quarta-feira, 27 de junho de 2012

Quebrei um prato no quarto e recolhi os cacos do meu jeitinho. Isso quer dizer que a qualquer momento um desses caquinhos que é certo que sobraram aqui vai entrar no meu pé, percorrer todas as minhas veias até chegar ao meu coração*. E eu vou mor-rer.


Estou tratando como uma daquelas coisas inevitáveis da vida.

Sem drama.

Tem que acontecer.



*você também tinha uma vó que falava isso quando você se recusava a estender o dedo pra ela tirar a farpa? eu tinha e minha mãe conta a história de uma amiga dela que, na adolescência, tentou se matar enfiando uma agulha no braço, esperando que ela chegasse até o coração. sem drama.

domingo, 24 de junho de 2012

Fiz uns exercícios difíceis no pilates. Sofri. Tive que parar e respirar. Parar humilhada por estar numa condição física tão ruim. Como deixei chegar a este ponto? Vamos lá, não vou desistir.


No final da aula, a professora perguntou se eu trabalhava sentada ou em pé.
-Agora, mais sentada.
-Hm, então amanhã você vai ficar com dor no bumbum.

No dia seguinte, não consegui me livrar do desespero interno. Minha bunda não doeu.

E SE NÃO ESTIVER DANDO RESULTADO?

/o\

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Aos 29, noto que ainda tenho muitas lágrimas, mas a disposição para chorar um coração partido não é mais a mesma.


Não sei se é por não ser o primeiro nem o segundo ou se é pela resignação de saber que não será o último, mas tenho chorado aos poucos. Um pouquinho por dia.

É bom porque dá pra fazer muitas coisas, sem que o coração partido atrapalhe minha rotina.
É ruim porque parece que falta alguma coisa.

diário do coração partido 3, semana 2.


(o diário tá todo fora de ordem)

domingo, 17 de junho de 2012

Já passei por alguns rompimentos, dos dois tipos que há.



Tem aqueles em que a gente não consegue respirar sem o contato. Insiste em e-mails, mensagens, lembranças, telefonemas como quem não quer nada, só pra dizer que eu vi um filme que me lembrou você, num fingimento de amizade e naturalidade que a gente insiste em encenar porque quer ser madura. Ou então sufoca o quanto pode, pede por favor, não deixa de me amar, faz vergonha. Esgota até o último bocadinho de amor. Fica ali até secar - até você secar, até não restar nada. E se engana dizendo que nunca mais vai amar. Esses são os mais dolorosos.

E tem aqueles rompimentos em que é fácil sumir. Não procurar ou ser procurada parece até natural. Sim, outra vai ocupar o seu espaço. Outro vai ocupar o espaço dele. Pra que se agarrar ao que acabou? Não tem como jogar a culpa em ninguém. Como a gente faz pouca falta. É espantoso ver como pode ser fácil esse processo de se desvencilhar de alguém a quem se é tão apegada. Esses são os mais amargos.

Que gosto ruim tem isso de ver como era frouxo o nó.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Esse tempo todo eu fiquei pensando em qual seria o meu limite.


Tanta coisa eu imaginei. Nunca pensei que seria a falta de um "eu também" quando eu dissesse que estou com saudade.

Que coisa.