domingo, 31 de dezembro de 2006
sábado, 30 de dezembro de 2006
Cara, eu trouxe duas malas pra cá. Uma só com sapatos e cremes.
E consegui esquecer meus pincéis de maquiagem.
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Só como aqui. Eu só como aqui. Vou ter que aproveitar as liquidações de janeiro pra comprar roupas novas, porque as antigas não vão mais caber.
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Acho que cerveja não é uma coisa que a gente goste de primeira.
Por que é então que a gente aprende a gostar?
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no-vela
Cara, o Brasil inteiro está unido pedindo que o seqüestro do filho da Renata Sorrah se resolva logo. Ele tá seqüestrado há tipo uns cinco meses. Ninguém mais agüenta a mãe sem comer e a namorada adolescente dando chilique.
Vamos fazer uma corrente de oração!
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Dá licença, se eu fosse a mulher do Boninho já teria despachado o Caco Ciocler com cadeira de rodas e tudo pra casa da fotógrafa. Você quer? Vai ficar fazendo charminho no telefone? Então toma! Não importa o quão Caco Ciocler ele seja, vai ser canalha assim no inferno. A pessoa consegue ser infiel até impotente. Tipo, tá oferecendo o que pra outra? Fo-ra.
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Tá todo mundo sabendo que o natal ainda não aconteceu na novela? Eu espero, de coração, que eles simplesmente pulem essa parte e apareçam pulando sete ondinhas, porque eu não vou agüentar três semanas de ceia na casa dos milionários.
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quinta-feira, 28 de dezembro de 2006
quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
É minha primeira semana de férias. O que eu fiz de produtivo:
-terminei de rever a 1ª temporada de Friends. E como era mais adulto no começo, né? Com situações pelas quais as pessoas realmente passam.
-tomei cerveja na hora do almoço. Isso é uma coisa que eu nunca posso fazer, porque trabalho à tarde. É uma coisa que eu já pensei em fazer, porque acho que deixaria a aula muito mais divertida, mas nunca botei em prática.
-dormi às 3 da tarde. Em parte porque estou de férias e tenho o direito de dormir à tarde, mesmo que não esteja com sono. Em parte porque tinha bebido no almoço, o que me deu um pouquinho de sono.
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Muitas coisas me irritam no natal, claro. Mas acho que o que mais me irrita é todo mundo dar opinião sobre a minha alimentação.
-Mas você não vai abrir uma exceção nem pro natal? É festa, come um pernilzinho.
-Você tem feito seus exames de sangue?
-Mas você sabe que tem que comer muitas verduras, né?
-Brócolis você come? E couve? E rúcula? E espinafre? Espinafre é bom. E abobrinha? E berinjela? Berinjela é tão versátil, né? E peixe? Nem camarão? E marisco? Não come paella, então? E presunto? E lingüiça? E coelho? E cordeiro? Com geléia de menta é muito bom, né? E chicória? E jiló? E cenoura? E cebola? Crua também? E pimentão?
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Meu pai resolveu ter um aquário. Ele ganhou uns peixes um dia, chegou em casa e pegou um aquário velho do meu irmão, encheu de água e colocou os peixes. Os peixes ficaram abandonados lá por um tempo, acho que uma semana, não sei, comendo uma comida imprópria e nadando em água turva. Eu, que tenho pavor de peixe, tive que dar um jeito. Eu comprei comida, tentei limpar o aquário e foi mais ou menos isso.
Meu pai desenhou a minha casa. Eu não digo projetou nem nada, porque ele não é engenheiro nem arquiteto, então ele desenhou. O resultado é que tem algumas pilastras fora de lugar. Tem uma no meu quarto, que virou um armário embutido e tem uma na sala, que virou simplesmente uma pilastra na sala. O plano dos meus pais, veja só, era construir um aquário do chão ao teto, aproveitando essa pilastra. Felizmente os anos 80 foram embora e levaram com eles essa idéia genial. Pensa que se não existisse evolução eu estaria hoje usando legging com polainas, uma saia balonê por cima e scarpin, como se fosse uma roupa normal, tudo junto. E manga-morcego. Ah, não, que eu até vejo isso na rua. Bom, pensa então que eu veria um aquário de 2,5m toda vez que entrasse em casa. E passaria meus dias com medo de ele estourar e me matar afogada. Pior, afogada e levando mordidinhas de peixes.
Hoje meu pai acordou decidido a cuidar do aquário. Saiu e voltou cheio de coisas pros peixes. E com mais peixes. Ele trouxe uns bem pequenos, que os outros já comeram, e aquele peixe horroroso chamado de limpa-vidro. Não sei qual é a dele, só sei que limpando vidro é que ele não tá.
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segunda-feira, 25 de dezembro de 2006
Ano que vem eu vou passar o natal dormindo. A menos que eu tenha uma roupa linda pra estrear, claro. Nesse caso eu tenho meio que obrigação de ficar acordada e tal.
Eu tomei duas taças de champanhe. Só. E aí lembrei que quando eu bebo eu sei andar de salto. E nunca mais queria tirar meus sapatos. Também porque eu não conseguia.
Os vizinhos fizeram festa de natal e nós passamos sozinhos aqui. Meus pais, eu, meu irmão e minha vó. E aí a gente ficou só tomando champanhe e rindo deles. Tipo eles gritavam "uhu" e aí a gente gritava "uhu, vocês são feios pra chuchu". E minha avó ficou cantando "não me convidaram pra essa festa pobre" e foi engraçado na hora. Principalmente porque todo mundo tava bebendo. Agora não é mais tão engraçado. Eu nem gravei pra mandar pros meus tios.
Aí hoje fomos pegar os presentes na minha outra avó. E tinha que dançar pra ganhar presente. Juro. Tipo rebolar e tal. Eu não sei de onde tiram essas idéias. Acho que não preciso dizer que não rebolei. Alguém deu uma privada que espirrava água pro meu tio. Tipo levanta a tampa da privada e espirra água. E ele espirrando nas pessoas. Eu tinha ânsia de vômito cada vez que ele espirrava em mim. É uma privada, mesmo que seja de brinquedo. E também tem a minha maquiagem. Favor não estragar.
Minha tia ficou noiva ontem.
Eu tiro umas fotos tão fofas da minha mãe. É uma tranqüilidade saber que vou ficar fofa depois dos 40.
domingo, 24 de dezembro de 2006
Já cortei meu dedo e dei um chilique pedindo pra ser levada ao hospital. Minha mãe me acalmou dizendo que os médicos de plantão iam ficar tão putos de me ver dando chilique por um cortezinho que iam arrancar o meu dedo.
Me afastaram das facas, então todos têm que cortar os legumes pros meus pratos.
O que ainda me mantém acordada, embora eu esteja muito tentada a passar o natal dormindo, é que finalmente hoje vou usar minha Rock Princess vermelha e meu vestido que minha mãe descreve como "o vestido de beata velha e viúva"
Minha mãe passa o dia repetindo que é genial. Que ela é genial, acho que vocês entenderam.
Todo natal eu tenho uma personalidade diferente. Isso confunde a minha família. Tem ano em que eles dizem "nossa, Renata, mas eu não sabia que você era simpática assim. como você está diferente!" A personalidade desse ano é ranzinza. Sinto muito por todo mundo que vai ter que lidar com o meu mau humor e tal, mas a decisão já foi tomada. Sorrisos só serão dados se alguém passar algum tipo de vexame. E só se for na minha frente. Não vou rir de nenhuma história que me contarem.
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sábado, 23 de dezembro de 2006
Este é meu terceiro natal vegetariano. No primeiro eu era vegetariana há menos de 20 dias. Comi uma lasanha de quatro queijos congelada, olha que deprimente. No ano passado eu comi mjadra, uma salada e bolinhos de aipim, tava muito bom. E eu amo mjadra, deve ser a minha comida favorita, enquanto tiver eu como. Como até de lanche. Com muito azeite.
Este ano eu resolvi ter mais trabalho e pensar numa pequena ceia pra mim. Que não vai ser tão pequena, vou fazer uma boa quantidade, porque todo mundo come as carnes e ataca a minha pequena ceia. E no final sobra bolinho de bacalhau e eu fico sem meus bolinhos de aipim, sem recheio nem nada.
Este ano vai ter:
Torta de grão-de-bico com recheio de palmito.
- 4 xícaras (chá) de grão-de-bico cozido
- 4 colheres (sopa) de azeite
- 2 colheres (sopa) de tahine (molho de gergelim)
- Suco de ½ limão
- Sal e pimenta do reino a gosto
- Salsa a gosto
Bater todos os ingredientes no processador ou amassar bem com um garfo.
Untar um pirex, colocar metade da massa, o recheio e o restante da massa.
Levar ao forno.
Quem passou a receita disse que da próxima vez colocaria um dente de alho na massa de grão-de-bico. E fez com um recheio de PVT refogadinha. Eu acho que deve ficar bom, mas acho que vou fazer mesmo com um recheio de palmito.
Vou fazer o arroz colorido deste post.
Ainda tô na dúvida entre um purê de lentilhas ou de couve-flor. Talvez eu faça os dois, porque purê deve ser a comida mais legal do mundo.
Purê de lentilhas:
1/3 xícara (chá) de lentilha
1 xícara (chá) de água
1 colher (chá) de coentro picado (eu vou substituir por salsinha, não gosto de coentro)
1 pitada de cominho em pó
sal e pimenta-do-reino a gosto
Numa panela, colocar a lentilha e a xícara de água e levar ao fogo alto. Quando ferver, abaixar o fogo e deixar cozinhar por 20 minutos ou até que os grãos fiquem bem macios.
No liquidificador, bater a lentilha cozida por 1 minuto ou até obter um purê. Retirar do liquidificador e passar o purê por uma peneira.
Voltar o purê para a panela e acrescentar os ingredientes restantes.
O purê de couve-flor é muito simples. É só cozinhar a couve-flor, picar, fazer um molho branco grossinho (uma quantidade pequena, só pra deixar a couve-flor cremosa mesmo) e misturar a couve-flor e o molho branco no liquidificador. Temperar com sal e pimenta do reino. Pode misturar cenoura cozida também, fica gostoso, só não vou usar cenoura nele porque já vou usar cenoura no arroz.
Uma outra sugestão é fazer almôndegas de legumes. Vou dar uma receita, mas serve pra qualquer legume, é daquela categoria "mais uma idéia do que uma receita".
Almôndega de Legumes
- 100 g de farinha de rosca
- 200 g de cenoura crua ralada ( no ralo grosso )
- 200 g de chuchu cru ralado ( no ralo - grosso )
- 100 g de cebola
- 10 g de salsinha picada
- 10 g de margarina
- Pouco sal
Misturar todos os ingredientes e fazer as bolinhas. Colocar em forma untada e levar ao forno.
Com abobrinha ralada deve ficar gostoso também. Ou lentilhas, ervilhas, brócolis ou couve-flor picados.
No mesmo estilo, tem uns bolinhos de batata que são ótimos:
Bolinho de batatas ao forno da Isis.
Cozinhar as batatas. Amassar com o garfo, juntar sal, uma colher de creme vegetal, cebola e azeitona picadinhas.
Modelar os bolinhos e colocar em pirex untado com óleo.
Passar um pouco de azeite por cima dos bolinhos.
Forno bem quente.
Virar os bolinhos até ficarem bem douradinhos.
Pode colocar outros temperos, como salsa, manjericão, orégano.
Essas são só algumas, as que eu vou fazer amanhã. Se você quiser mais idéias e receitas, vai na comunidade Receitas vegan/vegetarianas. Lá tem MUITAS receitas. Procura no índice, tem um link na descrição da comunidade, ele é bem organizado. Tem receitas pro natal e ano novo, e receitas que não têm nada a ver com festa, mas que são tão gostosas que não podem ficar de fora da ceia.
marcadores comida, receitas, vegetarianismo
Eu tenho que vir aqui e colocar as receitas vegetarianas pro natal, mas antes ainda tenho que ir ao pet shop comprar meus últimos presentes.
Pra quem não quer cozinhar: O Vegethus aceita encomendas para a ceia até hoje. Dá uma olhada nos pratos e nos preços aqui. O Vegethus fica em São Paulo.
Hoje tem ceia vegetariana lá. Não sei se ainda tem vagas. O cardápio tá aqui, com telefone pra você ligar e se informar.
Aqui tem uma apostila de natal do Guia Vegano, tem mais informações do que receitas, mas tem receitas também.
marcadores comida, informações, vegetarianismo
sexta-feira, 22 de dezembro de 2006
A minha mãe é assim. Liga pra cá e fala pro meu pai tirar o carro, mandar eu me aprontar, ligar pra minha avó, dizer que a gente tá saindo de casa pra ela ir pro portão e ir buscar mamãe no trabalho.
Ele me diz tudo isso.
O meu telefone toca, eu sei que é minha mãe e peço pro meu pai atender. Ela repete tudo o que acabou de dizer pra ele e pede pra falar comigo. E repete que meu pai vai tirar o carro, eu vou me arrumar, ligar pra minha avó e dizer que a gente tá saindo de casa.
Três minutos depois meu celular toca e é minha mãe pedindo pra eu ligar pra ela quando já estiver no centro da cidade, pra ela descer e esperar na portaria do trabalho.
No centro da cidade eu ligo pra avisar que a gente já tá chegando e ela diz:
-Ah, tá bom. Eu já tô aqui embaixo.
Então por que me faz ligar e gastar meus minutosss?
marcadores família, reclamações
Muita atenção: eu fui ao shopping hoje. HOJE. HOJE.
A minha sorte foi que eu tava com as lentes há muito tempo e meus olhos começaram a ficar bem vermelhos, então minha mãe me libertou e decidiu vir pra casa.
-Vamos pra casa, então. Eu cochilo e depois vou ao supermercado. Hoje tá aberto até as 2h.
marcadores família, reclamações
O mundo todo tá obeso ou infartando e hoje no Mais Você a receita foi de peru frito. Doze litros de óleo, gente, doze litros. A receita ainda leva gordura de bacon e glutamato monossódico, de quem todo mundo quer fugir.
Peru frito já foi até piada de Ação de Graças em Gilmore Girls, espero que ninguém leve isso a sério.
Eu tô terminando de selecionar minhas receitas de natal, já venho aqui postar.
marcadores reclamações
Você também não quer muito uma mala de bolinhas (joaninhas??) da Lorelai?
Quero muito.
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Dá um tempo, a gente gosta do Christopher, ele tem a maior cara de quem toma banho todo dia e limpa as orelhas, mas não precisa exagerar. Torre Eiffel ao fundo não dá.
Pedido de casamento + Torre Eiffel = Tom Cruise. Mas que vai ser genial se o Chris começar a pular em sofás, isso vai.
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Não tá todo mundo muito incomodado porque a Lane nunca mais fez sexo? Eu tô muito incomodada e quero bater naquele casal toda vez que eles aparecem.
marcadores televisão
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
Meu ano terminou e começou nesta semana.
O cansaço do ano todo, de uma vez só.
marcadores reclamações
Eu esqueci completamente qual era minha doença fatal de fim de ano. Eu tava convencida de que tinha uma doença, ia marcar consulta.
Agora não lembro nem o que eu tinha e nem o tipo de médico.
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Vou a um clínico geral e dizer "olha só, eu tenho uma doença, mas não sei qual é. também esqueci os sintomas, mas você pode me deixar em observação, tenho certeza que vai descobrir o que é."
marcadores bobagens
Hoje sonhei que tinha uma festa de família no terraço e eu desci pra fazer gin tônica, mas na verdade tava misturando gin e uísque. Só percebi quando acordei.
E também a gente ficava falando mal de uma prima, que na verdade não existe. "Ela diz que é atleta, mas na hora dos exercícios você viu como ela ficou cansada?" Imagina só hora dos exercícios na festa.
marcadores sonhos
quarta-feira, 20 de dezembro de 2006
Eu tenho olhos pequenos. Ou bochechas muito grandes.
Mas, se eu tenho olhos pequenos, como é que todos os ciscos do mundo entram neles?
marcadores bobagens
Hoje sonhei que cortava minha mão esquerda e ia ao pet shop aqui da esquina pra fazer um curativo.
Já comprei os presentes da Hannah. Só falta ela me dar paz pra embrulhar.
marcadores sonhos
Eu jurava que tinha um post de resoluções pra 2006. Eu queria ver o que eu fiz e o que não fiz. Mas não achei o post.
Melhor assim, só falo da única resolução que eu me lembro de ter feito: usar mais preto.
Cumpri com honras. Comprei 5 blusas pretas, 1 calça e 1 vestido e usei sem medo de fritar sob o sol as roupas pretas que eu já tinha. Pra quem só usava roupa colorida, isso foi bastante. Hoje terminei de cumprir minha meta comprando a última peça do ano: uma túnica preta, que eu vou usar no almoço do dia 25. Aliás, meu natal vai ser todo preto.
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terça-feira, 19 de dezembro de 2006
Não sei como alguém pode se ofender quando eu digo "olha só, tô com muito mau humor agora. quando melhorar eu falo com você."
Acho muito melhor explicar logo isso e adiar a conversa até meu humor melhorar do que dar um fora e a pessoa ter motivo pra ficar ofendida.
Ficar ofendido porque eu avisei que tava de mau humor e pedi um tempo só vai piorar o meu humor. Eu vou levar mais tempo pra ficar de bom humor e vou levar mais tempo pra conversar.
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Quem odeia a Fox levanta o dedo
Além daquelas legendas horrorosas (eles finalmente contrataram uma empresa brasileira pro ano que vem), de fazer a gente esperar meses e meses por Prison Break e por nos deixar 1 ano atrasados com Nip/Tuck, eles adiaram o final de temporada de Nip/Tuck. Não é hoje, é só na terça que vem. Hoje eles vão passar O dia depois de amanhã, porque é um filme que super vale a pena ser visto pela 28465ª vez. A gente não se cansa de ver Jake Gyllenhaal congelado, né?
E ontem, quando eu tava pronta pra ver American Dad, o Ben Affleck apareceu na minha frente falando Português. É, Demolidor dublado. Tudo o que eu quero pra dormir feliz.
Não sei se o erro foi da Fox ou do lixo que é o guia de programação da Sky, que aliás só mostra as sinopses de manhã. Depois do meio-dia você tem que ver o nome e adivinhar qual é a história do programa, se não conhecer.
Não sei se quem foi o erro, mas já virou uma regra pra mim: não tem a quem culpar, culpe a Fox.
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segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
Essa semana eu ainda trabalho, mas sem alunos. É aquela semana só de organizar coisas e, no meu caso, ficar lá sem fazer nada, conversando com as secretárias e os outros professores na secretaria vazia, porque eu já organizei tudo, claro, há semanas, quando a matéria acabou.
Ser paga pra não fazer nada. Meu sonho, enfim, realizado.
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sábado, 16 de dezembro de 2006
Quem fez aquelas latas de Leite Moça da Nestlé nunca teve contato com um abridor de latas elétrico. Tipo na vida. Não dá pra abrir aquelas latas com o abridor elétrico, não dá. Já tentei abrir por cima, por baixo, não dá, não abre.
Eu não faço força pra abrir lata, até porque eu não tenho força e não consigo abrir uma lata. Pois é, sou uma incapaz e foi pra inserir pessoas como eu numa sociedade que se baseia em enlatados que algum gênio inventou o abridor elétrico. Pra anos depois um designer da Nestlé fazer pouco caso.
Uma pessoa assim não tem mãe. Ou tem e ela tem força pra abrir latas, mas mesmo assim.
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Eu não sei que tipo de reação as pessoas esperam que eu tenha quando cantam Renata Ingrata pra mim. E isso acontece com uma freqüência i-na-cre-di-tá-vel.
Eu finjo que acho graça, torcendo pra que a pessoa pare de cantar assim que vir que eu não me importo que tenham rimado meu nome com ingrata. Mas ninguém pára de cantar! Eles cantam a música e repetem e repetem e repetem o refrão e eu fico sem saber que tipo de reação eles querem que eu tenha. Porque eu posso fingir essa reação, se isso significar que eu nunca mais vou ouvir essa música na minha vida.
Eu não sei se esperam que eu fique louca gritando "páaaaara, eu não sou ingrata", ou se esperam que eu role no chão às gargalhadas, o que é bem impossível de acontecer, porque, fora a história do mingau do morto que a minha avó conta, não sei de nenhuma piada que, repetida, renda tantas gargalhadas assim.
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Finalmente comprei o presente da minha mãe, uma sandália linda. Mas depois, em casa, experimentando, vi que pode apertar o peito do pé dela, então já sei que ela vai querer trocar. Ou fingir que não se incomoda e nunca usar a sandália.
Minha mãe tem essa mania de sapato confortável.
Eu já disse: ou é lindo ou é confortável.
Se for lindo e confortável não é sapato, é milagre.
Nem sei o que fazer.
Meus óculos escuros preferidos quebraram.
Eles me definiam.
Acho que já passei pela negação e pela raiva e agora estou no estágio da barganha, meio pensando se é possível consertar...
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quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
Meu pai tá com a perna toda engessada. Parecendo uma bota de paquita mesmo.
Mas que ninguém pense que isso impede que ele leve uma vida normal. Hoje mesmo eu acordei e ele não tava em casa. Dessa vez não tinha bilhete engraçadinho nem nada, e ele só ligou pra eu ver se ele tinha apagado o fogo.
Não sei como ele está se locomovendo, se está se arrastando, se resolveu pagar alguém pra carregar ele no colo, só sei que ele está andando por aí, apesar do gesso.
Meu irmão já deu a solução. Quando ele estiver dormindo nós vamos escrever duas coisas no gesso: de um lado, mengo de vermelho e preto; de outro, me dê uma banda.
Vamos ver se assim ele fica em casa.
aí é que a gente vê que não é um desperdício pagar faculdade pro meu irmão. com idéias assim, ele vai ser mesmo alguém na vida. um dia.
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
Do que é inacreditável
A letra é do meu pai, que voltou da clínica com a perna engessada. O ortopedista dele e da minha mãe deve se arrepender muito de ter estudado com eles. Porque ninguém consegue se livrar da minha família. Não que o ortopedista atenda de graça na clínica dele, porque não atende. Então não é de levar calote que ele tá cansado. Mas são várias fraturas e torções e cirurgias por ano. Ele tem que estar cansado.
viu o bloquinho de recados, né? então é natal (o ano todo. esse bloquinho foi pra porta da geladeira pra nunca mais sair. nunca mais)
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terça-feira, 12 de dezembro de 2006
Cara, eu sou a filha. Então tem alguma coisa trocada nessa relação se eu tenho que chegar em casa e avisar que comprei comida pros peixes do meu pai e ameaçar dar os peixes pra alguém que cuide se ele não limpar o aquário.
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a história triste de natal da minha mãe
Tem um enfeite de natal que fica o ano todo aqui em casa.
A árvore tem uns enfeites que são minicabeças de Papai Noel, com a barba de algodão. Eu sei, que coisa assustadora que são minicabeças de Papai Noel, eu sei. Mas minha mãe acha fofo.
Daí que eles ficam pendurados na árvore de natal. Há alguns anos, não sei quantos, nós começamos a reparar que as barbas dos enfeites estavam bagunçadas. Depois de dias tentando descobrir a causa, nós vimos um beija-flor entrar na sala, pegar algodão da barba e ir embora. Acho que ele devia estar fazendo ninho.
Minha mãe ficou apaixonada. Um personal beija-flor! E sem ter que colocar água com açúcar nem nada. Quando janeiro chegou e era hora de retirar os enfeites e ter uma casa normal de novo, minha mãe teve aquela idéia brilhante de tornar permanentes as visitas de seu amigo, o beija-flor, pendurando um dos enfeites de Papai Noel na janela, pro beija-flor ficar bem à vontade. E foi o que ela fez.
Durante anos minha mãe vinha correndo falando baixinho "vem ver o beija-flor, ele já chegou." O mundo tinha que parar quando o beija-flor chegava.
É claro que isso só durou até a Hannah vir morar aqui em casa, já que ela também é conhecida como Hannah, a espanta passarinho. Depois de resgatar o beija-flor da boquinha dela umas duas vezes, ele nunca mais apareceu.
E essa é a história triste de natal da minha mãe.
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Nem parece dezembro. Só ouvi a Simone cantando uma vez. E aqui em casa não tem nada que lembre natal. Por causa das obras, minha mãe não montou a árvore nem espalhou guirlandas por todas as portas da casa, como ela sempre faz. E disse que talvez nem arrume a casa este ano.
É inédito. Ela sofre da doença da classe média norte-americana. Eles enfeitam tudo, né? Todo ano ela compra alguma coisa nova pra adicionar às velas, miniaturas, trenós, guirlandas e toalhas de mesa com motivos natalinos.
As toalhas são uma atração à parte. Minha mãe gosta tanto de natal (ou tem tão poucas toalhas de mesa, ou não gosta de gastar as boas toalhas que tem), que toalhas natalinas são usadas durante todo o ano.
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segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
E o pior é o primeiro dia de aula logo depois que se cortou o cabelo.
Não sei sei vocês convivem com adolescentes, mas uma coisa que é essencial pra felicidade adolescente feminina é um cabelo enorme.
O meu tava muito grande, então minhas adolescentes tavam me amando muito.
Agora não sei, acho que vou ter que aprender a ensinar e controlar uma turma e tal e tal...
pra cada "teeeacher, por que você cortou o cabeeelo?" eu vou tirar 2 pontos.
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domingo, 10 de dezembro de 2006
E o que eu faço quando tô aplicando prova oral numa aluna, mas só consigo prestar atenção nos brincos lindos dela?
Só queria parar tudo e perguntar onde ela comprou, porque eu pre-ci-so daquelas argolas.
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Daquelas coisas inexplicáveis
Eu só compro calça jeans em um lugar. As calças que eu tenho em casa andam apertadas em mim. Nem apertadas, mas mais justas do que eu gosto.
Ontem eu ganhei uma calça, de um modelo que eu já tenho, do número que eu uso. Do número das calças que eu tenho em casa e estão justas. Mas a calça nova não está apertada, nem justa. E olha que é nova. Ela tá normal.
Como é possível? A tendência não é diminuir as calças? Só as minhas eles aumentam?
Bom, acho gentil da parte deles.
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sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
Então, cortei, já me endividei com alguns produtos e tal.
Ainda tô estranhando o corte, tava muito grande.
Tive que passar lá no curso pra pegar uma coisa e uma das secretárias disse "Renata, você cortou aquele cabelão? Não acredito! Tava enorme!" É, se não tivesse não precisava cortar, né? Eu sempre respondo isso pra esse tipo de comentário.
E eu só lembrei depois que com um cabelo não tão comprido eu fico com cara de criança. Enfim, dizem que o cabelo só se acostuma ao corte novo em duas semanas. Vamos ver.
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quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
Hoje acordei, fui abrir a cortina e, cara, fiquei cega por uns segundos.
A pessoa pintou a casa de laranja mesmo. É laranja meeesmo.
Espero que tenha alguma multa pra quem pinta a casa de laranja. Laranja meeesmo.
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terça-feira, 5 de dezembro de 2006
Bom, eu preciso confessar que tenho uma ferramenta. É um martelo super bonitinho e quase delicado.
Uma vez o professor de Artes na escola decidiu que o projeto do bimestre seria aprender a fazer silk-screen. Educação para a vida, né?
E todo mundo teve que comprar materiais tipo caneta de nanquim, telas, cordas, moldura e papel vegetal. Eu, no caso, tive que comprar um martelo. Porque os vários que meu pai tem em casa eu não conseguia levantar.
Enfim, me rendeu muita diversão martelando meus joelhos pra testar meus reflexos.
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E, vou dizer, eu tenho muito medo de ferramentas. Meu pai tem tantas furadeiras e máquinas que cortam coisas.
Ele tá furando alguma coisa e diz pro meu irmão "pega lá a bosch de alto impacto." E é mais barulho, parece que a parede inteira vai cair. E o barulho dessas coisas assusta.
E assusta saber que meu irmão tem ferramentas. Meu pai fala "me empresta a sua chave philips" e ele tem mesmo uma. De onde surgiram essas coisas? Será que ele ganha de natal?
Aí meu pai quer que meu irmão use as furadeiras e as máquinas de cortar coisas. E meu irmão não quer. E meu pai diz que ele tem que aprender. Tipo o pai do pianista da novela. Só que eu acho que insistir pro filho furar paredes é menos traumatizante do que insistir pra ele fazer sexo com prostitutas. Não sei.
Ele faz meu irmão usar as máquinas assustadoras e diz "viu? tem que aprender" Cara, aprender a usar um cortador de azulejo pra quê?
Essa história de que o primogênito é o mais cobrado é furada. O garoto faz duas faculdades e ainda tem que aprender a manejar máquinas que podem cortar fora uma mão dele.
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Gente, tá tudo em obra.
Tem poeira pra todo o lado.
Minhas coisas tão lá na sala. Meu espelho tá lá na sala. Minha maquiagem tá no banheiro. Eu tenho que botar as lentes, pegar as minhas coisas, ir pra sala, sentar no braço do sofá e me maquiar. A uma distância de 5cm do espelho. Não enxergo nada de tão perto.
Não dá pra me ver de corpo inteiro, porque o sofá fica na frente. Gente, eu não sei se minha roupa combina com os meus sapatos! Eu saio de casa meio me desculpando com as pessoas. Com um olhar assim "minha casa tá em obra, meu quarto tá todo quebrado, não tenho acesso a um espelho de corpo inteiro. por favor, me desculpe a combinação que eu fiz hoje. e não me julgue. você não sabe o que faria nessa situação."
Se eu quero ver um DVD, tá na sala. Se quero ler um livro, tá na sala. Meus livros de receita tão na sala. Bem embaixo na pilha de livros, claro. E se, de repente, eu sentir uma vontade incontrolável de ver fotos? Minha caixa de fotos tá na sala, claro.
E meu pai quer que eu decida, quando eu acabei de chegar do trabalho, se quero o teto branco, porque minha mãe acha isso muito antigo. Meudeus, não quero morar numa caverna, tudo da mesma cor. Vai me sufocar. E ele diz que foi isso que ele disse, mas é melhor eu falar com ela, porque ela não tá aceitando. Quando eu penso que vou ter que sair de casa, com a roupa descombinando de um jeito nada cool, pra ir à loja de tintas escolher a cor da tinta. Vontade de chorar e pedir pra deixar tudo assim. Esse lilás desbotado tá lindo.
E eu fico sabendo que vou ganhar mais duas tomadas. Eu tô nessa situação pra ganhar duas tomadas. Deve ser meu presente de natal.
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segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
Foi super boa a novela hoje, né?
Eu achei.
Resgatou aquela tradição das cenas de choro em que a pessoa vai deslizando pela porta até o chão.
Quando eu era criança, só chorava assim. Sempre fui dramática.
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Eu engordei 1kg e tô muito convencida de que é o remédio. Nun-ca que a culpa vai ser minha, né?
Daí eu acabo com a paciência da minha médica. Toda semana ligo pra dizer que não emagreci, o que eu faço? E eu já fiz tudo. Tomo oito litros de água se ela disser que ajuda. E ela diz que deve ser o calor também. O que eu faço? Acho que vou ter que me mudar pra um lugar mais frio, claro. É bom, aproveito que minhas coisas já tão empacotadas por causa da reforma aqui de casa.
Aí eu pergunto se não é melhor trocar de remédio de uma vez. E ela, muito terrorista: "olha, você engordou 1kg com esse. e se com o outro você engordar 10?"
Eu acabo falando de tudo, tipo vou abrindo o coração enquanto atraso a próxima consulta dela. E digo que esta semana vou cortar o cabelo, e que ninguém quer que eu corte, mas está muito grande.
E ela diz: "ah, renata, corta o cabelo. quem sabe o peso extra não tá nele, né?"
Engraçadinha...
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domingo, 3 de dezembro de 2006
Esta é uma semana muito importante. Vou, finalmente, cortar o cabelo. Ontem já passei no salão e tudo pra ele dar uma olhada e ir pensando no que fazer. É claro que ele vai esquecer completamente que me viu no sábado e quando eu chegar lá, na sexta, vai passar duas horas atendendo outra pessoa e fingindo que tá decidindo o que fazer no meu cabelo. E é claro que ontem eu fui lá meio desesperada pedindo uma solução prática e o cabelo tava num dia super bom. E ele ficou com aquele papo "tem certeza que quer cortar? olha como tá grande." Bom, se não estivesse grande eu não precisaria cortar. Correto?
Tá tão grande que, se eu não lavasse o cabelo, estaria com muita cara de hippie.
Particularmente, eu acho que tô parecendo uma Barbie morena, por causa do volume que ele tem. E eu não digo isso como um auto-elogio, porque todo mundo sabe que se você quer ser Barbie, o mínimo que pode fazer é parecer uma Barbie loira.
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Tô, assim, bem zangada com o Chico Buarque*. Pra usar uma palavra delicada.
Os shows no Rio vão ser em janeiro, mês de ir pra Campinas e voltar pra formatura da Luciana.
Eu já tô meio desesperada com a procura pelo vestido. Acho que tenho que criar um pouco de vergonha na cara e parar de usar o mesmo vestido em todas as formaturas. Até na minha eu repeti, acho que esse é o limite.
*não é só por causa dos shows. quando ele finalmente fez uma música pra mim, resolveu me chamar de renata maria. eu até perdoei, mas logo depois o latino se meteu no meio da nossa história e fez uma música me chamando de ingrata. e eu não vi nenhuma bronca pública no latino por ter rimado meu nome com ingrata nem nada. ficou chato pra ele.
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minha mãe, meu pai e minha avó
-Sua mãe não sabia que a gente tava reformando a casa?
-Sabia e não sabia.
-Ela não sabia. Hoje eu liguei pra ela e ela ficou surpresa quando eu disse. Por que você não contou pra ela?
-Contei. Mas ela esquece.
...
Minha avó tá esquecendo tudo, tadinha. E tem aquela velha piada, o remédio pra memória ela esquece de tomar.
Dá tanto dó, mas acho que ela aprendeu a rir da situação.
...
-Vó, quer bolo?
-Ah, quero. Se bem que daqui a 15 minutos eu vou esquecer que comi mesmo...
marcadores família
Bolo de banana
125 g de manteiga
1 xícara de chá de açúcar
3 ovos (claras e gemas separadas)
1 1/2 xícara de chá de farinha de trigo (175 g)
1/2 xícara de leite
mais ou menos 4 bananas prata
Bata a manteiga e o açúcar até obter um creme. Junte as gemas uma a uma, sem parar de bater. Retire da batedeira, peneire sobre esse creme a farinha de trigo e o fermento, alternando com o leite. Misture as claras em neve.
Despeje um pouco da massa em uma forma untada e enfarinhada, coloque metade das bananas cortadas ao comprido. Ponha mais massa, mais bananas, mais massa e polvilhe açúcar com canela. Asse em forno médio (180°) por aproximadamente 35 minutos.
marcadores receitas
sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
A Jussara me avisou por e-mail e eu só me toquei agora que é o mesmo almoço beneficente que eu vi nas comunidades de vegetarianos no Orkut.
Então, assim, além de ajudar, vai comer muito bem. Eu nunca fui, mas dizem que o Tempeh tem uma comida deliciosa.
Visita o site da SOS Vida Animal e veja os lindinhos prontos pra adoção.
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quinta-feira, 30 de novembro de 2006
-Parabéns! A senhora foi contemplada com a possibilidade de ter o nosso título de capitalização e concorrer a prêmios de 1 milhão todos os meses.
-Obrigada, eu não estou interessada.
-Mas a senhora conhece o título xxx?
-Conheço.
-Então como ele é?
Argüição da Credicard. Eu mereço muito isso.
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quarta-feira, 29 de novembro de 2006
E o menininho no prédio em frente. Por que não grita "EU QUERO A MINHA MÃE" dentro de casa? Por que fica na varanda gritando?
Daqui a pouco eu vou lá avisar que na minha casa é que a mãe dele não está.
minha mãe diz que eu era uma criança chorona assim. e que espera que eu tenha um filho assim, pra pagar minha língua. tudo o que eu preciso na minha vida é de praga de mãe, né?
marcadores família, reclamações
Aí olha o que aconteceu.
Choveu de novo. Gente, chove todo dia. A rua do curso fica alagada, não dá pra sair. Daí esperei a água abaixar pra vir pra casa. E nem dava pra chegar até o ponto de ônibus. Aí eu fui procurar um táxi. E nenhum quis me trazer, porque tava tudo alagado e porque é uma viagem muito curta. Sério, não queira pegar táxi em Nova Iguaçu se for uma corrida de 5 reais, porque eles só vão querer te levar se você aceitar pagar 10, no mínimo. Era tanta água, que eu teria pago até 20. Mas nem essa opção me deram.
E água, água, água suja por todo lado. E eu muito agradecida à força maior que me fez ir trabalhar de All Star. Que era branco, ficou marrom, mas a gente enfia na máquina de lavar e torce pra ficar bege. Que sorte, que sorte não ter ido com um sapato lindo. E eu tentando desviar das piscinas de água suja. Porque eu é que não enfio meus pés super bem cuidados na água suja. Cara, meu pé que até massagem recebe na podóloga. Nun-ca. Morro ilhada, mas não piso na água.
Então vim andando. E a rua parada, os carros parados. E uma mulher resolveu buzinar. Não, ela resolveu buzinaaaaaaarrrrrrr. E eu olhando de cara feia. Porque eu já tinha ficado uma hora a mais no trabalho, tinha sido recusada pelos táxis e sujado meu tênis. Então eu tinha direito de olhar de cara feia. Porque a pessoa buzinaaaaaava. E a pessoa, gente, a pessoa começou a mostrar o dedo pra mim. Juro. E eu olhando de cara feia. Aí, a pessoa resolveu me xingar. Gente, olha só, de boba eu só tenho a cara. Eu conheço uns palavrões que nem te conto. Infelizmente, minha mãe me educou muito melhor do que devia, e só olhei de cara feia. Que era mais uma cara de "espero que você derrape, rodopie três vezes, caia num barranco e morra. lentamente."
Cara, achei que fosse apanhar dela, e foi a hora do dia em que eu fiquei mais feliz de meu quarto ter sido quebrado hoje e meu pai ter achado meu spray de pimenta. Porque eu nunca pensei em usar em alguém (mentira), mas nunca que eu ia aceitar apanhar de uma pessoa usando viscolycra. Spray sem dó.
Eu só não perdi o dia porque quando tava quase chegando em casa vi o carro dela parado na padaria. E, hahaha, o pão de lá tem cabelo.
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terça-feira, 28 de novembro de 2006
Na novela
-Estou preocupada. Eu encontrei vários pratos com restos de comida pelo quarto dela, no banheiro. Ela tem um problema muito sério.
Claro que tem. E se chama imundície.
...
Gente, alguém avisa ao autor que é pra ser um drama, não uma comédia rasgada. Porque acho que ele não tá entendendo. O cara que ficou paraplégico tá na sala de casa rodando pra lá e pra cá com a cadeira de rodas reclamando, na frente da sogra e das empregadas, que não tem ereção. Tudo bem, ele não tem ereção, mas tem uma boca enorme e precisa contar isso pro mundo.
E ele pergunta:
-O que é que eu vou fazer da vida sem uma ereção?
Sabe que eu tô nessa de tomar pelo menos dois litros de água por dia, né? Então tenho que lembrar de nunca ver a novela quando estiver com um copão d'água aqui, porque é engasgar na certa. De tanto rir. Ainda bem que as personagens da cena notaram que era uma pergunta retórica e nem quiseram responder nem nada.
marcadores novela
E eu reclamo de tudo e tanto e sempre, que quando, no meio de um chilique qualquer, eu percebo que tenho razão, não consigo parar de reclamar.
Eu tô lá reclamando, reclamando e reclamando e penso "cara, eu tenho razão nisso! meu pai não devia ter deixado o secador que eu emprestei aqui!" e aí não tem mais limites, eu não vejo fim pra reclamação!
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Odeio parecer maluca.
Ontem choveu muito aqui em Nova Iguaçu. Eu tive que esperar a água da rua abaixar pra poder vir pra casa. E quando cheguei aqui a rua tava cheia de lama. No dia anterior já tinha chovido muito.
Eu tirei umas fotos e vim pro computador mandar aquele e-mail chato pra prefeitura e dizendo todas aquelas coisas e dizendo que, se for pra ter lama na porta da minha casa, eu quero abatimento no IPTU. E tipo fui lá procurar o comprovante de pagamento do IPTU só pra colocar o valor que meus pais pagam.
Todo ano, cara, todo ano vem alguém aqui querer medir a casa e perguntar se o terraço tá incluído na metragem, e se as garagens tão incluídas e é muito chato.
Hoje quando eu acordei já tinha umas dez pessoas limpando a rua. Não sei se foi por causa do e-mail, acho que não.
Daí vi no jornal que tem pessoas desabrigadas e tal. E super me arrependi de ter mandado o e-mail reclamando da lama. E agora até na prefeitura vão me achar chata e chiliquenta.
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segunda-feira, 27 de novembro de 2006
Outro dia, indo pro aeroporto, passando por todos aqueles viadutos e elevados e morrendo de medo de cair naquela água imunda, eu tava falando com o motorista do táxi daquele tempo em que dava pra comprar carteira de motorista, ninguém precisava fazer prova.
E ele me diz:
-Eu consegui a minha assim.
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domingo, 26 de novembro de 2006
Minha mãe conta que há algumas décadas as mulheres usavam perucas. Assim, normalmente, sem serem carecas nem nada. E minha avó tinha várias. Uma pra cada ocasião, né? Afinal, quem é que quer perder tempo de vida no salão fazendo um coque banana pro casamento do sobrinho? Muito mais fácil tirar a peruca da cabeça de madeira que você deixa em cima da penteadeira, arrumar na sua cabeça e pronto.
Mas o que eu acho, assim, a explicação por que a gente tem filhos, é que minha avó fazia minha mãe e meus tios pentearem as perucas dela.
-Mãe, quero brincar.
-Só depois que pentear a ruivinha.
É a maternidade em sua melhor forma.
marcadores família
sábado, 25 de novembro de 2006
Hoje a minha mãe fez o almoço, depois a sobremesa. Depois fez bolo de amendoim e pão-de-queijo pro lanche.
E está muito surpresa que o gesso esteja quebrando.
É inaceitável mesmo que esses hospitais fiquem engessando pernas com gesso de má qualidade que nem agüentam algumas horas de pé.
marcadores família
Daí que eu não tava nem no meio do caminho pro trabalho quando senti uma dor, uma dor, uma dor. Primeiro achei que alguma criatura de esgoto tinha furado o asfalto e estivesse me devorando, começando pelo meu pé esquerdo.
Mas, não, era só o meu sapato. Não dava pra voltar pra casa, porque eu tava atrasada. Atrasada por quê? Porque levei tempo demais escolhendo o sapato. Pra depois de ter sido escolhido com tanto carinho ele tentar me matar.
Não dava pra voltar pra casa, então. E nem faz mal ir trabalhar com o calcanhar esfolado.
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sexta-feira, 24 de novembro de 2006
Torta de legumes
É muito simples, não gostei muito da massa, mas foi legal porque foi a primeira massa que eu abri com rolo e trabalhei e tal. Aqui em casa tem um balcão grande na cozinha, meu pai fez pensando em mexer com massa, eu sempre tive vontade de usar.
A receita da massa tá no post, mas pode substituir a massa por qualquer massa de torta salgada que você faça e fique boa.
Massa:
1 1/2 copo de farinha de trigo
1 colher de chá de sal
4 a 5 colheres de manteiga
3 colheres de água gelada
Amassei, amassei, amassei, abri com um rolo e forrei um pirex de 22 cm untado com óleo.
Asse por uns 25-30 minutos, ou até ficar douradinha.
Recheio:
Não sei dizer a receita, eu fui fazendo tudo de cabeça, acabei fazendo recheio demais. Então vou dizer só o que levou o recheio:
brócolis (eu coloquei metade de um)
couve-flor (também coloquei metade de uma)
1 abobrinha pequena
1 cenoura grande
1 cebola pequena
1 copo de água ou leite ou leite de soja
1 colher de maizena
manteiga
alho
manjericão
pimenta do reino
sal
Cozinhei os legumes (a couve-flor e o brócolis eu cozinhei a vapor, pra não desmancharem) e reservei. Refoguei o alho amassado (eu não sei a quantidade, porque aqui em casa a gente processa quilos e quilos e deixa na geladeira, mas dá uma colher de sobremesa mal cheia) e a cebola cortada em rodelas na manteiga.
Depois que a cebola ficou douradinha, misturei os legumes e coloquei manteiga. Ficou cozinhando um tempo. Juntei a maizena dissolvida no copo de água ou leite ou leite de soja (não use o leite de soja pronto, tipo Purity, porque tem sabor de baunilha, não é bom para pratos salgados. faça o leite com extrato de soja e água ou faça você mesma espremendo a soja). Temperei com manjericão, sal e pimenta do reino.
Aí é só deixar cozinhar até ficar um recheio cremoso, mas não pode deixar o brócolis e a couve-flor desmancharem totalmente.
No final, eu joguei um punhado de queijo parmesão por cima e levei ao forno pra gratinar, mas isso é dispensável. Dá pra jogar farinha de pão torrado também, deve ficar legal.
Com certeza vai estar na minha ceia de natal. Pois é, já tô pensando nisso...
eu sei que tô devendo o bolo de banana de semanas atrás, não esqueci!
marcadores Hannah
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
Com essas mortes por anorexia, vou te dizer, minha vida ficou muito chata. Porque eu passo meus dias tendo que me defender e dizer que, sim, eu já almocei, sim, eu planejo jantar, e, sim, eu tenho um IMC acima de 18,5, olha aqui a calculadora, vou provar.
Acontece que eu tenho braços finos. Mesmo quando eu tinha mais 7 kg do que tenho agora meus braços eram finos. Os meus pulsos são muito finos. Se você ficar olhando muito tempo parece meio um pulso de pessoa desnutrida. Mas os meus braços sempre foram finos. Minhas mãos são magras. Eu nunca preciso abrir uma pulseira pra botar no pulso.
Só que eu não tenho muito como ser gorda. Porque eu não como açúcar refinado todo dia, e raramente como fritura e não como carne. É claro que eu não tenho como ser uma pessoa gorda, não adianta. Meus braços nunca vão ser gordinhos. Eu não preciso estar abaixo do peso pra ter braços finos. Eles são naturalmente assim.
Mas quase todo dia eu ouço "olha como ela tá magrinha, olha esses bracinhos."
Não olhem os bracinhos, olhem as minhas patinhas de elefante e vejam que eu não sou desnutrida!
gente, a cada matéria que ela lê sobre anorexia, a minha avó me liga e pergunta meu IMC. isso é quase todo dia, ela tá numa obsessão total.
Vi uma sandália tão linda hoje que meu coração até disparou. Bateu no ritmo precisoterprecisoterprecisoter.
Mas só vou comprar se conseguir perder o quilo que eu ganhei há quase um mês.
Eu não sei o que acontece, mas 1 kg representa uns 8 kg pra mim. As calças que caíam ficam apertadas.
E andar de calça apertada, ah, não dá. Não sei como algumas mulheres conseguem. Eu tenho sempre a sensação que vou cair assim de lado, feito um tronco de árvore, sem conseguir me mexer.
quarta-feira, 22 de novembro de 2006
Fui a uma palestra sobre meditação hoje e teve relaxamento, claro.
O cara falou pra gente relaxar o couro cabeludo. E os órgãos internos.
Sério, sai dessa.
marcadores bobagens, reclamações
Quase deixei passar a minha senha na fila do banco porque tava tentando descobrir o que uma menina que tava um pouco à frente tinha tatuado no ombro.
Tenho quase certeza que era um bebedouro.
marcadores bobagens
Cheguei em casa e tem um prato de bolinhos de chuva. Que a minha mãe fez. Com a perna engessada.
Eu entrei no quarto dela e tinha fitilho pela cama toda. Eu perguntei o que ela tava fazendo, porque me pareceu muito improvável que ela já estivesse embrulhando os presentes de natal. Ela disse que os rolinhos de fitilho estavam muito bagunçados. Então ela tava desfazendo um por um e enrolando de novo.
Cara, ela não consegue simplesmente deitar. E ficar deitada.
marcadores família
terça-feira, 21 de novembro de 2006
Faz só um dia que minha mãe está com a perna imobilizada, mas nós já notamos uma diferença.
Eu não me lembro de ela sentir tanta sede assim quando podia levantar e ir à cozinha pegar água.
Hum. ¬¬
marcadores família
Se você é vegetariano, já deve ter ouvido falar daquela história de jaca verde ser igual a frango. Se não ouviu, eu estou passando a história adiante, com uma ressalva: pode pa-re-cer frango, mas é só aparência, porque, como o frango, você pode desfiar. O sabor é outra coisa. Pelo que eu entendi, não tem sabor de frango.
O caso é que pra fazer coxinha, salpicão, sanduíche, sei lá, a jaca tem que estar verde (com um palmo de tamanho, mais ou menos) e ser cozida inteira numa panela de pressão.
Aí surge a dificuldade: se não é fácil achar jaca (e eu digo: ainda bem, porque não suporto jaca, nem o cheiro), imagina achar uma jaca verde tão pequena.
Na comunidade Receitas vegan/vegetarianas, no Orkut, as pessoas ficaram em polvorosa com a receita de bife de jaca verde. Alguns conseguiram encontrar jaca verde, mas foram poucos.
Aí hoje eu tava no ônibus, vindo pra casa. Eu posso descer em três pontos, e geralmente desço só no último desses três, porque é só quando eu consigo encontrar forças pra levantar do banco. Depois do primeiro ponto onde eu posso descer, o ônibus sobe o morro. E eu tava lá, pensando se ia descer no próximo ou no próximo-próximo ponto, quando olhei pra fora e vi uma jaqueira. Carregaaada de jacas! E com jacas pequeeenas! De um palmooo!
Até desci no próximo ponto, só pra vir procurar receitas.
é bem provável que eu não faça nenhuma receita, porque já soube que faz uma sujeira enorme, a jaca solta um leite que cola em tudo.
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segunda-feira, 20 de novembro de 2006
Vocês não conhecem a minha mãe, mas eu conheço. Há 23 anos. Há pelo menos uns 10 eu me dei conta de que ela é a pessoa mais ativa do mundo. Ela não consegue ficar parada. Não é como eu, que vê um pé engessado como uma oportunidade pra passar o dia na cama e escravizar pessoas pedindo que elas peguem água pra mim, fechem a janela, abram a janela, verifiquem meus e-mails e arrumem aquele livro ali na estante que tá meio torto.
A minha mãe fica im-pos-sí-vel quando está com uma das pernas imobilizada. E eu digo com a experiência de quem já viu minha mãe quebrar/torcer as duas pernas várias - eu disse várias! - vezes. E com a experiência de quem já viu a mãe passar por cirurgias nos dois joelhos.
Ela diz que precisa de repouso, se irrita porque todos somos lerdos menos ela, levanta, arruma a casa, faz o almoço, faz lanche, dá banho na cachorra.
E ainda diz: -Com uma perna só!
e é verdade. ela faz em uma hora, com apenas uma perna, o que eu, meu pai e meu irmão juntos demoramos umas três pra fazer.
marcadores família
Lição de hoje: dê valor a sua folga
Hoje é feriado. Fique em casa, faça um bolo, tome um banho longo, vá ao cinema, leia um livro. Faça qualquer coisa, mas qualquer coisa que mostre que você está grata por ter um dia a mais de folga na sua vida.
Um dia em que você pode acordar na hora que quiser, tomar banho na hora que quiser, almoçar na hora que quiser, porque você não tem hora pra nada. Um dia em que você não precisa nem usar lentes de contato, a menos que escolha usar sua folga para ir ao cinema.
Tudo isso eu disse pra minha mãe, quando ela disse que queria ir ao dentista no dia de folga. Pois é, o dentista também resolveu desprezar o feriado.
Eu disse "esquece, cochila à tarde. ao dentista você vai quando sair do trabalho." Mas, não, ela tinha que ter um compromisso. E ela saiu pra ir ao dentista e eu só falei com ela de novo quando ela ligou pra pedir pro meu pai ir buscá-la no hospital porque ela tinha virado o pé e estava com a perna engessada.
Então, a mensagem é clara: se você tem uma folga, dê valor a ela. Não importa se o dentista não vai fechar o consultório no feriado. Pode contar que ele também vai aprender a lição.
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sábado, 18 de novembro de 2006
E o mais legal é que quando eu tava pagando veio entrando uma cachorrinha vira-lata de fininho na loja e foi pra trás do balcão de pagamentos.
Uma vendedora avisou a outra e eu já tava meio pronta pra dar um chilique se alguém maltratasse a cachorra.
Mas, que coisa, a vendedora de trás do balcão serviu ração numa tigelinha pra cachorrinha, que antes tomou a água que tava num potinho.
E aí claro que eu nunca vou comprar minhas ampolinhas em outra loja. Porque essa, além de barata, é a mais simpática.
Toda semana eu faço minha peregrinação até a loja de produtos pra cabeleireiros pra ver se acho aquele produto. Aquele. Aquele que precisa ser aplicado apenas uma vez e deixa o cabelo macio, brilhoso e solto pa-ra sem-pre.
Algumas vendedoras já me conhecem, e tem uma que é muito simpática e sempre que me vê vem me mostrar alguma coisa. É bom porque ela lembra o que eu comprei, pergunta se eu gostei, lembra até que o produto que eu tava procurando chegou.
Então eu tava lá, né? Sentindo o perfume de todos os xampus, pra depois passar a tarde com a garganta fechada com a alergia, e ela começou a passar as mãos no meu rosto e esfregar, esfregar, esfregar.
Eu tava pronta pra cuspir um gênio com direito a três pedidos quando ela explicou:
-Seu blush borrou, tô arrumando pra você.
Mas, assim, eu ando com blush e pincel na bolsa, é só pedir.
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sexta-feira, 17 de novembro de 2006
Se existe uma primeira vez na vida até pra provar tofu, é claro que tinha que existir uma primeira vez pra ligar pro banco e ser bem tratada.
Depois de anos de relacionamento, finalmente consegui o que queria com apenas um - eu disse um! - telefonema.
E o atendente só tentou me convencer uma - eu disse uma! - vez de que ter a função crédito ativada contra a minha vontade era uma coisa boa.
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Minha prima vem pra cá depois da escola pra estudar comigo, mas eu tô meio assim, lerda, então nem fiz almoço nem nada.
É minha folga hoje, então acho que vou sugerir esquecer o Inglês e passar a tarde vendo Sex and the City e tomando suco de manga. Ou nem sugerir, mas mandar mesmo. Porque eu que sou a adulta aqui.
na minha avó tem umas três mangueiras em casa. então imagina que a cozinha aqui de casa é manga pura.
O que alivia:
-saber que você tem um par de sapatos vermelhos
-ver o quadro de fotos arrumado
O que irrita:
-nunca ter usado os sapatos vermelhos
-o vento desarrumar o quadro de fotos e você passar semanas sem forças pra arrastar a cômoda e pegar as fotos que caíram lá atrás
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quinta-feira, 16 de novembro de 2006
vegetarianismo, parte II
Alguns vegetarianos reagiram aos posts do Dr. João Curvo de maneira agressiva. Acho que eles não entenderam que o médico não estava condenando esse tipo de dieta, apenas alertando e informando.
Antes de virar vegetariana, eu sentia uma certa agressividade em alguns vegetarianos e ainda sinto. Acho que é justificada, porque são pessoas que sabem o que a indústria da carne faz, sabem como os animais sofrem e acreditam que nós não podemos esperar que as pessoas cheguem, sozinhas, à conclusão que eles já chegaram, a de que comer carne é ruim para os animais, para o planeta e para você, se for consumida em excesso.
Agressividade afasta, em qualquer situação. Eu não tenho esse hábito de sair gritando com as pessoas porque elas comem carne, mesmo que elas gritem comigo quando eu digo que não como carne. Eu não digo, num tom imperativo, que todo mundo tem que largar a carne, mesmo que me digam que eu devo comer carne.
O que eu noto é que quem come carne, quando ouve um "não coma carne", age na defensiva, claro, porque você está ofendendo o estilo de vida dele. E uma pessoa na defensiva não ouve, só se defende, não está aberto a nenhuma informação.
Quando alguém se interessa, eu digo como me sentia antes de parar e como me sinto agora. Eu explico que a vontade de comer carne passa após alguns meses e que você pode ver um espeto de churrasco na frente, que não sente vontade, porque não enxerga mais como comida. Eu digo que conheço uma pessoa perdeu 15 kg e eu nunca mais fiquei acima do meu peso. Eu mostro vídeos com os horrores dos matadouros, mostro as fotos. Mostro sites com receitas, dou umas dicas, digo o que eu uso como alternativa. Mas só quando me pedem.
E quando eu digo que não como carne e alguém diz "ahh, mas uma picanha sangrenta é uma delícia", eu não digo nada, só penso "foda-se, não te perguntei nada." Porque, além de vegetariana, eu penso antes de falar.
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vegetarianismo, parte I
No post anterior eu disse que só comia massa há duas semanas. E a Jussara me perguntou se eu tinha visto o que o Dr. João Curvo falou sobre a dieta vegana no blog dele. Ela disse que alguns vegetarianos leram e ficaram revoltados.
Eu não conhecia o blog dele, mas achei pelo Google e li os posts sobre o veganismo. Os textos são muito ponderados. Ele não disse que as pessoas não devem seguir esse tipo de dieta, ele só disse que há riscos. E eu imagino que ele como médico deve saber que deficiência de nutrientes ocorre em qualquer dieta. Se você come carne, mas todos os dias come só arroz, bife e batata frita, sua saúde não vai ser perfeita. Quando ele fala em um "modelo alimentar que acaba fazendo mais mal do que bem", ele não está falando do veganismo, mas da pessoa que, ao se tornar vegana, substitui a proteína por pão, arroz, batata e salada. Quando ele diz que a pessoa fica "mais vulnerável a resfriados de repetição, anemia e queda de cabelos", ele não está falando do vegetariano, mas do vegetariano que deixa os produtos de origem animal e não os substitui corretamente. No primeiro post sobre o assunto, aliás, ele indica vegetais que são fontes de zinco, ferro e fala da B12. Os posts dele foram muito bons. São informativos, não estão julgando a dieta, apenas alertando para o que pode acontecer se não tomarmos cuidado e levarmos a alimentação a sério.
Uma dieta vegetariana estrita, aquela onde, além da carne você não come nenhum produto de origem animal, como ovos, leite e derivados e mel, é uma dieta complicada no início. Não acho bom mentir e dizer que é muito fácil, porque pra maioria das pessoas vai ser complicado. Não porque seja naturalmente complicado, mas porque nós não estamos acostumados a comer direito. Depois que você aprende a combinar os alimentos, a saber o que contém cada legume, fruta e verdura, fica mais simples.
O corpo não sente falta de carne, sente falta de nutrientes. A vitamina E que você ingere vai executar a função dela tenha ela vindo do fígado ou das castanhas. O organismo não vai reclamar se você preferir comer espinafre em vez de ovos. Mas, se não ingerir vitamina E, de fonte animal ou vegetal, você pode ter problemas na função reprodutora ou ter distrofia muscular.
A única coisa que não se consegue numa dieta vegana é a proteína B12. Não tem mesmo em produtos não-animais e é MUITO importante. O corpo faz um estoque por alguns anos, mas quem é vegano tem que fazer uma reposição. E aí tem que ter muito cuidado com o que realmente repõe a B12, porque uns dizem que o levedo de cerveja repõe, outros dizem que não. Na dúvida, procure um médico e siga a recomendação dele. Provavelmente ele vai te receitar a fonte de vitamina B12 que achar mais adequada. Você vai à farmácia com a receita e compra. Não é complicado.
Não há restrições ao vegetarianismo. Crianças, idosos e gestantes podem seguir uma dieta sem carnes e sem alimentos de origem animal, desde que sejam orientadas por um profissional. Agora, se você for a um médico e ele condenar o vegetarianismo, não confie nele. Ele é desinformado. As pessoas podem, sim, viver sem comer carne, ou eu, a Cíntia e todos os vegetarianos do mundo estaríamos mortos. Não estou morta, nunca passei mal por ser vegetariana, tenho boa disposição, não sinto dor de cabeça e nunca fico resfriada por mais de um dia. A avó dos meus primos é vegetariana há mais de 40 anos. Minha tia manteve uma dieta vegetariana na segunda gravidez dela e meu primo nasceu saudável, com peso e tamanho normais. O médico que não acredita no vegetarianismo deveria se preocupar em explicar esses milagres ao mundo.
A anemia, com a qual todos se preocupam, pode acontecer com qualquer pessoa, e às vezes não depende da dieta. Infelizmente, algumas pessoas têm uma tendência à anemia, e podem sofrer disso mesmo comendo carne todos os dias. Não confie num médico que diz que apenas comer fígado cura a anemia.
Quando eu disse que só comia massa há duas semanas, foi um post curtinho, não expliquei nada. Mas eu tenho comido muita massa, não me engorda, não me sinto pesada e eu não como só macarrão. Como com abobrinha, espinafre, cogumelos, tomate, ricota, brócolis, cenoura, soja e tudo mais.
Eu não sou médica, não sou nutricionista e não posso formular dieta pra ninguém que queira virar vegetariano, mas eu aprendi algumas coisas e me alimento melhor agora do que quando comia carne.
marcadores vegetarianismo
Você já passou por isso
Todo mundo já passou por isso.
Você digita as letrinhas em algum serviço do Uol, e precisa digitar de novo e de novo, porque digitou errado e errado.
Por quê?
Porque as letras são TORTAS!
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quarta-feira, 15 de novembro de 2006
Então o que eu fico pensando é: quase todas as meninas que eu conheço dizem que não sabem andar de salto.
Mas os sapatos de salto continuam sendo produzidos. E comprados. Eu mesma tenho uns 5 ou 6 pares ainda com etiqueta. Porque eu compro, mas nunca uso. Não sei andar de salto, né?
Mas o caso é, nem todo mundo que compra sapatos com saltos enormes é como eu. Alguma mulher no mundo TEM que saber se equilibrar num salto.
A grande questão é: acreditando que há mulheres no mundo que sabem andar de salto, onde estão elas e por que não fazem um blog ensinando isso a outras mulheres no mundo?
marcadores futilidade, sapatos
Em vez de passar o dia deitada, vendo os DVDs que eu comprei, eu resolvi arrumar a estante, que espera há meses por uma arrumação. Se os DVDs coubessem na estante, eu teria passado o dia dormindo. Mas eu precisava de um espaço pra eles. Se eu não tivesse comprado os DVDs, não teria que passar meu feriado arrumando a estante e teria vários reais a mais na minha conta.
...
É tanto lixo, tanto lixo. Achei o DVD da minha formatura. Já tem mais de um ano e eu nunca vi. Nem vou ver, acho.
...
Eu achei a caricatura que fizeram de mim pra colação. Eu acho que não era uma pessoa desequilibrada naquela época. Porque eu nem lembro de ter gritado e chorado depois de ver que me deixaram parecendo uma Jessica Rabbit não ruiva.
marcadores bobagens
terça-feira, 14 de novembro de 2006
A Hannah come uma ração muito boa. Pelo menos a gente compra e põe no pratinho dela, porque a veterinária mandou. Mas ela não gosta.
Ela gosta de uma ração não tão boa. Não é superpremium como a dela, não é premium, é standard. Ela adora.
Aí fica todo mundo com pena de ver que ela não come a ração boa, então a gente mistura com um pouquiiinho de uma mais barata, que ela adora, e ela come as duas juntas.
Isso só pra dizer que minha mãe perdeu mesmo a noção do que é um relacionamento saudável entre humanos e caninos. E ontem isso ficou claro.
Ela tava dando comida na boca da Hannah. Olha, isso é até comum aqui em casa, então não faz essa cara de surpresa, porque essa não é a parte maluca do post. Essa é a parte normal.
A parte maluca é que minha mãe tava separando a ração por formato e cor. Porque ela descobriu, cara, olha o que ela descobriu!, ela descobriu que a Hannah não gosta de misturar formatos e cores enquanto come.
Fui enrolar, digo trabalhar e quando voltei o cheiro de baunilha continuava aqui.
Porque é imortal, não morre no final.
marcadores bobagens
E acabaram de quebrar o vidrinho de essência de baunilha.
O cheiro de baunilha chegou até o meu quarto.
Ninguém vai repor, né?
Então, além de reclamar da vida, hoje também tenho que passar no supermercado.
marcadores bobagens
Cheguei ontem e uma parede na sala tava toda quebrada. E fiquei "o que é isso? o que tá acontecendo?"
Foram logo me perguntando de que cor eu quero o meu quarto. Porque a casa toda vai ser quebrada. Uns fios vão ter que ficar dentro da parede e, sério?, tem que quebrar meu quarto?
Eu tenho que desmontar tudo, sair do quarto, dormir na sala, depois arrumar tudo no quarto? Não dá pra esconder os fios no rodapé? Isso não tava dando certo até agora? Quem se importa com ruídos no telefone? Eu sei que dei um chilique, mas eu não preciso mais de telefone.
Dias-dias-dias de barulho.
marcadores família, reclamações
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
Então tá que todo mundo tem que ser tolerante e nunca discriminar.
Mas não dá, não dá pra ser tolerante com usuários de Nex.tel.
Chega de ouvir conversa dos outros.
Eu proponho a exclusão dessas pessoas da sociedade. Vamos discriminar e discriminar e ignorar até que eles se toquem e parem de tratar assuntos particulares em público.
Ou até que eles se mudem pra uma ilha só para usuários de Nex.tel, sei lá.
marcadores reclamações
domingo, 12 de novembro de 2006
sábado, 11 de novembro de 2006
Tudo, né? Tudo que podia dar errado deu.
Até perder o recibo da bagagem. E desembarcar na mesma hora que um avião que vinha da África e ficar numa fila imensa enquanto as pessoas mostravam cartões de vacinação. E morrer de medo de Ebola.
E o pior: passar pelo Duty Free sem poder comprar na-da. Na-da. Na-da. Na-da. Eu vou ter até pesadelos com todas aquelas maquiagens a preço de banana esperando por mim.
marcadores reclamações
Ninguém se acha na obrigação de ser normal, ninguém.
Eu liguei pra uma empresa pra pedir uma informação.
-Nós estamos no horário de almoço, você poderia ligar ao meio-dia?
Se tá almoçando, por que atende o telefone?
É como eu sair do banho correndo porque o telefone tá tocando, atender e pedir pra ligar depois, porque tenho que enxaguar meu cabelo.
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sexta-feira, 10 de novembro de 2006
Tá chovendo, tá frio pra caramba, tenho milhões de coisas pra fazer hoje. Todas fúteis, mas que não podem ser adiadas.
Mas acordei tãotãotão feliz com a Flávia avisando que tinha passado na prova da Ordem, que eu tô pensando até em não reclamar da chuva, do frio e dos milhões de coisas fúteis que não podem ser adiadas. Tipo, não vou reclamar o dia todo.
Mas, também se eu reclamar e for crime, hahaha, agora a Flávia pode ir lá me defender.
marcadores bobagens
quinta-feira, 9 de novembro de 2006
Eu adoro televisão, né? Então essa semana é particularmente estressante pra mim. Preciso me concentrar pra ver todas as estréias de séries e temporadas.
Eu tava especialmente ansiosa pra estréia da 7ª temporada de Gilmore Girls. Porque a Amy Sherman-Palladino saiu e, gente, como é que vão fazer aqueles diálogos sem ela?, e todas as questões que fazem o mundo girar.
É uma das séries que eu mais gosto e acho que foi o trabalho de tradução que eu mais gostei de fazer. Um dos mais difíceis, principalmente por eu gostar da série e não querer perder todas aquelas referências pop e ao mesmo tempo querer que todas elas sejam muito acessíveis a qualquer um que assista. E também porque as duas falam muito e o maior trabalho do mundo é colocar o que elas falam em apenas duas linhas.
E estreou e eu fiquei com tanta pena do Luke, tanta pena. Meu consolo é que eu não sou a nova roteirista, porque senão eu tinha deixado escapar um "quem não dá assistência..." da boca da Lorelai, e acabaria com qualquer chance de uma 8ª temporada.
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
O que me incomoda demais: quando alguém pega meu celular e vai abrindo e mexendo e tudo e trocando toque, e trocando as fotos da agenda. E quando entra em algum joguinho?
Às vezes a mesma pessoa pega o celular várias vezes. Sempre que me encontra e o celular tá dando bobeira a pessoa pega.
Eu acho muito fácil conviver comigo. Apesar do meu mau humor. Porque tudo me incomoda, então eu evito fazer pros outros coisas que me incomodam.
A minha conclusão é que o mundo só teria a ganhar se a população toda se irritasse com tudo.
marcadores reclamações
-Ai, tô tão cansada.
-Cansada de quê, Renata? Você trabalhou menos de 3 horas hoje. Se você tá cansada, imagina eu! Eu trabalhei mais de 10 horas hoje e ainda fiz jantar quando cheguei.
-Mãe, a gente não tá jogando Super Trunfo do cansaço.
-...
-Mas, se tivesse, o seu cansaço ganharia do meu.
marcadores família
terça-feira, 7 de novembro de 2006
Quando eu era criança, fui algumas vezes pra Argentina de carro com meus pais. E eles traziam várias coisas de lá, tipo doce de leite e cerejas, que eu me lembro de vir comendo no caminho com vários lenços de papel pra não sujar a roupa. E alho.
Não sei qual é e nem se existe relação entre alho e Argentina, mas meus pais traziam quilos quando iam lá. O que não quer dizer muita coisa, porque eles não sabem comprar menos de 5 kg de alho, em qualquer parte do mundo.
E quando eu sinto cheiro de alho, lembro da Argentina.
E aí, cadê o glamour?
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
A pessoa, gente, a pessoa vem assoviando atrás de mim pra pedir passagem. A pessoa não se toca que, se eu tivesse pra onde ir, não esperaria ouvir um assovio pra ir. Porque eu quero qualquer coisa na vida, menos ficar perto de quem não pode abrir a boca nem pra pedir licença.
marcadores reclamações
Eu acho inexplicável que a auto-escola não eduque as pessoas sobre o uso da buzina. Porque se há um engarrafamento as causas podem ser muitas, mas eu ga-ran-to que a causa não é um motorista lá na frente esperando pra ouvir você buzinar.
Olha, garanto.
marcadores reclamações
É quando você liga pra retornar a ligação do pai de um aluno, pergunta por ele e ouve a agressividade de um "quem é que quer falar com ele, hein?", que você se toca de como ciúme é ridículo pra quem tá de fora.
Só não é ridículo mesmo pra quem sente, só.
marcadores reclamações
Eu sou bem mal humorada. Não parece, porque eu tô sempre rindo ou sorrindo, mas eu reclamo de tu-do (quase) o tempo todo.
Eu reclamo do frio, do calor, da falta de roupas, do excesso de roupas, da falta de espaço, das pessoas em geral, de pessoas em particular, do jornal, da revista, do site, do sistema de entregas da lanchonete, do atendimento no banco, das contas que eu tenho que pagar, das contas que eu paguei, das contas que eu esqueci de pagar, do vento que me despenteia, do vento que derruba as fotos no quadro de fotos, das pilhas de papel na minha estante, do creme que não funciona, do creme que funciona mas é caro, do meu cabelo que nunca se arruma, do meu cabelo que só se arruma quando eu não preciso, da falta de tempo, de ter tempo demais, dos sapatos lindos que eu não consigo usar sempre.
Quem me vê de longe não sabe que eu sou chata assim e leva um susto quando eu começo a reclamar da roupa da apresentadora na televisão, que tá estragando meu dia.
marcadores reclamações
Acordei num mau humor que não sei nem descrever. Acordei com um sonho que não combinava nada com segunda de manhã. Nem lembro direito o que era.
Tocaram a campainha de uma maneira irritante e insistente. A campainha aqui de casa já é irritante por si só. A pessoa ainda se esforça e fica 30 segundos apertando.
Pensei muito em não atender, porque devia ser uma criança mal educada. E o que eu posso fazer? Não vou ficar dando educação pro filho dos outros via janela.
Mas era o carteiro com minhas encomendas do Mercado Imaginário. Que lin-das! O acabamento é super caprichoso, a entrega foi super rápida. Eu paguei na quinta (feriado) e chegaram hoje de manhã.
marcadores bolsas, compras, reclamações
domingo, 5 de novembro de 2006
Um domingo com cara de sábado pra mim
Correndo pra terminar uma tradução. E enrolando ao mesmo tempo.
...
-Põe naquele programa legal que eu vi ontem.
-Mãe, não tem um canal só pra Hell's Kitchen passando 24h. Tem que esperar a hora do programa de novo.
-Então põe em qualquer programa que eu vá gostar, ué. Hum, esse seu edredom é gostoso...
...
Mamãe fez um estrogonofe de soja pra mim. Tive que parar pra conferir se era de soja mesmo.
...
Bolo de banana antes que as bananas estraguem. Nunca tenho oportunidade de testar aquela receita de bolo de chocolate.
sábado, 4 de novembro de 2006
Eu tenho certeza que tem gente que pensa que eu sou manicure. Porque eu não uso nenhum instrumento que não seja meu pra fazer as unhas. Nem lixa.
Então, tenho uma maleta bem grande com tudo que eu preciso. Nem esmalte eu uso o do salão, porque gosto de ter em casa pro caso de o esmalte lascar e eu precisar retocar.
Daí eu entro com a malinha, os vizinhos do salão devem achar que eu sou manicure.
...
Quero morrer num dia em que não tenho tempo pra nada, as unhas tão no limite, passo em frente a um salão e não posso entrar porque tô sem a maleta.
marcadores bobagens
Gente, a minha mãe é tão fofa. Ela é a mãe mais legal do mundo.
Eu tava aqui choramingando porque não tem espaço pra mais NADA no meu quarto, NADA. A mala minúscula fica num canto, não sei onde vou enfiar a mala grande quando eu comprar. E, cara, nem aceito sugestões.
Aí minha mãe insiste que eu tenho que mandar fazer uma sapateira e comprar um guarda-roupas e eu não sei onde enfio o treco de colocar bolsas e chapéus, se entrar mais alguma coisa aqui. Não tem espaço, todas as paredes estão ocupadas, não posso deixar um guarda-roupa bem no meio do quarto.
E eu falo que a culpa é deles, que não tiveram aquela idéia do walk-in closet, que não pensaram que meninas crescem e pre-ci-sam de coisas essenciais como roupas, sapatos e bolsas.
E minha mãe é tão fofa, mas tão fofa, que ela fala:
-Acho que dá pra ceder uma parte do meu quarto pra você, aquela parte que é tipo um antequarto*. Dá pra abrir uma porta pro seu quarto.
Imagina se eu vou fazer isso, cara. Tirar um pedaço do quarto dos meus pais pra guardar sapato. Só mãe mesmo pra ceder uma parte do próprio quarto pra filha...
*ante-sala eu sei que existe. antequarto eu chutei. no google achei ante-quarto. mas não é, né? porque se a palavra existir o correto deve ser antequarto. enfim, deu pra entender.
marcadores família
quinta-feira, 2 de novembro de 2006
Eu fiz os pãezinhos e levei pra Erica.
Ela só soube que eram de soja porque eu falei.
Usei as salsichas em lata da Superbom. Uso o que preciso, e depois congelo individualmente, pra quando me der vontade.
marcadores comida
Pãezinhos super fáceis
1 kg de farinha de trigo
1 copo (pequeno) de óleo
1 copo (pequeno) de açúcar
1 colher de sopa de sal
100 gramas de fermento biológico
3 copos (pequenos) de água
Misture os ingredientes, dissolvendo o fermento na água antes. Trabalhe a massa e faça bolas. Deixe descansar por 15 minutos. Recheie e leve ao forno. Antes de descansar, a massa fica grudando nas mãos, bem mole. Depois de descansar, ela ainda fica mole, mas nem tanto. Mas não se assuste se ela grudar um pouquinho, mesmo assim dá certo.
O recheio eu fiz de cachorro-quente mesmo, bem simples. Refoguei bastante cebola, depois acrescentei pimentão e tomate e um pouco de molho de tomate já pronto. Aí incluí salsichas de soja cortadas em rodela, não deixei cozinhar muito, porque elas já iam ao forno junto com os pãezinhos e não queria que desmanchassem.
Não precisa sovar a massa.
A massa fica mole mesmo.
Dá pra rechear com o que você quiser. Cachorro-quente, queijo...
Se rechear com algo que leve molho, o molho não pode ser muito líquido, pra não vazar do pãozinho.
Tinha esquecido de falar: na primeira foto só tem uma parte dos pãezinhos. A receita rende bastante, uns 40 pães daquele tamanho.
Nem almocei. Acordei ao meio-dia com a Erica me ligando pra dizer pra eu ligar pra Cíntia e combinar de ela ir na casa da Erica.
Aí disfarcei a voz de sono, e fingi que já tava acordada há muito tempo. Só me toquei que tava tarde quando a Erica me disse que tinha acordado às 9. E eu pensei "ué, mas que horas são?" Me assustei quando vi a hora, não esperava dormir tanto. Liguei pra Cíntia e fui correndo na padaria comprar fermento biológico.
E agora tô aqui, pensando no que vestir num dia de chuva, sentindo o cheirinho dos pães recheados com salsicha de soja e molhinho. Eu não fiz a massa, só o molho.
Mais tarde tem fotos e receita.
marcadores bobagens
quarta-feira, 1 de novembro de 2006
Das coisas que minha avó me ensinou
Nunca sair de casa com roupa de baixo feia.
"Porque você pode sofrer um acidente e depois todo mundo no hospital vai comentar seu sutiã surrado ou sua calcinha furada. "
Algumas pessoas elevam o conceito de sabedoria a um outro nível.
marcadores família
Eu vi na Mary W. há vários dias e fiquei morrendo de vontade de responder também, mas, todos sabem, sou lenta.
What to Wear: vestido tipo chemisier, e blusas soltinhas.
What NOT to Wear: viscolycra, skinny jeans, lingerie com jeans.
What to Shoe: Melissas e sapatilhas
What to Bag: La Reina Madre, Mercado Imaginário, Lu de Mari, as que a mãe de uma aluna faz pra mim.
What to Denim: 517. 518 pra usar com sapato baixo. 514 também, pra disfarçar o quadril largo.
What to E-Bay: coisas bizarras de famosos.
What to Tee: Camiseteria
What to Accessory: bolsas coloridas, meu chaveiro de coração, óculos escuros grandes
What to Bargain: pontas de estoque
What to Jewelry: meu cordão de bailarininha, o presente mais lindo que eu já ganhei.
What to Makeup: rímel, batom e blush. e corretivo.
What to Fragrance: quase qualquer um masculino
What to Hair: Em casa, qualquer produto Alfaparf, ampolinhas que deixam qualquer cabelo feliz. No salão, cauterização. E rabo de cavalo alto.
What to See: a Hannah correndo atrás de comida, é engraçado. E os DVDs de Sex and the City, me rendi. :)
What to TV: lista sem fim. My Name is Earl, Nip/Tuck, House, Grey's Anatomy, Big Love.
What to Listen: esta semana só Ben Folds.
What to Read: Harry Potter
What to Eat: massa
What to Drink: suco de melancia.
Depois de ver no da Mary W., eu vi em outros blogs, e o legal é ver como cada um interpretou "bag", "hair" e tal de uma maneira diferente.
terça-feira, 31 de outubro de 2006
Aí eu tô super na minha, ouvindo Ben Folds, quando as pessoas do ônibus viram pra mim, e querem que eu diga se o motorista avisou ou não avisou que ia fechar a porta.
Gente, não. Eu não.
Eu tô aqui, querendo usar esses 15 minutos entre o trabalho e a minha casa pra decidir o que eu faço da minha vida. Pra decidir se eu viajo semana que vem ou na outra. Pra decidir se eu troco a minha mala pelo modelo médio e completo o valor. Ou se eu compro o modelo grande de uma vez e fico com as duas. Pra decidir se eu faço as legendas primeiro ou se continuo a tradução do artigo. Se eu faço ou não licenciatura.
Então, passageiros e motorista irritados, não me peçam nada. Porque eu tô aqui, decidindo minha vida em 15 minutos.
Bolsas lindas no Mercado Imaginário.
Corre, que me disseram que acabam rápido.
A Lu de Mari também tem bolsas lindas. Adoro mistura de estampas na mesma peça. Adoro estampas.
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
Minha mãe tem o mesmo nome da minha avó. Quando casou, ela adotou o sobrenome do meu pai (¬¬), mas o nome dela de solteira era Ruth F. B., Filha.
Hoje minha avó ligou pra cá pra falar com a minha mãe.
-Rutinha, você comprou alguma coisa na loja tal?
-Não, por quê?
-Porque ligaram aqui pra casa procurando por Ruth F. B., achei que você tinha comprado alguma coisa lá e dado meu telefone como referência.
-Mamãe!
-Que foi?
-Ruth F. B. é você! Eu tenho mais um sobrenome há 26 anos!
E isso explica por que não é uma boa idéia colocar o nome do pai ou da mãe num filho. Porque 48 anos depois os pais começam a se confundir.
Não sei se é um cacoete de professores ou se é só uma coisa de gente que acha pouca gente interessante e se sente culpada quando não dá atenção. Mas ultimamente eu percebo que ajo fora da sala de aula como ajo com meus alunos.
Alguém me conta uma história nada interessante. E mesmo não querendo saber, eu fico falando "ahh, sério? mas por quê? não acrediiito."
Eu ESQUEÇO de pagar as minhas contas. Quase todas atrasam porque eu ESQUEÇO que minha mãe não paga mais as minhas contas.
Algumas contas, tipo tv por assinatura e provedor de Internet, tão no débito automático. Mas conta de telefone não dá pra deixar, porque sempre pode vir errado. Tipo a de uma amiga da minha mãe que veio 5 mil. Ou a minha, que uma vez veio 300 reais mais cara, porque algum técnico ligou a minha linha na casa de uma pessoa que ligava pro disque-amizade.
Daí o banco paga a conta, porque banco, a gente sabe, existe pra atormentar os clientes. E, se você não tiver dinheiro na conta, o banco gentilmente empresta - a juros, claro - pra você, e você passa a dever ao banco.
Eu tenho uma memória tão boa. Boa de verdade. Só não serve pra dia de vencimento...
domingo, 29 de outubro de 2006
gentileza gera gentileza
Não contentes em deixar a música do bar em frente a minha casa altíssima, os donos ainda me fizeram o favor de contratar uma pessoa que fica fazendo/cantando/? rap e dizendo coisas como "vamos fazer um barulho pros vizinhos."
Weee, vamos fazer uma ligação pra polícia.
como tem gente fofa neste mundo!
sábado, 28 de outubro de 2006
Comprei uma mala tão gracinha que acho que nunca mais viajo de ônibus na vida.
Ela só merece avião.
...
Tem um tempo que eu decidi me transformar numa pessoa que viaja com elegância. Cara, cansei de ficar arrastando minha mala de 287 kg. E de chorar porque a mala tá pesada.
Eu quase morro de inveja quando vejo aquelas pessoas que conseguem viajar com uma malinha pequena.
Comprei, enfim, uma mala pequena.
Mas não dá certo isso de deliberadamente se transformar numa outra pessoa, né? Porque agora tô desesperada. Não cabe nem metade do que eu preciso. Gente, meus cremes, onde eu vou levar?
Tô quase voltando à loja pra comprar uma maior e deixar essa só pra sapatos.
sexta-feira, 27 de outubro de 2006
quinta-feira, 26 de outubro de 2006
Minha mãe trabalha na Receita Fed.eral.
As pessoas não entendem que um dia ela fez um concurso e começou a trabalhar lá, numa função sem muitos privilégios. As pessoas acham que minha mãe é ministra da fazen.da e pode resolver qualquer problema.
E aí TODO DIA vem alguém aqui em casa pedir um favor. Todo dia. É sempre uma tontice tipo a pessoa perdeu o CPF porque não fez declaração de isen.to. Ou quer entregar a declaração fora do prazo pra minha mãe, como se minha mãe pudesse receber.
Tem maluco e tem gente menos maluca também. Mas o principal é que a maioria não conhece a minha mãe. Eles vêm indicados por outros pedintes outros malucos outras pessoas.
-Oi, eu vim falar com a sua mãe, a Ritinha.
-Não é Ritinha, não. É Rutinha, RU-tinha.
-Ah, desculpa. É que fulano me falou que a mulher do Cabeção trabalhava na Receita.
-...
-Aí eu vim aqui, porque meu CPF...
-É PEZÃO! O apelido do meu pai é PEZÃO!
Uma coisa que eu estou tentando corrigir em mim: quando eu me machuco, em vez de ai, eu digo "uarrau".
Eu não sei como nem quando começou, só sei que é bem ridículo. Ontem eu fui ao mercado e, cara, tinha algum problema com o carrinho que eu peguei, porque ele ficava batendo no meu pé. E eu fiquei falando "uarrau" pelo supermercado inteiro.
quarta-feira, 25 de outubro de 2006
Eu fiz assim: Cortei tomates e levei ao forno com uma mistura de azeite, pimenta do reino, manjericão, molho de pimenta e alho.
Cozinhei o brócolis e refoguei junto com o alho poró e o champignon.
Fiz um molho branco e juntei os legumes e o macarrão.
Os tomates ao forno ficam bem gostosos e ficam legais caso você não tenha tomate seco. Eu não tinha. Vi nesta receita e nunca mais vou passar vontade se não tiver tomate seco em casa. Não é igual, mas o sabor lembra.
tá amarelinho assim porque eu usei massa tipo caseira. só tipo, né?
E, gente, pagar conta já é uma coisa tão desagradável, né?
Ainda mais se é a conta de celular que você percebeu hoje que tá atrasada há quase uma semana. A conta que você não pagou porque esqueceu, não porque não tinha dinheiro. Porque esqueceu que tem contas pra pagar. E vai pagar multa no mês que vem porque é tonta.
Daí já é uma coisa tão desagradável você ter que pagar pra utilizar serviços essenciais como a telefonia móvel. E ainda tem alguém pra deixar a coisa mais desagradável. E te fazer ficar em pé durante mais tempo do que você gostaria, digitando uma infinidade de números*, enquanto as pessoas te olham achando que você não tem competência pra lidar com um caixa eletrônico.
*porque ninguém leva a sério aquele papo de que os números não têm fim até ter que digitar um código de barras.
Um dia os bancos inventaram que o ideal é pagar conta no caixa eletrônico. E ficam sugerindo que os clientes façam isso.
Eu tento. Porque eu sou legal, quero poupar trabalho das pessoas e evitar problemas que caem na minha cabeça quando eu ponho meus pezinhos numa agência bancária.
Mas eu nuncanuncanunca consigo pagar usando o leitor do código de barras. Nun-ca. Sempre tenho que digitar o código gigantesco.
A praticidade não é uma via de mão dupla, né, BB?
Eu divido um banheiro com o meu irmão.
O balcão da pia tem 2 metros de comprimento.
E mesmo com todo esse espaço, ele insiste em deixar a roupa suja na pia. Onde eu escovo os dentes, lavo o rosto...
Eu acho que ele deveria fazer uns exames e ver se existe algum tratamento pra ajudar quem não tem noção de espaço.
terça-feira, 24 de outubro de 2006
overheard in NI
-Ela come uma caixa de bombom inteira.
-Sozinha?
-Sozinha. Eu e o pai dela nem encostamos nos bombons. Ela come uma caixa de uma vez.
-E ela não é gorda, né?
-Pois é, eu tenho um meeedo que ela engorde...
Imagina que legal o mundo seria se os pais tivessem o mínimo de noção em nutrição infantil, né?
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
Eu tenho uma obsessão por pés macios. Isso já ficou claro. Eu uso qualquer creme que digam pra eu usar. Do mais caro ao mais barato.
Alguns são bons, mas nada que chegue perto da seda que eu quero que meus pés sejam.
Só que é uma coisa que não tem limites, né? Porque você vai comprando cremes e comprando e comprando. E não tem limites mesmo. Os baratos você compra porque "ah, esse é tão baratinho, não custa tentar", e os caros você compra porque "ah, por esse preço deve ser muito bom".
O fundo do poço, olha, o fundo do poço eu atingi hoje, quando comprei umas sapatilhas metalizadas. Porque, olha só, elas aquecem os seus pés para que o creme hidrate mais! E a moça da loja de artigos pra salão de beleza - cara, todo dia eu vou lá - ela falou tão bem das sapatilhas. E elas brilham. E coisas que brilham só podem fazer bem.
Foi a coisa mais ridícula que eu já comprei, de longe.
domingo, 22 de outubro de 2006
Tem uma menina no Superbonita desta semana e parece que ela passou a pele pelo Photoshop. E o resultado foi bizarro. É muita base, pó bronzeador e blush.
E ela diz que tá muito satisfeita com a própria pele.
Que bom, né?
Alguém precisa estar.
...
Eu sempre fico pensando qual seria a minha legenda se um dia eu fosse ao Superbonita falar, sei lá, sobre minha obsessão com cremes para os pés.
Eu acho que seria: Renata, tradutora e super fofinha.
sábado, 21 de outubro de 2006
É tipo quando uma parte de um casal faz aniversário ou chega o natal e a outra parte do casal resolve dar um par de alianças e noivar.
Não entendo. Tipo, ele é o presente? O presente é ele ter superado o medo de compromisso? Ele vai pagar a festa sozinho como presente? Ele vai mobiliar a casa como presente? Qual, exatamente, seria o presente?
Se isso algum dia acontecesse comigo acho que a minha reação seria uma coisa meio assim "weee! mas, e aí? cadê meu presente? minha melissinha, minha bolsa La Reina Madre...?"
E o mais importante: como é que o cara sabe que ele conta como presente e não como lembrancinha?
Acho sempre a pior idéia do mundo essa que alguns programas de tv têm de fazer casamento-surpresa.
Não sei quem foi o primeiro que fez isso, mas é uma idéia medonha. Me-do-nha.
Deve até ser contra a lei fazer uma pessoa casar sem que ela tenha tido a chance de escolher nem os próprios docinhos.
pelo menos desse mal eu nunca vou sofrer, hahaha
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
Por mais que eu compre Melissas, nunca consigo ter um número de pontos que me permita comprar a Melissa mais barata que seja, porque meus pontos mais antigos vão vencendo.
Isso tá me enlouquecendo.
Eu vou gastar todo o meu dinheiro comprando Melissas só pra ganhar uma de 50 reais.
é claro que eu tento influenciar pessoas e fazer com que elas usem o meu cadastro pra comprar Melissas. mas a minha tia, por exemplo, comprou uma este mês e já anunciou que foi a última.
Ninguém sabe o que é cara-de-pau até conhecer meu irmão.
O computador dele não tava funcionando. Aí ele chegou da faculdade e veio aqui no meu quarto perguntar se eu podia ir ao perfil dele ver se tinham deixado scraps pra ele.
Eu nem acharia abuso nem nada. Se ele não tivesse me excluído da lista dele.
Acordei com o cheiro da cera sendo passada na sala e no corredor e com a alergia dando sinal de vida.
Quando eu reclamo, gente, ouço coisas como: "Renata, você tem alergia a limpeza." O que isso quer dizer? Não faz sentido nenhum!
...
Aí tava chovendo. E parando. E chovendo. E parando. E chovendo. E estragou meus planos.
...
Pra compensar fiz um bolo de cenoura, que salva qualquer dia.
quinta-feira, 19 de outubro de 2006
Mães esquecem. Não sei por que, mas memória materna é muito seletiva.
A minha avó, por exemplo. Enquanto minha mãe tem lembranças de levar uma surra com o fio da vitrolinha dela, minha vó nega que tenha batido em qualquer dos filhos. E se ofende quando alguém duvida dela.
Já a minha mãe adora dizer que nunca permitiu armas de brinquedo aqui em casa. Eu tive várias pistolas d'água. Meu irmão tinha uma bazuca (!!!) que disparava umas bolas do tamanho de bolas de pingue-pongue a uma velocidade considerável, minhas pernas nunca se esqueceriam disso. E eu ainda devo ter guardado em algum lugar um revólver de espoleta. Tinha tambor e tudo, saía fumacinha. Brinquei tanto daquilo.
Mas minha mãe prefere roubar minhas memórias em nome do politicamente correto.