhor, as novelas realmente tem muita culpa!

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  2. Hahahahahahahaha

    Estava sentindo falta de ler essas maluquices...Beijos

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  3. Podia ser pior: você podia ter crescido vendo Janete Clair, que nem aeu. Aí, amiga, lascou-se.

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  4. Caaaara, eu tb!!! E ninguém entende quando eu jogo o pote de iogurte (ok, não tem uisque na minha casa) na parede, cara!!!Tipo, super normal, tão normal quanto quebrar um vaso, nénão? Afe!

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  5. ah. eu tbm passei pelo problema número 1.
    mas não foi culpa da minha mãe, ela até queria que eu fizesse, mas eu preferi fazer judô. (?)

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  6. Balet é muito importante! Eu seria uma pessoa menos delicada que sou hoje, rs

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  7. Tata, vc não perdeu muita coisa ao não fazer balé ,
    eu mesma fiz e continuo desengonçada ,
    fora que aquela roupa de collant com tule coça que é uma beleza

    Além do mais, delicadeza pra quê ? você já é bonita, inteligente , charmosa, seria um verdadeiro exagero se você fosse delicada também

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  8. Eu me sinto assim tbm... sempre pergunto pra minha mãe o lance do balé... E o engraçado é que eu sempre quis fazer essa coisas de novela tbm. Jogar tudo que estiver encima da mesa no chão, atirar coisas contra a parede, jogar bebiba, bater a porta do quarto e chorar. Tantos clichês.
    Obs: Hoje é meu niver!!! Parabéns pra mim! 18 anos =D Com piercing novo =)

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  9. Hahahahahaha

    cara, o lance do balé é identificação total.

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  10. Hahahahhaha, acho que somos irmãs, só pode. Minha mãe fez a mesma coisa e o resultado foi (quase) o mesmo! (Sou desastrada, mas controlada!)

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  11. concordo plenamente com o lance de ver novela. gilberto braga estragou minha psiquê.

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  12. Bruna, sim, vamos responsabilizar as novelas.

    Lilian, :)

    Suzana, imagina a vontade que eu ia ter de inventar um terremoto só pra começar tudo de novo!

    Lolo, a culpa não é nossa.

    Savoy, coooomo você desprezou o balé?

    Ingrith, eu seria uma dama, se tivesse feito.

    Mel, nãaaaao despreze o balé! só porque você fez e eu não.

    Buh, feliz aniversário!

    Olly, ;D

    Fabiana, podemos formar um clube!

    Cleo, bom, pelo menos você é controlada.

    Verônica, será que tem conserto?

    :)

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  13. Eu sempre tive esse trauma de não ter feito balé... Porque minha irmã e todas as minhas primas faziam. Só eu, a caçula, não :(
    Nunca tinha pensado na relação disso com o fato de eu ser estabanada... Deve ter a ver mesmo! Em compensação, minha irmã ficou com o dedão do pé torto por causa do balé e eu nã-ão!
    Beijos!

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  14. Sensação de déjà vu com esse post :D. Mas acho que vc não perdeu nada em não ter feito balé; sempre achei balé tão besta (que me desculpem as que fazem/fizeram). Não tenho paciência nem pra ver.

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  15. huahuahauhuahua
    tô morrendo de rir aki lembrando da historia do picolé q eu presenciei rsrsrs

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  16. Caraca! Quando li o que vc escreveu sobre o balé, me identifiquei na hora. Tive um problema parecidissimo: eu sempre quis que minha mãe e fantasiasse de odalisca no carnaval. Fui tudo: bailarina, coelho, baiana, holandesa...mas nada de odalisca. Fiquei tão traumatizada e com tanta raiva de carnaval, que o jeito foi fazer dança do ventre pra me vestir com as roupas lindas, bem melhores que de uma odalisca de carnaval. Rs. Lu.

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  17. Andressa, eu não sei... o que é um dedão torto em troca da graça e da suavidade de uma bailarina?

    Ana, mas quem faz doutorado mesmo, hein? ;)

    Jussara, é... :)

    Gisele, o pior nem foi ter jogado o picolé atrás do freezer. o pior foi ter testemunhas que vão lembrar disso pra sempre!

    Lu, hahahahhaa. a gente passa a vida tentando corrigir a infância...

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  18. Muito obrigada, agora sei de quem é a culpa...
    Minha mãe me fez esse monstro!
    rsrsrs Adoro teu blog...viva mais, sempre mais e melhor!!!
    bjs

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