Minha primeira aula de balé começou com uma hora inteira de alongamento. Eu fiquei pensando se já tinha sentido tanta dor na minha vida. Meu joelho saiu do lugar algumas vezes.
Nos exercícios em que uma pessoa força o corpo dela sobre o seu, sobre o meu, para forçar a abertura, para fazer com que o seu corpo dobre inteiro até sua cabeça encostar no chão, eu não sei pedir para parar. Nunca soube.
Na minha vez de forçar o meu corpo sobre o corpo de outra pessoa até que o tronco dela encoste inteiro no chão, eu quero pedir desculpa, eu forço bem pouco o meu corpo, mesmo ouvindo que tudo bem, posso forçar mais. Eu quero pedir desculpa, pedir desculpa mil vezes.
Alongamento: o pior e o melhor do ballet. Mas que delicia que é dançar! Espero que você goste muito, Renata! Bem vinda! :)
ResponderExcluirhá uns anos fiz uma aula experimental de jazz e sofri desse jeito. sonho da criança que existe em mim é fazer ballet, mas me contentarei em fazer dança de salão rs.
ResponderExcluirdivirta-se muito (apesar de :P)
Doí msm. Já fiz ballet há uns 10 anos e essa era parte ruim, o alongamento.
ResponderExcluirFique bem.
A gente que sente muito sempre aprende primeiro a pedir desculpas do que pedir pra parar. Falha nossa!
ResponderExcluirQue o balé sirva de muito aprendizado. ;)
É essa questão de se deixar ser torturado, mas a consciência pesar muito na hora de torturar. Teu blog é lindo e tuas crônicas são um amor.
ResponderExcluirCom carinho, Beca; Café de Beira de Estrada