-Não, mãe. Você não pode mandar alguém levantar o traseiro e ir falar com você, porque você não é um filme mal traduzido.
...
Meu pai, antes de sair de casa:
-Tata, eu escondi um coco na geladeira pra você. Tá bem lá atrás na gaveta de legumes. Toma antes que seu irmão veja. Ontem ele tomou a água de cinco cocos. Não deixa a Hannah ver também, senão você vai ter que dividir com ela.
sexta-feira, 30 de junho de 2006
Tem alguma coisa de bem errado com as minhas pernas.
Eu levei outro tombo. E não teve nada a ver com eu andar dançando pela rua, porque eu tava de All Star e todo mundo sabe que se você tá de All Star pode fazer quantas piruetas quiser, que não vai cair.
Mas eu caí. Pela terceira vez este ano. Tinha anos que eu não caía e esse ano resolvi levar todos os tombos atrasados.
E nem foi um tombo, foi mais tipo um lançamento. Acho que essa é a hora em que eu devo ficar feliz por descobrir que tenho reflexos rápidos, do contrário acho que agora eu não teria mais um nariz inteiro.
Mas nada acontece por acaso e antes do trabalho eu não entendi por que não escolhi minha calça preferida. Mas tudo se encaixa agora. Como num grande quebra-cabeça.
quinta-feira, 29 de junho de 2006
Meu pai fez um molho de tomate que dá vontade de chorar de tão bom.
Não sei aí na sua casa, mas aqui é tudo bem prático. São litros e litros de molho de tomate de uma vez, vai tudo pro freezer e quem quiser comer alguma coisa com molho que descongele. Não é a mesma coisa que um molho fresquinho, mas a praticidade acabou vencendo.
Acho que desse molho pouca coisa se congelou, porque tá tão gostoso que a gente já comeu lasanha, espaguete, fettuccine, pizza.
Ninguém consegue parar e meu pai tá todo bobo.
domingo, 25 de junho de 2006
Como todos os anos, fui com a minha mãe à festa da minha tia-avó. Como todos os anos, minha mãe fez todo aquele drama de que ela era uma pessoa muito só e ninguém ia à festa e ela ia ficar lá com a minha avó e mil salgadinhos. Como todos os anos, eu cedi. Como todos os anos, chegamos lá e ela estava rodeada de netos e bisnetos.
Aí tinha meu primo mais novo, acho. E era bem fofo, daquelas crianças gorduchas e cheias de dobrinhas. Eu não tenho jeito com criança. Mas não tenho o menor jeito mesmo. E eu nunca peguei um bebê no colo. Até peguei, mas uma vez só e implorei quase chorando pra que tirassem o bebê do meu colo. Então isso nem conta, porque acho que o tempo todo minha mãe tava meio segurando o bebê pra eu não soltar nem quebrar o pescoço dele.
Mas esse bebê era lindo mesmo e eu até queria pegar no colo. Mas eu sou meio fraca e achei que o bebê talvez fosse pesado demais pra mim. Era mais leve do que a Hannah, e eu pego a Hannah no colo numa boa, mas acho que bebê é um pouco diferente de cachorro.
O caso todo é que eu tinha certeza que a gente precisava passar por uma câmara higienizadora, ou alguma coisa assim, antes de encostar num bebê. Eu nem conseguia imaginar que a mãe ia permitir que eu tocasse o bebê tendo chegado da rua e de táxi ainda por cima, um carro por onde todo mundo passa.
Sei que o bebê passou por todas as mãos, menos as minhas. Mas eu só fiquei pensando. Porque se um dia eu tiver filhos, nem pensar que alguém que não tomou banho com Protex vai pegar nele.
quinta-feira, 22 de junho de 2006
quarta-feira, 21 de junho de 2006
People think I'm crazy because I worry all the time.
If you paid attention you'd be worried too.
Better pay attention or this world we love so much,
might just kill you.
I could be wrong now... But I don't think so!
'Cause it's a jungle out there, it's a jungle out there.
Tem uma feirinha do livro numa praça no centro da cidade. Tem livros novos e usados. Eu adoraria comprar livros por 99 centavos, mas não consigo. Eu mal consigo mudar um livro usado de lugar pra conseguir ver os livros que estão embaixo dele.
A idéia de combrar livros num sebo é tão romântica, me agrada verdadeiramente. Mas eu não consigo comprar livros usados. E ler um livro usado por uma pessoa que eu não sei quem é, então... nunca.
E a obsessão por contaminação é uma das mais fracas, pra mim. É mais uma coisa com livros usados (e copos e talheres e água de lugares públicos...)
E hoje é dia de Monk! \o/
domingo, 18 de junho de 2006
A foto que prova que eu não tenho problema nenhum em ter orelhas de abano, ;) e que prova também que a Cíntia não consegue tirar fotos sem uma expressão especial.Vó (à esquerda, não à direita), tias, namorados das tias, amigos e bandeirinhas.A quadrilha de 6 pessoas que não sabiam a diferença entre ziguezague e serrote. De caipira, a minha tia, quem mais leva a coisa a sério.A quadrilha se despedindo.
Pra quem é de São Paulo ou tem como transportá-los de SP para outro lugar: mãe e filhotinho vivem num bueiro perto de um campo de futebol aonde vão muitas pessoas que os maltratam.
Procura-se alguém que possa recebê-los em casa temporária ou definitivamente. O protetor Antony Barros leva os dois à nova casa deles e arruma castração para os dois.
Fotos deles aqui e aqui e eles são lindos. (as fotos estão no Orkut, então tem que estar logado para ver)
Se você puder ajudar ou souber de alguém que pode, ligue para (11) 6179-1597 ou (11) 9560-5318
São tantos pedidos, tantos animais que precisam de ajuda que parece que não dá pra ajudar todos. Mas se cada um ajudar um, dá sim.
sexta-feira, 16 de junho de 2006
O banco e eu, uma relação cantada por Alanis Morissette
You're unsure and you're not ready so that must mean I want you
You're unavailable and disinterested and to you I look for comfort
A million times in a million ways I will try to change you
A million months and a million days I'll try to somehow convince you
I have waited for you and adjusted for you and I'm done
I have deferred to you and enabled you and I'm done
...
Several times in several ways I'll try to squeeze love* from you
Several hours and several ways I'll feast on scraps thrown from you
I have bent for you and I've deprived for you and I'm done
I have depressed for you and contorted for you and I'm done
I have stifled for you and I've compromised for you and I'm done
I have silenced for you and sacrificed for you and I'm done
It won't be long before I am reclaimed
It won't take long and I'll be on path again
It won't be easy for us to disengage
I'm at the end of self deprivation stage
...
A million times and a million ways I've tried to alter to match you
*love, money, sympathy, pity. Sério, qualquer coisa...
O banco que não faz o que você quer nem em troca de favores sexuais prestados a um funcionário.
Também conhecido como o banco que faz você atualizar um cadastro já atualizado.
Acho que uns 70% dos assaltos ao banco não devem ser assaltos de verdade. É só gente como eu tentando pegar o dinheiro a que tem direito.
quarta-feira, 14 de junho de 2006
Ontem foi feriado aqui em Nova Iguaçu (minha tia foi à catedral falar com Santo Antônio sobre mim e a minha prima, hahaha).
Amanhã é feriado no Brasil todo. Hoje tem aula, mas só tenho uma turma. Só umas duas alunas devem ir. Vou passar um filme, a gente acabou o livro, não tem como começar o próximo assim de cara.
Vou trabalhar de bermuda. \o/
Existe uma razão pela qual se recebe mais traduzindo comentários de filmes. Porque é muito chato. E aí você fica lá tentando dar sentido a uns pensamentos desconexos. É "..." até não acabar mais. Eles começam a falar alguma coisa, depois devem ficar com medo de parecer estúpidos e não terminam a frase.
Eu até assistia aos filmes comentados. Mas depois que comecei a ter que prestar atenção no que as pessoas dizem, percebi que não dizem nada com nada.
terça-feira, 13 de junho de 2006
segunda-feira, 12 de junho de 2006
Só sei que eu fiquei duas horas esperando ser atendida e não fui, claro.
Aí resolvi ir embora, porque, ao contrário dos funcionários da minha agência, eu tenho que cumprir horário e trabalhar. E fui pedir informação.
Mas uma tia tinha acabado de sentar pra ser atendida e quando me viu pedindo uma informação teve o nervous breakdown a que eu tinha direito, e começou a gritar que estava ali desde as 11 horas.
Olha só, cara, começou a gritar co-mi-go.
E eu tentando pedir licença e dizer que eu só queria perguntar qual era a seção do banco em que eu tinha que ir da próxima vez.
Eu não culpo uma pessoa por gritar no banco, eu me identifico com isso, mas eu repeti várias vezes que não queria ser atendida naquela hora. Não dava pra parar de gritar?
E pela primeira vez na minha vida eu levantei a voz pra uma pessoa desconhecida:
-Olha, não precisa gastar toda essa sua gentileza e boa educação comigo não, porque eu já estou indo. Mas uma pessoa como você devia ser pelo menos gentil pra compensar, sabia? Porque você é MUITO feia, e gente feia tem que compensar sendo agradável. E tá MUITO cedo pra esse batom vermelho.
Eu nem conseguia parar de chorar depois disso, claro. E provavelmente não vou conseguir esquecer e vou gastar terapia tentando eliminar minha culpa por ter chamado uma pessoa de feia.
Quanto ao batom vermelho eu não me arrependo. Era muito cedo e já tava até meio borrado. Eu mal conseguia pensar no que tinha que falar com aquela mancha exagerada se movendo na minha frente.
domingo, 11 de junho de 2006
Não adianta. Se chegar perto de mim com peitos de silicone eu vou me distrair, perder o rumo da conversa, não vou conseguir parar de olhar e vou ter que enfiar as mãos nos bolsos pra conter o impulso de apertar pra ver se são tão duros quanto parecem.
...
Alguém tinha que inventar um campo de proteção contra peitos de silicone...
-Renata, vamos lá na minha agência e você conversa com o meu gerente, pronto.
-Ninguém me trata bem na minha agência, buá, perdem o meu dinheiro, sou pobre, buá, buá.
-Então transfere a sua conta pra minha agência.
-Sniff, vou fazer isso. Vão me tratar bem?
-Sim, meu gerente é ótimo.
-Sniff, tá.
-Espera. Sua conta é ouro?
-Claro que não, tia!
-Ahh, então deixa. Não vai ser o mesmo gerente não.
Eu vou adiar meu nervous breakdown pra segunda-feira e vou chutar com tudo a porta giratória. Depois vou gritar "pobrinhos unidos jamais serão vencidos" e eu e todos os outros oprimidos pelo capitalismo selvagem ô-ô-ô vamos tomar a agência e obrigar todos os funcionários que nos tratam mal a comer purê de mandioquinha estragado.
sábado, 10 de junho de 2006
Hannah e o biscoito
1. Isto é um teste.
2. Minha voz é irritante mesmo. Ninguém me leva a sério quando eu digo que preciso de uma fonoaudióloga pra me ensinar a falar direito.
3. Estou super alta no vídeo e nem estava de salto.
4. Meu pai passa os dias martelando coisas.
5. Tenho vários vídeos da Hannah para postar, agüentem. hohoho.
Matéria de capa da Época sobre vegetarianismo.
Inacreditavelmente, não defende o consumo de carne e não retrata os vegetarianos como radicais anti-sociais.
Achei a matéria bem equilibrada, até chegar nas perguntas a Peter Singer. Achei bobas, com o objetivo de ter uma resposta chocante. Ou isso ou não entenderam os motivos por que Singer é contra o consumo de carne. Só isso pra justificar uma pergunta como essa:
Época: O senhor comeria carne humana se fosse necessário para salvar sua vida como aconteceu com os estudantes argentinos* de medicina que caíram nos Andes na década de 70?
Só faltou perguntar: Se o senhor estivesse perdido numa ilha deserta com uma vaca, o senhor a comeria?
*Eram argentinos ou uruguaios?
sexta-feira, 9 de junho de 2006
Acho que qualquer pessoa, antes de escolher um dentista, tem que achar o perfil dele no Orkut e ver se faz parte da comunidade "Eu Odeio Lavar O Instrumental".
É uma comunidade-piada, claro. Mas o seguro morreu de velho.
...
Eu não gosto de profissionais de saúde que se vestem completamente de branco.
Quando eu chego num consultório médico pela primeira vez e o médico está todo de branco eu já fico meio ãhn-hum.
Se o sapato é branco então, nem adianta pedir exames, falar em tratamento, porque eu não vou conseguir voltar.
quarta-feira, 7 de junho de 2006
terça-feira, 6 de junho de 2006
domingo, 4 de junho de 2006
sexta-feira, 2 de junho de 2006
Só o meu pai sai de casa pra botar pra dentro o rottweiler de 60 kg (no mínimo) do vizinho, que se soltou e ninguém conseguia prender.
Eu adoro cachorro. Brinco com cães de rua, boto o poodle do vizinho pra dentro. Mas sair da minha casa pra mexer com um cachorro que pesa mais do que eu, desculpa, não vai dar.
E quando eu vi meu pai tava balançando um guarda-chuva na frente do rott. Fui logo procurar a carteirinha do plano de saúde e fiquei contente por morar perto de um grande hospital.
O mais engraçado é que quando a Hannah, de 14 kg, pega alguma coisa, se esconde embaixo da cama e rosna pra quem tentar tirar dela, ele tem medo e não tenta tirar de jeito nenhum. Mas de um rottweiller musculoso, quem tem medo, né?