Aí eu tô super na minha, ouvindo Ben Folds, quando as pessoas do ônibus viram pra mim, e querem que eu diga se o motorista avisou ou não avisou que ia fechar a porta.
Gente, não. Eu não.
Eu tô aqui, querendo usar esses 15 minutos entre o trabalho e a minha casa pra decidir o que eu faço da minha vida. Pra decidir se eu viajo semana que vem ou na outra. Pra decidir se eu troco a minha mala pelo modelo médio e completo o valor. Ou se eu compro o modelo grande de uma vez e fico com as duas. Pra decidir se eu faço as legendas primeiro ou se continuo a tradução do artigo. Se eu faço ou não licenciatura.
Então, passageiros e motorista irritados, não me peçam nada. Porque eu tô aqui, decidindo minha vida em 15 minutos.
terça-feira, 31 de outubro de 2006
Bolsas lindas no Mercado Imaginário.
Corre, que me disseram que acabam rápido.
A Lu de Mari também tem bolsas lindas. Adoro mistura de estampas na mesma peça. Adoro estampas.
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
Minha mãe tem o mesmo nome da minha avó. Quando casou, ela adotou o sobrenome do meu pai (¬¬), mas o nome dela de solteira era Ruth F. B., Filha.
Hoje minha avó ligou pra cá pra falar com a minha mãe.
-Rutinha, você comprou alguma coisa na loja tal?
-Não, por quê?
-Porque ligaram aqui pra casa procurando por Ruth F. B., achei que você tinha comprado alguma coisa lá e dado meu telefone como referência.
-Mamãe!
-Que foi?
-Ruth F. B. é você! Eu tenho mais um sobrenome há 26 anos!
E isso explica por que não é uma boa idéia colocar o nome do pai ou da mãe num filho. Porque 48 anos depois os pais começam a se confundir.
Não sei se é um cacoete de professores ou se é só uma coisa de gente que acha pouca gente interessante e se sente culpada quando não dá atenção. Mas ultimamente eu percebo que ajo fora da sala de aula como ajo com meus alunos.
Alguém me conta uma história nada interessante. E mesmo não querendo saber, eu fico falando "ahh, sério? mas por quê? não acrediiito."
Eu ESQUEÇO de pagar as minhas contas. Quase todas atrasam porque eu ESQUEÇO que minha mãe não paga mais as minhas contas.
Algumas contas, tipo tv por assinatura e provedor de Internet, tão no débito automático. Mas conta de telefone não dá pra deixar, porque sempre pode vir errado. Tipo a de uma amiga da minha mãe que veio 5 mil. Ou a minha, que uma vez veio 300 reais mais cara, porque algum técnico ligou a minha linha na casa de uma pessoa que ligava pro disque-amizade.
Daí o banco paga a conta, porque banco, a gente sabe, existe pra atormentar os clientes. E, se você não tiver dinheiro na conta, o banco gentilmente empresta - a juros, claro - pra você, e você passa a dever ao banco.
Eu tenho uma memória tão boa. Boa de verdade. Só não serve pra dia de vencimento...
domingo, 29 de outubro de 2006
gentileza gera gentileza
Não contentes em deixar a música do bar em frente a minha casa altíssima, os donos ainda me fizeram o favor de contratar uma pessoa que fica fazendo/cantando/? rap e dizendo coisas como "vamos fazer um barulho pros vizinhos."
Weee, vamos fazer uma ligação pra polícia.
como tem gente fofa neste mundo!
sábado, 28 de outubro de 2006
Comprei uma mala tão gracinha que acho que nunca mais viajo de ônibus na vida.
Ela só merece avião.
...
Tem um tempo que eu decidi me transformar numa pessoa que viaja com elegância. Cara, cansei de ficar arrastando minha mala de 287 kg. E de chorar porque a mala tá pesada.
Eu quase morro de inveja quando vejo aquelas pessoas que conseguem viajar com uma malinha pequena.
Comprei, enfim, uma mala pequena.
Mas não dá certo isso de deliberadamente se transformar numa outra pessoa, né? Porque agora tô desesperada. Não cabe nem metade do que eu preciso. Gente, meus cremes, onde eu vou levar?
Tô quase voltando à loja pra comprar uma maior e deixar essa só pra sapatos.
sexta-feira, 27 de outubro de 2006
quinta-feira, 26 de outubro de 2006
Minha mãe trabalha na Receita Fed.eral.
As pessoas não entendem que um dia ela fez um concurso e começou a trabalhar lá, numa função sem muitos privilégios. As pessoas acham que minha mãe é ministra da fazen.da e pode resolver qualquer problema.
E aí TODO DIA vem alguém aqui em casa pedir um favor. Todo dia. É sempre uma tontice tipo a pessoa perdeu o CPF porque não fez declaração de isen.to. Ou quer entregar a declaração fora do prazo pra minha mãe, como se minha mãe pudesse receber.
Tem maluco e tem gente menos maluca também. Mas o principal é que a maioria não conhece a minha mãe. Eles vêm indicados por outros pedintes outros malucos outras pessoas.
-Oi, eu vim falar com a sua mãe, a Ritinha.
-Não é Ritinha, não. É Rutinha, RU-tinha.
-Ah, desculpa. É que fulano me falou que a mulher do Cabeção trabalhava na Receita.
-...
-Aí eu vim aqui, porque meu CPF...
-É PEZÃO! O apelido do meu pai é PEZÃO!
Uma coisa que eu estou tentando corrigir em mim: quando eu me machuco, em vez de ai, eu digo "uarrau".
Eu não sei como nem quando começou, só sei que é bem ridículo. Ontem eu fui ao mercado e, cara, tinha algum problema com o carrinho que eu peguei, porque ele ficava batendo no meu pé. E eu fiquei falando "uarrau" pelo supermercado inteiro.
quarta-feira, 25 de outubro de 2006
Eu fiz assim: Cortei tomates e levei ao forno com uma mistura de azeite, pimenta do reino, manjericão, molho de pimenta e alho.
Cozinhei o brócolis e refoguei junto com o alho poró e o champignon.
Fiz um molho branco e juntei os legumes e o macarrão.
Os tomates ao forno ficam bem gostosos e ficam legais caso você não tenha tomate seco. Eu não tinha. Vi nesta receita e nunca mais vou passar vontade se não tiver tomate seco em casa. Não é igual, mas o sabor lembra.
tá amarelinho assim porque eu usei massa tipo caseira. só tipo, né?
E, gente, pagar conta já é uma coisa tão desagradável, né?
Ainda mais se é a conta de celular que você percebeu hoje que tá atrasada há quase uma semana. A conta que você não pagou porque esqueceu, não porque não tinha dinheiro. Porque esqueceu que tem contas pra pagar. E vai pagar multa no mês que vem porque é tonta.
Daí já é uma coisa tão desagradável você ter que pagar pra utilizar serviços essenciais como a telefonia móvel. E ainda tem alguém pra deixar a coisa mais desagradável. E te fazer ficar em pé durante mais tempo do que você gostaria, digitando uma infinidade de números*, enquanto as pessoas te olham achando que você não tem competência pra lidar com um caixa eletrônico.
*porque ninguém leva a sério aquele papo de que os números não têm fim até ter que digitar um código de barras.
Um dia os bancos inventaram que o ideal é pagar conta no caixa eletrônico. E ficam sugerindo que os clientes façam isso.
Eu tento. Porque eu sou legal, quero poupar trabalho das pessoas e evitar problemas que caem na minha cabeça quando eu ponho meus pezinhos numa agência bancária.
Mas eu nuncanuncanunca consigo pagar usando o leitor do código de barras. Nun-ca. Sempre tenho que digitar o código gigantesco.
A praticidade não é uma via de mão dupla, né, BB?
Eu divido um banheiro com o meu irmão.
O balcão da pia tem 2 metros de comprimento.
E mesmo com todo esse espaço, ele insiste em deixar a roupa suja na pia. Onde eu escovo os dentes, lavo o rosto...
Eu acho que ele deveria fazer uns exames e ver se existe algum tratamento pra ajudar quem não tem noção de espaço.
terça-feira, 24 de outubro de 2006
overheard in NI
-Ela come uma caixa de bombom inteira.
-Sozinha?
-Sozinha. Eu e o pai dela nem encostamos nos bombons. Ela come uma caixa de uma vez.
-E ela não é gorda, né?
-Pois é, eu tenho um meeedo que ela engorde...
Imagina que legal o mundo seria se os pais tivessem o mínimo de noção em nutrição infantil, né?
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
Eu tenho uma obsessão por pés macios. Isso já ficou claro. Eu uso qualquer creme que digam pra eu usar. Do mais caro ao mais barato.
Alguns são bons, mas nada que chegue perto da seda que eu quero que meus pés sejam.
Só que é uma coisa que não tem limites, né? Porque você vai comprando cremes e comprando e comprando. E não tem limites mesmo. Os baratos você compra porque "ah, esse é tão baratinho, não custa tentar", e os caros você compra porque "ah, por esse preço deve ser muito bom".
O fundo do poço, olha, o fundo do poço eu atingi hoje, quando comprei umas sapatilhas metalizadas. Porque, olha só, elas aquecem os seus pés para que o creme hidrate mais! E a moça da loja de artigos pra salão de beleza - cara, todo dia eu vou lá - ela falou tão bem das sapatilhas. E elas brilham. E coisas que brilham só podem fazer bem.
Foi a coisa mais ridícula que eu já comprei, de longe.
domingo, 22 de outubro de 2006
Tem uma menina no Superbonita desta semana e parece que ela passou a pele pelo Photoshop. E o resultado foi bizarro. É muita base, pó bronzeador e blush.
E ela diz que tá muito satisfeita com a própria pele.
Que bom, né?
Alguém precisa estar.
...
Eu sempre fico pensando qual seria a minha legenda se um dia eu fosse ao Superbonita falar, sei lá, sobre minha obsessão com cremes para os pés.
Eu acho que seria: Renata, tradutora e super fofinha.
sábado, 21 de outubro de 2006
É tipo quando uma parte de um casal faz aniversário ou chega o natal e a outra parte do casal resolve dar um par de alianças e noivar.
Não entendo. Tipo, ele é o presente? O presente é ele ter superado o medo de compromisso? Ele vai pagar a festa sozinho como presente? Ele vai mobiliar a casa como presente? Qual, exatamente, seria o presente?
Se isso algum dia acontecesse comigo acho que a minha reação seria uma coisa meio assim "weee! mas, e aí? cadê meu presente? minha melissinha, minha bolsa La Reina Madre...?"
E o mais importante: como é que o cara sabe que ele conta como presente e não como lembrancinha?
Acho sempre a pior idéia do mundo essa que alguns programas de tv têm de fazer casamento-surpresa.
Não sei quem foi o primeiro que fez isso, mas é uma idéia medonha. Me-do-nha.
Deve até ser contra a lei fazer uma pessoa casar sem que ela tenha tido a chance de escolher nem os próprios docinhos.
pelo menos desse mal eu nunca vou sofrer, hahaha
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
Por mais que eu compre Melissas, nunca consigo ter um número de pontos que me permita comprar a Melissa mais barata que seja, porque meus pontos mais antigos vão vencendo.
Isso tá me enlouquecendo.
Eu vou gastar todo o meu dinheiro comprando Melissas só pra ganhar uma de 50 reais.
é claro que eu tento influenciar pessoas e fazer com que elas usem o meu cadastro pra comprar Melissas. mas a minha tia, por exemplo, comprou uma este mês e já anunciou que foi a última.
Ninguém sabe o que é cara-de-pau até conhecer meu irmão.
O computador dele não tava funcionando. Aí ele chegou da faculdade e veio aqui no meu quarto perguntar se eu podia ir ao perfil dele ver se tinham deixado scraps pra ele.
Eu nem acharia abuso nem nada. Se ele não tivesse me excluído da lista dele.
Acordei com o cheiro da cera sendo passada na sala e no corredor e com a alergia dando sinal de vida.
Quando eu reclamo, gente, ouço coisas como: "Renata, você tem alergia a limpeza." O que isso quer dizer? Não faz sentido nenhum!
...
Aí tava chovendo. E parando. E chovendo. E parando. E chovendo. E estragou meus planos.
...
Pra compensar fiz um bolo de cenoura, que salva qualquer dia.
quinta-feira, 19 de outubro de 2006
Mães esquecem. Não sei por que, mas memória materna é muito seletiva.
A minha avó, por exemplo. Enquanto minha mãe tem lembranças de levar uma surra com o fio da vitrolinha dela, minha vó nega que tenha batido em qualquer dos filhos. E se ofende quando alguém duvida dela.
Já a minha mãe adora dizer que nunca permitiu armas de brinquedo aqui em casa. Eu tive várias pistolas d'água. Meu irmão tinha uma bazuca (!!!) que disparava umas bolas do tamanho de bolas de pingue-pongue a uma velocidade considerável, minhas pernas nunca se esqueceriam disso. E eu ainda devo ter guardado em algum lugar um revólver de espoleta. Tinha tambor e tudo, saía fumacinha. Brinquei tanto daquilo.
Mas minha mãe prefere roubar minhas memórias em nome do politicamente correto.
Eu não sei que grande confusão aconteceu enquanto eu crescia que me fez ser essa pessoa sem o menor traquejo social, mas deve ter sido alguma coisa bem grave.
Esta semana eu ganhei um presente de dia dos professores quando tava saindo da sala. E eu fiquei tão sem graça - eu fico sem graça quando ganho presente, principalmente quando não tô esperando - bom, fiquei tão sem graça que eu comecei a falar tudo em Inglês. Não saía Português de jeito nenhum.
depois de escrever a expressão "traquejo social" eu me sinto, sei lá, a Danuza Leão.
quarta-feira, 18 de outubro de 2006
Eu faço essa lasanha sem massa, porque não como massa com arroz. Já comi com massa, sozinha, e fica uma delícia.
A PTS com cenoura eu fiz assim: Cozinhei uma cenoura em pedaços.
Refoguei um bife vegetal* da Superbom cortadinho com cebola e alho.
Aí misturei a cenoura cozida e o champignon cortado. Temperei com um pouquinho de manjericão e pimenta do reino. Coloquei mais ou menos uma colher de sopa mal cheia de extrato de tomate. Na foto tem mais ou menos metade do rendimento.
Eu cozinhei a cenoura primeiro porque gosto dela bem molinha. Eu sei que com isso ela perde muito das vitaminas, mas de alguns legumes eu gosto e de outros não. Não sou muito fã de cenoura e só como crua se for num sanduíche e tal. Então tento disfarçar a cenoura misturando com outros alimentos.
*Agora eu abro a lata e congelo os bifes vegetais individualmente. Como eu sou a única vegetariana aqui, uma latinha daquelas é muita coisa pra mim. Não consigo comer de uma vez e fico enjoada se comer todo dia antes que estrague. Agora congelo individualmente, depois ponho tudo num ziploc e deixo no freezer pra quando quiser usar. Geralmente, um bifinho é o suficiente pra mim.
terça-feira, 17 de outubro de 2006
-Ela já tirou o aparelho?
-Não. Acho que a essa altura já virou fetiche. Não tem tratamento que dure tanto tempo, não é possível.
...
É o seguinte: eu só vou trabalhar hoje se alguém achar minha blusa branca, aquela que tem umas costuras no decote em V e que tem umas mangas que ficam dobradinhas assim pra cima.
Vou ligar no trabalho e avisar que alguém perdeu minha blusa durante a lavagem e eu estou emocionalmente abalada, porque é de várias coleções passadas e eu nunca mais vou encontrar uma igual.
segunda-feira, 16 de outubro de 2006
Precisa ver que coisa mais engraçada a Hannah comendo yakisoba de palitinhos*.
Sabe o que não vai ser engraçado, né? Outra conta na veterinária de metade do meu salário, por causa de uma cocker com dor no fígado de tanto comer besteira.
*ela AINDA não segura os palitinhos, eu seguro e ela come. mas um dia ela chega lá...
descobri que ela come qualquer coisa com palitinhos. bom, deve comer. porque comeu brócolis, cenoura e depois comeu ração. vou filmar.
Voltei de Campinas e meu pai foi me pegar. Ele me deixou na porta de casa e saiu pra pegar a minha tia.
-Pode deixar sua mala aí, depois eu levo lá pra cima. Mas não sei a que horas eu volto.
Tá que eu vou trabalhar sem maquiagem, né? E tive que arrastar a mala de 377 kg até aqui em cima.
Meu pai é engraçaaado que só ele.
quinta-feira, 12 de outubro de 2006
Olha, acordei às 7:45 só pra escolher a receita que eu vou fazer num almoço que vai ter aqui em casa. Porque minha mãe decidiu fazer peixe mesmo, e eu que coma peixe ou vá pastar cozinhar.
Daí eu tô aqui cheia de sites e com um livro antigo de receitas vegetarianas que minha avó me deu. O livro é sensacional. Pra você ver, tem uma parte falando da importância do ar puro para o ser humano.
"É do conhecimento de todos que o homem é capaz de viver vários dias e mesmo semanas sem alimento; poucos dias, porém, sem água ou líquidos, e, muito menos tempo, sem ar, pois este é uma necessidade primordial do homem, e sem ele a vida é impossível dentro de poucos minutos."
Achei fantástico.
E ainda tem uma parte chamada "Confiança no Poder de D.eus".
Self-Portrait Challenge
Tema: Imperfection
Both my ring fingers are like that. Guess I wasn't too comfortable in my mother's womb.
Meus dois anelares são assim.
quarta-feira, 11 de outubro de 2006
Uma das secretárias:
-Renata, eu tava comentando com a fulana como você é fofinha, bonitinha, com as bochechas rosadinhas. Parece uma bonequinha de porcelana. A gente ficou pensando: será que quebra?
Quebro nada. Já caí tanto este ano que já descartei essa possibilidade. Meus ossos são de aço.
...
Eu não tenho nada de bonequinha, fisicamente falando. A foto deixa isso bem evidente. :)
Mas todo mundo sempre tem a impressão que eu sou muito frágil e todo mundo me chama de Renatinha. Eu acho que é porque eu tenho voz de criança, falo num tom sempre baixo e ando muito de sapatilhas.
Sempre. Olha, sempre que eu chego com alguma coisa nova em casa, tipo sapato, bolsa ou roupa, meus pais dizem "mas onde você vai guardar isso? não tem mais espaço no seu quarto!"
O que eu acho incrível é que eles não tenham pensado nisso antes. Porque o terreno deste prédio foi comprado quando os dois já estavam casados e o prédio começou a ser construído quando eu já tinha nascido. Como é que ninguém pensou que meninas crescem e precisam de muito espaço?
Como é que ninguém percebeu que pra evitar problemas futuros bastava construir um walk-in closet no quarto que eles já sabiam que seria meu?
meu pai pensa que me engana dizendo que pensaram nisso, já que o meu quarto é o único da casa com armário embutido. mas eu sei muito bem que o armário só existe porque ele não sabia o que fazer com uma pilastra que acabou caindo aqui.
Amanhã vem uma pessoa aqui que não come carne vermelha nem de frango. Minha mãe quis saber se ela comia peixe e frutos do mar.
-Come.
-Então vamos fazer um peixe pra ela.
Eu acho bem engraçado isso. Se você come só um tipo de carne e milhões de vegetais, é a carne que vão te servir.
Se você disser "Olha, eu como todos os vegetais do mundo, e de animal só como tatuí", pode ter certeza que a pessoa vai sair correndo pra praia catar tatuí pra preparar pra você.
Eu acho que é hora de ensinar uma lição ao mundo.
Na próxima vez que me perguntarem se eu não como nenhuuum tipo de carne, vou responder "como sim, como carne de koala."
marcadores reclamações, vegetarianismo
terça-feira, 10 de outubro de 2006
Secretária entra na sala dos professores:
-Oi, posso pedir um favor? Será que quando um de vocês tiver um tempinho pode me ajudar a separar as provas novas? É que tem muitas provas antigas que não são mais usadas e eu não sei quais são. Se alguém puder me ajudar...
-Eu! Eu! Eu!!!
E foi assim que eu fiquei 1 hora a mais no trabalho. Sem ganhar hora extra nem nada. Por puro prazer de ver papel velho sendo jogado fora e de ver pilhas e pilhas de papel sendo organizadas.
Nossa, meu irmão lembrou agora de uma coisa sensacional que minha avó fazia quando a gente era criança.
A gente ia pra casa dela e quando começava a brigar, ela se fingia de morta pra acabar com a briga. E ficava deitada, de olhos fechados, com as mãos cruzadas no peito.
Nem a Supernanny pensaria nisso. É genial. Que criança vai continuar brigando enquanto a avó tá morta?
segunda-feira, 9 de outubro de 2006
Hoje é aniversário do meu irmão. Ele disse que não queria festa nem nada e avisou que ia pra faculdade à noite. Mas minha mãe não aceita que aniversário passe em branco.
Resultado: Dividindo a quantidade de salgadinhos pela de pessoas presentes na comemoração, cada um teria que comer 40 salgadinhos pra não sobrar nada.
E a gente disse "viva o Rafaaa" e partiu o bolo sem o aniversariante.
Descubra os filmes de terror (e suspense).
Achei o link no blog da Rosana Hermann.
Os títulos tão todos em Inglês, então tem uns que não têm nada a ver com os títulos que a gente conhece aqui no Brasil. Tipo Tubarão.
Consegui todos depois de passar horas quebrando a cabeça e googlando.
Fiquei tão concentrada que esqueci de Prison Break! Grrr.
-Alô, Renata?
-É.
-Aqui é o tio Fulano.
-Oi, tio.
-Teu pai tá aí?
-Não, ele saiu.
-Não, ele tá dormindo.
-Ele saiu.
-Nããão, ele tá dormindo.
-hehehe, tá.
-Diz pra ele que (insira aqui uma indecência qualquer, porque o telefone tava com um barulho bizarro e eu não consegui ouvir direito)
Mas, por quê? Né? Por quê?
domingo, 8 de outubro de 2006
A Hannah ama esse cocker, o Lion. Quando ela ouve a vizinha falando "Lion!" na rua, já sabe que o Lion tá passeando e chora até que alguém mostre o Lion da janela. Mesmo se alguém estiver dormindo porque acordou às 6:30 num sábado.
sexta-feira, 6 de outubro de 2006
Só o meu pai mesmo
Meu pai tava no terraço, se preparando pra colocar uma costela de porco na churrasqueira (não sei como são os hábitos alimentares do seu pai, mas o meu come churrasco tipo todo dia e carne de porco umas três vezes por semana, no mínimo). Isso depois de ter comido ontem quase meio quilo de uma lingüiça que ele comprou no ma-ta-dou-ro que era só gordura.
Bom, aí, ele começou a sentir um formigamento no braço.
Um pai normal, eu imagino, chamaria os dois filhos que estavam dormindo no andar de baixo. Não o meu, o meu não.
O meu pai resolveu sair de casa sem falar com ninguém e ir an-dan-do até o hospital do coração. Uns 30 minutos andando. Achando que estava com um princípio de infarte. Porque tudo de que você precisa quando acha que vai infartar é demora no atendimento.
Chegando lá, depois de ser examinado, ele ligou pra casa pra avisar que tinha "se sentido um pouco mal e estava com a pressão um pouco alta" e pra dizer que ninguém tinha que se preocupar com ele.
Como eu também não entendo as coisas de primeira, eu só disse "tá, beijo" e fui ver televisão. Depois de uns 20 minutos, eu me toquei que não tinha entendido o recado direito e liguei de novo pra perguntar "papai, onde você tá? por acaso você tá no hospital?", ao que ele respondeu "tô, tô esperando o médico voltar com os meus exames. não avisa a sua mãe, não."
Uns 20 minutos depois eu me toquei que ele tava sozinho no hospital, cara. Aí fui me arrumando e falando pro meu irmão "cara, a gente tem que ir lá ver meu pai", e liguei pro meu pai pra avisar que a gente tava indo, pra ele esperar a gente lá. Aí ele disse que não, que já tinha sido medicado e tava tudo normal com o coração e não tinha sido nada grave, ele já tava voltando pra casa. Aí eu falei pra ele voltar de táxi, e ele disse que sabia o que tava fazendo. E voltou andando pra casa.
É claro que quando ele chegou eu já tinha ligado pra família inteira (menos pra minha avó, claro) e já tinha mobilizado todos pra organizar uma patrulha antigordura.
Eu quero ver como é que vai comer gordura agora. Vai ficar só na rúcula.
quinta-feira, 5 de outubro de 2006
Tenho um super defeito que eu não consigo corrigir, que é não levar a sério a vida útil das pilhas.
Tipo eu compro pilhas pros controles remotos. Aí elas vão acabando, né? Mas eu não me conformo e não compro mais. Sempre penso "ah, elas agüentam mais um pouquinho. ainda tem energia aqui que eu sei", e nunca compro mais pilhas.
As pilhas de um dos meus controles acabou de vez. E eu não comprei pilhas novas, claro. Quando quero usar esse controle, vou lá no quarto do meu irmão e peço as pilhas do controle dele que também usa pilhas AAA emprestadas. Uso o controle e devolvo as pilhas pra ele. Me diz se isso é mais simples do que parar numa loja e comprar uma nova cartela de pilhas.
Só sei que eu fico nessa vida de dar socos no controle remoto até que ele funcione, ou ter a cara-de-pau de pedir pilhas emprestadas. E enquanto ele funcionar com tapinhas e meu irmão continuar comprando pilhas para os controles remotos dele, eu nunca vou me corrigir.
Eu fico aqui pensando e acho que a maior invenção da humanidade são os sucos.
Porque, eu vou dizer, sou bem fresca e só como fruta de garfo e faca. Qualquer fruta. Até morango eu pico e como na tigelinha. E dá uma super preguiça de cortar as frutas em pedacinhos visualmente agradáveis e além de tudo ter que mastigar.
Então acho genial isso de você só descascar, cortar em pedaços de qualquer tamanho e jogar no liquidificador.
O primeiro que pensou nisso devia ser uma pessoa brilhante.
Depois de DIAS o YouTube publica o vídeo
Victoria's Secret Kitchen: Eggplant Frittata Episode
Victoria's Secret Kitchen
É uma receita de "omelete" de berinjela (sem ovos), dada por Victoria Squillante, uma vozinha de 83 anos.
quarta-feira, 4 de outubro de 2006
Tava vindo pra casa, aí parei numa barraca de feira porque tava doida pra tomar suco e não tinha frutas aqui em casa. Comprei melancia, abacaxi e morangos (tá no fim da época deles, tô consumindo o máximo que eu posso).
Não quis vir andando porque sou fracote a sacola tava super pesada e peguei o ônibus. O motorista veio parando em milhões de lugares pra conversar com amigos. E pra comprar churrasquinho. E pra pedir água pra umas mulheres que tavam sentadas num banquinho de praça.
Acho que vou dar todas as minhas bolsas e passar a ir trabalhar de carrinho de feira. Não carrego peso e chego em casa rapidinho. Andando.
Meus alunos não sabiam que a Jamaica ficava no Caribe.
Pior do que isso, quando eu disse que não ficava na África, ele morreram de rir e se recusaram a acreditar.
E essa unidade do livro é toda sobre geografia. Eu dou esse livro pra três turmas.
Tudo na vida é sofrimento. O sofrimento vem do apego.
Vou me desapegar de toda e qualquer noção de geografia que eu ainda tenha.
segunda-feira, 2 de outubro de 2006
domingo, 1 de outubro de 2006
Toda eleição eu e meu irmão levamos minhas avós pra votar. Vota todo mundo na mesma seção. Antes de ir, a gente ajuda a preparar a listinha de candidatos e dá várias opiniões. Olha que choque. Nós vimos que uma das minhas avós ia votar no Dorn.elles pra senador. E a gente começou a ter um ataque, meu irmão e eu. Como assimmm? Tem que votar na Jandira! E minha avó ficou falando que ela não votava por causa da questão do aborto. E que ela é contra por causa das crenças religiosas.
E foi uma confusão, eu e meu irmão brigando com ela. E eu falando todas aquelas coisas de mulheres que morrem porque fazem aborto. Todo mundo entrou na discussão e um amigo da minha mãe que tava aqui almoçando, olha que surpresa, disse que tinha votado na Jandira e que o aborto era mesmo uma questão de saúde pública. E minha avó irredutível. Ficava falando das crenças religiosas.
Aí a gente parou de levar a sério.
-Tá bom, vamos votar. quando chegar lá eu vou falar que tenho que apertar os botões pra você porque você não tem força nos braços!
Mas, cara, eu tô tão arrependida agora de não ter falado mais até minha avó concordar.