segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Eu queria muito que alguém estudasse a mente do meu pai. Deve ser tão divertido lá dentro. É tão diferente do mundo real que eu não consigo nem imaginar.

Meu pai vive dentro da cabeça dele, onde tudo o que ele diz faz sentido. Aqui fora, a gente sempre fica meio perdido, tentando acompanhar.

Tipo hoje, quando eu tava passando perfume e tivemos o seguinte diálogo:
Pai: -Aproveita, hein?
Eu: Aproveitar o que, pai?
-Aproveita seus perfumes!
-O que, pai? Do que você tá falando?
-Aaahh!

"Aaahh!" Ele encerrou o diálogo com "Aaahh!"

Será que dá certo? Será que eu também posso encerrar diálogos com um "Aaahh!" ou só funciona com meu pai?

domingo, 30 de janeiro de 2011

cadê paciência?

Sempre que um menino vem falar comigo dizendo alguma bobagem tipo "quantas pintinhas você tem? posso contar?" a única vontade que eu tenho é de dizer "circulandô! circulando, amigão, circulando."

Porque, né?

Não, eu não sei quantas pintinhas eu tenho.
Não, você não pode contar.

E muito menos encostar nelas.

Tá quente aqui no Rio. Mas não vou falar disso. Clima não é assunto. Tá? Clima não é assunto. É janeiro. É o Rio de Janeiro. Assunto seria se estivesse fazendo frio. Ok, aceito que se fale do clima no elevador. Não que elevador seja lugar pra conversar com alguém. Mas se você tem que conversar, se você não consegue manter sua boca fechada por dois minutos, ok, você pode dizer "nossa, tá quente hoje, né?"

Bom, tá quente aqui.

Daí toda hora vou à cozinha pegar água gelada. Pego a água, olho pra Hannah, que costuma ficar jogada na cozinha, por causa do piso frio. Coitadinha. Deve estar sofrendo com esse calor. Vou colocar água geladinha pra ela.

Despejo meu copo de água na tigelinha amarela dela.

Volto pra pegar mais água gelada pra mim e ACABOU A ÁGUA GELADA DO PURIFICADOR!

Imagina isso várias vezes ao dia.

Não dou sorte nem com amor canino.

Depois da série É por isso que eu não tenho namorado, vou fazer a série As piores coisas que ouvi num encontro.

Pra ficar bem claro que a culpa é minha, mas não é só minha.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

minha chuva de rãs

Passei tanto tempo me sentindo mal, me sentindo triste, sentindo tudo pesado.

Eu me senti assim por tanto tempo, que agora fico me perguntando o que é isso que eu tô sentindo.

É pra sentir isso mesmo? Tenho que ficar aqui esperando uma coisa muito ruim acontecer? Posso ficar contentinha sem esperar que todas as minhas unhas caiam e eu nunca mais possa usar esmalte azul?

Porque até agora eu tô estranhando e tô tentando me mover o menos possível, pra não fazer nenhum movimento em falso.

Sei lá.

ahá! eu disse que não ia falar muito das minhas férias, mas não falei nada sobre não publicar fotos que eu mesma tirei da minha cabeça.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Há anos minha mãe tenta me convencer a fazer uma festa de aniversário só com comidas de boteco. Eu sou sempre o alvo, porque sou a única que comemora aniversário todo ano.

Este ano eu resolvi aceitar. Disse que ok, vou fazer um aniversário com comida de botequim, podem preparar o cardápio.

Daí agora veio meu pai com o cardápio que eles prepararam. Ao lado tem uns números que eu acredito que sejam a quantidade que eles pretendem fazer.

Antes de ler a lista toda, lembra que eu não tenho amigos, tenho tipo umas 6 pessoas pra convidar. E só.

Olha a lista:
-bolinho de bacalhau 50
-bolinho de aipim com carne seca 15
-bolinho de aipim com carne moída 30
-quibe 50
-pastel de carne 20
-pastel de frango 20
-pastel de queijo 30
-batatinha calabresa 100
-sardinha à milanesa 30
-ovo cozido rosa 20
-queijo provolone à milanesa 500g
-queijo provolone com azeite e orégano 500g
-torresmo 2kg
-feijão amigo 1kg
-moela de frango 1kg
-empada de camarão 30
-empada de frango 30
-empada de palmito 30
-porção de linguiça calabresa 2kg
-porção de churrasquinho 2kg
-aipim frito 2kg

E uma UTI móvel pra atender os convidados que vão morrer de tanto comer gordura, né?

feijão amigo é caldinho de feijão

domingo, 23 de janeiro de 2011

Daí sabe quando as pessoas já se despediram, estão indo em direções opostas até que uma para, chama e outra e finalmente vem o beijo?

Então.

:D


Eu deixei você aqui, bem aqui.

Eu saí daqui sabendo exatamente que era isso que eu ia fazer quando chegasse lá. Eu gosto mesmo de rituais e de símbolos e eu te deixei lá.

Eu tava ali na água e disse "você fica aqui. você não volta mais comigo. porque acabou há muito tempo e eu tô cansada e você também e eu não posso passar mais um ano ou um minuto me sentindo assim. então você fica aqui."

E pela primeira vez eu acho que você finalmente fez o que eu queria que você fizesse.

Você ficou lá.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Oi! Então, eu sei que abandonei o blog. Mas eu tive um bom motivo, eu juro.

Qualquer um abandonaria o blog se estivesse passando dias assim:


Eu fui pra Morro de São Paulo, na Bahia, e não vou falar muito sobre isso porque não quero saber sobre a viagem de ninguém, imagino que ninguém queira saber da minha. (mas vou falar algumas coisas)

Foi bom. Foi ótimo. Foi uma delícia.

:)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Tô na Bahia!

(por isso não tem post)

beijo

:*

domingo, 9 de janeiro de 2011

Uma vez eu tava no pior primeiro encontro do mundo. Sério, pior encontro do mundo. Tão ruim que o menino foi desagradável até meses depois, quando me ligou no meu aniversário, achando que eu era uma outra Renata da agenda dele. E insistiu.

Ah, o encontro. Pior encontro do mundo. Quando eu falo do pior encontro do mundo, as pessoas me perguntam o que aconteceu pra ser tão ruim e eu nem consigo explicar direito. Só sei que foi o pior encontro do mundo.

Daí eu tava lá, no pior encontro do mundo e o cara ainda disse, quando eu pedi mais um chope: "olha, você consegue me acompanhar. meninas costumam parar de beber muito antes de mim."

Você falou isso mesmo? Pra mim?

Já tava tão ruim, mas tão ruim, que eu nem pensei e disse "ah, é? então hoje eu vou beber mais do que você, só pra ver você perder pra uma menina."

Pra.ver.você.perder.pra.uma.me.ni.na.

É por isso que eu não tenho namorado (ainda bem).

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Mas o que eu mais quero em 2011 é entender a diferença entre estar sozinha e ser sozinha.

E quero me lembrar sempre que, por mais que eu goste de estar sozinha, eu não quero ser sozinha.