segunda-feira, 18 de julho de 2005

Meus 4 autores favoritos e seus discursos ao ganhar o Nobel de Literatura

"Poetas y mendigos, músicos y profetas, guerreros y malandrines, todas las criaturas de aquella realidad desaforada hemos tenido que pedirle muy poco a la imaginación, porque el desafío mayor para nosotros ha sido la insuficiencia de los recursos convencionales para hacer creíble nuestra vida. Este es, amigos, el nudo de nuestra soledad.
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Una nueva y arrasadora utopía de la vida, donde nadie pueda decidir por otros hasta la forma de morir, donde de veras sea cierto el amor y sea posible la felicidad, y donde las estirpes condenadas a cien años de soledad tengan por fin y para siempre una segunda oportunidad sobre la tierra."


La soledad de America latina, Gabriel García Márquez

"Não disse medo de morrer, disse pena de morrer, como se a vida de pesado e contínuo trabalho que tinha sido a sua estivesse, naquele momento quase final, a receber a graça de uma suprema e derradeira despedida, a consolação da beleza revelada.
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Em certo sentido poder-se-á mesmo dizer que, letra a letra, palavra a palavra, página a página, livro a livro, tenho vindo, sucessivamente, a implantar no homem que fui as personagens que criei. Creio que, sem elas, não seria a pessoa que hoje sou, sem elas talvez a minha vida não tivesse logrado ser mais do que um esboço impreciso, uma promessa como tantas outras que de promessa não conseguiram passar, a existência de alguém que talvez pudesse ter sido e afinal não tinha chegado a ser.
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Cegos. O aprendiz pensou: "Estamos cegos", e sentou-se a escrever o Ensaio sobre a Cegueira para recordar a quem o viesse a ler que usamos perversamente a razão quando humilhamos a vida, que a dignidade do ser humano é todos os dias insultada pelos poderosos do nosso mundo, que a mentira universal tomou o lugar das verdades plurais, que o homem deixou de respeitar-se a si mesmo quando perdeu o respeito que devia ao seu semelhante.
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Perdoai-me se vos pareceu pouco isto que para mim é tudo."

De como a personagem foi mestre e o autor seu aprendiz, José Saramago

"I said earlier that everything of value about me is in my books. I will go further now. I will say I am the sum of my books.
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I said I was an intuitive writer. That was so, and that remains so now, when I am nearly at the end. I never had a plan. I followed no system. I worked intuitively. My aim every time was do a book, to create something that would be easy and interesting to read. At every stage I could only work within my knowledge and sensibility and talent and world-view. Those things developed book by book. And I had to do the books I did because there were no books about those subjects to give me what I wanted. I had to clear up my world, elucidate it, for myself."

Two worlds, V. S. Naipaul

" For a true writer each book should be a new beginning where he tries again for something that is beyond attainment. He should always try for something that has never been done or that others have tried and failed. Then sometimes, with great luck, he will succeed."
Ernest Hemingway (dele só tem o discurso do jantar)

Mas quem se importa com o Nobel?

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