quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Um primeiro encontro na minha casa. Um primeiro encontro em que eu desço pra abrir o portão com um saco de lixo na mão. Um primeiro encontro em que não tem cordeiro. Um primeiro encontro em que eu cozinho. Um primeiro encontro para o qual você traz seu sorvete preferido. Um primeiro encontro com cerveja. Com vinho. Com café. Um primeiro encontro com você de meias. Um primeiro encontro em que você não era quem eu achava que fosse. Um primeiro encontro em que eu tenho certeza que não sou seu tipo. Um primeiro encontro em que você faz piada d'A origem do mundo na porta da minha geladeira. Um primeiro encontro em que você faz piada com a minha água com gás. Um primeiro encontro em que você não conhece a banda que eu coloquei na vitrola.

Um amor atrás do outro atrás do outro e mais outro.

18 comentários:

  1. existem momentos, que acontecem assim meio do nada, em que sentimos um baque. é como se a vida nos presenteasse com um belíssimo tapa na cara. um tapa daqueles muito bem dados, sabe? que estalam, com vontade. nesses momento, bate uma sentimento desesperador. um sentimento de derrota, de fracasso, de estagnação. nessas horas, é comum entrar em desperto, eu acho. mas é um desespero controlado. você para, pensa no que fez, no que está fazendo, no que pretende fazer, e se da conta de que esse desespero acontece porque no geral, a vida nunca é como planejamos, como pensamos e calculamos - mesmo com a margem de erro - que seria. apesar disso, se pensarmos mais a fundo, nos damos conta que apesar disso, ela não estagnou. nós não andamos pra tras. ela não é de todo ruim. ela pode ser boa. ela é, de alguma forma, melhor do que o esperado. ela é o real. nessas horas a gente quer conversar, debater, ser compreendido, por pra fora esse sentimento. eu nunca fiz parte dessa gente. eu faço parte da gente que conversa consigo, que debate com o ego e se sente compreendida nas palavras dos outros. nunca ditas, sempre lidas. eu não sou muito de conversa, mas a muitos anos, venho conversando com você.

    F.

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    1. oi! =)

      às vezes é um tapa na cara, às vezes é um suspiro.

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  2. Olha, Renata, com o tempo, depois de tantas escolhas erradas, a gente acaba desenvolvendo um "sexto sentido", um "alarme" interno que "apita" quando estamos diante de uma furada. E, a cada furada, esse "alarme" acaba ficando cada vez mais sensível. Será que, lá no fundo, o seu "alarme" estava apitando e você não ouviu ou se negou a ouvi-lo?

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    1. não sei, mas ele era um cara muito legal. às vezes as pessoas só não têm a ver umas com as outras mesmo. =)

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  3. não tira conclusões tão precipitadas logo de cara assim não, Rê, nunca comentei aqui, mas preciso dizer que leio seu bloguinho há anos e você pra mimé daquelas pessoas que adoraria ser amiga, gosto muito de você. beijos.

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  4. Sina minha também. Pior: acho que tenho uma capacidade anormal de amar, mas nunca fui correspondida. "Amar deve bastar", tento me convencer.
    E ando meio cansada de conhecer pessoas, de ter de explicar quem e como eu sou, de ter que buscar aprovação alheia, como se fosse, de fato, necessário. Não é.
    Abraços.

    http://ninagaldina.tumblr.com/tagged/blog

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  5. Me parece um primeiro encontro bem divertido.

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  6. Um encontro com o ortopedista novo?
    Sou curiosa ás vezes, desculpa.

    Novembro Inconstante

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  7. Ah não, fazer piada com a água com gás não!

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  8. Independente, todos eles foram único e bons, dentro de certas medidas, no fim todos machucam o coração, e vivemos com isso... =/

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  9. "Um amor atrás do outro atrás do outro e mais outro." admiro e invejo sua capacidade de recomeçar. faz tempo que não recomeço (talvez dentro da minha cabeça), não me sinto pronta e acho que nem sinto vontade. e verdade seja dita que não está muito fácil. vi um vídeo que você postou na página do blog no facebook sobre primeiros encontros, algo assim, e não tá fácil meeesmo a vida da single lady. :/

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