Eu comprei um leitor digital (o meu é o Kobo da Livraria Cultura que rima com fofura!) já pensando em usar pra livros muito grossos, ruins de carregar na bolsa, e livros que tivessem que ser encomendados e demorariam a chegar até mim.
Não pretendia parar de comprar livros físicos.
Daí comprei um leitor digital e, por mais que seja uma experiência muito legal, ficou claro pra mim, mesmo com pouco uso, que eu nuncanuncanunca serei capaz de parar de comprar livros físicos.
Mais do que cheiro de livro, como as pessoas gostam de dizer - pra mim, depois de um tempo, livro só tem cheiro de rinite - o gostoso é o peso do livro, folhear páginas e fazer uma das coisas que eu mais gosto na vida: folhear correndo o livro até chegar à ultima página e passar os olhos por ela, tentando ler o final.
É um momento que dura só alguns segundos, eu nunca me permito ler o final de verdade. Tenho só alguns segundos pra dar uma olhadinha e ler o que conseguir do final, pra voltar ao começo e passar todo o livro tentando encaixar as pecinhas.
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Obrigada a todo mundo que me ajudou a escolher! Já tenho dois livros no meu kobinho. (acho que nunca disse, mas tenho uma coisa de só comprar um livro ou dois por vez, pra me organizar e controlar a ansiedade. normalmente, livro novo na minha casa só o que estou lendo no momento ou o que espera pra ser lido depois dele) Estou adorando ler nele, é muito leve, é como ler a página de um livro mesmo e já saí com ele na bolsa e tudo =)
Não tem muita diferença dele pro Kindle. No final, minha escolha foi mezzo política/ mezzo afetiva. Foi mais uma escolha entre livrarias do que entre aparelhos.
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O primeiro ebook que eu comprei pro kobinho foi On Beauty/Sobre a Beleza da Zadie Smith. Ele custou R$21,69, comprei no próprio site da Livraria Cultura e paguei por transferência online (e a possibilidade desse tipo de pagamento era um ponto a mais do Kobo pra mim) Também dá pra comprar livros pelo próprio kobinho na livraria da Kobo, usando wifi e cartão de crédito, mas a Livraria Cultura tem um acervo melhor.
O livro físico nem seria tão mais barato, ele teria custado R$28,60, mas teria demorado 8 semanas + prazo do frete pra chegar até a minha casa.
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É muitomuito legal ter um dicionário ali pertinho pra tirar uma dúvida sobre o significado de alguma palavra. Eu não lia em inglês usando um dicionário há muitos anos, porque é pouco prático, mas poder consultar um só encostando na tela torna tudo muito mais fácil. Estou adorando e já aprendi palavras novas. Tenho certeza que isso também vai acontecer quando eu ler algo em português nele, mas com menos frequência, espero. =)
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Sublinhar um livro de papel é TÃO mais gostoso! Amei isso de poder fazer uma página de notas e grifos e ver todos de uma vez. Mas sublinhar no papel nem se compara a marcar alguma coisa num leitor digital. Sim, eu sublinho meus livros. Eu escrevo nas margens. Eu até converso com eles, escrevendo "haha" ou "ugh!", colocando carinhas tristes e felizes nas páginas. Se um dia meus livros forem parar nas mãos de outras pessoas, eu quero estar dentro deles.
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domingo, 30 de dezembro de 2012
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
A pessoa me liga pra oferecer uma coisa que até me interessa. Pede que eu diga a senha do serviço na Internet e meu CPF. Eu não gosto da ideia e também nem sei que senha é essa. Senha de quatro números pra usar na Internet? Isso não existe, ela só pode estar inventando. Nunca ouvi falar disso. E de repente, poxa, devo estar perdendo várias coisas legais sem essa senha de quatro números. =( Espera, deixa eu me concentrar.
-Olham, desculpa, não vou dizer isso por telefone. Não estou tão interessada assim.
-Então a senhora pode me dizer a data de vencimento da conta e seu aniversário.
-Não, eu também não quero dizer isso, desculpa.
-E se a senhora me disser seu endereço?
-Ah, meu endereço também não quero dizer. Olha, vamos deixar pra lá. Realmente nem é uma coisa que me interesse tanto assim.
-Então, eu digo seu endereço e a senhora diz se está certo.
-Não, porque aí nem faz sentido. Como você vai saber que eu sou eu? Se outra pessoa atendesse você daria meu endereço pra ela!! Sério, desculpa, eu já nem sei mais o que foi oferecido. Eu não lembro. Vamos nos despedir sem confirmar nada, é muito esforço pra uma coisa que nem me interessa tanto assim.
Muito esforço por uma coisa que nem me interessa tanto assim. História da minha vida.
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Só pra lembrar minha analista naquela consulta em que ela disse "então, o que você quer é que as pessoas se ajoelhem aos seus pés?" e eu respondi que sim, era mais ou menos isso mesmo, hehe.
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"Tudo que precisa ser conquistado dá problema depois." (Barba ensopada de sangue, Daniel Galera)
sábado, 22 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Eu fiz uma página pro blog no Facebook, não sei se vocês viram. =)
Tantos Clichês (o endereço é /tantocliche porque no plural já estava sendo usado. he. mas o nome original do blog era tanto clichê, então ok)
A ideia era colocar lá coisas que eu acho curtinhas demais pra colocar aqui. Tipo fotos de girafinhas bebês, essas coisas. E colocar lá links com as atualizações do blog.
Mas hoje vou fazer o contrário, quero trazer pra cá uma coisa que perguntei lá, sobre leitores de livros digitais.
Você já tem um leitor digital? Qual é, como escolheu? Acho que chegou minha hora de ser e-leitora. Me ajuda a escolher o meu?
=)
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Conciliar carreira e filhos.
Fios brancos que aparecem antes dos trinta.
Ter que escolher entre ter um compromisso ou ficar livre.
Escolher entre comprar uma casa ou largar tudo e viajar ao redor do mundo.
Tsc.
O verdadeiro drama da mulher dos anos 2010 é se machucar com as tachinhas do sapato enquanto anda.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Eu acho bonitinho ver um casal de velhinhos de mãos dadas. OK, até acho.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
"Tu é apegado a essa distância. Tu tem toda uma coisa autossuficiente, superior. Um ar de leão sentado no trono. E ao mesmo tempo tu é tão doce. Tu não faz sentido."
(de Barba Ensopada de Sangue, do Daniel Galera. Livro bom demais)
Quando você fez o sinal de rock on com seus dedos tão perto da minha mão. Eu quis mais do que tudo fazer a mesma coisa e juntar a minha mão com a sua. Love on.
Mas eu sou tão boba.
Que não fiz nada além de dar um risinho.
Mas eu quis.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Na aula dos minialunos de 8 anos: socorro uma que caiu da cadeira, enquanto lido com uma contando que falou "piranha" três vezes na frente do espelho, mas a loira do banheiro não apareceu.
Ao mesmo tempo, recolho a coleção de revistinhas do Club Penguin que começou a circular pela sala, digo que vai ficar tudo bem pra minialuna que de repente descobriu que só consegue virar a cabeça pro lado direito e desminto o boato de que a Hello Kitty não tem boca porque fez um pacto com o diabo.
Apenas uma hora depois, estou cansada pelo resto do dia.
domingo, 25 de novembro de 2012
Eu tinha um namorado de quem eu precisava me separar. Eu amava muito esse namorado, mas precisava me separar dele. A gente já tinha se separado, mas precisava se separar. Aquela coisa.
Daí, ele me dava uns livros. Naquela fase em que a gente já tinha se separado, mas precisava se separar. Eu também mandava livros pra ele. Livros que diziam muita coisa. L'Amour aux temps du cholera.
Ele me dava livros, os livros preferidos dele, livros que ele achava que tinham a ver comigo. E eu não li nenhum. Eu não li nenhum dos livros que ele me deu naquela fase em que a gente já tinha se separado, mas precisava se separar. Comecei todos eles e nunca consegui terminar. Eles seguem na minha estante, o marcador de páginas da livraria Cultura me mostrando onde eu parei.
Nenhum deles eu li e muitos deles eu nem entendi por que tinha recebido. Alguns eu só entendi quando ele me explicou e me mandou abrir na página 289 pra ver o que ele tinha escrito pra mim em caneta vermelha. O coração desenhado. Eu nunca cheguei até a página 289 de nenhum dos livros que ele me deu naquela fase em que a gente já tinha se separado mas precisava se separar.
Bom, aí tinha essa pessoa que não era meu namorado porque não queria ser mas de quem eu precisava me separar porque eu achava que queria ter um namorado.
Eu tinha que me despedir dele. Então eu me despedi e dei um livro cujo primeiro capítulo se chamava O amor é sexualmente transmissível. Foi a primeira vez que eu disse que amava aquele cara que na época não era meu namorado porque não queria.
A segunda vez que eu disse que amava esse cara que continua não sendo meu namorado também veio por escrito, mais de um ano depois, num cartão, com uma letra tão tremida que me envergonho só de lembrar. Tantos exercícios de caligrafia eu fiz.
e poucas coisas criam uma ligação tão forte entre mim e outra pessoa quanto gostar de um livro que eu recebi porque alguém tinha adorado e queria que eu lesse. é um encontro.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
chope pré-feriado
Tropecei, bati meu joelho esquerdo num degrau enquanto subia a escada.
Fui beber água, a bandejinha do purificador de água estava solta, minha caneca de ovelhinha caiu e se quebrou em mil caquinhos.
Peguei jornal, uma vassoura, catei os caquinhos, embrulhei no jornal e joguei no lixo.
Chorei sentada no chão da cozinha (não sei bem por quê). Um pouquinho.
Horas depois, lembrei que, à 1 da manhã, em algum momento entre catar os cacos e chorar sentada no chão da cozinha (não sei bem por quê), vim ao quarto, peguei papel, caneta e durex e pendurei uma plaquinha no purificador de água onde se lia INTERDITADO!
No dia seguinte, a primeira coisa que eu fiz (bem antes de lembrar que tinha interditado o purificador de água), foi comprar uma caneca de pinguins.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
domingo, 28 de outubro de 2012
É porque eu não me escondo nos bolsos pra não ter que dar a mão. É porque abraçar é a coisa mais fácil do mundo. É porque eu quero tirar o xampu da testa pra não cair nos olhos. É porque eu quero dizer as coisas mais lindas e não quero dizer nada ruim, feio ou cruel. É porque eu não quero que o tempo passe. É porque eu não quero ter que acordar, pra não largar do abraço. É porque não me importa o nome que se dê, o que seja isso.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Minha mãe é jovem e usa computador pra trabalhar. Em casa só usa quando meu irmão e eu viajamos, pra manter contato através de e-mails diários que alternam entre dois títulos. SAUDADE e MUITA SAUDADE. Quando eu passei uns meses na França, até o e-mail no qual ela mandou a receita dela de moqueca veio com o título SAUDADE.
Desde maio minha mãe tem um smartphone. Eu fiz uma conta pra ela no Facebook e desde esse dia, a qualquer momento, quando você olha pra ela, ela tá lá, celular na mão esquerda, mão direita deslizando na tela. Quando está em casa, ela vai escrevendo e mandando recados no Facebook e narrando pro meu pai tudo o que está fazendo e o que estão dizendo pra ela. (meu pai não tem um smartphone, mas tem um celularzinho com câmera que ele usa pra tirar fotos das flores dele no terraço e mandar pra gente por mensagem. ele é coautor de grande parte das mensagens que minha mãe manda)
Sei que minha mãe tá amando a Internet no celular de um jeito que eu nunca ia imaginar. Outro dia ela comemorou quando aprendeu a fazer coraçãozinho usando o < e o 3. E outro dia a wifi caiu e ela me mandou um whatsapp "A Internet está fora do ar? [emoticon de carinha chorando] [coração partido] [cocô] [bomba]"
Ela agora também responde e-mail muito mais rápido, no celular.
Hoje eu esqueci meu celular em casa. Depois do momento DESESPERO! COMO SE VIVE SEM UM CELULAR? NÃO VOU CONSEGUIR!, cheguei no trabalho e mandei um e-mail pra minha mãe avisando que estava sem o celular, que qualquer coisa me mandasse e-mail.
Ela me respondeu em uma hora, com um e-mail sem texto no corpo e com o título "OK, filha, agora que eu vi. estava no mercado, comprei iogurte grego pra você, bjs."
Respondi o e-mail dela.
Ela me mandou um novo e-mail cujo título era "Escrevi só no assunto, hahaha" e no corpo estava escrito "Deu pra entender?"
Eu respondi que sim, que tinha respondido naquele e-mail mesmo.
Ela mandou um terceiro e-mail. O título era "Iogurte grego" e no e-mail dizia "hahaha, seu pai levou uma colher pro mercado pra provar o iogurte, como manda a propaganda.
é brincadeira, não levou! eu não deixei!"
Se fofura tem limite, minha mãe não conhece.
domingo, 30 de setembro de 2012
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Aquela sensação que eu conheço tão bem e você conhece tão bem e todo mundo. Todo mundo conhece tão bem. Aquela sensação, que todo mundo conhece tão bem, de que tá terminando.
A gente tá no final, mas não vai causar o fim. A gente tá no final, mas escolheu esperar acabar. A gente tá no final, não tem muito como salvar. A gente tá no final e tá vendo isso, um pouquinho a cada dia, com sorrisos sem graça e dezenas de hehehes. E se a gente só se comunicasse por emoticons? Será que ia demorar mais?
Aquela sensação de que a gente sabe que não adianta ficar parada e quietinha aqui. O final já nos achou.
Aquela sensação de quem já passou por isso, de quem sabe que vai doer, de quem sabe que vai passar.
Demorou, mas aquela sensação chegou. De novo.
A sensação - nova, agora - de que a queda vai ser de pé. Desta vez.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
"O Crisóstomo queria ser suave no caminho, queria não parecer maluco."
O que é mais ou menos o que quase todo mundo quer da vida. Não parecer maluco. Só.
essa frase é de um livro lindo que eu li na semana passada. O filho de mil homens, do Valter Hugo Mãe. que livro lindo. queria poder distribuir esse livro, dar um pra cada pessoa que eu amo. se for ler no ônibus, cuidado, perigo de chorar em público.
domingo, 16 de setembro de 2012
Foram três os diálogos ouvidos no ônibus no dia 15 de setembro de 2012.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
domingo, 26 de agosto de 2012
Uma vida inteira ouvindo "ah, não se preocupe, a vida vai melhorar!" e tendo que explicar "cara, a vida não tá ruim."
domingo, 19 de agosto de 2012
Cada vez mais fios brancos. Comecei a arrancar quando os primeiros apareceram, porque não mereço, além de tudo, o trabalho de pintar o cabelo. Ainda.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
terça-feira, 31 de julho de 2012
Eu fiz uma coisa que achei que nunca faria na vida: fui a um encontro de pessoas da minha turma na escola.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Há uns anos uns homens inventaram na Internet uma coisa chamada Lingerie Day. Da primeira vez, achei que fosse só uma brincadeira machista. Eles pediam que mulheres colocassem em seus avatares fotos de si mesmas usando lingerie.
We think their acceptance is how we win
They're happy we're climbing over each other
To beg the club of boys to let us in
domingo, 22 de julho de 2012
A última prova do semestre sempre é oral, para todos os alunos. Para a turma de minialunos que eu tinha este semestre, era a primeira prova oral deles.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Foi o pedido de desculpas mais mixuruca de toda a história dos pedidos de desculpa. Mas foi um pedido de desculpas. E eu posso ter dito o que eu tinha pra dizer de cabeça baixa, mas eu disse.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Tenho um plano pro fim de semana. Vou fazer uma coisa que há muitos anos não faço. É a primeira vez que eu faço isso com essa pessoa. Estou um pouco nervosa, não sei direito como fazer. Não sei se anuncio ou se faço de uma vez. Ensaiei um pouco sozinha como vou fazer, mas acho que na hora, com a outra pessoa no meio, vai ser diferente.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Minha analista tem uma pasta com tudo sobre mim. É amarela, tem meu nome na capa e quase sempre já está em cima da mesa dela quando eu chego. Na pasta tem tudo o que eu disse nesses cinco anos juntas.
sábado, 7 de julho de 2012
Meu pai me ouviu chorando e veio ver o que estava acontecendo. Perguntou se eu estava chorando, mesmo vendo as lágrimas e o rosto todo inchado. Achei gentil. Eu disse que sim, ele perguntou por quê. Eu disse que era a vida. Ele disse pra eu não chorar mais.
domingo, 1 de julho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Quebrei um prato no quarto e recolhi os cacos do meu jeitinho. Isso quer dizer que a qualquer momento um desses caquinhos que é certo que sobraram aqui vai entrar no meu pé, percorrer todas as minhas veias até chegar ao meu coração*. E eu vou mor-rer.
domingo, 24 de junho de 2012
Fiz uns exercícios difíceis no pilates. Sofri. Tive que parar e respirar. Parar humilhada por estar numa condição física tão ruim. Como deixei chegar a este ponto? Vamos lá, não vou desistir.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Aos 29, noto que ainda tenho muitas lágrimas, mas a disposição para chorar um coração partido não é mais a mesma.
domingo, 17 de junho de 2012
Já passei por alguns rompimentos, dos dois tipos que há.
Tem aqueles em que a gente não consegue respirar sem o contato. Insiste em e-mails, mensagens, lembranças, telefonemas como quem não quer nada, só pra dizer que eu vi um filme que me lembrou você, num fingimento de amizade e naturalidade que a gente insiste em encenar porque quer ser madura. Ou então sufoca o quanto pode, pede por favor, não deixa de me amar, faz vergonha. Esgota até o último bocadinho de amor. Fica ali até secar - até você secar, até não restar nada. E se engana dizendo que nunca mais vai amar. Esses são os mais dolorosos.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
quinta-feira, 31 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
"Enfim Willy ponderou a ideia de que não havia nada de errado com a gentileza, mas sim algo de errado nela."
terça-feira, 22 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
No começo do dia, minha chefe nova me pediu pra organizar umas coisas numa planilha de Excel.
domingo, 13 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
A noite que se encerra depois de ver Namorados para sempre, com Faz parte do meu show repetida à exaustão.
terça-feira, 8 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Passar a vida me desculpando.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Acordei de um cochilo à tarde com um mau humor tão grande, mas tão grande, que quando vi, já tinha mandado e-mails irados com reclamações para três empresas. Uma das reclamações era sobre um problema de novembro de 2011. Novembro de 2011.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Quando me perguntaram por que pegar um avião, gastar tempo, dinheiro e energia por menos de 24 horas, não soube responder. Tentei rapidamente achar um motivo que fizesse sentido, mas não consegui.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
domingo, 1 de abril de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
Ainda não tá claro?
quinta-feira, 22 de março de 2012
domingo, 18 de março de 2012
Mais engraçado ainda do que quando uma desconhecida me consola enquanto choro em público, é quando ninguém ao meu redor consegue olhar pra mim.
terça-feira, 13 de março de 2012
Eu vou e volto do trabalho num ônibus executivo bem confortável, com iluminação fraca, bem apropriado pra descansar/dormir. E chorar. Curto muito chorar nesse ônibus, porque, indo ou voltando, geralmente a maioria dos passageiros tá dormindo, ou na Internet do celular, ou ouvindo música, ninguém presta muita atenção um no outro. Dá pra chorar com tranquilidade.
sábado, 10 de março de 2012
domingo, 4 de março de 2012
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Bom, o trabalho novo. No trabalho novo tem um lindo. É um homem bem bonito. Eu não lido bem com gente bonita. Não sei como agir. Homem ou mulher, pessoas lindas me deixam sem graça. Fico nervosa e só falo coisas idiotas, porque só consigo pensar em perguntar "você sabe o quanto é lindo?"
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
não estou reclamando
Tive que comprar óculos novos. Eu quase não uso óculos. Só em casa, pra ver tevê. Na maior parte do tempo uso lentes. Mas agora, com o trabalho novo, vou passar mais tempo na frente do computador e é ruim usar lentes assim. Resolvi vencer a barreira de quem usou óculos a adolescência toda e odiava, e voltar a usar mais óculos do que lente.
Daí fui comprar óculos. Eu já sabia que tipo de armação eu queria e sabia até a marca, mas mesmo assim tem toda aquela coisa de experimentar, olhar no espelho de perto, olhar no espelho de longe e tal.
Não demorei nem meia hora entre experimentar, escolher o tipo de lente, entregar a receita e pagar.
No caminho de volta pra casa, fiquei pensando que aquela havia sido a primeira vez que comprei óculos sozinha, sem ouvir a opinião de ninguém.
Tem uma coisa boa de não precisar que mais ninguém goste dos meus óculos. Meus óculos não precisam agradar a mais ninguém além de mim.
Mas também tem uma solidão de não ter ninguém pra dizer "que feio!" ou "ficou linda assim."
achei melhor avisar logo no título que não estou reclamando. este não é um post de reclamação. este é um post de reflexão. :)
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Eu tava no meio de uma aula em novembro quando minha chefe, pelo vidro da porta, disse que queria falar comigo quando eu terminasse.
Já estou no Brasil há uns dias. Já pulei num avião de novo pra ir ali entregar presentes e tomar café. Já voltei pra casa pra viver meu último dia de férias.
Fui e voltei inteira e ainda estou achando bem inacreditável.
Da última vez que me despedi, eu não consegui respirar. Eu fiquei sem respirar por pelo menos um ano. Não respirei durante um ano inteiro. E se eu pensar bem, acho que nem piscar eu pisquei.
Dessa vez me despedi respirando, agradecendo pela companhia, agradecendo pelo livro com dois anos de atraso, com um abraço que não me partiu em milhões de caquinhos.
Foi bom demais ir. Foi bom demais voltar. Das duas vezes.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
sábado, 21 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Uma outra resolução pra 2012 e pra vida toda é fazer exatamente o contrário do que eu normalmente faria.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Tenho um emprego estável com um salário que me satisfaz. Trabalho fazendo uma coisa que eu amo e sempre quis fazer. Sou fisicamente saudável. Tenho muitos vestidos lindos. Estudei. Tenho uma cachorra fofa. Moro com meus pais porque eu quero e porque minha família é legal e minha casa é confortável. Tenho uma estante cheia de livros que eu li de verdade. Sei alguns dos meus poemas preferidos de cor. Tenho amigos queridos e presentes e uma vida social normal. Me divirto. Não preciso pedir permissão. Vou pra onde eu quero, quando eu quero, com quem eu quero. Sou quem minha mãe dizia que eu podia ser se eu quisesse. Sou quem eu escolhi ser. Gosto de quem eu sou.