Foram três os diálogos ouvidos no ônibus no dia 15 de setembro de 2012.
O primeiro, da Rio Branco à São Clemente, um menino estava terminando com uma menina. Ou tinha acabado de terminar. Ele no ônibus, ela no telefone. Parecia que ela estava se explicando. Ele tinha descoberto que ela falava com outros caras pelo Facebook. Com o L. com certeza.
-Deixa rolar, C., deixa rolar. Eu fiquei traumatizado com essa história, mas tudo bem, foi um aprendizado. Me deixa ir, que eu já estou me alterando aqui no ônibus. Você é muito cara-de-pau.
O segundo, do Menezes Cortes a Nova Iguaçu, um casal sentado lado a lado, comendo Ruffles. No meio do engarrafamento da Dutra, ela gritou:
-PARA de soltar pum no ônibus! Para!
Ele riu.
O terceiro, no mesmo ônibus do Menezes Cortes a Nova Iguaçu, uma das passageiras mais legais do ônibus (mantenho uma lista dos passageiros que odeio e dos que adoro), falando pelo celular com a amiga:
-Você dá muito mole de colocar essas coisas no Facebook. Ele já é cheio de dor de corno, se ler essas coisas, imagina. Nada a ver. Tem coisas que homem não precisa saber.