Eu sigo nessa, convidando várias vezes a mesma pessoa pro meu aniversário.
-Olha, é que dia 5 é meu aniversário, mas cai numa segunda, eu...
-Ah, você falou. Dia 10, né?
Esqueço, esqueço tudo. Só não esqueço que hoje é meu último dia de férias.
quarta-feira, 31 de janeiro de 2007
Eu tenho sempre luvas aqui no quarto ultimamente. Não pelos bichos, embora esse seja agora o único uso delas.
Acontece que eu tenho uma dermatite nas mãos. Uns médicos dizem que é uma doença atópica, outros dizem que é emocional, outros dizem que é de contato. Eu acho que tem a ver com o clima. Mas o que eu sei? Eu sou só a pessoa que convive com isso há décadas, os médicos são mais espertos, com essas várias possibilidades e nenhuma cura.
Então, o caso é que eu tenho algumas crises por ano. E não é nada que pare a minha vida nem nada. Mas eu sou a maior dramática, né? Daí dói, arde, coça e eu choro e choro. Porque se chorar fosse um esporte olímpico, cara, o Brasil tava feito comigo. E no meio de uma crise eu ganho... luvas. Que eu acabo não usando, porque sinto o maior desconforto, mas ainda prefiro não me sentir o John Travolta naquele filme. E também porque eu nunca me convenci de que é uma dermatite de contato.
Mas é legal encontrar um novo uso pras coisas, né? Tipo as luvas que eram pra ser usadas pra, sei lá, ler jornal e passam a ser usadas pra capturar insetos.
marcadores bobagens
Hoje foi um percevejo que entrou no meu quarto de madrugada.
O próximo eu tenho certeza que vai ser um sapo mutante, capaz de dar um pulo até o 2º andar. Ele vai cuspir veneno em mim.
O que eu fiz pra merecer isso eu não sei. Não tem explicação por que eu atraio tantos bichos medonhos.
Uma outra teoria, além de todos os bichos medonhos do mundo quererem o meu mal, é que correu o boato pelo mundo animal de que eu não mato bichos. É verdade. Eu pego minhas luvas e tento tirar o bicho. É verdade que eu jogo pela janela. Mas todos eles têm asas, portanto, estou devolvendo a liberdade a eles. Pra que eles saiam voando daqui e entrem na casa de outra pessoa, porque eu não posso ser a única vítima do mundo.
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terça-feira, 30 de janeiro de 2007
Este é o Thor, um fila brasileiro de aproximadamente 2 anos e meio que foi encontrado vagando por São Paulo.
Ele é bonito, carinhoso, pode ser um grande amigo e tudo isso em troca de um lar. ;)
Se alguém puder ficar com o Thor, o e-mail pra contato é esse.
Eu preciso provar que não sofro de mania de perseguição nem nada. Quando eu digo que os bichos medonhos estão juntos numa missão de perturbar minha vida, eu digo a verdade.
Hoje de madrugada:
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segunda-feira, 29 de janeiro de 2007
Que delícia comprar uma roupa que parece que sempre foi sua. Abrir o armário e ter a sensação que todas as vezes que abriu o armário o vestido tava lá.
É novo, tem cheiro de roupa nova, tem etiqueta de roupa nova, mas parece que foi feito pra mim. Mesmo tendo que mandar apertar.
marcadores futilidade
Minha mãe me liga:
-Oi, filha, quer ir comprar as coisas pro seu aniversário?
-Hummm, quaaaando?
-Hoje. Tá com preguiça?
-Sempre, né?
-É, é normal. Então, vamos?
-Quaaando?
-Agora.
-Agora? Você não tá no trabalho?
-Vou falar aqui com o meu chefe e já te ligo.
2 minutos.
-Então, já tô saindo. Se arruma que eu tô te esperando lá fora.
-Ooonde?
-Sei lá, quando você chegar no calçadão me liga e eu digo onde estou.
-Tááá.
-Já almoçou?
-hahahahahaha. Claro que não. Muito mal tomei café-da-manhã. Eu vou lanchar no Mundo Verde então.
-Tá, se arruma e vai lá pra fora. Tô te esperando.
1 minuto.
-Mãe?
-Oi, filha.
-Olha só, passa lá no Mundo Verde quando você sair do trabalho e vê se tem cachorro-quente vegetal. Se tiver, compra um pra mim, porque acaba rápido.
marcadores bobagens
domingo, 28 de janeiro de 2007
Todo mundo caiu da espaçonave.
Eu tirei umas fotos com o celular. E jurava que as fotos tinham saído. Eu me lembro de ter olhado pra tela e ter visto as fotos, só por isso eu armazenei. Hoje, quando eu acordei, peguei o celular e só encontrei borrões. Inexplicável.
...
Meu limite pra bebida é assim: quando eu vejo que tô pronta pra descer até o chão é porque já bebi mais do que o suficiente. Melhor parar e ficar só na coquinha e na água gelada. Mantendo a dignidade em cima do meu salto 11. Tá que o salto acabou, vou ter que mandar pro sapateiro. ¬¬
...
-Você tá tomando coca?
-Tô.
-Com vodca?
-Não, é só coquinha.
-POR QUÊ?
Eu era tipo a única não-bêbada da festa.
...
Minha escova virou parte do passado antes da metade da festa. Mas o melhorrr foi ver um monte de gente que eu não via há anos dizendo que eu estou... magra.
Quando eu cheguei à casa da Luciana quase chorei de emoção. A mãe dela não me reconheceu.
-Mas não era a Renata que vinha? Você não é a Renata...
-Sou, tia.
-Que estudou com a Luciana?
-Sim!
-Menina, mas como você tá magrinha! Mas como você mudou! Meudeus, eu me lembrava de uma Renata... diferente.
...
E acordar à tarde, depois de ter me jogado na cama de manhã, esquecendo que existe aquela invenção preciosa chamada demaquilante, e ainda ouvir "mas olha essa pele, que ótima!"
...
Foi um adeus à adolescência, aqueles anos de chumbo.
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sábado, 27 de janeiro de 2007
sexta-feira, 26 de janeiro de 2007
Tá cada dia mais folgada. O prédio é pequeno e nós somos os únicos moradores. A gente deixa as portas do apartamento abertas pra Hannah circular, ir pro terraço, se ela quiser. Pro terraço ela não vai se ninguém for com ela, gosta de companhia pra correr lá. O que ela gosta mesmo de fazer é ir lá pra entrada do prédio, deitar no chão geladinho e ficar vendo o movimento da rua. Às vezes ela late, quando passa um cachorrinho amigo dela ela chora, uma coisa.
Quando ela começou a fazer isso, era só a gente chegar no vão da escada aqui do 2º andar e gritar "hannuca, vem cá" e ela vinha correndo. Agora eu posso morrer de gritar que ela olha pra cima, depois faz que não é com ela e continua olhando a rua.
Vai fazer 4 anos este ano.
marcadores Hannah
quinta-feira, 25 de janeiro de 2007
Gente de apartamento tem que entender que é gente de apartamento. Não é gente de casa.
A pessoa mora em um apartamento com sacada e é dominada por essa ilusão de que aquilo é um quintal. A pessoa passa a fazer tudo na sacada. Pra quem quiser ver.
Eu moro de frente pra um prédio. Ê, que sortuda. Um prédio com sacada. Ê, pulinhos felizes. Já vi de tudo, né? Vizinho plantando maconha achando que a sacada é o quintal dos fundos, inclusive.
Tem uma família em particular que vive na sacada. Eu acho que eles nem devem usar o resto do apartamento nem nada. Três quartos pra que, se a gente pode morar na sacada, né? Talvez eles até escalem a fachada pra chegar até a sacada, só pra evitar o resto do apartamento e ir direto pra aquele espaço onde eles podem ser livres. Costuram, estudam, fazem refeições, se agarram, é lindo.
Mas o que me incomoda mesmo é quando chega quinta-feira. E quinta-feira é dia de manicure da mãe e esposa. Ela leva a manicure pra sacada, claro. E eu fico com vontade de gritar daqui "ô, sai daí! olha o vento! vai dar bolinha, vai dar bolinha!"
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-Tia, você vai lá fora* esta semana ainda?
-Vou, por quê?
-Ah, eu tava precisando ir...
-Eu tenho que pagar umas contas.
-Eu também! É bom que aí a gente faz companhia uma pra outra na fila.
-Ah, não. Eu não pego fila em banco, não. Falo com o meu gerente e ele paga pra mim em dois minutos.
-Ai, que no-jo.
***
-Rafael, você tem direito a um convidado no meu aniversário.
-Tá.
-Hum, menos aquela menina que bebe muito.
*sabe que aqui em uhu 9guaçu o centro da cidade chama "lá fora"
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quarta-feira, 24 de janeiro de 2007
Eu só quero fazer meu sanduíche, mas abro o grill e o que tem nele? FARELO! Quem usou antes acha que eu enxergo tão mal que não vejo farelo? Eu vejo farelo e me sinto obrigada a limpar o farelo alheio antes de fazer meu sanduíche. Eu só tô pedindo que cada um limpe seu próprio farelo, não é pedir muito. Tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que esfarelas.
Vou muito escrever pro George Foreman e contar o que estão fazendo com o sonho dele.
terça-feira, 23 de janeiro de 2007
Já sabe, né?
Que Grey's Anatomy estréia aqui no dia do meu aniversário.
Vou mudar de idade chorando, não tem jeito.
...
Eu não gosto muito de receber parabéns. Eu me sinto meio desconfortável com pessoas, não sei se isso fica claro aqui.
O caso é que agora eu tenho um bom motivo pra não atender o telefone. Pelo menos às 22h.
...
Tem pouco tempo que eu me toquei que é a primeira vez que vou trabalhar no dia do meu aniversário.
Entre os livros que minha avó me deu, tem um com uma parte de "carnes de caça". Eu adoro livro de receita e não uso só os vegetarianos. Eu gosto de qualquer livro de receitas e tendo adaptar as receitas de carne com PVT. É claro que um assado você nunca mais vai comer, mas um prato que leve carne cortada ou moída pode passar pela substituição.
Daí tem a parte de carne de caça, que não é uma coisa que me choca mais do que qualquer outro tipo de carne. Só que eu cheguei numa receita de almôndegas de rena. Gente, rena. Rena, quem quer comer rena? Gente, rena!
E eu fiquei na dúvida: será que o Rudolph iria à mesa com o sem nariz vermelho?
marcadores bobagens
segunda-feira, 22 de janeiro de 2007
Só tem uma coisa: o Dona Benta sumiu. Su-miu, ninguém sabe, ninguém viu. Eu não queria pelas receitas, porque pra isso eu vou comprar a edição mais recente. Eu queria mais pela história. Su-miu, minha avó acha que deixou na casa de alguém e não sabe quem foi.
Mas ela me deu outros livros antigos. Daqueles que ensinam a pessoa a se comportar e têm fofuras como: "intimidade: quando chamar alguém pelo primeiro nome?" Adoro muito. Eu nem sabia que ela tinha a Enciclopédia de Arte Culinária. E agora eu te-nho.
marcadores livros
Minha vó me deu simplesmente todos os livros de culinária dela. Todos. Todos meus. Vou trancar todos na minha mala com segredo pra minha mãe não pegar. Porque minha vó deu pra mim. Disse que eram todos meus, que era pra eu colocar numa estante na minha casa e os mais bonitos eu devia deixar na mesa de centro da sala.
Ela deu todas as formas de bolo pra minha mãe. Todas. Minha avó foi boleira. Eu não sei se esse é mesmo o termo, mas sempre foi assim que a gente chamou. Tem pouco tempo que eu fui saber o que é encomendar uma torta num aniversário, porque minha avó sempre fez todos os meus bolos. Precisa ver meus bolos de aniversário, e os do meu irmão também. Aniversariozinho de quatro anos e um bolo de bruxinha do meu tamanho. Meu irmão com bolo em formato de tartaruga ninja (o rafael, claro). Num aniversário simples eram uns oito tabuleiros grandes.
Ela fez bolos durante uns bons 40 anos. Então imagina que ela tem todas as formas do mundo. De todos os tamanhos e todas as alturas e todos os formatos. Então pensa no material de confeitaria dela. Todos os bicos do mundo. Todas as receitas de bolo, de glacê, de pasta americana. Todas as fotos de todos os bolos do mundo.
Minha vó disse que queria achar alguém que fosse aproveitar, ela queria dar isso tudo a alguém que confeitasse pra fora. E minha mãe deu um pequeno chilique. Que nunca que essas coisas poderiam sair da família. Que nunca que outra pessoa daria o valor que só ela sabe que tem. Que nunca alguém cuidaria de tudo aquilo como deve. E minha avó cedeu, deu tudo pra minha mãe. Formas, livros, bicos, revistas, tudo.
A gente nem conseguiu trazer tudo, claro.
marcadores família
Eu decidi comemorar meu aniversário. Estou escolhendo as receitas e tal.
Daí eu tenho que ir à casa da minha avó materna, fuxicar os (milhões de) livros de receita que ela tem. E namorar o Dona Benta dela, edição da década de 50. Eu preciso comprar a edição mais nova, claro, mas aquela antiga eu adoro.
Eu falei que ia levar pra ela o pão-de-queijo que eu tinha feito. E minha mãe:
-Ah, vê se faz um bolo também.
...
Minha avó materna não cozinha mais, não tem mais paciência. Mas compra livros e revistas de receitas até hoje. Ela tem muitos, muitos mesmo.
marcadores família
O verão traz os bichos mais medonhos.
Pro meu quarto, claro.
Todo dia quando eu vou dormir tenho que vasculhar o quarto, porque eu sei que tem um inseto bizarro escondido em algum lugar. Aí eu tenho que abrir a janela, pegar o bicho e botar pra fora.
Nesse tempo entre abrir a janela, pegar o inseto e botar pra fora, eu tenho certeza que mais uns três mais medonhos ainda entram e se escondem.
Eu acredito, e não acho que seja mania de perseguição, que they're all out to get me, é uma grande conspiração dos bichos medonhos. Eles se uniram num objetivo comum, que é atormentar a minha vida já atormentada.
Ninguém sofre tanto quanto eu com bichos medonhos. Morcegos entram no meu quarto, abelhas se escondem embaixo do meu edredom pra picar meu joelho, lagartixas caem na minha cama, na minha cama!, eu fico impossibilitada de cozinhar, porque uma lagartixa fez o favor de morrer bem no mármore da janela da cozinha, que fica logo acima do fogão.
Bichos medonhos, eu quero mandar um recado, eu não preciso que vocês se enfiem no meu quarto pra me fazer chorar. Eu já choro quando derrubo o arroz no chão, ou quando vejo que o vento derrubou fotos do meu quadro de fotos, ou quando não consigo abrir um vidro de palmito. Bichos medonhos, eu sou naturalmente chorona.
Podem usar seu curto tempo de vida fazendo outra coisa. Que não seja procriar, claro.
marcadores reclamações
sexta-feira, 19 de janeiro de 2007
no-vela
Me diz, me diz que não é verdade que a Ângela Leal foi obrigada a contar aquela piada da idade do condor (com dor aqui, com dor ali...) Não posso acreditar. O autor tá se inspirando nas piadas que recebe por e-mail, só pode.
...
Quer valer quanto que a empregada do casal gay (que tá grávida, eu tinha certeza) vai morrer no parto e eles vão ficar com o bebê? O Manoel Carlos adora matar mãe no parto e dar o filho pra outro criar. Principalmente se é uma mãe "que não tem condições de cuidar do bebê."
Eu sou bem educadinha. Até hoje minha mãe fala pra mim "olha os modos, Renata" quando eu saio. São anos de "olha os modos", eu internalizei bem.
As amigas da minha mãe quando me vêem dizem "a Renata era a única criança de quem eu não precisava esconder os bibelôs da sala quando ia à minha casa. ela não mexia em nada". Nunca mexi nos bibelôs, nunca botei minhas mãozinhas suadas no vidro da mesa de jantar.
Mas se tem uma situação na qual eu não sou educada é com gente ligando errado pro meu telefone. Olha, você pode não acreditar, mas a minha linha é CAMPEÃ de gente ligando errado. Eu posso dizer isso com a maior certeza do mundo, porque tem outra linha em casa e ela NUNCA recebe ligações por engano. Eu recebo todos os dias. Várias vezes. E cada hora procurando por uma pessoa diferente. E quase sempre com uns nomes bem bizarros. E eu fico muito cansada. Porque se tem uma raça que é insistente é a raça das pessoas que ligam pro número errado. Gente que liga errado é mais teimosa que taurino, cara.
Então eu tô no maior soninho e a pessoa quer falar com o Linco, que eu imagino que se chame Lincoln, mas enfim. Daí eu acordo e digo que não tem ninguém com esse nome aqui, agradeço em silêncio por isso, e digo que o número deve estar errado.
A pessoa não se convence, né? A pessoa liga pro mesmo número, o MEU número, querendo falar com o Linco. Eu repito, já muito furiosa por estar gastando a voz, que ninguém aqui se chama LincoLN. Eu sou professora, a voz é o meu instrumento de trabalho, gente, não posso gastar assim não. Mas a pessoa insiste, porque não pode estar errada. O telefone do Linco só pode ser esse. Então eu começo a não atender e só bater o telefone, porque eu sei que é a amiga do Linco, que não aceita que o número esteja errado. Esqueço toda a boa educação que minha mãe me deu e bato o telefone.
Você pensa que a amiga do Linco desiste? Não, ela liga oito vezes seguidas. E oito vezes seguidas eu bato o telefone.
Daí a amiga do Linco liga tipo duas horas depois, e quando eu atendo o telefone com a minha melhor voz, ela desliga na minha cara. Mas a pessoa precisa muito arrumar alguma coisa pra fazer. Mas tipo muito.
marcadores reclamações
No ano passado a Editora Europa lançou a Revista dos Vegetarianos.
É bem legal, tem receitas muito boas (eu tirei aquele hambúrguer de soja sensacional do 2º número da revista), dicas de produtos não testados em animais e tal.
Agora tem assinatura e tem um desconto de 50% pra quem assinar até 28 de fevereiro.
marcadores informações, vegetarianismo
quinta-feira, 18 de janeiro de 2007
-Tata, olha o que eu comprei. Forminhas pra fazer barquetes no seu aniversário.
-Mas, mãe! Dá pra comprar as barquetes prontas.
-Tá, ué. Então eu compro prontas pra você e eu e os convidados comemos as que eu fizer. Fresquinhas.
...
-Pai, quando você vai fazer feijão manteiga pra mim?
-Quando você quiser, filha.
-Agora? Hoje?
-Hoje não, que o papai tá vendo Big Brother...
marcadores família
Sobrou um pouquinho de massa. Acho que vou fazer umas panquequinhas recheadas com um creme de chocolate.
E aí quando as aulas voltarem, vou dizer à minha chefe que não precisa me dar vale-transporte nem nada, porque eu vou rolandinho pro curso.
marcadores bobagens
Meu plano pro almoço era fazer a farofa de cenoura da Patricia e comer com uma PVT refogadinha. Só na hora do almoço eu me toquei que não tinha cenoura, então resolvi fazer panquecas de palmito.
Fiz a massa das panquecas e enquanto ela descansava fui abrir o vidro de palmito. Cara, fiquei muito tempo tentando abrir e xingando todos os palavrões que eu conhecia. Primeiro eu tentei abrir usando toda a força do meu corpo. Era bem óbvio que eu não ia conseguir, e não consegui. Então esquentei água e mergulhei a tampa do vidro. E tentei abrir usando toda a força do meu corpo, contando com a dilatação da tampa. Não deu certo.
Daí eu fui pesquisar no Google. E vi que eu devia colocar uma colher entre a tampa e o vidro e tentar separar, até ouvir um estalo. Tentei com uma colher, com uma faca sem corte, até com uma faca de quando eu era criança, e perdi alguns minutos me perguntando o que uma faca de quando eu era criança (tem uma baleia desenhada!) tava fazendo na gaveta de talheres do dia-a-dia. Eu usei colheres, garfos e facas de três faqueiros diferentes, sem sucesso.
Nesse ponto eu já tava bem desesperada, tava quase deslizando até o chão pela parede, chorando. Então eu peguei a maior faca que eu encontrei. E me conformei com a possibilidade de perder um dedo ou até a mão inteira tentando abrir um vidro de palmito. Perco a mão, mas como o palmito. E deu certo. E eu nem perdi dedos nem nada. A vida é bela.
Enfim, a receita do recheio de palmito. Ó, é o mesmo recheio que a minha mãe faz pro empadão dela. No trabalho dela as pessoas brigam pelo empadão. E é a comida que ela mais faz como presente.
4 colheres de azeite
4 dentes de alho socados
1 cebola picada
2 vidros de palmito picado
1/2 xícara de azeitonas verdes
salsinha
1/2 copo de leite
1 colher de sopa de farinha de trigo
extrato de tomate
Achei a receita assim, sem instruções nem nada, só os ingredientes. Eu fiz assim: refoguei o alho e a cebola no azeite, acrescentei o palmito picado e o leite com a farinha diluída nele. Mexi no fogo até engrossar e acrescentei o extrato de tomate.
Fiz meia receita, porque essa receita dá bastante recheio. Com meia receita eu fiz sete panquecas bem recheadas.
Recheei e enrolei as panquecas (essa é a parte que eu acho mais divertida), cobri com molho branco e queijo parmesão e levei ao forno só pra gratinar.
durante toda a minha luta pra abrir o vidro de palmito, meu irmão estava em casa, dormindo. sendo o raio de luz que eu sou, não quis acordar e pedir pra ele abrir o vidro pra mim.
quarta-feira, 17 de janeiro de 2007
A receita é a do pão-de-queijo da Pat.
Vou dizer o que aconteceu: eu fiz metade da massa, porque sabia que ia render muito. Com metade da massa eu fiz quase 80 pães-de-queijo desse tamanho da foto (mais ou menos o tamanho do pão-de-queijo que se compra congelado).
Daí eu fiz um tabuleirinho, só pra ver como tinha ficado, meio na pressa, porque eu queria levar pra minha avó e minha tia tomarem café da tarde. Ficou bom, mas faltou queijo e ele ficou meio quebradiço.
Quando eu voltei pra casa, resolvi consertar a massa. Porque o erro só podia ter sido meu, eu vi várias pessoas em outros blogs fazendo o pão-de-queijo ficar lindo, o problema não tava na receita. Daí eu botei mais queijo. Então a receita eu fiz pela metade, mas com a mesma quantidade de queijo. E foi assim que ficou bom pra mim. Tipo ficou muito bom. A massa é super boa de trabalhar.
E aí é claro que aconteceu mais uma coisa errada: deixei tempo demais no forno, e queimou um pouquinho embaixo.
Sonhei que tava na sala de música na escola, tendo aula de música, claro. As três turmas de magistério tavam juntas. 1º, 2º e 3º anos. Não me lembro se eu tava no 2º ou no 3º.
A maestrina era a mesma que deu aula pra gente durante os três anos. Toda aula a gente cantava Andança. Sempre Andança, sempre. A gente pedia músicas mais novas. Aí na semana seguinte ela aparecia com Lulu Santos ou Kid Abelha. Marisa Monte também, eu acho.
Na aula do sonho a gente tinha que engomar as saias de pregas. Eu ficava desesperada, porque não tinha levado goma. Queria engomar com sabão. E pensava que na minha casa não tem sabão em barra.
Acho que eu não uso saia de pregas de uniforme desde os 10 anos. Era vinho (não, eles chamavam de grená) e eu sempre usava meias até o joelho, até que algum dia alguém me perguntou por que eu usava meias até o joelho, se todas as meninas usavam meias curtinhas. Eu nunca tinha percebido isso, mas acho que era porque minha mãe achava mais bonito.
terça-feira, 16 de janeiro de 2007
O bolo de cenoura ficou muito bom. Essa receita nunca falha. Eu acho que finalmente identifiquei minha missão na vida, fazer bolo de cenoura. Alimentar o mundo com bolo de cenoura com cobertura mole de chocolate.
Pena que tá prometido.
Minha mãe tem isso de gostar de dar comida de presente. Não dá pra contar quantas vezes ela deu um empadão de presente de aniversário pra alguém. E gostam tanto do empadão dela, que pedem de aniversário. O que você quer de presente? Ah, Rutinha, eu quero que você faça um empadão pra mim. E ela faz.
Eu acho legal, porque é um presente de quem quer dar presente mesmo, não presenteia só por obrigação. Ninguém passa tempo na cozinha fazendo comida pra alguém que só merece uma lembrancinha.
Eu adoro receber comida de presente. Chocolate, bolo. Esse ano acho que vou ganhar um nhoque de aniversário.
E minha mãe que me ligou agora perguntando se eu me importava de fazer um bolo de cenoura pro chefe dela?
-É que eu levei um pedaço e ele pediu um inteiro.
A receita que eu sempre uso, infalível, é a do Mauro Rebelo.
Eu não sei se dá pra provar que animais sonham, mas eu acredito que sim.
Quando era bebê, a Hannah chorava, mexia as perninhas como se estivesse correndo, tudo dormindo.
E agora adulta ela faz umas coisas engraçadas. Acorda e sai correndo em direção à porta. Eu sempre acho que ela sonhou com alguém chegando.
Acabou de acontecer. Ouvi o barulho das patinhas e fui pra sala. Ela tava lá, parada na frente da porta com a maior cara de sono.
Pois é, minha cachorra fica com cara de sono.
marcadores Hannah
E o Globo de Ouro ontem? Todas foram de branco. Lembra do Emmy, quando todas foram de roxo?
Eu quero a Ugly Betty como amiga. Tadinha, ficou parada na frente da câmera, sendo ignorada pela apresentadora, achando que tava na hora de ser entrevistada. Ela tem muito cara de quem chegou em casa e bateu a cabeça (no travesseiro) lembrando disso. Fofa, eu achei.
Eu sou tão boba que chorei quando vi o Kevin Bacon emocionado com o prêmio da Kyra Sedgwick.
Achei a Reese Witherspoon super diferente, adulta e ao mesmo tempo bem jovem, num estilo bem diferente do que ela costuma usar. Ficou uma coisa meio baba, baby pro Ryan Philippe.
Melhor série de tv - Drama: Grey's Anatomy
Eu tava torcendo por Big Love, mas se 24 Horas ganhasse tudo bem também, porque é uma série que nunca foi ruim. Sempre choro com Grey's Anatomy, adoro. Eu choro até lembrando das cenas. Mas não sei se acho que era a melhor da lista.
Melhor série de tv - Comédia ou Musical: Ugly Betty
Nunca vi um episódio, mas achei demais a Salma Hayek ter conseguido pegar uma trama latina e transportado pros EUA com tanto sucesso. Não entendi a indicação pra Desperate Housewives. Eu preciso muito ver essa 3ª temporada, que deve estar genial, pra consertar o fiasco da 2ª. Tava torcendo por Weeds ou The Office. Eu comecei a ver The Office com o maior pé atrás, porque já tinha visto a original inglesa, mas a americana é ótima também.
Melhor ator em série de tv - Comédia ou Musical: Alec Baldwin
Mereceu, mas acho que eu queria ter visto o Jason Lee ganhar, por My name is Earl. Mas é bom que 30 Rock ganhe prêmios e o público americano assista mais, senão daqui a pouco é cancelada, imagina que tristeza.
Melhor atriz em série de tv - Comédia ou Musical: America Ferrera
Só vi trechos de episódios, mas é legal ver uma latina que não é magrela ganhar. Eu tava torcendo pela Julia Louis-Dreyfus, de New Adventures of Old Christine, ou pela Mary-Louise Parker, de Weeds. Adoro nomes com hífen.
Melhor ator em série de tv - Drama: Hugh Laurie
É muito merecido, mas ele ganhou ano passado, acho que todo mundo queria ver outra pessoa ganhando, não porque o Hugh Laurie não mereça, mas porque outros também mereciam. Tipo o Michael C. Hall, que é bom desde sempre e tá tipo muito bom em Dexter. Ou o Bill Paxton, de Big Love.
Melhor atriz em série de tv - Drama: Kyra Sedgwick
Adorei essa. Pra mim ficava entre ela e a Edie Falco, de The Sopranos, com chances pra Patricia Arquette, de Medium. A Edie Falco já ganhou tantos prêmios com esse papel, mas ia ser legal ela se despedir da Carmela Soprano com mais um prêmio. Evangeline Lilly, de Lost, e Ellen Pompeo, de Grey's Anatomy, tavam sobrando na lista, eu acho. Principalmente a Ellen Pompeo, que eu acho que é meio uma Renée Zellweger, só faz bico. Acho que em Grey's Anatomy ela tem um papel muito bom e podia ser muito boa, mas não é.
Melhor ator coadjuvante em série de tv, minissérie ou telefilme: Jeremy Irons
Essa categoria de coadjuvante é ruim porque eles misturam tudo. Eu tava torcendo pelo Justin Kirk, de Weeds, claro.
Melhor atriz coadjuvante em série de tv, minissérie ou telefime: Emilly Blunt
Eu não vi Gideon's daughter, mas acho que Emilly Blunt é o nome de uma grande atriz. Tipo que surge pra ser uma Meryl Streep. Tava torcendo pra Elizabeth Perkins, de Weeds, acho fantástica, mas ficaria feliz também se a Katherine Heigl, de Grey's Anatomy, ganhasse. Ou a Toni Collete. Eu não assisti a Tsunami: The Aftermath, mas ela tá sempre ótima e cada dia mais bonita.
Lá em Campinas eu vi uma clínica veterinária chamada Nostratamus.
Achei demais, Nostratamus, hahahaha.
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Minha mãe diz que a Hannah é o Big Brother do meu pai. 24 horas atrás dele. 7 dias por semana.
Ela não larga meu pai, gente, não larga. Quando ele não tá em casa, ela fica quieta, não quer brincar, não faz nada. Basta ele chegar pra ela voltar ao normal. Precisa ver a agonia dela quando ele chega. Ela pode ficar minutos pedindo carinho, ele só pode parar de agradar quando ela deixa. Se parar antes de ela estar satisfeita, ela chora, late, puxa.
Ela precisa muito de um grupo de apoio tipo Cadelas que Amam Demais.
segunda-feira, 15 de janeiro de 2007
Eu saí, porque tinha que ir à farmácia. Acabei entrando no mercadinho. Voltei pra casa. Percebi que tinha esquecido o leite de coco. Já não tinha a desculpa da farmácia. Mas a vontade do bolo de milho era tanta, mas tanta, que eu fui.
O bolo. É uma receita que eu vi no Pecado da Gula. Pena que não cresceu tanto quanto o da foto do bolo original. Eu usei uma forma maior, e o forno aqui de casa não é o melhor.
Sabe que eu tenho mil coisas pra fazer. Tipo inúteis. Tipo receber salário, pagar contas, fazer as unhas, hidratar o cabelo. Mas eu só consigo pensar que quando puser o pé pra fora pra realizar qualquer um dos meus objetivos, eu vou acabar sendo atraída pra um supermercado pra comprar os ingredientes de que eu preciso pra fazer bolo de milho e pão-de-queijo.
Porque se existe outro objetivo pra férias além de engordar eu desconheço.
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Esqueci total de tomar a primeira chuva do ano.
...
Passando o ano novo em Campinas acabo não fazendo todas aquelas coisas de ano novo. Na minha casa a gente até torce o pé pulando com o pé direito do lugar mais alto possível.
...
Não fiz a simpatia dos reis magos também. Na casa da minha avó tem pé de romã. Sempre fiz a simpatia. Desde que ganhei a minha primeira carteira, daquelas de criança e tal, sempre teve um envelopinho com as sementes de romã. É bem desperdício ter romã em casa e não fazer a simpatia dos reis magos. Porque eu acho que romã só existe pra fazer isso mesmo.
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Sair com gente casada é engraçado, porque de repente eles perguntam alguma coisa tipo "onde você faz compras?" e eu fico com aquela cara "ãhn? eu? fazer compras?"
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sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
Assim que eu ainda tô pensando nas minhas resoluções pra esse ano. Eu tenho duas bem sérias, que eu quero muito realizar este ano. Mas eu não vou falar dessas. Só no final do ano mesmo.
Mas uma que eu pretendo mesmo botar em prática é não conviver com pessoas que não sabem usar Internet.
Tipo, você não sabe o que é Google, você tá fora da minha vida. Como CEO da minha vida, eu te demito. Se você sabe o que é Google, mas não sabe usar pra viver melhor, você tá fora da minha vida também. Se você acha que e-mail tem www, fora. Se você sentir vontade de me manter informada sobre os adesivos que os bandidos colam na casa das pessoas, fora.
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quarta-feira, 10 de janeiro de 2007
Tem alguns comentários pra responder e eu tô meio ali indo ao shopping comprar um Scrabble, então acho que não vai dar tempo de responder agora, talvez só amanhã.
Passei só pra dizer que tem uma menina de Nova Iguaçu no BBB e Nova Iguaçu é amor. Os participantes agora têm um blog e no primeiro post dela ela escreveu "uhuuu, nova iguaçu" e disse que estava feliz como um pinto no lixo. Eu só posso amar muito essa expressão e, naturalmente, amar as pessoas que descrevem seu estado de espírito como felizes como pinto no lixo.
Tô muito indo ligar pra minha mãe só pra falar disso. E tô aqui me perguntando se ela chama Nova Iguaçu de 9guaçu. Porque, se chamar, gente, dá o prêmio pra ela a-go-ra!
marcadores todo dia
Gente, minha mãe liga porque não sabe como faz pra comprar o pay-per-view do Big Brother. Ela quer que eles liberem pros três pontos da casa. Não vão liberar, porque eles não têm um bom coração, só por isso. Mas ela quer que eu ligue pra lá e negocie. Eu.
Meu irmão tá usando bigode. Se isso não for um pedido desesperado de ajuda, eu não sei o que seria.
Essa família pre-ci-sa de mim!
marcadores família
segunda-feira, 8 de janeiro de 2007
Minha mãe só me liga no celular. Agora os amigos dela me ligam também. Qual é o objetivo eu ainda não descobri.
Alguém deve ter dito que eu acho gostoso pagar roaming.
marcadores reclamações
O tempo passa de um modo diferente pra mim, eu acho. Porque daqui a menos de um mês eu vou fazer 24 anos. E quando minha mãe tinha 24 anos eu nasci. E eu tô tão longe, mas TÃO LONGE de ter filhos e ser adulta. Sou muito o gêmeo que vai pro espaço.
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Normalmente eu não comemoro aniversários pares, só os ímpares, mas esse ano eu até queria comemorar. Mas toda idéia de comemoração que eu tenho não faz o menor sentido. Além de qualquer idéia de comemoração hoje não fazer o menor sentido. A menos que eu receba meus amigos no meu quarto, de pijama, com liberdade total pra, no meio da conversa, ter um daqueles momentos "cara, o que eu faço da minha vida?" surgidos do nada.
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Eu queria ir a uma livraria gastar dinheiro com algo útil, pra começar o ano. E ver se acho uma fatia de cheesecake dando sopa por aí.
marcadores bobagens
sábado, 6 de janeiro de 2007
terça-feira, 2 de janeiro de 2007
E, sei lá, mas pensando bem eu nem sei se vale a pena ver o terceiro filme do chefão. Porque a gente começou a ver tipo 23:45 do dia 31, e a Diane Keaton tá de permanente.
E eu penso, será que consigo? Passar 169 minutos da minha vida sob o risco de ver a Diane Keaton de permanente? Será que eu mereço? Será que eu vou conseguir desviar o olhar a tempo de não ver a permanente? E se eu sentir uma vontade incontrolável de me autoflagelar e me forçar a olhar a permanente? O que pode acontecer com as minhas retinas?
E por que a Diane Keaton tá vestida de Diane Keaton nas primeiras cenas dela, com aquelas roupas com rabinho que ela gosta de usar? Será que em todas as cenas dela ela está assim?
O que eu queria mesmo, mas o que eu queria mesmo, era um DVD só com as cenas da Sofia Coppola.
marcadores filmes, reclamações
Projeto de vida 2007
Montar uma maletinha de remédios pra viajar comigo, me acompanhar aonde eu for, como um amigo fiel.