Não é medo do início. A gente tem medo é do fim.
Nós. Todos nós que andamos por aí com um coração trancadinho. É medo do fim, do fim.
De todas aquelas semanas que nós vamos passar nos arrastando pelos cantos, comendo doce-de-leite, relembrando diálogos, imprimindo e-mails e levando pra analista ler, vasculhando a vida do outro pra ver como é possível ser feliz sem a nossa presença, de todas as vezes que vamos ter certeza que vamos morrer sozinhos. É medo de engordar ou emagrecer de tristeza. Dos discos da Alanis que a gente vai ouvir sem parar.
Medo de montanha-russa e de nunca saber exatamente em que ponto a gente vai ficar de cabeça pra baixo.
Porque, né? A gente vai ficar de cabeça pra baixo.